terça-feira, 31 de outubro de 2006

Norival Reis

Norival Reis - 1972
Norival Reis (Norival Torquato Reis), compositor e instrumentista, nasceu em Angra dos Reis/RJ em 24/3/1924. Criado em Dona Clara, bairro situado entre os subúrbios cariocas de Madureira e Osvaldo Cruz, freqüentou desde pequeno o G.R.E.S. da Portela e o G.R.E.S. Império Serrano.

Começou a trabalhar na gravadora Continental, e, influenciado pelo convívio com vários compositores, decidiu-se a compor. Em 1945, fez sua primeira marchinha, Até vestida, realizando logo depois O barão.

De sua autoria foram gravados com sucesso Hoje ou amanhã (com Rutinaldo de Morais), pela dupla Joel e Gaúcho; A lua se escondeu (com Alcibíades Nogueira), por Rui Rei; e A saudade não foi leal (com Jorge Duarte), por Ângela Maria.

Em 1969 entrou para a ala dos compositores da Portela, levado por Cabana, com quem compôs Ilu ayê, samba-enredo dessa escola para o Carnaval de 1972, e em 1975, em parceria com Davi Antônio Correia, compôs Macunaíma, também samba-enredo vencedor.

Composições suas foram escolhidas como sambas-enredo ainda nos anos de 1983 (Hoje tem marmelada, com Jorge Macedo e Davi Antônio Correa) e 1984 (ABC dos orixás, com Dedé da Portela).

Estuda cavaquinho, toca um pouco de violão e é conhecido como um dos maiores especialistas em técnica de acústica e gravação de som, tendo ficado nacionalmente conhecido por ser o responsável pelo som personalizado do cavaquinho de Waldir Azevedo, para o qual criou um sistema especial de câmaras de eco improvisadas, antes de existir o aparelho no Brasil.

Obra


Amigo do rei (c/Alberto Rego), marcha, 1953; Barra da Tijuca (c/Irani Oliveira), samba, 1955; Hoje ou amanhã (c/Rutinaldo Silva), samba, 1952; Iaiá da Bahia (c/José Batista), batucada, 1957, Ilu ayê (Terra da vida) (c/Cabana), samba-enredo, 1972; A lua se escondeu (c/Alcíbiades Nogueira), marcha, 1952; Macunaíma (c/Davi Antonio Correia), samba-enredo, 1975; O morro canta assim (c/José Batista), samba, 1956; O samba é bom assim (c/Hélio Nascimento), samba, 1958; A saudade não foi leal (c/Jorge Duarte), samba, 1961.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

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