sexta-feira, 14 de abril de 2006

Sylvia Telles

Sylvia Telles, cantora, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 27/8/1934 e faleceu em Maricá RJ , em 17/12/1966. Irmã do letrista e cantor Mário Telles, iniciou carreira em 1955 na revista Gente bem e champanhota, encenada no Teatro Follies, em Copacabana, no Rio de Janeiro, cantando o samba Amendoim torradinho (Augusto Garcez e Ciro de Sousa), gravada no mesmo ano.


Seu primeiro LP Carícia, de 10 polegadas, foi lançado pela Odeon em 1957 com Chove lá fora (Tito Madi), Se todos fossem iguais a você (Tom Jobim e Vinícius de Moraes) e Canção da volta (Ismael Neto e Antônio Maria).

Com a efervescência da Bossa Nova, alcançou seu momento de maior sucesso.

Em julho de 1959 gravou, ainda na Odeon, o LP Sylvia, que incluía Estrada do sol (Tom Jobim e Dolores Duran) e Mágoa (Tito Madi). Em outubro do mesmo ano gravou o LP Amor de gente moça, com A felicidade, Sem você, O que tinha de ser (todas de Tom Jobim e Vinícius de Morais) e Só em teus braços (Tom Jobim). Consagrada definitivamente a partir desse disco (que usava orquestra ao invés dos pequenos conjuntos característicos da bossa nova), Sylvia tornou-se a primeira cantora profissional do grupo, ainda amador, de bossa nova.


Sylvia Telles com Tom Jobim e Marcos Valle.

Em 1961 viajou para os EUA, onde gravou o LP Sylvia Telles USA com Canção que morre no ar (Carlos Lira e Ronaldo Bôscoli e Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria), entre outras. A produção e direção do disco ficou a cargo de Aloysio de Oliveira, com quem casou em 1963.

No decorrer de sua carreira, gravou músicas dos principais compositores ligados à Bossa Nova, entre as quais Corcovado (Tom Jobim), Se é tarde, me perdoa (Ronaldo Bôscoli e Carlos Lyra), ambas no LP Sylvia Telles-Amor em hi-fi, Philips, Amor e paz e Insensatez (ambas de Tom Jobim e Vinícius de Morais), no LP Bossa, balanço & balada, Elenco; Você ( Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), Balanço Zona Sul (Tito Madi) e Eu preciso aprender a ser só (Marcos Vale e Paulo Sérgio Vale), no LP The Face I love, da Kapp, não editado no Brasil; e Eu preciso de você (Tom Jobim e Aluísio de Oliveira), no LP The music of Mr. Jobim, Elenco.

Em 1966 excursionou à República Federal da Alemanha com Edu Lobo e grupo. De volta ao Brasil, preparava-se para viajar para os EUA quando, na Rodovia Amaral Peixoto, sofreu desastre automobilístico.

Algumas músicas


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Sérgio Murilo

Sérgio Murilo (Rio de Janeiro RJ 2/8/1941-19/2/1992). Carioca, começa na carreira artística aos 12 anos, como apresentador infantil da TV Rio. Poucos anos depois ganha prêmios como cantor em programas de rádio, participando do elenco do programa Trem da Alegria, da Rádio Tamoio.


Em 1958 estreia no cinema, com o filme "Alegria de Viver", e no ano seguinte canta na Rádio Nacional e é contratado pela Columbia, que lança "Menino Triste" e "Mudou Muito".

Em seguida, graças a outros sucessos como Broto legal, "Rock de Morte" e "Marcianita" (regravada mais tarde por Caetano Veloso), surge o primeiro LP, "Sergio Murilo".

A Revista do Rock o elegeu Rei do Rock por suas versões de sucessos norte-americanos, notadamente de Paul Anka e Neil Sedaka. Nos anos 60 apresentou o programa Alô Brotos com Sônia Delfino da TV Tupi e depois morou por uma época no Peru.

No final da década de 1960 e início 1970 gravou vários compactos pelo selo Continental, porém sem obter sucesso.

Em 1975, foi lançada pelo selo Entré/CBS o LP "Os grandes sucessos de Sérgio Murilo", que incluiu sucessos como "Marcianita"; "Oh! Carol"; "Broto Legal" e "Adam And Eve", entre outros. Em 1976, sua interpretação para a balada "Broto legal" voltou às paradas de sucesso ao ser incluída na trilha sonora da novela "Estúpido cupido", da TV Globo, sendo ainda relançada pela CBS em compacto simples trazendo no lado B o sucesso "Marcianita".

Em 1989, lançou, de forma independente, o LP "Sérgio Murilo", interpretando as composições "Viver É Ser Bom"; "Tarde de Verão" e "Os Dias Não São Iguais", as três de Paulo Sette; "Rebuscando", de Paulo Sette e Marcondes; "Tira-teima" e "Descendo Pelo São Francisco", de Paulo Sette e Leonardo de Souza; "Curvas & Ciladas" e "Tapete Mágico", de Paulo Sette e Cícero Pestana; "Calmaria do Meu Porto", de Paulo Sette e Pery Pereira; "Fuga" e "Na Próxima Semana", de Márcio Monteiro e Marcos Monteiro; "Outro Astral", de Gilson e Joran; "Armadilhas", de Savalla, e "Apesar dos Pesares", de Rita Ribeiro e Frank Gal.

O cantor morreu no dia 19 de fevereiro de 1992, vítima de atrofia cerebral e insuficiência renal, aos 50 anos de idade. Infelizmente seu nome se tornou muito pouco conhecido nos dias atuais, e poucos são as referências que podem ser encontradas a seu respeito atualmente.

Em 2000, teve seus LPs do período de 1959 a 1962 relançados pela Sony na coleção "Jovem Guarda".

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Fontes: CliqueMusic : Artista : Sérgio Murilo; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Secos e Molhados


Secos e Molhados. Conjunto vocal formado em 1971 por Ney Matogrosso, cantor; Gérson Conrad (São Paulo SP 1952-), cantor e compositor; João Ricardo (João Ricardo Carneiro Teixeira Pinto, Ponte do Lima, Portugal 1949-), cantor e compositor.


Ney já havia se apresentado como amador em Brasília DF, onde morava, e tentara o rádio e a televisão, além de cantar em boates. O grupo surgiu no início de 1973 em São Paulo SP, e em agosto do mesmo ano gravou o LP Secos e Molhados, pela Continental, com Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça), O vira (João Ricardo e Luli) e Rosa de Hiroshima (Gérson Conrad e Vinícius de Moraes).

O disco foi sucesso nacional, possibilitando ao conjunto apresentar-se numa série de espetáculos, entre os quais se destacam os shows no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro RJ, e no Ginásio Presidente Médici, em Brasília.

No ano seguinte, o grupo exibiu-se na televisão mexicana, gravou seu segundo LP, Secos e Molhados, com Flores astrais (João Ricardo e João Apolinário), e Tercer mundo (João Ricardo e Julio Cortázar). Ainda em 1974 o conjunto se desfez, passando seus integrantes a atuar individualmente.

João Ricardo lançou um disco em 1975, João Ricardo, pela Philips, com suas composições Vira safado, Janelas verdes e Salve-se quem puder; apresentou-se no Teatro Bandeirantes, de São Paulo; e tentou depois ressuscitar o Secos e Molhados pelo menos quatro vezes, com diferentes formações, nenhuma incluindo qualquer outro membro original do grupo.

Gérson Conrad ligou-se ao letrista Paulo Mendonça, à atriz e cantora Zezé Mota e a uma banda de oito elementos e gravou pela Som Livre Gérson Conrad e Zezé Mota, com Trem noturno e A dança do besouro (ambas com Paulo Mendonça). Gravou outros discos solo e continua compondo e fazendo shows.

Algumas letras, cifras e gravações















Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Rosemary

Rosemary (Rosemeire Gonçalves) nasceu no bairro de Bonsucesso, Rio de Janeiro (RJ), em 7/12/1945. Aos oito anos, cantou no programa O Clube do Guri, da TV Tupi do Rio Janeiro. Atuou como amadora até seus 14 anos, em 1959, quando adotou o nome artístico de Rosemary.


Em junho de 62 gravou seu primeiro disco 78 (1) na Continental, Eu Sei, uma versão do sucesso de Bárbara George, I Know. Em seguida, assinou contrato com a RCA, onde gravou vários compactos e lançou em português os sucessos de Rita Pavone.

Em 1964, gravou seu primeiro LP, intitulado Igual a ti não há ninguém (RCA). Até meados da década de 70 atuou em temporadas no Rio em boates como Sucata (no show Nossa Escola de Samba) e Night and Day, ao lado de Pery Ribeiro.

A partir de 1976, sua carreira nos palcos tomou impulso por conta de seus shows dirigidos por Abelardo Figueiredo, como Rose Rose Rosemary, no Beco (SP), ficando oito meses em cartaz, excursionando pelo exterior. Em 79, voltou ao Beco com o show Meu Brasil Brasileiro, levado posteriormente a Paris, Londres, Lisboa, Bonn e Estados Unidos, onde no ano seguinte apresentou-se para o ex-presidente Jimmy Carter, nas dependências da Casa Branca, cantando Manhã de Carnaval, Feelings e Aquarela do Brasil.

Em 1982, voltou a ter uma música nas paradas: a balada pop Joia (“Sou uma mulher/ Preciso ser amada”), de Roberto e Erasmo Carlos, gravada em compacto. Na década de 80 realizou shows como Rosemary Paixão e Rosemary Mulher e trabalhou em novelas, como Ti-ti-ti e Cambalacho, da TV Globo.

Em 1989, lançou Na Trilha dos Amores, gravado em plena temporada da cantora no Palladium (SP). Gravou também em dueto com Amado Batista e em 1996, lançou o CD Espelho. Em 2000, fez uma turnê por 17 cidades chinesas.

(1) Uma pequena correção. O 1º. disco (um 78 rpm) da cantora Rosemary ocorreu em 1961, em selo Chantecler, c/ as faixas Fala, Coração / Também sou Mulher. No ano seguinte é que ela gravou o outro 78 rpm pelo selo Continental. Em 1963, assinou contrato com a RCA Victor, lançando o seu 1º. vinil (um Compacto Duplo), em 1964 (Fonte: Raridiscos).

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Fonte: CliqueMusic: Artistas: Rosemary.

Ronnie Von


Ronnie Von (Ronaldo Nogueira), cantor e compositor, nasceu em Niterói RJ em 17/7/1947. Sua formação musical incluiu os clássicos (principalmente músicas renascentistas e barrocas) e o jazz. Fez o curso ginasial no Rio de Janeiro RJ, foi ator amador e estudou literatura e pintura. Cursou a Escola Superior de Aeronáutica e a Faculdade de Economia, trabalhando, por volta de 1963, com parentes, em mercado de capitais.


Em 1966, costumava frequentar o Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, cantando nas suas boates gospels, blues e spirituals. Começou a se interessar por rock em 1964 e no ano seguinte, através de Eli Barra, integrante dos Brazilian Beetles, participou do programa de televisão de Glauco Pereira - BBC no Rio -, cantando You've Got to Hide your Love Away, dos Beatles. Vendo o vídeo-tape de sua apresentação no BBC no Rio, Agnaldo Rayol e o produtor Manuel Carlos se interessaram por ele, convidando-o para participar, em São Paulo SP, do Corte-Rayol Show, programa da TV Record que tinha grande audiência. Apresentou-se cantando a canção dos Beatles John Lennon e Paul McCartney, Michelle, começando então a chamar a atenção do público.

Foi João Araújo, diretor artístico da Philips, que lhe deu a primeira oportunidade de gravar num compacto, ao lado de Maritza Fabiani, Cláudio Faissal e Brazilian Bitles; cantou nesse disco You've Got to Hide your Love Away e Meu bem, a versão que fez de Girl, música de John Lennon e Paul McCartney

Em outubro de 1966, começou a apresentar na TV Record um programa seu, O Pequeno Mundo de Ronnie Von, produzido por Solano Ribeiro, cujo título era alusivo a seu apelido, Pequeno Príncipe. Ainda em 1966, lançou pela Polydor seu primeiro LP com Pequeno Príncipe (Tommy Standen e Fred Jorge), entre outras. No final do ano, recebeu o prêmio Roquete Pinto, como revelação do ano, e assinou contrato com a Agência de Publicidade Jovem Guarda, para o lançamento de produtos com o seu nome (camisetas, vestidos, vitrolas etc.) e também participou do programa Jovem Guarda.

Gravou, em 1967, outro LP, pela Polydor, no qual cantou entre outras músicas o sucesso A praça (Carlos Imperial) e Escuta meu amor (Arnaldo Sacomani). No ano seguinte gravou novo LP pela Polydor com Jardim da infância (Nelson e Fábio Luís); lançando anualmente pelo menos um LP, alcançou sucesso com Cavaleiro de Aruanda (Tony Osanah), do LP de 1972, e com Deus sul-americano (com Tony Osanah), do LP de 1973.

Excursionou por todo o Brasil e também pela América Latina e E.U.A. Além de Tony Osanah, tem parcerias com Arnaldo Sacomani, Sam Martim e Terry Winter. Um de seus últimos sucessos foi Tranquei a vida (com Tony Osanah), lançada pela RCA em 1976.

Continua se apresentando em shows e gravando esporadicamente; em 1995 participou do disco ao vivo O novo de novo, comemorando 30 anos da Jovem Guarda. Lançou na década de 1990 uma autobiografia, Mãe de gravata.

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Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Ronnie Cord

Ronnie Cord - 1960


Ronnie Cord (Ronald Cordovil), cantor e compositor, nasceu em Manhuaçu MG em 22/1/1943 e faleceu em São Paulo SP em 6/1/1986 . Filho do maestro e compositor Hervé Cordovil, aos seis anos começou a aprender violão.


Em 1959 fez um teste na Copacabana Discos, no Rio de Janeiro RJ e, no ano seguinte, realizou sua primeira gravação, lançada em LP que reunia vários outros cantores.

Ainda em 1960, gravou o primeiro disco individual, um 78 rpm, com Pretty Blue Eyes (Teddy Randazy) e You're Knochin'me Out (Neil Sedaka e H. Greenfieid).

Seu grande sucesso foi outra música norte-americana, Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini (Lee Pockriss e Paul Vance), com a qual se manteve, durante seis meses, em primeiro lugar nas paradas de sucesso, e que lhe valeu o troféu Chico Viola do ano.

Em 1961 estreou como compositor lançando Sandy, pela Copacabana. Com Rua Augusta (Hervé Cordovil), lançada pela RCA Victor, recebeu, em 1964 e em 1965, vários troféus. Ainda em 1965 fez muito sucesso com a versão Biquini de bolinha amarelinha (seu sucesso de 1960 em versão de Hervé Cordovil), gravada na RCA Victor.

Em 1965 e 1966, com seus irmãos Norman e Hervé Júnior (1950-1992), participou dos conjuntos The Cords e Os Cords, que gravou alguns compactos na RCA. Por essa época, atuou em televisão e rádio, no Rio de Janeiro e São Paulo, inclusive no programa Jovem Guarda, da TV Record, do qual participou como contratado nos anos de 1965 e 1966.

Em 1969 lançou as marchas Mulher e meia (Hervé Cordovil e Manoel Vitório) e Um brinde à lua (Hervé Cordovil). Gravou quatro LPs, sendo os três primeiros em inglês. Abandonou a carreira artística no início da década de 1970, embora participasse esporadicamente de shows de pioneiros do rock brasileiro.

Faleceu em 1986 com apenas 42 anos de idade, a pouco mais de duas semanas antes de completar 43 anos. Deixou três filhos.


Fontes: Wikipédia; Dicionário Cravo Albin de MPB.

Ronaldo Bôscoli

Ronaldo Bôscoli (Ronaldo Fernando Esquerdo Bôscoli), produtor e compositor nasceu no Rio de Janeiro RJ em 28/10/1928 e faleceu em 18/11/1994. Descendente de família ligada ao teatro e cinema, estreou no jornalismo assim que saiu do colégio, em 1951, no Diário da Noite, como repórter esportivo.


No mesmo ano, conheceu Vinícius de Moraes, que viria a se casar com sua irmã Lila. A seguir, foi para o jornal Última Hora, do Rio de Janeiro, onde se aproximou de Nelson Rodrigues. Em 1958 transferiu-se para a recém-fundada Manchete Esportiva e, posteriormente, para a revista Manchete.

Fez parte do pequeno grupo que deu início ao movimento da bossa nova, organizando e apresentando seus primeiros shows na Faculdade de Arquitetura e no Clube Israelita, além de escrever crônicas na Última Hora, propagando o movimento.

Em 1959, ligado a Miéle, que conhecera em 1956 e com quem formara a dupla de produtores Miéle e Bôscoli, idealizou seu primeiro pocket-show, expressão lançada por ele, apresentando, no Little Club, Odete Lara acompanhada de Sérgio Mendes e Conjunto, seguido por outros, nas boates do Beco das Garrafas, com Nara Leão, Sylvia Telles, Elis Regina, Copa Trio etc. Sua primeira música, gravada em 1957, foi Sente (com Chico Feitosa), para o LP Oh Norma, de Norma Benguel, na Odeon.

Com Carlos Lira escreveu Lobo bobo e Saudade fez um samba, também gravados na Odeon em 1959, no LP Chega de saudade, de João Gilberto, mas seu parceiro mais constante foi Roberto Menescal, que também conhecera em 1956 e com quem fez O barquinho - música de sucesso com diversas gravações no Brasil e no exterior -, Nós e o mar, Telefone, e Vagamente. Suas composições apareceram também no LP Balançamba, gravado por Lúcio Alves, na Elenco, com arranjos de Carlos Monteiro de Sousa.

Em 1962 Miele e Boscoli realizaram seu último pocket-show no Beco das Garrafas, com a dupla Wilson Simonal e Rosinha de Valença. Seguiram-se o show de bossa nova, no Golden Room do Copacabana Palace Hotel, o show de Joan Crawford em 1967, a excursão da Rhodia que levou Wilson Simonal e Luís Carlos Vinhas à Europa, além da última fase do programa de Elis Regina, na TV Record, O Fino da Bossa.

No final de 1967, casou-se com Elis Regina, casamento que durou até 1972. Em 1971 montou o show de Wilson Simonal e Sarah Vaughan no TUCA. A maior produção artística com Miele foi a transformação de Roberto Carlos em cantor romântico, no início da década de 1970. A parceria com Roberto Carlos obteve tanto êxito que a dupla dirigiu por 24 anos os seus shows no Canecão, no Rio de Janeiro.

Em 1994 foi publicado com sucesso o livro de memórias Eles e eu - Memórias de Ronaldo Bôscoli, depoimento feito a Luís Carlos Maciel e Ângela Chaves (Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1994); e, em 1997, saiu o livro Ronaldo Bôscoli, o senhor bossa nova, depoimento de José Jorge Pessanha, que trabalhou 17 anos com ele.

Algumas músicas


Veja também:


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Roberto Menescal

Roberto Menescal (Roberto Batalha Menescal), compositor e instrumentista nasceu em Vitória ES, em 25/10/1937. Estudou piano com Irma Menescal, em 1950, e teoria, harmonia e violão com Moacir Santos, em 1958. No mesmo ano, organizou um dos primeiros conjuntos instrumentais de bossa nova e fundou, com Carlos Lyra, uma academia de violão, responsável pela divulgação do instrumento que mais se adaptou à expressão do espírito intimista desse movimento musical.


Com seu conjunto, participou da gravação do LP Garotos da bossa nova, na Odeon, em 1959. Sua primeira composição gravada foi Jura de pombo (com Ronaldo Bôscoli ), por Alaíde Costa, também em 1959. Seu primeiro sucesso, O barquinho, que em 1960 teve gravações simultâneas de Maysa, Peri Ribeiro e Paulinho Nogueira, tornou-se uma das músicas mais conhecidas e representativas da bossa nova, com várias gravações também no exterior.

Em 1962, com o conjunto de Eumir Deodato, atuou no programa de Marlene na TV-Rio. Grande incentivador dos shows realizados nas universidades cariocas em 1959, 1960 e 1961, a 21 de novembro de 1962 participou do Festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall, New York, EUA.

De 1958 a 1965, o Conjunto de Roberto Menescal apresentou-se como acompanhante em shows de Sylvia Telles, Maysa, Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi, na boate Zum-Zum, e de Araci de Almeida e Billy Blanco. Em 1966 estudou teoria, harmonia e contraponto com Guerra-Peixe, na Pró-Arte. Participou da gravação de trilhas sonoras de filmes, como Joana, a francesa (1973), de Carlos Diegues, e Vai trabalhar, vagabundo (1974), de Hugo Carvana, entre outras.

Realizou shows em teatros e teve algumas de suas composições incluídas em peças de teatro e novelas de televisão. Gravou com Sílvia Teles, Jair Rodrigues, Elis Regina, Gal Costa, Lúcio Alves, Beth Carvalho, Maysa e Claudete Soares. Excursionou pelo Uruguai, com Norma Benguel, e pela Argentina, com Sílvia Teles e Maísa. Com Elis Regina, que acompanhou de 1968 a 1970, viajou pela Europa, apresentando-se no MIDEM, em Cannes, França.

Foi diretor artístico da TV Excelsior cargo que passou a ocupar depois na Phonogram (Philips). Gravou na Elenco os LPs A bossa nova de Roberto Menescal e seu sexteto e A nova bossa de Roberto Menescal.

Entre 1971 e 1986 foi diretor artístico da gravadora Polygram e, em 1997, fundou a produtora e gravadora Albatroz. Vários de seus LPs, gravados pela etiqueta Elenco, foram relançados como CD, entre eles Conjunto Roberto Menescal (Polygram), Ditos e feitos (Warner), Eu e a música, com participação de Wanda Sá (CID) e Uma mistura fina, com Wanda Sá e Miele (Albatroz).

Algumas músicas


Obras

Ah! se eu pudesse (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Além da imaginação (c/Ronaldo Boscoli), 1963; Amanhecendo (c/Lula Freire), samba, 1964; Amiga (c/Paulinho Tapajós), 1972; Assim na terra como no céu, 1971; Ave-Maria (c/Paulinho Tapajós), 1972; Balansamba (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; O barquinho (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1961; Branca paz (c/Ronaldo Boscoli), 1963; Canta (c/Ronaldo Boscoli), 1968; Danchá-chá-chá (c/Ronaldo Boscoli), chá-chá-chá, 1963; Errinho à-toa (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1961; Luluzinha bossa nova (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1961; Negro (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Nós e o mar (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Rio (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963, Telefone (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1966; Vagamente (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Você (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1966; A volta (c/Ronaldo Boscoli), 1968.

Veja também:



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Roberto Carlos


Roberto Carlos Braga nasceu em 19 de abril de 1941, na cidade capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, e aos 9 anos já chamava a atenção na rádio local imitando o cantor Bob Nelson. Aos 12 mudou-se para Niterói com a família, e começou a fazer amizades com outros rapazes que gostavam de música, especialmente o rock'n'roll que vinha dos Estados Unidos. Em 1957 formou com alguns amigos, inclusive Tim Maia, o conjunto "Os Sputniks".


No ano seguinte já era integrante do "The Snakes", junto com Erasmo Carlos. Com esse grupo chegou a participar do programa Clube do Rock, de Carlos Imperial, na TV Continental. Gravou alguns compactos no final da década de 50 e em 1961 lançou o primeiro LP, "Louco por Você".

A partir daí passou a investir, com apoio da gravadora CBS, no incipiente mercado de música jovem. Para isso juntou-se ao amigo Erasmo e passou a fazer versões e compor músicas como "Splish splash", "O calhambeque", "É proibido fumar" e outras que visavam ao filão juventude transviada, criando o primeiro movimento de rock feito no Brasil.

Em 1965 estreou, ao lado de Erasmo e Wanderléa, o programa Jovem Guarda, na TV Record, que daria nome ao movimento. O desafio do programa era manter a elevada audiência das tardes de domingo, até então garantida pela transmissão dos jogos de futebol e agora ameaçada, já que as transmissões haviam sido proibidas.

O programa não só manteve a audiência, como conseguiu aumentá-la. Roberto Carlos foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira. Além do programa e dos discos, estrelou filmes, inspirados no modelo lançado pelos Beatles nos anos 60. O primeiro longa, "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", foi lançado em 1967, seguido por "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300km por Hora".

Nos anos 70, com o esmorecimento do movimento da Jovem Guarda, muda de estilo e torna-se um cantor e compositor basicamente romântico. Foi a partir daí que seu público-alvo deixou de ser o jovem e passou a ser o público adulto. Nessa linha, seus grandes sucessos são "Detalhes", "Emoções", "Café da manhã", "Força estranha", "Guerra dos meninos", "Fera ferida", "Caminhoneiro", "Verde e Amarelo". Recentemente passou a dedicar-se mais ao filão religioso de sua obra, com o sucesso da música "Nossa Senhora". A carreira de Roberto Carlos é superlativa.

Desde 1961 conseguiu a incrível façanha de lançar um disco inédito por ano, interrompida apenas em 1999 por causa da doença de sua então esposa, Maria Rita, que viria a falecer. Nos últimos anos esse lançamento acontece invariavelmente no Natal. Seus discos já venderam milhões de cópias e bateram recordes de vendagem (em 1994 bateu a marca de 70 milhões de discos vendidos).

Fez milhares de shows em centenas de cidades, no Brasil e no exterior. Seu fã-clube é um dos maiores de todo o mundo. Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Já lançou discos em espanhol e inglês, em diversos países. Atualmente continua se apresentando com frequência e todo ano produz um especial que vai ao ar na semana do Natal pela TV Globo, mesma época do lançamento dos seus discos anuais.

Roberto Carlos - Cifras, letras e gravações






























Fonte: CliqueMusic: Artista: Roberto Carlos - 2006.