segunda-feira, 9 de julho de 2007

Sem eira, nem beira

Luiz Vicentini
  C                      G           F     G      C
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
C                G 
Não se dá murro em ponta de faca,
Gº                 A-
nem se cutuca onça com vara curta,
F            C 
Nem se dá nó em pingo d’água,
G                  C
o que arde cura, o que aperta segura.
C              G  
Quem cochicha o rabo espicha,
Gº             A-
pra quem vê cara, não vê coração,
F               C  
Quem não arrisca, não petisca,
G             C
a pressa é inimiga da perfeição.
Pobre é cachimbo, só leva fumo,
é como parafuso, só vive apertado,
Só vai pra frente quando tropeça,
enche a barriga se morre afogado.
Não há bem que pra sempre dure,
nem há mal que nunca se acabe,
Nem sempre, quem cala consente,
quem semeia vento colhe tempestade.
Quem não tem cão, caça com gato,
e quem espera sempre alcança,
É tudo farinha do mesmo saco,
relógio que atrasa não adianta.
Aqui se faz, aqui se paga,
toda cara feia, pra mim, é só fome,
Pois se correr o bicho pega,
mas se ficar o bicho também come.
Tu nunca viu, cara de pavio?

Nenhum comentário:

Postar um comentário