terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Henrique de Almeida

Henrique de Almeida (Henrique Gonçalves da Silva), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ (10/02/1917) e faleceu em São Paulo SP (12/02/1985). Órfão de pai e mãe aos sete anos, foi criado primeiro por uma tia-avó, em Niterói RJ, onde fez o curso primário, e após a morte desta, pela avó materna, no Rio de Janeiro.

Trabalhando durante o dia e estudando à noite, aos 19 anos aprendeu o ofício de pintor de paredes, empregando-se nos hotéis Vera Cruz e Rio, situados perto da Praça Tiradentes, principal ponto de reunião dos músicos e artistas da época. Ali conheceu Zé Pretinho, Ataulfo Alves, Herivelto Martins, Wilson Batista, Donga, Nelson Cavaquinho, entre outros.

Em 1938 já era freqüentador do Café Nice, famoso quartel-general do samba, e em 1940 via a sua primeira composição gravada: Gargalhei (com Arnô Canegal e Augusto Garcez), por Carlos Galhardo, na Victor.

Instrumentista, em 1940 formou, com alguns companheiros, o conjunto Os Ritmistas, que durou dez anos. Com esse grupo, em 1941 participou pela primeira vez de uma gravação, a do samba Praça Onze (Herivelto Martins e Grande Otelo), interpretado pelo Trio de Ouro.

Em 1942, com Raul Marques, formou a dupla vocal Os Poetas da Voz, que gravou o samba É aqui (J. Correia da Silva). De 1944 a 1945, atuou como crooner com Napoleão Tavares e sua Orquestra. Integrando o conjunto Os Ritmistas, em 1947 foi para Montevidéu, Uruguai, tendo-se apresentado durante 30 dias no Teatro Solís. Nessa época atuou ao lado de Fon-Fon e sua Orquestra.

Em 1952 lançou na Rádio Guarani, de Belo Horizonte MG, o programa O Clube da Meia-Noite, que se manteve até 1957. Trabalhou ainda como locutor-animador na Rádio Mauá, do Rio de Janeiro, e nas rádios Piratininga, Marconi e Apoio, de São Paulo SP.

Foi sócio-fundador da SBACEM e membro vitalício de seu conselho deliberativo.

Obras

Baião de Diamantina (c/Rômulo Pais), baião, 1953; Balão apagado (c/José Roy e Carlos Gonzaga), marcha, s.d.; Coitadinho do papai (c/Augusto Garcez), marcha, s.d.; Exaltação à mulher (c/José Roy e José Lima), marcha, s.d.; Gargalhei (c/Arnô Canegal e Augusto Garcez), samba, 1940; Louco (Ela é seu mundo)(c/Wilson Batista), samba, 1946; Tim-tim-ó-Lalá (c/Rômulo Pais), baião, 1953.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

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