terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Paulo Sérgio Valle

Paulo Sérgio Valle (Paulo Sérgio Kostenbader Valle), compositor e escritor, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 6/8/1940. Advogado, formado pela antiga Universidade Estadual da Guanabara, em 1961 já compunha letras para o trio formado por seu irmão Marcos Valle, Edu Lobo e Dori Caymmi.

Sua primeira composição gravada foi Sonho de Maria (com Marcos Valle), lançada, em 1963, pelo Tamba Trio. Compôs sempre em parceria com o irmão, que incluiu suas músicas nos LPs que gravou. Em 1965, trabalhou como piloto comercial na linha Rio-Amazonas, ano em que alcançou o segundo lugar das paradas de sucesso, nos EUA, com Samba de verão, na gravação de Walter Wanderley. A música teve mais tarde cerca de 80 gravações diferentes nos EUA. Marcos Valle, quando estava nesse país, em 1965, costumava enviar-lhe as músicas para que colocasse a letra.

A partir de 1970, dedicou-se também a fazer jingles e trilhas sonoras para novelas de televisão, como Pigmalião 70 (TV Globo), e em 1971 venceu a IV Olimpíada da Canção de Atenas, Grécia, com Minha voz virá do sol da América (com Marcos Valle).

Entre as composições da dupla de irmãos, várias músicas marcaram época: Eu preciso aprender a ser só, Terra de ninguém (lançada por Elis Regina), Viola enluarada e Mustang cor de sangue. Em parceria com Nelson Mota, compuseram o tema de Natal da TV Globo, Um novo tempo. Posteriormente, sua carreira ganhou uma orientação mais popular. Compôs então várias músicas com José Augusto, entre elas Página virada e Evidências, gravadas por Chitãozinho e Xororó, Sábado e Separação, gravada por Simone.

Fez também parceria com Chico Roque, compondo Essa tal liberdade, gravada pelo grupo Só Pra Contrariar, e Sempre mais, gravada pelo grupo Araketu, entre outras. Roberto Carlos gravou 17 parcerias suas com o maestro Eduardo Lages, como Coisas do coração e Nunca te esqueci, bem como Tanta solidão, parceria com Mauro Mota e Marcos Valle.

Em 1995 lançou seu primeiro livro, Pedalando pelo caminho de Santiago, iniciando carreira de escritor.

Obra:

Black is Beautiful (c/Marcos Valle), 1971; Capitão de indústria (c/Marcos Valle), s.d.; Coisas do coração (c/Eduardo Lages), s.d.; Com mais de trinta (c/Marcos Valle), 1971; Os dentes brancos do mundo (c/Marcos Valle), 1969; Deus brasileiro (c/Marcos Valle), samba, 1965; Dia de vitória (c/Marcos Valle), 1970; Essa tal liberdade (c/Chico Roque), s.d.; Estrelar (c/Marcos Valle), s.d.; Evidências (c/José Augusto), 1992; Gente (c/Marcos Valle), s.d.; Maria da favela (c/Marcos Valle), 1965; Mustang cor de sangue (c/Marcos Valle), 1969; Um novo tempo, (c/Marcos Valle e Nelson Mota), s.d.; Nunca te esqueci (c/Eduardo Lages), s.d.; Olhando estrelas (c/Eduardo Lages), s.d.; Página virada (c/José Augusto), s.d.; Paixão antiga (c/Marcos Valle), s.d.; Pelas ruas do Recife (c/Marcos Valle), 1968; Pigmalião 70 (c/Marcos Valle e Novelli), 1970; Preciso aprender a ser só (c/Marcos Valle), samba, 1965; Quarentão simpático (c/Marcos Valle), 1970; Razão de viver (c/Eumir Deodato), 1968; Remédio pro coração (c/Marcos Valle), s.d.; Sábado (c/José Augusto), s.d.; Samba de verão (c/Marcos Valle), samba, 1965; Separação (c/José Augusto), s.d.; Sonho de Maria (c/Marcos Valle), samba, 1963; Tanta solidão (c/Mauro Mota e Marcos Valle), s.d.; Viola enluarada (c/Marcos Valle), toada, 1967.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.

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