sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Theo de Barros

Theo de Barros (Teófilo Augusto de Barros Neto), compositor, cantor, instrumentista e arranjador, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 10/3/1943. Filho do compositor alagoano Teófilo de Barros Filho, aos 11 anos ganhou um violão e começou a aprender os primeiros acordes com Francisco Batista Barros; outros professores foram Tio Manoel, João Caldeira Filho, Leo Peracchi e Alfredo Lupi.

Em 1958 compôs sua primeira música, Saudade pequenina, mas somente quatro anos depois estreou em disco, com Natureza e Igrejinha, na interpretação de Alaíde Costa.

Em 1963 gravou seu primeiro compacto como cantor, com as músicas de sua autoria Vim de Santana e Fim. No mesmo ano integrou o Sexteto Brasileiro de Bossa, como contrabaixista. Nessa época apresentava-se, tocando e cantando, em boates paulistas (Juão Sebastião Bar, A Baiúca e Jogral, entre outras) e na televisão.

Em 1965 Elis Regina lançou seu primeiro sucesso, O menino das laranjas, música já gravada por Geraldo Vandré no ano anterior.

Em 1966 seu nome projetou-se nacionalmente, quando Disparada (com Geraldo Vandré), apresentada por Jair Rodrigues, Trio Maraiá e Trio Novo, fez enorme sucesso no II FMPB, da TV Record, de São Paulo SP, empatando em primeiro lugar com A banda, de Chico Buarque.

Ainda em 1966, o trio transformou-se no Quarteto Novo, no qual tocou violão e contrabaixo ao lado de Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Heraldo do Monte. Além de participar de outros festivais, foi diretor musical de diversas produções do Teatro de Arena, de São Paulo, entre as quais a montagem de Arena conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal.

Em 1967 levou sua peça Arena conta Bolívar, em parceria com Augusto Boal, ao México, Peru e EUA, com o elenco do Teatro de Arena.

Atuou como diretor musical na encenação de A capital federal, de Artur Azevedo, no Teatro Anchieta em São Paulo, em 1972, sob a direção de Flávio Rangel. Fez músicas para o filme Quelé do Pajeú, de Anselmo Duarte, e em 1975 foi o responsável pela produção e arranjos de uma coleção de quatro LPs, Música popular do Centro-Oeste, lançada pela gravadora Marcus Pereira.

Em 1979 fundou, com Aluísio Falcão, a gravadora Eldorado, e lançou o LP duplo Primeiro disco, do qual foi compositor, intérprete, arranjador, violonista, produtor e diretor musical. Ainda no selo Eldorado, participou do LP Raízes e frutos e produziu e fez arranjos para os dois premiados LPs de Edu da Gaita (1981 e 1982).

Em 1982 participou do Festival MPB Shell (TV Globo), com a música Barco sul (com Gilberto Karan). Entre 1990 e 1993, fez arranjos para vários cds da Movieplay, como The best of Antonio Carlos Jobim, The Beatles in Bossa Nova, The Best of Chico, Toquinho e Vinícius, Pery Ribeiro: Songs of Brazil e Jane Duboc.

Em 1995 tomou parte no I Encontro da MPB com a música Fruta nativa (com Paulo César Pinheiro), e em 1997 lançou o CD Violão solo, pela gravadora Paulinas.

Compôs cerca de dois mil fonogramas publicitários.

Obras

Cantador, toada, 1965; Disparada (c/Geraldo Vandré), 1966; Estória (c/Paulo César Pinheiro), 1980; Maria do Carmo, 1980; Menino das laranjas, samba, 1964; Pra não ser mais tristeza, 1980; Vim de Santana, 1980.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

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