quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Nestor Campos

Nestor Campos (Nestor Pereira Campos), compositor, guitarrista e instrumentista, nasceu em São Luís de Piratininga, SP, em 6/3/1920. Foi líder de um conjunto que fazia constantes apresentações em boates paulistas. Atuou como guitarrista na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Em 1951, apresentou-se com Helena de Lima e Djalma Ferreira no norte do país. Em 1952, teve o Baião do sul gravado na RCA Victor por Zaccarias e Seu Conjunto. No ano seguinte, o choro Mulatinho, com Mesquita, foi gravado na RCA Victor por Mesquita e Seu Conjunto com a utilização do vibrafone.

Em 1954, foi convidado por Dick Farney para fazer parte do Dick Farney e seu Conjunto como guitarrista. Nesse ano, participou com o conjunto de Dick Farney da gravação na Continental do choro João Sebastião Bach, de sua autoria e Dick Farney.

Em 1955, as composições Gafieira e Dama da noite, parcerias com Djalma Ferreira, foram gravadas por Djalma Ferreira pela Musidisc. Nesse ano, seu Choro nº 1 foi gravado no LP Dick Farney e seu quinteto lançado por Dick Farney na Continental. Também em 1955, gravou pela Columbia, em interpretação de guitarra, o mambo As lavadeiras, de Obidulio Morales e Marion Sunshine, e o choro Um baixo no chor", de sua autoria.

Em 1956, lançou pela Musidisc o LP Música da Noite - Volume 1, gravado com seu conjunto de boate. No mesmo ano, teve a canção Beduíno triste, com Sílvio Viana, gravada por Carlos Augusto na Polydor, e a Toada do beijo, com Sílvio Viana, registrada na Copacabana por Carminha Mascarenhas. Por essa época, passou a atuar como integrante do conjunto da Boate Cave.

Em 1958, teve o samba-canção Frases de amor, com Alberto Paz, gravado por Alaíde Costa na Odeon. Nesse ano, como integrante do conjunto da boate Cave, tocando contrabaixo, participou da gravação do LP Uma noite no Cave, do cantor Almir Ribeiro.

Em 1962, gravou três discos pela gravadora Musidisc interpretando o beguine Arrivederci Roma, de Renato Ruscel, Garinei e Giovannini, os sambas Dance e não se canse, de sua autoria, Agora é cinza, de Bide e Marçal, e Madeira, de Maximiano Souza, e os fox The rose tatoo, de J. Brocks e H. Warren, e Molly-o, de Bernestein e Fine.

Instrumentista de intensa atuação, lançou disco pela Columbia e Musidisc e destacou-se como líder de conjunto.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Gilberto Gagliardi

Gilberto Gagliardi, instrumentista e arranjador, nasceu em São Paulo SP, em 5/12/1922. Estudou trombone com o pai, José Gagliardi, e fez curso de iniciação musical na E.N.M.U.B, do Rio de Janeiro RJ, em 1938. Começou a tocar profissional mente com a orquestra Simon Bountman, que atuava na Victor.

Realizou suas primeiras gravações — músicas de Carnaval — em 1939, e tocou em diversas orquestras na Odeon, acompanhando Francisco Alves, o Trio de Ouro, Orlando Silva, Sílvio Caldas, Emilinha Borba e outros.

Apresentou-se no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, de 1940 a 1943, com a orquestra de Carlos Machado, e participou de sua excursão pela Argentina em 1943. Tocou ainda na Rádio Globo, do Rio de Janeiro, de 1944 a 1947 e, de 1948 a 1951, na Rádio Nacional.

Em 1949 viajou pelo Uruguai com a orquestra de Zacarias e recebeu o prêmio de melhor trombonista brasileiro, conferido pela Associação dos Fã-Clubes Brasileiros e pelos programas Cinemúsica e Disc-jockey.

De 1946 a 1953 tocou com o conjunto Os Copacabana; de 1954 a 1956, com a orquestra Sílvio Mazzuca; em 1961, com a orquestra Simonetti e, em 1963, com Dick Farney e sua Orquestra, para a qual também fez arranjos para gravações.

Em 1966 tocou com a orquestra Élcio Álvarez. Como líder e arranjador, gravou os seguintes LPs: Escola de dança (1957), Dançando com G. Gagliardi e sua orquestra (1959) e Baile das Américas (1961).

Foi arranjador das músicas de Carnaval dos compositores da SICAM entre 1968 e 1974 e trabalhou nas trilhas sonoras de quase todos os filmes produzidos pela Vera Cruz. Foi o primeiro trombone solista da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Compôs vários choros, tendo como parceiros Clóvis Mamede, Domingos Namone e Romeu Rocha.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Retrato de um playboy

Retrato de um playboy - Gabriel o Pensador
Tom: Bbm
Intro: ( Bbm )

Pergunta prum playboy o que é que ele pensa
Sabe o que ele diz ? (Se borra todo)
Não, mais ou menos assim:
(Bbm Ebm7)
Sou playboy e vivo na farra
Vou à praia todo o dia e sou cheio de marra
Só ando com a galera e nela me garanto
Só que quando estou sozinho eu só ando pelos cantos
Por que eu luto Jiu-jitsu mas é só diversão
É isso aí meu cumpádi my brother meu irmão
Se alguma coisa está na moda então eu faço também
Igualzinho a mim eu conheço mais de cem
Se eu faço tudo o que eles fazem então tudo bem
Não quero estudo nem trabalho Não vem que não tem
Porque eu sou o quê ?
Um playboyzinho e disso não me envergonho
Não sei o que é a vida Não penso
Não sonho praia surf e chopp
Essa é a minha realidade
Não saio disso porque me falta personalidade
Não tenho cérebro apenas me enquadro no sistema
Ser tapado é a minha sina
Ser playboy é o meu problema
Faço só o que os outros fazem e acho isso legal
Arrumo brigas com a galera e acho sensacional
Me olho no espelho e me acho o tal
Mas não percebo que no fundo eu sou um débil mental Por que
Bb
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Me afundo nessa bosta até não poder mais porque
Bb
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Sou um débil mental Somos todos igual por que
Bb
Souplayboy filhinho de papai
Eb Ab
Me afundo nessa bosta até não poder mais porque
Bb
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Sou um débil mental Somos todos iguais
(Bbm Ebm7)
Com a cabeça raspada ou cheia de parafina
Eu não tiro onda porque acho que sou gente fina
Mas na verdade eu pertenço a pior raça que existe
Eu sou playboy penso que sou feliz
Mas eu sou triste Eu sou pior que uma praga
Eu sou pior que uma peste
Eu tô em qualquer lugar da superfície terrestre
E digo aonde a playboyzada prolifera a mil
E num país capitalista pobre como o Brasil
Onde não somos patriotas ou nacionalistas
Gosto das cores dos states com as estrelas e listras
É o que eu sinto pelo país e que eu sinto pelo povo
Olha só que legal quando eu pego um ovo
E entro no carro com os amigos levo o ovo na mão
Olha o ponto de ônibus Freia aí meu irmão !!
E ru taco o ovo bem na cara de um trabalhador
Que esperava o seu ônibus que passou e não parou
Que maneiro eu não ligo pra quem tá sofrendo
Eu vez de eu dar uma carona eu deixo o cara fedendo
Que legal se um mendigo me pede um cigarro
É apenas um motivo pra tirar mais um sarro
sacanear um mendigo é a maior diversão
Não tem problema há quantos dias ele não come um pão
E por falar em pão que eu como todo dia
Eu me lembrei da empregada que se chama Maria
Ela me dá comida me dá roupa lavada
Mas quando eu tô presente ela é sempre humilhada
Você precisa ver como eu trato a coitada
Eu a rebaixo e esculacho e fico dando risada por que
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Me afundo nessa bosta até não poder mais porque
Bb
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Sou um débil mental Somos todos igual por que
Bb
Souplayboy filhinho de papai
Eb Ab
Me afundo nessa bosta até não poder mais porque
Bb
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Sou um débil mental Somos todos iguais
(Bbm Ebm7)
Eu não sei nada dessa vida e desse mundo onde estou
E é quando eu saio de noite que eu vejo a merda que eu sou
Sem ter o que fazer ser ter o que pensar
Eu encho a cara de bebida até vomitar
E os falsos amigos que vão lá me carregar
São os mesmos que depois só vão me sacanear
Mas na cabeça da galera tamb;em não tem nada
Somos um monte de merda dentro da mesma privada
E até engraçado pela moda sou guiado
Adoro reggae mas não seu o que o Bob Marley diz
E se eu soubesse talvez não fosse tão infeliz
Mas eu sou um otário a minha vida não presta
Inteligência ? não tenho
A burrice é o que me resta
Então agora dá licença que eu vou parar
Minha cabeça tá doendo Eu vou descansar
E esse lugar tá fedendo quem mandou eu pensar ? Por que eu
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Me afundo nessa bosta até não poder mais porque
Bb
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Sou um débil mental Somos todos igual por que
Bb
Souplayboy filhinho de papai
Eb Ab
Me afundo nessa bosta até não poder mais porque
Bb
Sou playboy filhinho de papai
Eb Ab
Sou um débil mental Somos todos iguais
(Bbm Ebm7 Ab7)
Esse é o retrato da nossa juventude
Seja o playboy da maconha ou o playboy da saúde
E se cuidarmos assim do futuro do Brasil
Vamos levar esse país para a puta que o pariu

Palavras repetidas

Palavras repatidas - Gabriel o Pensador

riff-1
(C      D         G)
E|------------------10------7-----7----------|
B|-1-3-5----5----0----10--7---8-----8--------|
G|------------------------------7-----7------|
D|-------------------------------------------|
A|-0-2-3-------------------------------------|
E|-------------------------------------------|

A terra ta soterrada de violência,
De guerra, de sofrimento, de desespero.
Agente ta vendo, tudo ta vendo agente,
Ta vendo o nosso espelho na nossa frente,
Ta vendo na nossa frente aberração,
Ta vendo ta sendo o visto querendo ou não,
Ta vendo no fim do túnel escuridão (2x).
Ta vendo a nossa morte anunciada,
Ta vendo a nossa vida valendo nada.
To vendo, chovendo sangue no meu jardim,
Ta lindo o sol caindo que nem granada
Ta vindo um carro bomba na contra-mão. (3x)
Ta rindo o suicida na direção


G         C                Em                
É preciso amar as pessoas como se não houvesse
C
amanhã,
G          C          Em                C
Porque se você parar pra pensar, na verdade não há.

A bomba ta explodindo na nossa mão,
O medo ta estampado na nossa cara,
O erro ta confirmado ta tudo errado,
O jogo dos setes erros que nunca para,
Sete, oito, nove, dez, cem,
Erros meus erros seus e Deus também,
Estupidez um erro simplório,
A bola da vez, enterro, velório,
Perca total por todos os lados,
Do banco do ônibus ao carro importado.


Teu filho morreu meu filho também,
Morreu assaltando? Morreu assaltado?
Tristeza, saudade por todos os lados,
Tortura, covarde humilha e destrói.


Eu vejo um bin laden em cada favela,
Herói da miséria, vilão exemplar,
Tortura covarde por todos os lados,
Tristeza, saudade, humilha e destrói,
As balas invadem a minha janela,
Eu tava dormindo tentando sonhar


G         C                Em                
É preciso amar as pessoas como se não houvesse
C
amanhã,
G          C          Em                C
Porque se você parar pra pensar, na verdade não há.
Palavras repetidas, mais quais são as palavras
que eu mais quero repetir na vida?
Felicidade, paz. é
Felicidade, paz, sorte
Nem sempre se pode ter fé,
Mais nem sempre a fraqueza que se sente
Quer dizer que agente não é forte.

Lôraburra

Lôraburra - Gabriel o Pensador
Tom: Em
Intro: (Em7 Am7)

Em7
Essa eu dedico pras mulheres de verdade

Existem mulheres que são uma beleza
D7
Mas quando abrem a boca, hum, que tristeza!
Em7
Mas não é o seu hálito que apodrece o ar
D7
O problema é o que elas falam que não dá pra aguentar
Em7
Nada na cabeça, personalidade fraca
D7
Tem a feminilidade
Em7
E a sensualidade de uma vaca
D7
Produzidas com roupinhas da estação
D7
Que viram no anúncio da televisão
Em7
Milhões de pessoas transitam pelas ruas,
D7
Mas conhecemos facilmente esse tipo de perua
Em7
Bundinha empinada pra mostrar que é bonita
D7
E a cabeca parafinada pra ficar igual paquita

Em7 Em7 Em7
Lôraburra!
(bis 5x)

Ordem e Progresso sua bunda é um sucesso
Lôraburra!
nada mais a declarar
Em7
Elas estão em toda parte do meu Rio de Janeiro
D7
E as vezes me interrogo se elas estão no mundo inteiro
Em7
A procura de carros, a procura de dinheiro
D7
O lugar dessas cadelas era mesmo no putero
(Em7)
Só se preocupam em chamar a atenção
Não pelas idéias, mas pelo burrão
Não pensam em nada, só querem badalar
Estar na moda, tirar onda, beber e fumar
Em7
Cadelinhas de boate ou ratinhas de praia
D7
Apenas os otários aturam a sua laia
Em7
E enquanto o playboy te dá dinheiro e atenção
D7
Eu só saio com você se for pra ser o Ricardão

Em7 Em7 Em7
Lôraburra!
(bis 5x)
Ordem e Progresso sua bunda é um sucesso
Lôraburra!
Nada mais a declarar

Em7
Não eu não sou machista, exigente talvez
D7
Mas eu quero mulheres inteligentes, não vocês!
Em7
Vocês são o mais puro retrato da falsidade
D7
Desculpa amor mas eu prefiro mulher de verdade!
Em7
Você é medíocre e ainda sim orgulhosa
D7
Loira burra, não está com nada e está prosa
Em7
O seu jeito forçado de falar é deprimente
D7
Já entendi seu problema, você está muito carente
Em7
Mas eu só vou te usar, você não é nada pra mim
D7
(Ai meu amor foi bom pra você?)
Ah deixa eu dormir!
Em7
Pra que dar atenção a quem não sabe conversar?
D7
Pra falar sobre o tempo ou sobre como estava o mar
Em7
Não, eu prefiro dormir, sai daqui!
que?
D7
Eu já fui bem claro, mas vou repetir
Em7
E pra você me entender, vou ser até mais direto:
D7
Loira burra, você não passa de mulher objeto

Em7 Em7 Em7
Lôraburra!
(bis 5x)
Ordem e Progresso sua bunda e um sucesso
Lôraburra!
nada mais a declarar
Escravas da moda voces são todas iguais
cabelos, sorrisos e gestos artificiais
por causa da grana você e capaz de matar os seus próprios pais
Lôraburra você é vulgar, sim
seus valores são pertubados
você é leviana
pensa que esta com tudo mais se engana
em sua frágil cabecinha de porcelana
sua filosofia e ser bonita e gostosa
fora diso é uma tapada e preconceituosa
seus lindos peitos não merecem respeito
marionetes alienadas vocês não tem jeito
eu nao sou agressivo contudente talvez
o pensador da valor as mulheres não vocês
vocês são o mais puro retrato da falsidade
desculpa amor mais eu prefiro mulher de verdade
Em7 Em7 Em7
Lôraburra!
A Lôraburra!
(bis 5x)
Pode ser Loira o morena,pode ser ruiva o negra
Pode ser careca
eu gosto e de mulher
Lôraburra!
A Lôraburra!
(bis 5 x)
ah deixa eu dormir

Cachimbo da paz

Cachimpo da paz - Gabriel o Pensador

Tom: C

C7+
A criminalidade toma conta da cidade
A sociedade põe a culpa nas autoridades
Dm7
O cacique oficial viajou pro Pantanal
Porque aqui a violência tá demais
C7+
E lá encontrou um velho índio que usava um fio dental
E fumava um cachimbo da paz
Dm7
O presidente deu um tapa no cachimbo e na hora
De voltar pra capital ficou com preguiça
C7+
Trocou seu paletó pelo fio dental e nomeou
O velho índio pra ministro da justiça
Dm7
E o novo ministro chegando na cidade,
Achou aquela tribo violenta demais
C7+
Viu que todo cara-pálida vivia atrás das grades
E chamou a TV e os jornais
Dm7
E disse: "Índio chegou trazendo novidade
Índio trouxe cachimbo da paz
C Dm7
Maresia, sente a maresia

maresia, uuuuu...
C7+
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Dm7
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
C7+
Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta
Dizem que é do bom
Dizem que não presta
Dm7
Querem proibir, querem liberar
E a polêmica chegou até o congresso
C7+
Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência
Porque não é Hollywood mas é o sucesso
Dm7
O cachimbo da paz deixou o povo mais tranqüilo
Mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos
C7+
E o povo aplaudiu quando o índio partiu pra selva
E prometeu voltar com uma tonelada
Dm7
Só que quando ele voltou "sujou"!!!
A polícia federal preparou uma cilada
C7+
"O cachimbo da paz foi proibido,
entra na caçamba, vagabundo!
Dm7
Vamô pra DP! Ê êê! Índio tá fudido porque lá o pau
Vai comer!"

C Dm7
Maresia, sente a maresia

maresia, uuu...
C7+
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Dm7
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
C7+
Na delegacia só tinha viciado e delinquente
Cada um com um vício e um caso diferente
Dm7
Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele
Não vendia pinga fiado
C7+
E um senhor bebeu uísque demais, acordou com um travestí
E assassinou o coitado
Dm7
Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a aposta
E ela foi sequestrada
C7+
Era tanta ocorrência, tanta violência que o índio
Não tava entendendo nada
Dm7
Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento
E acendeu um "da paz" pra relaxar
C7+
Mas quando foi dar um tapinha
Levou um tapão violento e um chute naquele lugar
Dm7
Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu um
Acidente provocado por excesso de cerveja:
C7+
Uma jovem que bebeu demais atropelou
Um padre e os noivos na porta da igreja
Dm7
E pro índio nada mais faz sentido
Com tantas drogas porque só o seu cachimbo é proibido?
C Dm7
Maresia, sente a maresia

maresia, uuu...
C7+
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Dm7
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
C7+
Na penitenciária o "índio fora da lei"
Conheceu os criminosos de verdade
Dm7
Entrando, saindo e voltando cada vez mais
C7+
Perigosos pra sociedade, aí, cumpádi, tá rolando
Um sorteio na prisão pra reduzir a super lotação
Dm7
Todo mês alguns presos tem que ser executados
E o índio dessa vez foi um dos sorteados
C7+
E tentou acalmar os outros presos:
"Peraí..., vamô
Fumar um cachimbinho da paz
Dm7
Eles começaram a rir e espancaram o velho índio
C7+
Até não poder mais e antes de morrer ele pensou:
"Essa tribo é atrasada demais...
Dm7
Eles querem acabar com a violência,
mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz"
C7+
E o cachimbo do índio continua proibido mas se você quer
Comprar, é mais fácil que pão
Dm7
Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos que mataram
O velho índio na prisão
C Dm7
Maresia, sente a maresia

maresia, uuu...
C7+
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Manda a fumaça do cachimbo pra cachola
Dm7
Acende, puxa, prende, passa
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
C7+ Dm7
Maresia, sente a maresia

maresia, uuu...
C7+
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Dm7
Sente a marisia, maresia uuu...
Índio quer cachimbo, índio quer fazer fumaça
C7+
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Dm7 G
Sente a marisia, acende, puxa, prende, passa, uuu...
C7+
Apaga a fumaça do revólver, da pistola
Dm7
Sente a marisia maresia, índio quer fazer fumaça...

Até quando

Até quando - Gabriel o Pensador

(E)
Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta.
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
e muita greve, você pode, você deve, pode crer.
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver.
Se liga aí que te botaram numa cruz e
Só porque Jesus sofreu
não quer dizer que você tenha que sofrer.

(E G D A)
Até quando você vai ficar usando rédea?
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea?
(Pobre, rico, ou classe média).
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura.
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura.

REFRãO 2x
(E G D A)
Até quando você vai levando?_(Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?

(E G D A)
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente,
seu filho sem escola, seu velho ta sem dente.
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante,
você ta sem emprego e a sua filha ta gestante.
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo,
você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!

REFRãO 2x
(E G D A)
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai fica sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?

(E)
A policía matou o estudante, falou que
era bandido, chamou de traficante.
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
e absolveu os PM's de Vigário

(E G D A)
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai fica sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?

(E G D A)
A polícia só existe pra manter você na lei,
lei do silêncio, lei do mais fraco:
ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A programação existe pra manter você na frente,
na frente da TV, que é pra te entreter, que é
pra você não ver que o porgramado é você.

E
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.
G
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.
B
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado,
que eu saiba falar.
D
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.
E
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar.
G
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.
B
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
D
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.
E  G
Escola, esmola! Favela, cadeia!
D
Sem terra, enterra!
A
Sem renda, se renda! Não! Não!!

REFRãO 2x
(E G D A)
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai fica sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?

(E G D A)
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal
que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro,
na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?

Astronauta

Astronauta - Gabriel o Pensador

Intro: 

Em7 A/B B7 Em7 A/B B7 Em7 A/B B7 G7+ A7 A/B B7

     Em7
Astronauta, tá sentindo falta da Terra?
D7+
Que falta que essa Terra te faz?
  Em7
A gente aqui em baixo continua em guerra
D7+
olhando aí pra lua implorando por paz
          Dm7
Então me diz porque que
G7
voce quer voltar?
C7+
Voce nao ta feliz onde voce esta?
     Em7
Observando tudo a distancia Vendo como a 
A7
Terra é pequenininha como
  Em7
é grande a nossa ignorancia
 D7+
E como a nossa vida é mesquinha
        Em7
a gente aqui na bagaço morrendo de cansaço
   D7+
De tanto lutar por algum espaço
  Dm7
E voce, com todo  esse
   G7
 espaço na mao, 
C7+
querendo voltar aqui pro chao?
   Em7
Ah não, meu irmão.. qual é a tua?
  A7
Que bicho te mordeu aí na lua?

refrão

           Em7     A/B B7 
Eu vou pro mundo da lu..a 
       Em7 A/B   B7 
Que é feito um motel
           Em7      A/B B7 
Aonde os deuses e deu..sas
               Em7 
se abraçam e beijam 
     A/B B7 
no céu


   Em7
ah não , meu irmão quela é a tua?
    D7+
que bicho te mordeu aí na lua?
Em7
Fica por aí que é melhor que cê faz
 D7+
A vida por aqui tá difícil demais
 Dm7
aqui no mundo
   G7
o negócio tá feio
 C7+
tá todo mundo feito cego em tiroteio
 Em7
olhando pro alto, procurando a 
   A7
salvação, ou pelo menos uma orientação
Em7
voce já tá perto de Deus, astronauta
D7+
Então me promete que
   Em7
pergunta pra ele as respostas
  D7+
de todas as perguntas e me manda pela internet

Repete Refrão

Em7
É tanto progresso que eu pareço  uma criança
D7+
Essa vida de internauta me cansa
     Em7
astronauta, ce volta e deixa eu dar uma volta na 
D7+
nave, pasa a chave que eu to de mudança
Dm7  G7
Seja bem vindo, faça o favor 
C7+
e toma conta do meu computador porque eu
Em7
to de mala pronta to de partida
A7
e a passagem é só de ida
 Em7
to preparado pra decolagem,
    D7+
vou seguir viagem, vou me desconectar porque eu ja
Em7
to de saco cheio  e não quero receber nenhum
D7+
email com noticia dessa merda de lugar

Repete Refrão

    Em7
Eu vou pra longe, onde não exista gravidade pra
D7+
me livrar do peso da responsabilidade
   Em7
de viver nesse planeta doente E ter que achar a 
D7+
cura da cabeça e do coração da gente
Dm7  G7
Chega de loucura, chega de tortura
C7+
Talvez aí no espaço eu ache alguma criatura
    Em7
inteligente, aqui tem muita gente, mas
 A7
eu só encontro solidão
  Em7
ódio mentira ambição estrela por aí é o que não falta,
  D7+
astronauta, A Terra é um planeta em
     Em7
extinção

Repete Refrão 2x

(Em7 A/B B7)
uuu..

G7+ G/A A/B