sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Últimos destaques

Ciranda, cirandinha, vamos todos...
22/10/10 - Cantigas de roda - As cantigas de roda são primordiais para se conhecer os costumes, o cotidiano das pessoas, festas, pratos típicos, brincadeiras, crenças locais e paisagem. Normalmente de origem antiga vão sendo passadas oralmente pelas gerações. Pode parecer curioso para alguns falar-se em cantigas ou brincadeiras...Ler artigo.

Ronoel Simões
09/10/10 - Ronoel de Simões - Ronoel Simões, violonista e professor (São Paulo-SP, 24/3/1919), começou a tocar violão em 1939 e, dois anos depois, estudou violão clássico com Atílio Bernardini, com quem permaneceu por seis anos. A partir de 1947, passou a se apresentar em público, principalmente em duos e trios de violão...- Ler artigo.

Mozart de Araújo
09/10/10 - Mozart de Araújo - José Mozart de Araújo, musicólogo, professor e historiador, nasceu em Campo Grande CE (25/1/1904) e faleceu no Rio de Janeiro RJ (23/06/1988). Chegou ao Rio de Janeiro em 1928 para cursar medicina. Freqüentando o meio artístico, começou a pesquisar e analisar documentos sobre a música no...- Ler artigo

Agustín Barrios
08/10/10 - Agustín Barrios - Agustín Pío Barrios, também conhecido como Agustín Barrios Mangoré (San Juan Bautista de las Missiones - Paraguai, 5 de Maio de 1885 - São Salvador - El Salvador, 7 de agosto de 1944) violonista e compositor, desenvolveu, quando criança, o gosto pela música e pela literatura, além de falar duas línguas, o ...- Ler artigo.

Levino da Conceição
08/10/10 - Levino da Conceição - Compositor e instrumentista, nasceu na cidade de Cuiabá, Mato Grosso (12/11/1895), e faleceu em Niterói, Rio de Janeiro (12/02/1955). Ficou cego aos sete anos. Começou a aprender música e aos nove anos já tocava violão e era considerado um dos melhores violonistas de sua cidade natal. Aos...- Ler artigo.

Nelson Alves
08/10/10 - Nelson Alves - Nelson dos Santos Alves (Rio de Janeiro-RJ, 1895-1960), instrumentista e compositor, tocou cavaquinho no Grupo de Chiquinha Gonzaga, com Antônio Maria Passos na flauta e Arthur Nascimento (o Tute) no violão de 7 cordas. Foi um dos fundadores do Grupo dos Oito Batutas em 1919 e, com ele viajou...- Ler artigo.

Rogério Guimarães
08/10/10 - Rogério Guimarães - Rogério Pinheiro Guimarães, instrumentista e compositor, nasceu em 8/6/1900 em Campinas-SP, e faleceu em 23/6/1980 em Niterói-RJ. Influenciado pela família, cursou o Colégio Militar e, depois, a Escola de Guerra, a qual abandonou logo no início. Seu primeiro contato com o violão foi aos 15 anos de idade...- Ler artigo.

Trío Cristal
05/10/10 - Trío Cristal - O Trio Cristal, fundado pelo maestro, arranjador e compositor paraguaio Alberto Máximo Casanova, nasceu no Brasil por volta de 1955 no estado de São Paulo), constituindo sua formação original Tito Salinas (1ª voz e requinto), o próprio Alberto Casanova (2ª voz, solista, 2ª guitarra e diretor do grupo) e...- Ler artigo.

Maestro Gaó
04/10/10 - Gaó - Odmar Amaral Gurgel, regente, instrumentista, arranjador e compositor (Salto-SP,12/2/1909 - ?). Aos cinco anos, começou a aprender música com o pai, professor Acilino, mestre da banda local, que lhe ensinou violino, trombone, flauta e piano. Aos nove anos já era pianista profissional do Cine Pavilhão, de sua cidade...- Ler artigo.

Pedro Raimundo em Adeus Mariana
03/10/10 - Pedro Raimundo e a música gaúcha - A música regionalista do Rio Grande do Sul teve uma grande contribuição da música portuguesa e espanhola (da Península Ibérica) que vieram na alma dos colonizadores, como também recebeu a contribuição do imigrante alemão, do imigrante italiano, a influência do índio, do negro e do platino...- Ler artigo.

Cantigas de Roda


As cantigas de roda são primordiais para se conhecer os  costumes, o cotidiano das pessoas, festas, pratos típicos, brincadeiras, crenças locais e paisagem. Normalmente de origem antiga vão sendo passadas oralmente pelas gerações.

Introdução

Pode parecer curioso para alguns falar-se em cantigas ou brincadeiras-de-roda nos dias de hoje. Em tempos, em que estas manifestações da cultura popular espontânea estão com o seu espaço tão diminuído.

Nas ruas, nas praças, nos quintais está mais raro de se ver ou ouvir-se das bocas infantis aquelas canções que, na simplicidade das suas melodias ritmos e palavras, guardam séculos de sabedoria e a riqueza condensada do imaginário popular.

Porém, sem estarem em alta, também não estão extintas. E configurando uma situação contrastante e quase contraditória - é certo que muitas vezes tendo partes omitidas ou formas esquecidas e transformadas, elas sobrevivem à era do computador. Talvez como um reflexo da busca do contato com a expressão genuína e ancestral que é, em última instância, insubstituível.

O fato é que toda esta conjuntura não altera em nada o teor valoroso intrínseco às Cantigas e Brincadeiras-de-roda. Elas continuam contendo símbolos fecundadores de toda a vida subjetiva, e continuam funcionando como pretextos maravilhosos para a criança experimentar o seu corpo, a linguagem, e para descobrir-se a si própria ao mesmo tempo se revelando ao outro e inserindo-se no convívio social.

Cantigas de Roda e o Folclore

Cantiga ou ciranda de roda é um tipo de canção popular, de caráter folclórico, que está diretamente relacionada com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.

Esta prática, hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.

Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo, a letra. Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira. Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam a realidade humana com a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção da criança fique presa à história contada pela música, o que estimula sua imaginação e memória. São os casos das músicas A barata diz que tem, Peixe vivo e Sapo jururu.

Em outros casos, algum objeto cria vida, ou fala-se de amor que para as crianças é representado principalmente pelo casamento, já que o exemplo mais próximo delas é o dos pais. Há ainda as que retratam alguma história engraçada, divertida para as crianças. Contudo, não podemos deixar de destacar as cantigas que falam de violência ou de medo. Apesar de esse ser um tema da realidade da criança, em algumas cantigas ele parece ser um estímulo à violência ou ao medo. Atualmente algumas canções vêm sendo alteradas por pessoas mais preocupadas com a influência das músicas na mente infantil.

Não há como detectar o momento em que as cantigas de roda, já que além de terem autoria anônima, são continuamente modificadas, adaptando-se à realidade do grupo de pessoas que as canta. São também criadas novas cantigas naturalmente em qualquer grupo social.

De acordo com Cascudo (1988), autor que se destaca pelo seu brilhante estudo e grande empenho a respeito do assunto, as cantigas de roda tem um caráter constante. “(…) apesar de serem cantadas uma dentro das outras e com as mais curiosas deformações das letras, pela própria inconsciência com que são proferidas pelas bocas infantis.” (ibid., p 676) Elas são transmitidas oralmente abandonadas em cada geração e reerguidas pela outra “numa sucessão ininterrupta de movimento e de canto quase independente da decisão pessoal ou do arbítrio administrativo.” (ibid., p. 146).

Como podemos confirmar é de acordo com a sua utilização pelas crianças que a cantiga vai se tornando popular. As cantigas hoje conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente de Portugal e Espanha. Não é notável, porém, esta origem, pois as mesmas já se adaptaram tanto ao folclore brasileiro que são o retrato do país.

As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um local. Através dela dá-se a conhecer costumes, cotidiano das pessoas, festas típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, flora, fauna, crenças, dentre muitas outras coisas.

O folclore de determinado local vai sendo construído aos poucos através não só de cantigas de roda, mas também de histórias populares contadas oralmente, cantigas de ninar, lendas, etc.

“O folclore inclui nos objetos e fórmulas uma quarta dimensão sensível ao seu ambiente” (Câmara Cascudo).

Fontes :Cantigas e Brincadeiras-de-Roda na Musicoterapia; Cantigas de Roda - InfoEscola.

Veja também: Cantigas de Roda - Letras de músicas e cifras