quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Luís Soberano

Luís Soberano (Ednésio Luís da Silva), compositor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20/01/1920, e faleceu na mesma cidade em 30/07/1981. Filho de alagoanos foi criado no bairro do Estácio, onde desde pequeno cantava nas festas da escola. Mais tarde começou a tocar pandeiro em rodas de amigos, tornando-se excelente malabarista.

Frequentou várias escolas de samba, fixando-se na Paz e Amor, de Bento Ribeiro. Com o jornalista Júlio Pires, começou a freqüentar os pontos de músicos e compositores da Praça Tiradentes. Conheceu ali Germano Augusto, Kid Pepe, Portelo Júnior, Milton Passos, Jaime Vogeler, Buci Moreira, Augusto Calheiros, integrantes da “turma do copo”.

Por essa época, já era requisitado para tocar em bailes e festivais. Com os companheiros da “turma do copo” resolveu alugar os fundos de uma igreja, na Estrada do Macaco, em Vila Valqueire, onde organizou uma quermesse com espetáculos semanais, nos quais se apresentava com o seu pessoal e outros artistas. Passando a trabalhar como pandeirista, foi contratado pelas rádios Transmissora, Educadora, Tupi e Nacional.

Em 1940 começou a trabalhar com Napoleão Tavares, participando de espetáculos em quase todos os cassinos do Rio de Janeiro. Viajou para São Paulo SP com o Trio de Ouro e tornou-se sério concorrente de Russo do Pandeiro.

Em 1941 teve pela primeira vez uma composição sua gravada, o samba Não sinto saudade (com Orlando M. Braga e Vasco Gomes), interpretado pelo Quarteto de Bronze, na Victor. No final de 1944, o português Manuel Monteiro gravou na Victor o samba Tudo pode acontecer (com Romeu Gentil e Antônio dos Santos). No ano seguinte, ingressou na Orquestra de Fon-Fon.

Para o Carnaval de 1948, lançou dois grandes sucessos, o samba Não me diga adeus (com Paquito e João Correia da Silva), gravado por Araci de Almeida, na Odeon, e o samba Enlouqueci (com Valdomiro Braga e João Sales), gravado por Linda Batista na Victor. No ano seguinte, o Trio de Ouro gravou na Odeon o samba Salve a princesa Isabel (com Paquito). No final do ano, Dircinha Batista gravou, na Odeon, o samba Quem já sofreu, e Araci de Almeida lançou com sucesso, pela Odeon, o samba Na beira da praia (ambos com Felisberto Martins).

Viajou para o exterior com a Orquestra de Fon-Fon. Várias de suas composições foram gravadas por outros intérpretes, inclusive Paquetá (com Fernando Pais de Oliveira) e os pontos de macumba Xangô, Oxum, Jerônimo com Ganja, Zumba e São Benedito é preto, por Zezé Gonzaga, na década de 1970. Não me diga adeus e Enlouqueci tiveram numerosas regravações no mundo todo.
Obra

Não me diga adeus (c/Paquito e João Correia da Silva), samba, 1947; Não sinto saudade (c/Orlando M. Braga e Vasco Gomes), samba, 1941; Tudo pode acontecer (c/Romeu Gentil e Antônio dos Santos), samba, 1944.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Natureza bela

No ano de 1936, a Unidos da Tijuca trouxe pela primeira vez carros alegóricos que ilustravam o enredo. Antes, as singelas alegorias enalteciam coisas que não tinham nada a ver com o tema apresentado pelas agremiações.

A Tijuca fez essa inovação e virou notícia nos jornais. Além disso, o título de campeã de 1936 iria para a escola que tivesse a melhor harmonia. A Unidos da Tijuca já estava com a faca e o queijo na mão.

Daí, a evolução da escola na passarela foi tão, mas tão perfeita, que a escola levantou pela única vez o caneco com o enredo "Sonhos delirantes". O samba cantado na avenida não era um legítimo samba-enredo, pois não explorava o tema em nada. Mas os pesquisadores cismam em afirmar que este foi o "primeiro samba-enredo gravado em disco", pelo cantor Gilberto Alves. E é verdade, apesar de não ser um "samba-enredo verdadeiro".

"Natureza bela", é uma obra-prima competente, que soa bem no ouvido de qualquer sambista e tem uma melodia leve como uma pluma. Existem duas versões desse samba: a de 1948 e a de 1960, ambas feitas pelo boêmio de voz grave, Gilberto Alves.

Título da música: Natureza bela!... / Gênero musical: Samba / Intérprete(s): Alves, Gilberto / Compositor(es): Martins, Felisberto - Mesquita, Henrique / Gravadora Odeon / NÚmero do Álbum: 12771 / Data de Gravação: 00/1941 / Data de lançamento: 00/1947 / Lado: lado A / Rotações: Disco 78 rpm


Natureza bela!... (samba-enredo, 1936) - Felisberto Martins e Henrique Mesquita (Enredo: Sonhos delirantes / Samba cantado: Natureza bela)

Natureza bela do meu Brasil
Queira ouvir esta canção febril
Sem você, não tenho (bis)
As noites de luar pra cantar
Uma linda canção ao nosso Brasil

É um sambista apaixonado
Quem lhe pede, natureza
As noites de luar
Que vive bem perto de você
Mas sem lhe ver
Eu vejo as águas correndo
E sinto meu coração palpitar, ô ô
E o meu pinho gemendo
Vem minha saudade matar...


Fonte: O site dos Sambas-Enredo

Henrique Mesquita

Henrique Mesquita (Henrique de Oliveira Mesquita - circa 1900 - 11/10/1963, Rio de Janeiro, RJ), compositor, foi autor do primeiro samba-enredo gravado, Natureza bela, em parceria com Felisberto Martins.

Em 1936, o samba Natureza bela, com Felisberto Martins, foi utilizado no desfile de carnaval pela Escola de Samba Unidos da Tijuca.

Em 1941, foi lançada por Gilberto Alves pela Odeon aquela que seria sua mais famosa composição, o samba Natureza bela!..., parceria com Felisberto Martins, e que seria considerado o primeiro samba-enredo a ser gravado, embora não fosse tecnicamente um samba-enredo e fosse utilizado seis anos antes pela escola de samba Unidos da Tijuca. No mesmo ano, teve o samba Caminhar sem destino, com Felisberto Martins, gravado por Odete Amaral na Odeon. 

Em 1943, dois sambas feitos com Felisberto Martins, foram gravados na Odeon: Vejo-te em sonho por Edmundo Silva, irmão de Orlando Silva, e Ela zomba de mim, por Gilberto Alves. Para o carnaval de 1944, teve lançado na Odeon o samba Ela zomba de mim, com Felisberto Martins, na voz de Gilberto Alves. 

Em 1958, no LP Praça Onze não morreu lançado pela RGE com a particpação de diversos artistas teve os sambas Natureza bela, e Partiu para onde não sei, ambos com Felisberto Martins, gravados pela Escola de Samba Unidos da Tijuca. 

Em 1959, sua composição Natureza bela, com Felisberto Martins, foi regravada por Gilberto Alves no LP Gilberto Alves e o samba da gravadora Copacabana. Em 1963, o samba Ela sorriu foi gravado por Jamelão no LP Sambas para todo gosto lançado pela Continental. 

Em 1983, Natureza bela foi regravado no LP Trocando em miúdos a tristeza do Jeca lançado pelo Zimbo Trio pela gravadora Copacabana. Teve a música Batuque gravada na Kuarup pelo grupo Nosso Choro em 2005.

Obra

Batuque, Caminhar sem destino (c/ Felisberto Martins), Ela sorriu, Ela zombou de mim (c/ Felisberto Martins), Natureza bela (c/ Felisberto Martins), Partiu, para onde não sei (c/ Felisberto Martins), Vejo-te em sonho (c/ Felisberto Martins).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Edmundo Silva

Edmundo Silva (Edmundo Garcia da Silva, circa 1910, Rio de Janeiro, RJ), cantor, era irmão do cantor Orlando Silva, de quem foi grande incentivador da carreira artística. Sua trajetória artística, entretanto, não foi adiante.

Começou cantando na Rádio Cajuti. Contratado pela Odeon gravou seu primeiro disco em 1939, quando seu irmão Orlando já era um ídolo nacional, interpretando com acompanhamento da Orquestra Odeon a marcha Linda espanhola, de Ciro de Souza e Felisberto Martins, e o samba Amor, de Bide e Marçal.

No mesmo ano, gravou mais dois discos pela Victor interpretando com acompanhamento de orquestra a marcha Formosa argentina, de Wilson Batista e Germano Augusto, e o frevo-canção Jangadinha do amor e o maracatu Ou...já vou, dos Irmãos Valença, e com acompanhamento de regional, o samba A respeito de amor, de Wilson Batista e Arnô Canegal.

Em 1940, gravou em dueto com Marília Batista, com acompanhamento de regional, o samba No samburá da baiana, de Moacir Bernardino e J. Portela, e a batucada Vai andar, de Roberto Martins e Mário Rossi.

Em janeiro de 1941, gravou, ainda na Victor, a marcha Quem não tem cão, de J. Diaferia e Morfeu, e o samba Isquindô, de Getúlio Marinho e Antenor Borges. Em disco lançado em janeiro do ano seguinte, interpretou com acompanhamento de Fon-Fon e sua orquestra o samba Jurema, de Peterpan e Felisberto Martins, e a marcha Quadrilha carnavalesca, de Dunga e Cristóvão de Alencar.

Em 1942, registrou, com acompanhamento do conjunto Odeon, os sambas Lar, doce lar, de Cristóvão de Alencar e Dunga (Valdemar de Abreu), e A carta, de Roberto Martins. Para o carnaval de 1943, gravou com acompanhamento do conjunto regional Odeon, os sambas Felicidade que passou, de Valdemar Silva e Edgard Freitas, e Vejo-te em sonho, de Felisberto Martins e Henrique Mesquita. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto regional os sambas Ironia da sorte, de Cristóvão de Alencar, Zezinho e Alcebíades Nogueira, e Encontro de amor, de Felisberto Martins e Ari Monteiro.

Para o carnaval de 1944, lançou a marcha Alô indu!, de Pedro Camargo, Roberto Roberti e Sá Róris, e o samba Trabalha, de Roberto Roberti e Pedro Camargo, com acompanhamento da orquestra Odeon. De curta carreira, gravou nove discos pelas gravadoras Odeon e Victor interpretando composições de autores como Felisberto Martins, Cristóvão de Alencar, Wilson Batista, Valdemar de Abreu, Getúlio Marinho e outros.

Discografia

(1943) Felicidade que passou/Vejo-te em sonho, Odeon, 78; (1943) Ironia da sorte/Encontro de amor, Odeon, 78; (1942) Lar, doce lar/A carta, Odeon, 78; (1941) Jurema/Quadrilha carnavalesca, Odeon, 78, (1941) Quem não tem cão/Isquindô, Victor, 78; (1940) No samburá da baiana/Vai andar, Victor, 78; (1939) Linda espanhola/Amor, Odeon, 78; (1939) Formosa argentina/A respeito de amor, Victor, 78; (1939) Jangadinha do amor/Ou...já vou, Victor, 78.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Arnô Canegal

Arnô Canegal (Arnaud Canegal), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/1/1915, e faleceu na mesma cidade em 21/3/1986. Trabalhou desde criança como encadernador em uma gráfica e a partir dos 15 anos freqüentou os morros da Mangueira e São Carlos, reunindo-se com os sambistas locais.

Nessa época começou a compor, estreando em disco com a marchinha carnavalesca O gato e o rato, gravada por Odete Amaral na Victor em 1939. No ano seguinte, o samba Gargalhei (com Augusto Garcez e Henrique de Almeida) fez grande sucesso no carnaval, sendo gravado por Carlos Galhardo.

A partir de 1941 viajou ao Uruguai e Argentina como ritmista da orquestra do maestro Fon-Fon e participou de diversas excursões com Zacarias e sua Orquestra. Apresentou-se ainda nos espetáculos montados no Cassino da Urca, como ritmista da escola de samba de Herivelto Martins e seu Trio de Ouro.

Em 1942 trabalhou no filme inacabado de Orson Welles: Jangada. Foram também grandes sucessos suas composições Não põe a mão (com Mutt e Buci Moreira), gravada em 1951 pelos Titulares do Ritmo, na Odeon, e Se alguém disse, na voz de Newton Teixeira.

Entre seus intérpretes mais conhecidos figuram Orlando Silva, Trio de Ouro, Francisco Alves, RisadinhaCiro Monteiro, Dircinha Batista e Linda Batista.

Obra

Aquele bilhetinho (c/Nelson Cavaquinho e Augusto Garcez), samba, 1945; Gargalhei (c/Augusto Garcez e Henrique de Almeida), samba, 1940; A jurupoca piou (c/Ari Cordovil), samba, 1956; Não põe a mão (c/Mutt e Buci Moreira), samba, 1951.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art  Editora e PubliFolha.

Trio TBT

Trio TBT - Trio vocal criado no começo da década de 1930 por Abner Trajano e sua irmã Abdaná, e pelo cantor e compositor Jaime Brito.

Contratado pela Odeon, o trio gravou o primeiro disco em dezembro de 1931 com os sambas Deixa estar, de Eurico Campos, e Na roda da malandragem, de João Bastos Filho.

No mesmo ano, gravou as marchas Puxa, puxa o cordão, de I. Kolman, e Tenha cuidado, de Eurico Campos, e os sambas Conselho de um santo, de Paulo Barros e Guimarães Filho, e Coitada, de Eurípedes Capelan e Bide (Alcebíades Barcelos).

No ano seguinte, o trio foi contratado pela Victor e gravou logo dois discos com quatro sambas. Dois deles de autoria de José Luiz de Morais, o aclamado Caninha: Quando der uma hora! e Não há nada. Os outros dois eram Ao romper da madrugada, de Francisco Rodrigues de Melo, e Para amar e não sofrer, de Mário Travassos de Araújo. Em seguida, o trio gravou os sambas É a dor que nos maltrata, de Helena Menezes Silva, e Ri melhor quem ri por último, de Donga.

Também em 1932, o trio gravou com o Grupo da Guarda Velha os sambas Ai que dor, de Heitor dos Prazeres, e Como eu te amei, de André Filho. Nesse ano, o trio apresentou-se em festival realizado no Cine Eldorado, no Rio de Janeiro, juntamente com Almirante, o Grupo da Guarda Velha, Lamartine Babo, e Carmen Miranda, a fim de promover as músicas de carnaval da gravadora Victor.

Ainda em 1932, fizeram sucesso com o samba Como eu te amei, de André Filho. O trio teve curta duração gravando apenas sete discos pelas gravadoras Odeon e Victor.

Por volta de 2000, a gravação da marcha Puxa, puxa o cordão, de I. Kolman, foi relançada pelo selo Revivendo no CD Carnaval sua História - Sua glória - volume 8. Em 2003, foi relançada a gravação do samba Conselho de um santo, de Paulo Barros e Guimarães Filho, no CD Carnaval - Sua História, sua glória - volume 21, do selo Revivendo.

Discografia

(1932) Quando der uma hora!/Não há nada - Victor – 78 rpm; (1932) Ao romper da madrugada/Para amar e não sofrer - Victor – 78 rpm; (1932) É a dor que nos maltrata/Ri melhor quem ri por último - Victor – 78 rpm; (1932) Ai que dor/Como eu te amei - Victor – 78 rpm; (1931) Deixa estar/Na roda da malandragem - Odeon – 78 rpm; (1931) Puxa, puxa o cordão/Conselho de um santo - Odeon – 78 rpm; (1931) Tenha cuidado/Coitada - Odeon 78 rpm.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira; Bibliografia Crítica: AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

Don Pedrito

Don Pedrito (corrido mexicano, 1949) - Djalma Esteves e Célio Monteiro - Intéprete: Os Trigêmeos Vocalistas, que foi organizado em 1937, na cidade de São Paulo SP, pelos irmãos Armando Carezzato (São Paulo 1917—), e os gêmeos Raul Carezzato (São Paulo 1921—) e Humberto Carezzato.

Em 1949 fizeram sucesso com a gravação da rumba El Cumbanchero (Rafael Hernández) e o corrido mexicano Don Pedrito (Djalma Esteves e Célio Monteiro), em discos Odeon.

Título da música: Don Pedrito / Gênero musical: Corrido mexicano / Intérprete(s): Trigêmeos Vocalistas / Compositor(es): Monteiro, Célio - Esteves, Djalma / Gravadora: Odeon / Número do Álbum: 12958 / Data de Gravação: 12/05/1949 / Data de Lançamento: 11/1949 / Lado: lado A / Rotações: Disco 78 rpm.

Djalma Esteves

Djalma Esteves (Circa de 1910, Rio de Janeiro, RJ), compositor, foi parceiro de Vicente Paiva, Afonso Teixeira, Felisberto Martins e Milton de Oliveira, entre outros.

Em 1934, teve suas primeiras obras gravadas, o samba Sinos de Natal (com Vicente Paiva), lançado por Aurora Miranda na Odeon, e a marcha Solta o balão, com Sátiro de Melo, por Cirene Fagundes, também na Odeon. Em 1935, outras duas parcerias com Vicente Paiva foram gravadas por Aurora: a marcha Linda primavera e o samba A turma chorou.

Em 1936, Moreira da Silva gravou na Columbia o samba Adeus...vou partir, com Moreira da Silva. Em 1937, duas de suas rumbas foram gravadas por Carmen Miranda na Odeon, Dance rumba, com Buci Moreira, e Em tudo, menos em ti, com Osvaldo Santiago. Nesse ano, J. B. de Carvalho gravou na Victor a batucada Foste embora, com Carlos Almeida e Raul Resende, enquanto José Lemos registrou a marcha Até a lua gostou, com Milton de Oliveira e Raul Resende.

Em 1938, teve duas músicas gravadas por Linda Batista em dupla com Fernando Álvares no primeiro disco da cantora na Odeon, as rumbas Chimarrão e Churrasco, esta última, parceria com Augusto Garcez. No mesmo ano, Patrício Teixeira lançou pela Victor os sambas Chorar é desabafar, com Milton de Oliveira e J. Andrade, e Magoado, com Milton de Oliveira e Raul Resende. Ainda neste ano, Fernando Alvarez gravou na Victor o samba Pensei em ti, com Augusto Garcez. Em 1938, duas de suas marchas foram gravadas na Columbia pelo cantor Joaquim Pimentel: Olha a onda, com Raul Resende, e Eu tive uma morena, com Nelson de Castro.

Em 1939, o samba-batuque No tronco da amendoeira foi gravado com sucesso por Patrício Teixeira na Victor em disco que trazia também o samba Foste louca, com Milton de Oliveira. A rumba-canção Luar do Rio, com Miguel Baúso, foi registrado pelas Irmãs Medina na Odeon. Nesse ano, os sambas Em sonhos eu te beijei, com Milton de Oliveira, e Quando o meu amor morreu, com J. B. de Carvalho e Milton de Oliveira, foram gravados na Odeon por J. B. de Carvalho. Também pela Odeon, Moreira da Silva lançou a batucada Adeus orgia, adeus, com Felisberto Martins. Ainda nesse ano, o samba Maior prazer, com Buci Moreira, foi gravado na Columbia pela cantora Carmen Barbosa, e a marcha Linda mexicana, com Edgard Freitas e David Nasser, foi lançada, também na Columbia, por Francisco Alves.

Em 1940, fez com E. Freitas e F. Santos o samba Casinha amarela que Moreira da Silva gravou na Odeon. No mesmo ano, Nicodemos Resende gravou na Odeon o samba A mulher é assim, e a marcha Linda holandesa, ambas com Luis Siciliano, e Patrício Teixeira registrou na Victor o samba Ao lado da linda Mangueira, com Milton de Oliveira. Também em 1940, Moreira da Silva gravou na Victor os sambas Deusa da Vila, com David Nasser, e Assim termina um grande amor, com Moreira da Silva e Miguel Baúso.

Em 1941, Nicodemos Resende gravou na Odeon a marcha Mulher bonita, com Antenor Borges e Afonso Teixeira, e a marcha-rancho Camponesa, com Luiz Siciliano e Henrique Gomes, enquanto Patrício Teixeira lançou pela Victor o samba Fui eu, com Milton de Oliveira. Outra parceria com Milton de Oliveira foi gravada no mesmo ano por Osvaldo Novarro na Victor, o samba Não sei. Também em 1941, teve dois sambas gravados na Victor por Ciro Monteiro: Se eu lhe perder, com Luiz Siciliano e Afonso Teixeira, e Criança louca, com Afonso Teixeira. O samba Quem é que está com a razão, com Estanislau Silva e Augusto Garcez, foi lançado por Ciro Monteiro em 1942, pela gravadora Victor, mesmo ano em que Arnaldo Amaral registrou na Columbia a marcha Vingança do padeiro, com Antenor Borges e Estanislau Silva, enquanto Patrício Teixeira, também na Victor fazia o registro do samba Vem me ouvir, com Luiz Siciliano e Henrique Gomes.

Em 1947, a rumba Escandalosa, com Moacir Silva, foi gravada na Odeon por Araci de Almeida com o Trio Madrigal e os Vocalistas Tropicais. Essa rumba foi sucesso nesse mesmo ano na voz de Emilinha Borba em gravação que consolidou a carreira da cantora. Ainda em 1947, Heleninha Costa gravou na Continental o samba Amanhece e anoitece, com Ciro Monteiro e Antônio Fernandes. Dois anos depois, os Trigêmeos Vocalistas gravaram na Odeon o corrido Don Pedrito, com Célio Monteiro. Ainda em 1949, Moreira da Silva gravou pelo selo Star o samba Helena querida, com Vitor Lima.

Em 1951, o mambo Apimentadinha, com U. Martelli, e a marcha Vem italiana, com Célio Monteiro e Fonseca Filho, foram gravadas na Odeon pelos Trigêmios Vocalistas. Embora de discreta repercussão pessoal, como compositor teve mais de trinta composições gravadas no período da "Era de ouro" da música popular brasileira.

Obra

A mulher é assim (c/ Luis Siciliano), A turma chorou (c/ Vicente Paiva), Adeus orgia, adeus (c/ Felisberto Martins), Adeus...vou partir (c/ Moreira da Silva), Amanhece e anoitece (c/ Cyro Monteiro e Antônio Fernandes), Ao lado da linda Mangueira (c/ Milton de Oliveira), Assim termina um grande amor (c/ Moreira da Silva e Miguel Baúso), Até a lua gostou (c/ Milton de Oliveira e Raul Resende), Camponesa (c/ Luiz Siciliano e Henrique Gomes), Casinha amarela (c/ E. Treitas e F. Santos), Chimarrão, Chorar é desabafar (c/ Milton de Oliveira e J. Andrade), Churrasco (c/ Augusto Garcez), Criança louca (c/ Afonso Teixeira), Dance rumba (c/ Bucy Moreira), Deusa da Vila (c/ David Nasser), Don Pedrito (c/ Célio Monteiro), Em sonhos eu te beijei (c/ Milton de Oliveira), Em tudo, menos em ti (c/ Osvaldo Santiago), Escandalosa (c/ Moacir Silva), Foste embora (c/ Carlos Almeida e Raul Resende), Foste louca (c/ Milton de Oliveira), Helena querida (c/ Vitor Lima), Linda holandesa (c/ Luis Siciliano), Linda mexicana (c/ Edgard Freitas e David Nasser), Linda primavera (c/ Vicente Paiva), Magoado (c/ Milton de Oliveira e Raul Resende), Maior prazer (c/ Buci Moreira), Mulher bonita (c/ Antenor Borges e Afonso Teixeira), Não sei (c/ Milton de Oliveira), No tronco da amendoeira (c/ Milton de Oliveira), Pensei em ti (c/ Augusto Garcez), Quando o meu amor morreu (c/ J. B. de Carvalho e Milton de Oliveira), Quem é que está com a razão (c/ Estanislau Silva e Augusto Garcez), Se eu lhe perder (c/ Luiz Siciliano e Afonso Teixeira), Sinos de Natal (c/ Vicente Paiva), Solta o balão (c/ Sátiro de Melo), Vem me ouvir (c/ Luiz Siciliano e Henrique Gomes), Vingança do padeiro (c/ Antenor Borges e Estanislau Silva).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira;