quarta-feira, 29 de março de 2006

Elvira escuta

Elvira escuta - José Marcelo de Andrade - Adaptação e interpretação: Luiz Cláudio



Tom: Lá maior.
        A     A7         D
Elvira escuta os meus gemidos
               E7            A    A7
Que aos teus ouvidos irão chegar.    
              D                A
Não sejas traidora, tem dó de mim
            E7                 A
Tem dó dest´alma que te sabe amar. 

          A    A7         D
Se tu me amas como eu te amo
         E7                A     A7
Eu te prometo não te desprezar.
              D               A
Não sejas traidora tem dó de mim
            A7                 A
Tem dó dest’alma que te sabe amar. 

       A             D
Teu coração é um rochedo
         E7           A    A7
Este rochedo é meu penar.
              D               A
Não sejas traidora tem dó de mim  
            A7                 A
Tem dó dest’alma que te sabe amar.

       A      A7      D
Sobe a escada bem devagar
        E7             A
Elvira dorme, pode acordar.
               D              A
Não sejas traidora tem dó de mim
            A7                 A
Tem dó dest’alma que te sabe amar. 

       A       A7        D
Ainda mesmo depois de morta
      E7              A    A7
A tua face eu irei beijar.
              D               A
Não sejas traidora tem dó de mim
            A7                 A
Tem dó dest’alma que te sabe amar 

4 comentários:

  1. Olá,

    Muito boa a cifra! Acho linda essa música.

    Vocês sabem o ano que essa musica foi composta ou gravada pela primeira vez?

    Não encontro nada em canto nenhum sobre a música, nem sobre o autor.

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  2. Olá, Trovador das Gerais! Encontrei alguma sobre essa música no Tribuna Livre - www.samba-choro.com.br - de outubro 1999: "...Eu tenho uma publicação que pretende ser uma "pesquisa histórica do folclore musical mineiro", preparada porLuiz Cláudio, grande cantor e compositor curvelense, que fez bastante sucesso na Rádio Inconfidência nos anos 50 e 60, e que anda sumido. A publicação se chama "Minas Sempre Viva" (Ed. Léo Christiano Editorial Ltda., 1983 - Caixa Postal 25026/20552 - Rio de Janeiro, RJ). Dois LP's gravados pelo Luiz Cláudio acompanham a publicação, que possui letras e cifras das músicas, sua história, alem de lindos desenhos, à bico de pena, feitos pelo próprio cantor, que também é arquiteto. A apresentação da obra é feita por Carlos Drummond de Andrade. Em sua coluna deste domingo há algumas diferenças, em relação ao que encontrei na obra mencionada, nos comentários feitos sobre as músicas "É a ti flor do céu" e "Elvira Escuta". Esta última, por exemplo, seria de autoria de João (e não José) Marcelo. Mas vamos ao que está no texto: "Uma troca de amor, uma troca de nome. É o que informa Hermes de Paula sobre esta canção, na página 30 do seu "Caderno de Modinha": "Consta que é de autoria de um diamantinense, João Marcelo de Andrade, oferecida a uma jovem de nome Emílio, que se casou com outro; por isto mesmo o nome primitivo foi trocado" Já o pesquisador Ary Vasconcelos, no seu livro "Raízes da Música Popular Brasileira (1550-1889)" oferece uma versão completamente diversa para a origem da música: "O autor anônimo de "Meu Anjo, Escuta" ou "Lausina" (que, em versão provavelmente de Minas Gerais, tornou-se conhecida como "Elvira, Escuta") nasceu Presumivelmente no Rio de Janeiro, por volta de 30, e pode ter Falecido na mesma cidade, lá por 1890. Segundo o maestro Batista Siqueira, em "Modinhas do Passado" (Rio de Janeiro, 1956), pgs. 143 e 144, esta modinha está publicada em "Nova Coleção de Modinhas" (Rio de Janeiro, H. Garnier, 1878), com o nome de "Lausina". Poderia ter sido, pois, composta em 1870 ou, pelo menos, nessa década. O maestro fornece a seguinte "versão popular coligida da tradição oral no Estado do Rio" (Meu anjo escuta / os meus gemidos / que aos teus ouvidos / querem chegar (estribilho) / Assim traidora / tem dó de mim / tem dó dest'alma / que te sabe amar, etc). Ary Vasconcelos acrescenta que a modinha, provavelmente carioca, deve ter emigrado, ainda no século passado, para Minas Gerais, onde passou a ser dedicada por artes (e amores?) de seu primeiro cantor mineiro, a uma certa Elvira.. Daí o nome da canção adotado em terras mineiras. Luiz Cláudio incluiu essa versão no seu LP "Cantigas" (Odeon SMOFB 3745), com arranjo e
    adaptação de sua autoria..".
    de: Fabio Paceli (fabiopaceli@YAWL.COM.BR)
    Sun, 24 Oct 1999 12:11:18 -0200

    Um grande abraço!
    Everaldo J dos Santos
    Bal. Camboriú - SC

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  3. Parabéns, Everaldo. Ricas informações!

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