segunda-feira, 29 de maio de 2006

Mágoa de boiadeiro


Mágoa de Boiadeiro (toada, 1967) - Nonô Basílio e Índio Vago - Intérpretes: Pedro Bento e Zé da Estrada / Celinho

LP Mágoas de Boiadeiro - Pedro Bento, Zé Da Estrada e Celinho / Título da música: Mágoa de Boiadeiro / Nonô Basílio (Compositor) / Índio Vago (Compositor) / Pedro Bento e Zé da Estrada (Intérprete) / Celinho (Intérprete) / Gravadora: Beverly / Ano: 1971 / Álbum: AMCLP 5114 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Toada / Regional / Sertanejo


Introdução: G, A7, D, A7, D

       A7           G         D     
Antigamente nem em sonho existia
                        A7                     D      
tantas pontes sobre os rios nem asfalto nas estradas
           A7            G         D
A gente usava quatro ou cinco sinueiros
                   A7                   D   D7
prá trazer o pantaneiro no rodeio da boiada
            G                      D
Mas hoje em dia tudo é muito diferente
                      Em         A7             D  D7
com progresso nossa gente nem sequer faz uma ideia
            G          A7        D
Que entre outros fui peão de boiadeiro
                    A7                      D
por esse chão brasileiro os heróis da epopéia

          A7        G            D       
Tenho saudade de rever nas currutelas as mocinhas
       A7                 D
nas janelas acenando uma flor
           A7       G         D     
Por tudo isso eu lamento e confesso que
                                        D             
a marcha do progresso é a minha grande dor
        G                    D    
Cada jamanta que eu vejo carregada
                    Em         A7         D  D7
transportando uma boiada me aperta o coração
             G            A7        D         G
E quando eu vejo minha tralha pendurada de tristeza
      A7                       D
dou risada prá não chorar de paixão


Introdução: G, A7, D, A7, D

         A7        G               D
O meu cavalo relinchando pasto a fora
                    A7                      D
certamente também chora na mais triste solidão
               A7          G             D
Meu par de esporas meu chapéu de aba larga
                 A7                   D   D7
uma bruaca de carga o meu lenço e o facão
          G                    D
O velho basto o meu laço de mateiro
                 Em                        D   D7
o polaco e o cargueiro  o meu lenço e o gibão
        G         A7           D
Ainda resta a guaiaca sem dinheiro
                   A7                    D
deste pobre boiadeiro que perdeu a profissão

          A7          G          D
Não sou poeta, sou apenas um caipira
                    A7                D
e o tema que me inspira é a fibra de peão
          A7         G           D
Quase chorando meditando nesta mágoa
                    A7                   D  D7
rabisquei estas palavras e saiu esta canção
             G                    D
Canção que fala da saudade das pousadas
                    Em              A7          D   D7
que já fiz com a peonada junto ao fogo de um galpão
          G        A7             D
Saudade louca de ouvir um som manhoso
                     A7                         D   
de um berrante preguiçoso nos confins do meu sertão.

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