quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Minha viola

Primeira composição de Noel Rosa, uma embolada, com nítida influência dos Turunas da Mauricéia, grupo pernambucano que se apresentou no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, em 1927, com grande sucesso. Foi também a primeira gravação do Poeta da Vila, editada pela Parlophon em agosto de 1930, disco 13185-B, matriz 3320 (Fonte: Samuel Machado Filho - Youtube).

Minha Viola (embolada, 1929) - Noel Rosa - Intérprete: Noel Rosa

Disco 78 rpm / Título da música: Minha viola / Autoria: Rosa, Noel, 1910-1937 (Compositor) / Rosa, Noel, 1910-1937 (Intérprete) / Grupo Regional (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Parlophon, 1930 / Nº Álbum 13185 / Lado B / Gênero musical: Embolada.


Tom: E
Intro: B7 E

Refrão 2x:
E          B7
  Minha viola
                  E
Ta chorando com razão
                 F#m
Por causa duma marvada
      B7         E
Que roubou meu coração

            B7                        E
Eu não respeito cantadô que é respeitado
                    B7                  E
Que no samba improvisado me quisé desafiá
            B7                    E
Inda outro dia fui cantá no galinheiro
                       B7                    E
O galo andou o mês inteiro sem vontade de cantá

       F#m        G#m        C#m
Nesta cidade todo mundo se acautela
          F#m          A            B7         E
Com a tal de febre amarela que não cansa de matá
          F#m           G#m             C#m
E a dona Chica que anda atrás de mal conselho
         F#m         A
Pinta o corpo de vermelho
       B7          E
Pro amarelo não pegá

Refrão 2x:

        B7                      E
Eu já jurei não jogá com seu Saldanha
                       B7
Que diz sempre que me ganha
                  E
No tal jogo do bilhar
          B7                      E
Sapeca o taco nas bola de tal maneira
                          B7                    E
Que eu espero a noite inteira pras bola carambolá
           F#m      G#m            C#m
Conheço um véio que tem a grande mania
     F#m      A        B7             E
De fazê economia pra modelo de seus filho
          F#m      G#m           C#m
Não usa prato, nem moringa, nem caneca
       F#m            A
E quando senta é de cueca
           B7           E
Prá não gastá os fundilho

Refrão 2x:

             B7                   E
Eu tive um sogro cansado dos regabofe
                    B7                     E
Que procurou o Voronoff, doutô muito creditado
           B7                         E
E andam dizendo que o enxerto foi de gato
                    B7                  E
Pois ele pula de quatro miando pelos telhado
           F#m      G#m          C#m
Adonde eu moro tem o Bloco dos Filante
     F#m                 A          B7        E
Que quase que a todo instante um cigarro vem filá
       F#m      G#m           C#m
E os danado vem bancando inteligente
         F#m            A
Diz que tão com dor de dente
          B7         E
Que o cigarro faz passá

(Refrão 2x)

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