Neco (Manuel Antenor de Souza), compositor e cantor, nasceu em Petrópolis (RJ), em 25/05/1893 e faleceu em 24/05/1968. Aprendeu a tocar violão com irmão, Paulino, na época em que trabalhava como tecelão na fábrica Santa Helena, em Petrópolis. Aos 17 anos foi para o Rio de Janeiro e, um ano depois, já compunha e cantava suas modinhas.
Em 1912 compôs sua primeira música, Amor ingrato, que ele mesmo gravaria em disco da Casa Faulhaber, um dos maiores sucessos de sua carreira. Compôs nas duas primeiras décadas do século as modinhas Meu anjo, escuta, Sou teu escravo, Por que desprezas?, Simples desejos, Por teu sorriso, e o lundu A mulata carioca.
Retornando à Petrópolis em 1913, voltou a trabalhar como tecelão, depois como chofer de táxi e funcionário dos Correios e Telégrafos. Sem deixar a música de lado, tocava em conjuntos de jazz nos clubes locais e continuou a compor.
Na década de 1950, sua música Amor ingrato foi regravada por Silvinho, com êxito. Em 1950, já aposentado dos Correios e Telégrafos, compôs, com Fernando Martins o samba Nunca mais digo adeus, obtendo grande destaque.
Entre seus maiores sucessos estão a valsa Meu maior pecado (com Mário Rossi), 1949; Uma saudade a mais, valsa (1951); Alice, baião (1955); o bolero O pranto dos meus olhos (com D. Carvalho) e As águas correm para os rios, gravado por Marco Antônio.
Em 1964 encerrou sua carreira de compositor com o samba de carnaval Foi ela (com Darci de Souza), e a marcha Oito garrinhas (com Darci de Souza e Marcílio Lopes).
Obras:
Amor ingrato, modinha, 1912; Foi ela (c/Darci de Sousa), samba, 1964; Meu anjo, escuta, modinha, s.d.; Meu maior pecado (c/Mário Rossi), valsa, 1949; A mulata carioca, lundu, s.d.; Nunca mais digo adeus (c/Fernando Martins), samba, 1950; Uma saudade a mais, valsa, 1951.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.
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