Incansável na renovação de seu repertório, Luiz Gonzaga chegaria a gravar durante o ano nada menos de vinte composições, sendo oito delas com Humberto teixeira e sete com o novo parceiro, Zé Dantas. De todas essas músicas, mereceu destaque especial o baião "Qui Nem Jiló", um dos melhores da dupla Gonzaga-Teixeira.
Refletindo sinais da integração do gênero ao meio urbano, "Qui Nem Jiló" tem melodia mais elaborada do que a maioria dos baiões, em nada lembrando as primitivas cantigas sertanejas.
Qui nem jiló (baião, 1950) - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira - Intérpretes: Marlene e Os Cariocas
Disco 78 rpm / Título da música: Qui nem jiló / Humberto Teixeira, 1916-1979 (Compositor) / Luiz Gonzaga (Compositor) / Marlene (Intérprete) / Os Cariocas (Intérprete) / Orquestra Tabajara de Severino Araújo (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 1949 / Lançamento: 10/1949 / Nº do álbum: 16125 / Nº da matriz: 2167 / Gênero musical: Baião / Coleções de origem: IMS, Nirez
Introdução: G - C# - F#m - B7 - Em - G - A - DDC#
Se a gente lembrar só por
F#mA7
Lembrar
DE
O amor que agente um dia
AA7
Perdeu
GC#F#m
Saudade inté que assim é bom
B7Em
Pro cabra se convencer
AD
Que é feliz sem saber
A
Pois não sofreu
DC#F#mA
Porém se a gente vive a sonhar
DE
Com alguém que se deseja
AA7
Rever
GC#F#m
Saudade intonce aí é ruim
B7Em
Eu tiro isso por mim
GAD
Que vivo doido a sofrer
A
Ai quem me dera voltar
D
Pros braços do meu xodó
A
Saudade assim faz roer
D
E amarga que nem jiló
A
Mas ninguém pode dizer
DD7
Que me viu triste a chorar
GA
Saudade, o meu remédio é
DD7
Cantar
GA
Saudade, o meu remédio é
D
Cantar
Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo musical; A Canção no Tempo - Volume 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
A separação do casal Herivelto Martins-Dalva de Oliveira deu motivo a uma polêmica musical, que se estendeu por mais de dois anos. Dela participaram não apenas os protagonistas do caso, mas diversos compositores que abasteciam o repertório de Dalva.
Uma peça importante desse repertório é o bolero "Que Será", sucesso maior que, juntamente com o samba "Tudo acabado", marca o início da melhor fase da cantora: "Que será / da minha vida sem o teu amor / da minha boca sem os beijos teus/ da minha alma sem o teu calor/ que será / da luz difusa do abajur lilás / se nunca mais vier a iluminar / outras noites iguais...". E por aí seguem os versos de Mário Rossi, terminando com uma confissão de culpa, que se justifica como gesto extremo de ciúme: "Eu errei / mas se me ouvires me darás razão / foi o ciúme que se debruçou sobre o meu coração".
Em que pese o sensacionalismo extra-musical despertado pela polêmica, grande parte de seu sucesso se deveu às interpretações de Dalva de Oliveira, que soube imprimir às canções a dose de sentimentalismo que elas exigiam. Provavelmente, esse sucesso não seria tão forte se a contenda tivesse acontecido dez ou quinze anos depois.
Disco 78 rpm / Título da música: Que será / Marino Pinto (Compositor) / Mário Rossi, 1911-1981 (Compositor) / Dalva de Oliveira (Intérprete) / Osvaldo Borba e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 11/03/1950 / Lançamento: 07/1950 / Nº do álbum: 13022 / Nº da matriz: 8651-1 / Gênero: Bolero / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi, IMS D
A--------- B7 --------------------E----------- Dbm
Que será / Da minha vida sem o teu amor ------------------------Gbm------- B7
Da minha boca sem os beijos teus -----------------------E ----------E7
Da minha alma sem o teu calor?
A---------- B7---------------------- E------ Dbm
Que será / Da luz difusa do abajour lilás ---------------------Gbm------- B7
Se nunca mais vier a iluminar -----------------------E
Outras noites iguais?
--------E7---------------------- A
Procurar / Uma nova ilusão, não sei ... ------Gb7-------------------------------- B7
Outro lar / Não quero ter além daquele que sonhei,
A----------- B7 --------------------E--------- Dbm
Meu amor / Ninguém seria mais feliz que eu -------------------Gbm--------- B7
Se tu voltasses a gostar de mim -------------------------E ------------E7
Se o teu carinho se juntasse ao meu.
A---------- B7 ----------------------------E----- Dbm
Eu errei / Mas se me ouvires me darás razão ------------------Gbm------- B7
Foi o ciúme que se debruçou -------------E --------Am----- E
Sobre o meu coração.
Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo musical; A Canção no Tempo - Volume 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Disco 78 rpm / Título da música: Pé de manacá / Hervê Cordovil (Compositor) / Mariza Pinto Coelho (Compositora) / Hervê Cordovil (Intérprete) / Isaura Garcia (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 22/06/1950 / Lançamento: 09/1950 / Nº do álbum: 80-0686 / Nº da matriz: S-092695 / Gênero musical: Baião
--------------------------C --------------F -----------C
Lá de trás daquele morro / tem um pé de manacá. --------------G7---------- C -------G7
Nóis vai casá e vai prá lá / Cê qué? -------------------E7 -------------------Am
Eu quero te beijá / eu quero te agradá, -------------------G-------------- C -------G7
eu quero me casá e te levá prá lá / Cê vai? ----------------------E7--------------- Am
Eu panho toda a flor do pé de manacá ------------------G-------------- C -------G7---- C
e faço uma coroa prá te enfeitá / Cê qué?
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.
Em 1929, a Aliança Liberal - coligação oposicionista formada por políticos do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba - lançou as candidaturas de Getúlio Vargas, presidente do Rio Grande do Sul, à presidência da República e de João Pessoa de Queiroz, presidente da Paraíba, a vice-presidente (na época, os governadores de estado eram chamados presidentes).
Essa coligação, derrotada nas urnas pelo situacionista Júlio Prestes, seria o embrião das forças que deflagrariam a Revolução de 30, movimento vitorioso que mudou o curso de nossa história. O atrevimento da pequena Paraíba, participando valentemente desses acontecimentos, inspirou a expressão "Paraíba mulher macho, sim senhor", aproveitada vinte anos depois por Luiz Gonzaga e Humberto teixeira num jingle político, logo transformado no baião "Paraíba".
Só que, esquecida a origem, a expressão foi tomada ao pé-da-letra pela malícia popular, que a vinculou ao homossexualismo feminino - "Quando lama virou pedra / e mandacaru secou / quando ribaçã de sede / bateu asas e voou / foi aí que eu vim-me embora / carregando a minha dô / hoje eu mando um abraço pra ti pequenina / Paraíba masculina, muié macho, sim Sinhô".
Na segunda parte, o verso "Eta, pau Pereira em Princesa já roncou" é uma referência ao coronel José Pereira e à Revolta de Princesa, uma rebelião por ele comandada, em junho de 1930, contra o governo de João Pessoa. Zé Pereira chegou a proclamar a independência do município de Princesa no Decreto n° 1 de seu governo... Lançada por Emilinha Borba em março de 50 (Luiz Gonzaga só a gravaria em 52), "Paraíba" é um dos maiores sucessos de sua carreira.
Paraíba (baião, 1950) - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira - Intérpretes: Emilinha Borba e os Boêmios
Disco 78 rpm / Título da música: Paraíba / Humberto Teixeira, 1916-1979 (Compositor) / Luiz Gonzaga (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Os Boêmios (Intérprete) / Canhoto (Waldiro Tramontano, 1908-1987) e Seu Regional (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 01/03/1950 / Lançamento: 03/1950 / Nº do álbum: 16187 / Nº da matriz: 2256 / Gênero musical: Baião / Coleções de origem: IMS, Nirez
G
Quando a lama virou pedra
Am
E Mandacaru secou
D7
Quando o Ribação de sede
G
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
C
Carregando a minha dor
Cm
Hoje eu mando um abraço
G
Pra ti pequenina
Am
Paraíba masculina,
D7G
Muié macho, sim sinhô
G
Eita pau pereira
Am
Que em princesa já roncou
D7
Eita Paraíba
G
Muié macho sim sinhô
Eita pau pereira
C
Meu bodoque não quebrou
Cm
Hoje eu mando
G
Um abraço pra ti pequenina
Am
Paraíba masculina,
D7G
Muié macho, sim sinhô
G
Quando a lama virou pedra
Am
E Mandacaru secou
D7
Quando arribação de sede
G
Bateu asa e voou
Foi aí que eu vim me embora
C
Carregando a minha dor
Cm
Hoje eu mando um abraço
G
Pra ti pequenina
Am
Paraíba masculina,
D7G
Muié macho, sim sinhô
Eita, eita
C7
Muié macho sim sinhô
Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo musical; A Canção no Tempo - Volume 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Disco 78 rpm / Título da música: Olhos verdes / Vicente Paiva, 1908-1964 (Compositor) / Dalva de Oliveira (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 11/03/1950 / Lançamento: 05/1950 / Nº do álbum: 13002 / Nº da matriz: 8650-1 / Gênero musical: Samba / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi, Elizabeth Lorenzotti
D7+ --------------------------Gbm7
Vem de uma remota batucada ------------A7 ----------------D7+
Uma cadência bem marcada ---------------Gbm7/-5---- B7/-9-----Em7 ----B7/-9
Que uma baiana--------- tem no andar
Em7 --------------B7/-9 ---------Em7
E nos seus requebros e maneiras ---------------B7/-9--------- E7/9
Na graça toda das palmeiras ---------------------------------A7
Esguias e altaneiras a balançar
Gbm7/-5 -----B7/-9---- Gbm7/-5--- B7/-9------ Gbm7/-5
São --da --cor --do-- mar, --da-- cor-- da-- mata -----------B7/-9--------- Gbm7/-5
Os olhos verdes da mulata
B7/-9 ----------------Em7
Tão cismadores, fatais, fatais
Gm7 ------------A7------------ D7+
E no beijo ardente e perfumado -----------------Bm7 --------E7
Conserva o travo do pecado -------------Em7 --A7 ----D7+
Dos saborosos cambucais
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.
No Ceará não tem disso não (baião, 1950) - Guio de Morais - Intérprete: Luiz Gonzaga - Intérprete: Luiz Gonzaga
Disco 78 rpm / Título da música: No Ceará não tem disso não / Guio de Morais (Compositor) / Luiz Gonzaga (Intérprete) / Conjunto (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 10/07/1950 / Lançamento: 09/1950 / Nº do álbum: 80-0695 / Nº da matriz: S-092716 / Gênero musical: Baião
Tom: D
D7
Tenho visto tanta coisa
Nesse mundo de meu Deus
Coisas que prum cearense
Não existe explicação
Qualquer pinguinho de chuva
Fazer uma inundação
Moça se vestir de cobra
E dizer que é distração
G
Vocês cá da capital
A7 D
Me adesculpe esta expressão
Refrão:
No Ceará não tem disso não,
A7 D
Não tem disso não, não tem disso não
No Ceará não tem disso não,
A7 D
Não tem disso não, não tem disso não
G D
Não, não, não,
A7 D
No Ceará não tem disso não,
Não, não, não,
No Ceará não tem disso não,
D7
Nem que eu fique aqui dez anos
Eu não me acostumo não
Tudo aqui é diferente
Dos costumes do sertão
Num se pode comprar nada
Sem topar com tubarão
Vou voltar pra minha terra
No primeiro caminhão
G
Vocês vão me adesculpar
A7 D
Mas arrepito essa expressão:
Refrão
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.
Fernando Lobo e Evaldo Rui eram amigos de todos os dias, ou melhor, de todas as noites. Uma ocasião, no final dos anos quarenta, Rui descreveu para Fernando uma cena curiosa que presenciara num bar, entre um jogador de sinuca e uma crioula, com uma criança nos braços: a mulher insistia desesperadamente em entregar a criança ao sujeito, aos berros de "Toma que o filho é seu", enquanto ele se limitava a dizer que a mulher estava maluca, pois o filho não podia ser dele...
Daí nasceu um baião, com a primeira parte do Rui ("Tava jogando sinuca / uma nega maluca me apareceu / vinha com um filho no colo / e dizia pro povo que o filho era meu / não senhor! / toma que o filho e seu / não senhor! / guarde o que Deus lhe deu") e a segunda de Rui e Fernando. Então, os dois procuraram Luiz Gonzaga que não se interessou em gravá-lo.
Tempos depois, na boate Casablanca, mostraram a música a Francisco Alves. O cantor achou o baião divertido, mas fora de seu estilo. Colaborou, porém, com uma preciosa sugestão: "Por que vocês não transformam esse baião num samba de carnaval?". Naquela mesma noite Fernando e Rui estariam mostrando o samba "Nega Maluca" para a cantora Linda Batista, que prometeu gravá-lo no dia seguinte.
Sucesso total no carnaval de 1950, premiado pela prefeitura e o jornal A Noite, "Nega Maluca" ainda rendeu um dinheiro extra para os autores: a loja A Exposição propôs-lhe a exploração de uma fantasia de "nega maluca" e Fernando, lembrando-se da personagem Topsy de A Cabana do Pai Tomás, desenhou o modelo que se tornaria um recordista de venda - um espalhafatoso vestido vermelho, com bolas brancas, que poderia ser completado com uma carapinha de tranças e o rosto da usuária pintado de preto, se necessário.
Nega maluca (samba/carnaval, 1950) - Evaldo Rui e Fernando Lobo - Intérprete: Linda Batista
Disco 78 rpm / Título: Nega maluca / Evaldo Rui, 1913-1954 (Compositor) / Fernando Lobo, 1915-1996 (Compositor) / Linda Batista, 1919-1988 (Intérprete) / Regional (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 20/10/1949 / Lançamento: 01/1950 / Nº do álbum: 80-0631 / Nº da matriz: S-078958 / Gênero: Samba
Tava jogando sinuca
Uma nega maluca me apareceu
Vinha com um filho no colo
E dizia pro povo
que o filho era meu (bis)
Toma que o filho é seu
Não senhor ....
Guarda o que Deus lhe deu
Não senhor ......
Há tanta gente no mundo
Mas meu azar é profundo
Veja você, meu irmão,
A bomba estourou na minha mão
Tudo acontece comigo
Eu que nem sou do amor
Até parece castigo
Ou então é influência da cor (bis)
Tava jogando sinuca ....
Não senhor ...
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Disco 78 rpm / Título da música: Meu brotinho / Humberto Teixeira, 1916-1979 (Compositor) / Luiz Gonzaga (Compositor) / Francisco Carlos (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: RCA Victor / Gravação: 08/10/1949 / Lançamento: 01/1950 / Nº do álbum: 80-0627 / Nº da matriz: S-078941 / Gênero musical: Marcha
--------------A
Ai, ai, brotinho / Não cresça meu brotinho -------------------------E7
E nem murche como a flor / Ai, ai, brotinho ---------------------------------------------A
Eu sou um galho velho mas, / Quero seu amor.
Meu brotinho, por favor, não cresça --------------------------------------------Bm
Por favor, não cresça / Já é grande o cipoal ---------------------------E7 -----------------------------------A
Ta sobrando galharia seca / Ta pegando fogo no meu carnaval.
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.
Disco 78 rpm / Título: Maria Rosa / Alcides Gonçalves (Compositor) / Lupicínio Rodrigues, 1914-1974 (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 02/12/1949 / Lançamento: 05/1950 / Nº do álbum: 13001 / Nº da matriz: 8605 / Gênero musical: Samba / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão
D Fo
Vocês estão vendo aquela mulher
Em
de cabelos brancos
B7 Em
Vestindo farrapos calçando tamancos
A7 D
Pedindo nas portas pedaços de pão ?
F#m C#7 F#m
A conheci quando moça era um anjo de formosa
E7 A E7 A7
Seu nome: Maria Rosa, seu sobrenome: Paixão
D Fo Em B7
Os trapos de suas vestes não é só necessidade
Em F#7
Cada um, para ela, representa uma saudade
G Gm D B7
Ou de um vestido de baile, ou de um presente , talvez
Em A7 D A7
Que algum dos seus apaixonados lhe fez
D F#m
Quis certo dia Maria por a fantasia de tempos passados
B7 Em
Por em sua galeria uns novos apaixonados
F#7
Esta mulher que outrora a tanta gente encantou
C#7 F#m A7
Nenhum olhar teve agora, nenhum sorriso encontrou
D F#m
E então dos velhos vestidos que foram outrora sua predileção
B7 Em D7
Mandou fazer essa capa de recordação
G A7 D B7
Vocês Marias de agora, amem somente uma vez
Em A7 D Gm D7
Prá que mais tarde esta capa não sirva em vocês. (bis)
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.
Disco 78 rpm / Título da música: Marcha do gago / Armando Cavalcanti, 1914-1964 (Compositor) / Klecius Caldas, 1919-2002 (Compositor) / Oscarito (Intérprete) / Sílvio César e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Star / Lançamento: 12/1949 / Nº do álbum: 177 / Nº da matriz: S-177-A / Gênero musical: Marcha
Tá, tá, tá, tá, tá, na hora,
Va, va, va, vale tudo agora,
Sou mo-mole, pra fa-falar,
Mas um Pintacuda pra beijar.
(bis)
Eu fico ga, ga, ga, ga, gago,
Dentro do salão,
E até pa, pa, pa, pa, pago,
Pra não ver canhão,
Mas se, se, se, se, a dona é boa,
A minha língua, se destrava atoa.
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.