domingo, 18 de junho de 2006

Samba em prelúdio

Vinícius e Baden Powell
No final de 62, talvez considerando esgotado o ciclo bossa nova, ao lado de Tom Jobim, Vinícius de Moraes saiu de circulação, trancando-se em seu apartamento no Parque Guinle, para compor com o novo parceiro Baden Powell. Então, durante quase três meses, tempo em que consumiram vinte caixas de uísque, os dois fizeram 25 canções, o que deu uma media de 0,8 caixa por canção.

Dessa produção obsessiva resultaram os famosos afro-sambas e mais algumas composições fundamentais, como “Samba em Prelúdio”, cuja letra pertence à vertente mais romântica da obra de Vinicius: “Eu sem você / sou só desamor / um barco sem mar / um campo sem flor / tristeza que vai / tristeza que vem / sem você, meu amor, eu não sou ninguém.”

Composto em forma contrapontística sobre um tema de Villa-Lobos (o prelúdio/introdução da “Bachianas n° 4”), “Samba em Prelúdio” é classificado pelos autores como uma homenagem ao mestre. Seu sucesso imediato, puxado pela gravação de Geraldo Vandré e Ana Lúcia, na ocasião jovens iniciantes que o poeta procurava ajudar, seria confirmado por outras gravações como a do próprio Vinícius com Odete Lara (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Samba em prelúdio (samba, 1963) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Geraldo Vandré e Ana Lúcia.

Disco 78 rpm / Título da música: Samba Em Prelúdio / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Geraldo Vandré (Intérprete) / Ana Lúcia (Intérprete) / Gravadora: Audio Fidelity / Ano: 1962 / Álbum: 78-091 / Gênero musical: Samba.

Tom: Am7
Intro: Am7

Am7               E7
Eu sem você não tenho porque
     A7               Dm7
Porque sem você não sei nem chorar
    Bm5-/7       E7     Am7
Sou chama sem luz, jardim sem luar
  B7               E7
Luar sem amor, amor sem se dar
  Am7              E7
E eu sem você sou só desamor
    A7                 Dm7
Um barco sem mar, um campo sem flor
   Bm5-/7    E7     Am7
Tristeza que vai, tristeza que vem
        B7                   E7       Am7    E7
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém
Am7        E7           A7                        Dm7
Ai que saudade, que vontade de ver renascer nossa vida
Bm5-/7 E7   Am7           B7
Vol ... ta querida, os teus braços precisam dos meus
         E7
Meus abraços precisam dos teus
   Am7        E7   
Estou tão sozinho, 
         A7                               Dm7
tenho os olhos cansados de olhar para o além
Bm5-/7  E7    Am7
Vem    ver a vida
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

Que maravilha


Que Maravilha (1969) - Jorge Ben e Toquinho - Intérpretes: Toquinho e Jorge Ben

Compacto simples / Título da música: Que Maravilha / Jorge Ben "Jorge Benjor" (Compositor) / Toquinho (Compositor) / Toquinho (Intérprete) / Jorge Ben "Jorge Benjor" (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1969 / Nº Álbum: CS-70.369 / Lado A / Gênero musical: MPB.


E           F#m7
Lá fora está chovendo
            G#m7           F#m7
Mas assim mesmo eu vou correndo
       G#m7 Gm7 F#m7       E            F#m7
Só prá ver,         o meu amor, o meu amor

     E           F#m7
Ela vem toda de branco
        G#m7                 F#m7
Toda molhada, linda e despenteada
         G#m7    Gm7               F#m7      E
Que maravilha, que coisa mais linda que é o meu amor
   (F#m7                           G#m7 Gm7   F#m7 )
Por entre bancários, jaruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando em harmonia sem cessar
Ela vem chegando de branco, meiga, pura, linda e muito tímida
                                                  Ab7+
Com a chuva molhando o seu corpo lindo que eu vou abraçar

    Ab7+                                      F#m7
E a gente no meio da rua do mundo, no meio da chuva
     E            F#m7
A girar, que maravilha
   G#m7           F#m7
A girar, que maravilha
   E              F#m7
A girar, que maravilha
   G#m7           F#m7
A girar, que maravilha

Morena flor


Morena Flor - Toquinho e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Toquinho e Vinícius

LP Toquinho E Vinicius / Título da música: Morena Flor / Toquinho (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Vinícius de Moraes (Intérprete) / Toquinho (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1971 / Nº Álbum: USLP 5354 / Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: Samba / Bossa Nova / MPB.


(introdução)

D6     Em     F#m     Badd9  /A   B/A   E7(9)     A7/4     
A7   D/F#     Bm7     Em7     A7

     D7+   A/G       F#m7
Mo-  re-   na  flor 
    B7             E7(9)
me  dê  um  cheiri -      nho,
      Em7  A7    F#m7   Bm7   Em   A7
che - inho    de  amor 
     D6    A/G      F#m7
De-  pois  também 
        Bm7               E7(9)
me  dê  todo  esse  dengui-     nho 
     A7            D6
que  só  você  tem 

Bm7/D  C#7  F#m7             C#m7(b5) F#7(b13) Bm7   Bm7/A
Sem    vo - cê   o  que  ia  ser      de     mim 
      G6         G#°              F#m7   B7
eu  i - a   fi - car  tão  tris - te 
        E7(9)                  Em7   A7   D
tudo  i -    a  ser  tão  ruim 
       C#7/G#        C#7      F#m
Acon - tece   que  a     Bahi -    a 
    B7      E7(9)           Em7   A7(9/13)
fez   você        todinha  assim 


D6   Em   F#m   Badd9 /A   B/A   E7(9)   A7/4   A7   D  D6


Bm7/D       F#m7           C#m7(b5)  F#7(b13) Bm7  Bm7/A
sem     vo - cê   o  que  ia  ser       de      mim
    G6     G#°          F#m7    B7
eu  ia  fi -  car  tão  triste
        E7(9)                Em7   A7   D
tudo  i -  a  ser  tão  ruim 
      C#7/G#        C#7      F#m
Acon  tece   que  a     Bahi-     a 
     B7      E7(9)                 Em7   A7(9/13)
fez     você       todinha  assim

Maria Vai Com As Outras


Maria Vai Com As Outras - Toquinho e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Toquinho e Vinícius

LP Toquinho E Vinicius / Título da música: Maria Vai Com As Outras / Toquinho (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Vinícius de Moraes (Intérprete) / Toquinho (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1971 / Nº Álbum: USLP 5354 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Marcha / Batuque / Folclore / MPB.


  Am7                  E/G#
Maria  era  uma  boa  moça
Bm7(11)        E7   Am7
pra  turma  lá  do  Gantois
F#m7(b5)       B7(b9)             Em
Era  Maria  vai        com  as  outras
Am6/C            B7
Maria   de  coser,
Bm7(b5)         E7
Maria  de  rezar
Am7                       E/G#
Porém  o  que  ninguém  sabi - a
Bm7(11)           E7       A7/4  A7
é  que  tinha  um  particular
Dm7              D#°
além  de  coser,
Am/E            F7+
além  de  rezar,
Bm7(11)       E7        A
também  era   Maria  de  pecar

A/C#        D7+      D#m7(b5)
tumba      ê,      cabo     -  clo
G#          C#m7    F#m
tumba   ê,  guerrei -    ro
Bm7  E7
tumba  ê,  meu  pai
A    Bm7   C#m7
não  me  deixe  só

A7(13)  D7+              D#m7(b5)
tumba ê,   caboclo, tumba  lá  e  cá
G#        C#m7                 F#m
tumba ê, guerrei - ro, tumba lá e cá
Bm7              E7
tumba ê,meu pai,  tumba lá e cá

Am7 D7 Am D7 D7/13 Bb7+(11)
não me deixe só

Am7                          E/G#
Maria que não foi com  as  ou - tras
Bm7(11)      E7       Am7  Am/G
Maria  que não foi pro mar
F#m7(b5)    B7(b9)   Em(add9)
No dia dois de feve -  reiro
Am6/C              B7
Maria  não  brincou
Bm7(b5)             E7
na  festa  de  Yemanjá
Am(add9)                 E/G#
Não foi jogar água  de  chei - ro
Bm7(11)        E7     A7/4   A7
nem  flores  pra  sua   orixá
Dm7            D#°
A - í     Yemanjá
Am           F7+
pegou      e  levou
Bm7(11)     E7              A
o  moço  de  Maria   para   o  mar

A/C#        D7+      D#m7(b5)
tumba  ê,     cabo -   clo
G#           C#m7   F#m
tumba   ê,   guerrei - ro
Bm7  E7
tumba  ê,  meu  Pai
A     Bm7    C#m7
não  me  deixe  só

A7(13)    D7+                D#m7(b5)
tumba ê, cabo-clo, tumba lá e cá
G#       C#m7                F#m
tumba ê, guerrei-ro, tumba lá e cá
Bm7                E7
tumba ê,meu  Pai, tumba lá e cá
Am7
não me deixe só
D7 Am D7 Bb7+(11) Am7+(9) Am7+(6) Am7(11)

Irene

Caetano Veloso e Gilberto Gil - 1969

Irene (1969) - Caetano Veloso - Intérprete: Caetano Veloso

LP Caetano Veloso / Título da música: Irene / Caetano Veloso (Compositor) / Caetano Veloso (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1969 / Nº Álbum: R 765.086 L / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: MPB.


Tom: D

D        A7                            D
Eu quero ir, minha gente, eu não sou daqui
G              A7    G            A7
Eu não tenho nada, quero ver Irene rir
G               A7        D      Bb  G  D
Quero ver Irene dar sua risada            (2x)


D        A7      G   A7
Irene ri, Irene ri, Irene
G       A7      G   A7
Irene ri, Irene ri, Irene
G          A7             D      Bb   G   D
Quero ver Irene dar sua risada

Insensatez


Algumas canções de Tom Jobim como o “Samba de uma Nota Só” e “Insensatez” — são vez por outra acusadas de plágios. Ao primeiro atribui-se uma semelhança com o recitativo de “Night and Day”, que não se justifica, uma vez que a divisão e os encadeamentos harmônicos, portanto a concepção das duas canções são totalmente diferentes.

Já “Insensatez” é uma composição chopiniana, aparentada com o “Prelúdio n°4, em mi menor, opus 28”, na melodia e na harmonia, o que necessariamente não significa que seja plágio. A influência de Chopin, também presente na obra de Ernesto Nazareth, jamais foi negada por Jobim que ainda a admitia em seu “Retrato em Branco e Preto” e no samba “Apelo”, que chamava de “aquele samba do Baden”.

O ponto de partida de uma composição, sua célula melódica inicial, sugere uma seqüência natural e isso pode confundir o leigo pouco habilitado a reconhecer uma estrutura harmônica. Mais ainda: o plágio implica, naturalmente, aspectos dolosos, direitos que nunca foram reclamados por Cole Porter (autor de “Night and Day”), falecido em 15.10.64, quando “One Note Samba” já rendia milhões nos Estados Unidos e na Europa. Ou seriam os advogados do compositor tão distraídos que não atentaram para o caso?

A semelhança de “Insensatez” com a música de Chopin foi motivo de muitas brincadeiras de músicos americanos, amigos de Jobim, como o saxofonista Gerry Mulligan que chegou a gravar o “Prelúdio n°4” em arranjo bossanovístico. Enfim, a questão do plágio musical é assunto complexo e controvertido, que nem sempre é focalizado com uma argumentação técnica, isenta de paixão.

Mas, voltando a “Insensatez”, esta canção foi lançada por João Gilberto no seu terceiro elepê, que completa a vital trilogia estabelecedora dos padrões característicos da bossa nova. Aliás, das 62 composições lançadas por Tom Jobim nesse período de intensa produtividade (1957 a 1961), apenas três (“Desafinado”, “Corcovado” e “Insensatez”) tiveram sua primeira gravação por João Gilberto.

“Insensatez” é basicamente formada por uma frase de oito compassos no modo menor, usada com extremo bom gosto em quatro sequências que baixam em três tons inteiros, com a quarta permanecendo na tonalidade da terceira. Esses 32 compassos são repetidos em função da letra, dirigida ao coração do poeta, a princípio recriminando-o por fazer chorar de dor o seu amor, um amor tão delicado”, depois exortando-o a pedir perdão, “porque quem não pede perdão não é nunca perdoado”.

A qualidade da canção proporcionou-lhe uma extensa discografia, que vai de Elis, e Sylvia Telles a estrangeiras como Peggy Lee, Nancy Wilson, Morgana King (na versão em inglês intitulada “How Insensitive”), isso sem falar dos interpretes da obra de Jobim (Sinatra, Ella Fitzgerald) e até dos não atuais como Nelson Gonçalves, além de inúmeros músicos de jazz (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Ed. 34).

Insensatez (samba bossa, 1961) - Tom Jobim e Vinícius de Moraes - Intérprete: João Gilberto

LP João Gilberto / Título da música: Insensatez / Jobim, Tom (Compositor) / Moraes, Vinícius de (Compositor) / Gilberto, João (Intérprete) / Gravadora: Odeon, 1961 / Álbum MOFB 3202 / Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.

Tom: Dm7
Dm7      A/C#          Cm6
A insensatez que você fez
                    G/B
Coração mais sem cuidado
Gm/B           D#7+      
Fez chorar de dor o meu amor
   A5+/7       Dm7
Um amor tão delicado
F7/C                      A#7+
Ah! Porque você foi fraco assim
Gm7           Dm7
Assim tão desalmado
F7/C       E7/B             A4/7
Ah! Meu coração quem nunca amou
     A5+/7      Dm7
Não merece ser amado
Dm7       A/C#           Cm6
Vai meu coração, usa a razão
            G/B
Usa só sinceridade
A#6          D#7+          
Quem semeia vento, diz a razão
        A5+/7      Dm7
Colhe sempre tempestade
F7/C      
Vai meu coração
       A#7+    Gm7       Dm7
Pede perdão, perdão apaixonado
F7/C             E7/B      A7/4
Vai porque quem não pede perdão
      A5+/7     Dm7
Não é nunca perdoado

Folhetim

Outra boa canção feminina de Chico Buarque, “Folhetim” focaliza a figura da prostituta que oferece os seus encantos — “Se acaso me quiseres / sou dessas mulheres / que só dizem sim...” —, tema idêntico ao da composição “Love for Sale”, de Cole Porter, proibida e depois liberada nos anos trinta.

Mesmo antes de terminá-la, para uma personagem da “Ópera do Malandro”, Chico já pensava em entregá-la a Gal Costa para gravar. Assim aconteceu, com Gal cantando-a acompanhada por músicos como Wagner Tiso, Perinho Albuquerque, autor do arranjo, e Jorginho Ferreira da Silva, em criativa intervenção ao sax-alto.

Escrita por Chico Buarque e baseada na “Ópera dos Três Vinténs”, de Kurt Weil e Bertolt Brecht, e na “Ópera dos Mendigos”, de John Gay, a “Ópera do Malandro” conta a história de dois malandros rivais (Max e Duran) e apresenta uma alentada trilha musical em que se destacam, além de “Folhetim”, canções como “Homenagem ao Malandro”, “O Meu Amor” e a intrigante “Geni e o Zepelim”. Diga-se de passagem que a “Ópera dos Mendigos”, uma sátira à sociedade inglesa do século XVIII, é considerada uma obra revolucionária por ter levado canções populares para o teatro operístico (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Folhetim (1978) - Chico Buarque - Intérprete: Gal Costa

LP Água Viva / Título da música: Folhetim / Chico Buarque (Compositor) / Gal Costa (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1978 / Nº Álbum: 6349 394 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Bolero.


Intr.: C6 / A7/C# / G6/D / B7/D# / 
E7(9) / D7(9) / G7/4(9/13) / G7(b9/13) /
C6 / A7/C# / G6/D / B7/D# / E7(9) / 
D7(9) /

G6    G#º        Dm6/F  B7/F#         C7M        
  Se acaso me quiseres  Sou  dessas mulheres 
      A7/C#      G6/D  B7  Em7
  Que só   dizem sim
    Em/G  Db7(9)  C6/9     A7/C#   Bm7(b5) E7(b9)
Por uma   coisa à toa  Uma noitada boa            
      Am7          D7(9)
  Um cinema, um botequim

G6   G#º        Dm6/F
  E, se tiveres renda  
   B7/F#     C7M        A7/C#         G6/D  B7  Em7
  Aceito uma prenda Qualquer coisa assim
  Em/G    Db7(9)  C6/9     A7/C#    Bm7(b5) E7(b9)
Como  uma pedra   falsa Um sonho de valsa          
            Am7        D7(9)
     Ou um corte de cetim

F#m7(b5)          B7(b9)      Em7(9)  Em/D
        E eu te farei   as vontades       
                C7M   D7(9)         G7M  G6
Direi meias verdades Sempre à meia luz
B7       B7/D#    Em7(9)      F#7/C#           
  E te farei,  vaidoso, supor       
            F#7   B7M       D7(9)
  Que és o maior e que me possuis
G6    G#º        Dm6/F
  Mas na manhã seguinte 
      B7/F#     C7M       A7/C#    G6/D  B7  Em7
  Não conta até vinte Te afasta de mim
     Em/G    Db7(9)  C6/9    A7/C#    Bm7(b5) E7(b9)
Pois já  não vales   nada És página virada           
       Am7        D7(9)     Dm7(9)
Descartada do meu     folhetim

Fim de noite

Chico Feitosa
Fim de noite (samba bossa, 1960) - Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli - Intérprete: Alaíde Costa

LP Alaíde Canta Suavemente / Título da música: Fim de noite / Feitosa, Chico (Compositor) / Costa, Alaíde (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: RCA Victor, 1960 / Álbum número BBL 1062 / Lado B / Faixa 6 / Gênero musical: Samba


Intr: A

          Bm7   E7                 A
É fim de noite nossa estrela foi embora
     F#m7          B7
Seu olhar me diz agora
                   E7
Que eu vá embora também
            Bm7          E7           A F#m7
Num fim de noite nossas mãos se separaram
                   Bm7
Nossos rumos se trocaram
E7                C#m5-/7 F#7
Nunca mais eu vi você
        Bm7      E7/9+     A
E cada dia toda noite eu sofri
        F#m7       Bm7
Numa estrela da manhã
 E7     A
Eu me perdi 

Dom de iludir


Dom de Iludir (1977) - Caetano Veloso - Interpretação: Maria Creuza

LP Meia-Noite / Título da música: Dom De Iludir / Caetano Veloso (Compositor) / Maria Creuza (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1977 / Nº Álbum: 110.0014 / Lado A / Faixa 1.


C7+                   Bbm7  
Não me venha falar da malícia 
    Eb7/9        Ab7+   Cm7  F7
     de toda mulher
     Bbm7              Dbm7  Gb7           Gbm7  B7
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é
       E7+             Dm7    G7            C7+    Bbm6   A7
Não me olhe como se a polícia andasse atrás de mim
Am6                           G7           C7+
Cale a boca e não cale na boca notícia ruim
   C7+
Você sabe explicar
      Bbm7  Eb7/9        Ab7+   Cm7  F7
Você sabe entender tudo bem
      Bbm7
Você está
Você é
      Dbm7
Você faz
       Gb7
Você quer
      Gbm7  B7
Você tem

     E7+                 
Você diz a verdade
               Dm7      G7        C7+    Bbm6   A7
    e a verdade é o seu dom de iludir
Am6                           G7           C7+
Como pode querer que a mulher vá viver sem mentir

Dois pra lá, dois pra cá

Exemplo de versatilidade da dupla João Bosco-Aldir Blanc (foto), sempre à vontade nos gêneros que explora, “Dois pra Lá, Dois pra Cá” é um bolero bem construído, que parodia o próprio bolero, acentuando-lhe os cacoetes rítmicos, melódicos e poéticos:

“Sentindo frio em minh’alma / te convidei pra dançar / a tua voz me acalmava / são dois pra lá, dois pra cá / no dedo um falso brilhante / brincos iguais ao colar / e a ponta de um torturante / bandaid no calcanhar...”

Esta sutil obra-prima, em que o kitsch é conscientemente usado para funcionar como antídoto ao próprio kitsch, foi lançada por Elis Regina em novembro de 74, em faixa de seu elepê anual na qual se destacam, além de sua interpretação, as atuações de Paulinho Braga no bongô, Hélio Delmiro na guitarra e do coro Classic VIII. (A Canção no Tempo – Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Dois Pra Lá, Dois Pra Cá (bolero, 1975) - Aldir Blanc e João Bosco - Interpretação: Elis Regina

LP Elis / Título da música: Dois Pra Lá, Dois Pra Cá / Aldir Blanc (Compositor) / João Bosco (Compositor) / Elis Regina (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1974 / Nº Álbum: 6349 121 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Bolero.


Tom: Em 
Em7/9                Bm7  Em7/9             Bm7  Em7/9
Sentindo frio em minh'alma te convidei pra dançar
               Bm7   Db7                        C7  B7
A tua voz me acalmava, são dois pra lá dois pra cá
               G7M   C7M      Gb7          Bm7   E7
Meu coração traiçoeiro, batia mais que um bongô
                     Am7  Gbm       B7        Em7/9
Tremia mais que as maracas, descompassado de amor
               Bm7   Em7/9                Bm7   Em7/9
Minha cabeça rodando, rodava mais que os casais
                Bm7   Db7                   C7  B7
O teu perfume gardênia, e não me perguntes mais
                 
                G7M  C7M         Gb7     Dm6  E7
A tua mão no pescoço, as tuas costas macias
                  A7   D7                    Dm6  E7
Por quanto tempo rondaram, as minhas noites vazias
                    A7    D7                    G7M
No dedo um falso brilhante, brincos  iguais ao colar
      C7M            Gbm7  B7               Dm6  E7
E a ponta de um torturante band-aid no calcanhar
                A7   D7                Dm6  
Eu hoje me embriagando de wisky com guaraná
C7M              Gb7   C7             B7           Em7/9
Ouvi tua voz murmurando, são dois pra lá dois pra cá

Das rosas

A valsa “Das Rosas” estava quase pronta quando, numa visita à Bahia, Caymmi fez de improviso um samba em homenagem a uma moça chamada Rosa, empregada de seu pai. Como o samba ficou ótimo, o compositor resolveu juntá-lo à valsa, em uma jogada original que deu certo. Assim, no final de 64, ele lançou o samba-valsa “Das Rosas”, de sucesso praticamente simultâneo no Brasil e nos Estados Unidos (com o nome “And Roses and Roses” e letra em inglês de Ray Gilbert), que lhe propiciaria uma temporada naquele país.

Nessa temporada, Caymmi cantou no show de televisão de Andy Williams que havia lançado a versão americana da canção, e gravou um elepê, sempre acompanhado pelo conjunto The Girls from Bahia, que era o Quarteto em Cy. Uma peça atípica do repertório caymmiano, “Das Rosas” mostra o ecletismo do autor (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Das rosas (samba-valsa, 1965) - Dorival Caymmi

LP Caymmi Visita Tom / Título da música: Das rosas / Dorival Caymmi (Compositor) / Dorival Caymmi (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1964 / Álbum: ME-17 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba-valsa.


D          G/A      D
Nada como ser rosa na vida
                           Em   B7
Rosa mesmo ou mesmo rosa mulher
  Em          B7         Em
Todos querem muito bem a rosa
      A7
Quero eu ....
                   D
Todo mundo também quer
  Am7       D7             Am     D7
Um amigo meu disse que em samba
 G         B7             Em   A7
Canta-se melhor flor e mulher
   D          Gbm          Bm7/4   B7
E eu que tenho rosas como tema
   Em       A7           D     A7/5+
canto no compasso que quiser

valsa:
   D    Gbm       C°
Rosas...rosas ... rosas...
 B7      Em                 Bm
Rosas formosas são rosas de mim
 Am             Em     Gm               D
Rosas a me confundir /  Rosas a te confundir
      D/C        G/B     Bb6              D    A7/5+
Com as rosas, as rosas, as rosas,    de abril
  D        Gbm      C°
Rosas...  rosas...  rosas...
  B7     Em               Bm
Rosas mimosas são rosas de ti
  Am           Em        Gm              D
Rosas a me confundir  /  Rosas a te confundir
     D/C         G/B       Bb6        D
Com as rosas, as rosas, as rosas de abril
   Bm          Gbm        Am             Em
Rosas a me confundir  /  Rosas a te confundir
   A7             A/G             Am6      B7
São muitas...são tantas   / São todas tão rosas
Em A7      Bb   C   D
Rosas de abril

Com Açúcar, Com Afeto


Com Açúcar, Com Afeto (1967) - Chico Buarque - Interpretação: Jane Morais

LP Chico Buarque de Hollanda Vol. 2 / Título da música: Com Açúcar, Com Afeto / Chico Buarque (Compositor) / Jane Morais (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1967 / Nº Álbum: XRLP 5314 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Samba / MPB.


Tom: D

Intro: D Bm G A
D6/9  Em7    A7  D6/9    C#m7/11 F#7      Bm
Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
     Dm7 G7/9     C#m7 F#7       G7+
Pra você parar em casa, qual o quê
                     Bm7     Bm/A             G#m5-/7
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
        C#7              F#7   A7/13
Quando diz que não se atrasa
D6/9  Em7      A7  D6/9         C#m7/11 F#7  Bm
Você diz que é operário, sai em busca do salário
     Dm7 G7/9     C#m7 F#7       G7+
Pra poder me sustentar, qual o quê
                 Bm7     Bm/A             G#m5-/7
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina
      C#7    F#7   F#5+/7       B7+
Pra você comemorar, sei lá o quê
                           B7                     D#m7
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
  G#7         C#7/9 C#m7
Discutindo futebol
   F#7               B7+           F#/A#        F#m/A
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
  G#7           C#7/9 C#m7
Coloridas pelo sol
  B7+                  B7                          D#m7
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
      G#7         C#7/9 C#m7
Você vai querer cantar
       F#7            B7+       F#/A#           F#m/A
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
    G#7        C#7/9 A7/13
Pra você rememorar
D6/9      Em7    A7      D6/9        C#m7/11 F#7  Bm
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
     Dm7     G7/9  C#m7 F#7       G7+
Pra chorar o meu perdão, qual o quê
                        Bm            Bm/A           G#m5-/7
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
      C#7           F#7    A7
Pra agradar meu coração
D6/9    Em7    A7     D6/9        C#m7/11 F#7  Bm
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
      G7         F#7             B7
Ainda quis me aborrecer, qual o quê
                         Em           F°            C#m5-/7
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
                 F#7        Bm
E abro os meus braços pra você...

Você abusou

A dupla baiana Antônio Carlos (Antônio Carlos Marques Porto) e Jocafi (José Carlos Figueiredo) existia havia três anos, quando se mudou para o Rio de Janeiro, contratada pela RCA em 1971. A mudança deu sorte, pois meses depois eles alcançavam as primeiras colocações nas paradas de sucesso com “Você Abusou”: “Você abusou / tirou partido de mim, abusou / tirou partido de mim, abusou / tirou partido de mim, abusou...”

Um sambinha despretensioso, que acentua sua despretensão na própria letra (“se o quadradismo dos meus versos / vai de encontro aos intelectos”), “Você Abusou” acabou se tornando uma espécie de composição-padrão no repertório de Antônio Carlos e Jocafi. Esse padrão seria utilizado em sucessos como “Desacato” e “Teimosa”, dando, porém, a essas e outras canções uma impressão de repetição, de coisa já ouvida.

Mas “Você Abusou” ultrapassou fronteiras, tendo um sucesso extraordinário na França (com o título de “Fais Comme l’Oiseau”) e outros países europeus, sucesso que se estendeu a países asiáticos, como o Japão, onde seus autores ganharam um segundo lugar no World Popular Song Festival, realizado em 1974, com a canção “Diacho de Dor”, O curioso é que Antônio Carlos e Jocafi parece que não faziam a princípio muita fé em “Você Abusou”, acreditando mais em “Mudei de Idéia”, que deu título ao seu primeiro elepê (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34).

Você Abusou (1971) - Antônio Carlos e Jocafi - Interpretação: Antônio Carlos e Jocafi

LP Antonio Carlos & Jocafi ‎– Mudei De Idéia / Título da música: Você Abusou / Jocafi (Compositor) / Antônio Carlos (Compositor) / Antônio Carlos e Jocafi (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1971 / Nº Álbum: BSL 1547 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / MPB.

A7+     E/G#  Em/G  F#7
Você abusou
Bm/F#                 D        Dm7  E7
Tirou partido de mim, abusou
A7+               E/G#     Em/G  F#7
Tirou partido de mim, abusou
Bm7                 D       E7/9-  E7
Tirou partido de mim abusou

Am
Mas não faz mal
Am/G          Dm7 F
É tão normal ter desamor
G/F          C/Bb
É tão cafona sofrer dor
C/E
Que eu já nem sei
Bm7/5-  F             E7            Am
Se é meninice ou cafonice o meu amor
Am/G                       Dm/F
Se o quadradismo dos meus versos
G/F            C/Bb
Vai de encontro aos intelectos
F7+               Bm5-/7            E7 
Que não usam o coração como expressão

A7+  E/G#  Em/G  F#7
Você abusou...

Am                             Am/G       Dm/F
Que me perdoem, se eu insisto neste tema
G/F            C/Bb
Mas não sei fazer poema
C/E                         Bm7/5-       E7
Ou canção que fale de outra coisa que
Am
Não seja o amor
Am/G                   Dm/F
Se o quadradismo dos meus versos
G/F             C/Bb
Vai de encontro aos intelectos
F7+          Bm7/5-             E7
Que não usam o coração como expressão

A7+  E/G#  Em/G  F#7
Você abusou...

Pois é

Pois É - Chico Buarque e Tom Jobim - Intérprete: Chico Buarque

LP Chico Buarque De Hollanda Nº 4 / Título da música: Pois É / Chico Buarque (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / Chico Buarque (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1970 / Nº Álbum: R 765.106 L / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: MPB.


Eb7(4)(9)(13) D7(4)(9)(13)
Pois               é
      Dm7(6)     D7(13) D7(4)(13) D7(#11)(13)
Fica o dito e o redito     por    não dito
   D7(4)(13) D7(13)   Dm7(6) D7(4)(9)(13)
E é difícil dizer que  foi     bonito
  D4(b9)     D    Dm7M  D7(9) D7(b9)
É inútil cantar o que perdi

  Dm     Dm(b6)       Dm6     Dm7   Dm7M
Taí nosso mais-que-perfeito está desfeito
        Dm7    Dm6 Dm(b6)  Dm
E o que me parecia  tão direito
G#(#5)      G7   F#7    F/G G7(b9)
Caiu desse jeito sem perdão

   Gm      Gm(b6)     Gm6    Gm7    Gm7M
Então disfarçar minha dor eu não consigo
  Gm7        Gm6   Gm(b6)  Gm
Dizer: somos sempre bons amigos
C#(#5)     C/G      D7/F#
É muita mentira para mim

  F7M              E7       Eb7M
Enfim hoje na solidão ainda custo
                  D7(9)               G7(4)(9)
A entender como o amor foi tão injusto
             G7(4)(b9)    C7M      Am7
Pra quem só lhe foi dedicação, pois é
D7(4)(9)(13) D7(b9)(#11)(13)/A
E então...

Quisiera ser

Quisiera Ser (bolero, guarânia) - Mario Clavell - Boleros inesquecíveis - Canta: Roberto Yanes con Lucio Milena Y Su Orquesta


Intro:  E7  Am  Cm  G  F#  F  E  Am  D7  G

 G                      Em           Am   Am7
Quisiera ser el primer motivo de tu vivir
          D7              D#                G
y estar en ti de la misma forma que estas en mi
                          F#              Am  D7    
representar en tu vida el sol la ilusion la fe
        Am                   G#             G
esa emocion de amor que se siente una sola vez.

    G                     Em               Am  Am7
  Quisiera ser como la cancion que te guste mas
                            D7             E7
  y asi poder estar en tus labios y en tu soñar
               Am                Cm
  tu humilde sombra y el libro aquel
            G                E
  que te acompaña desde tu niñez
             Am             D7           G
  eso y mil cosas tuyas mi vida quisiera ser.

  Representar en tu vida...

Somos

Somos (bolero, 1946) - Mario Clavell (Argentina) - Boleros inesquecíveis - Canta: Mario Clavell con Jaime Llano y su Conjunto


Dm              Gm    
Después que nos besamos... 
           C7            Dm 
    con el alma y con la vida...
                  Gm  
te fuiste por la noche 
                         Dm
        de aquella despedida,
                   Gm      C7        Dm
y yo senti que al irte mi pecho sollozaba...
                 Gm                    Dm  Gm Dm A7
la confidencia triste de nuestro amor asi...
Dm                      D7                Gm    D7 
Somos un sueño imposible    que busca la noche
Gm                                         Dm    A7
Para olvidarse del mundo,  del tiempo y de todo,
Dm                                         E7  
Somos de nuestra quimera,   doliente y querida,
                                          A7
Dos hojas que el viento   junto en el otoño-o-o...
Dm                    D7               Gm     D7
Somos dos seres en uno  que amándo se mueren
  Gm                                      Dm     A7
Para guardar en secreto   lo mucho que quieren
Dm                   E7   A7             Dm  D7
Pero que importa la vida con esta separación...
  Gm                 A7              Dm
Somos dos gotas de llanto en una canción
                 Gm    A7       Dm  Gm  Dm
Nada más que eso somos,    nada más

Eu te amo mesmo assim


Eu Te Amo Mesmo Assim (jovem guarda, 1967) - Martinha - Intérprete: Martinha

LP Eu Te Amo Mesmo Assim / Título da música: Eu Te Amo Mesmo Assim / Martinha (Compositora) / Martinha (Intérprete) / Gravadora: Artistas Unidos / Rozenblit / Ano: 1967 / Nº Álbum: LP 70009 / Lado B / Faixa 6 / Gênero musical: Canção / Jovem Guarda.


D 
 Vieram me contar 
           Em              A7 
 Que você diz que não me quer 
      D 
 Mas que você me tem 
         Em          A7 
 A hora que você quiser 
         D         D7 
 Que eu sou apaixonada 
         G 
 E você tem pena de mim 
      E7 
 Não ligo e só respondo 
            A7 
 Que eu te amo mesmo assim 
    D 
 Fiquei até sabendo 
         Em        A7 
 De uma outra namorada 
    D 
 E que por causa dela 
      Em               A7 
 Você já não pensa em nada 
    D           D7 
 Eu só não compreendo 
             G 
 O que essa gente quer de mim 
      E7           A7 
 Não ligo e só respondo 
            D   G       D 
 Que eu te amo mesmo assim 
  A7 
 Todo mundo diz 
           D 
 Que você faz o que bem quer 
        A7 
 Mas a mim só interessa 
          D 
 Mesmo o que você disser 
               D7 
 E mesmo que você 
             G 
 Disser que não gosta de mim 
      E7           A7 
 Meu bem ainda respondo 
            D   G       D 
 Que eu te amo mesmo assim.