quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Dia das rosas

Sônia Delfino
Dia das rosas (canção, 1966) - Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo - Intérprete: Sônia Delfino

Compacto simples / Título da música: Dia das rosas / Luiz Bonfá (Compositor) / Maria Helena Toledo (Compositor) / Sônia Delfino / Gravadora: RGE / Ano: 1966 / Álbum: CS-70236 / Lado B / Marcha-rancho.



Hoje é dia das rosas
Que enfeitam formosas
Amores se unindo
Num lindo jardim
Porque o berço da flor
Vem do encanto de nós
Que nascemos de nós
E vivemos de amor

Ah! que tristeza viver sem amor
Ah! que certeza do amor
Nossas mãos, mãos tao sozinhas
Não sabem o que querem
Porque nao procuram saber de você

Rogo em nome das flores
Irmãs dos jardins
Eu proclamo voce
A rainha de nós
E em todas as cores
Você foi capaz
De trazer pra essa gente
Um mundo de paz

Devo tudo a você


Devo tudo a você (rock, 1966) - Renato Barros - Interpretação: Jerry Adriani

LP Devo Tudo a Você / Título da música: Devo tudo a você / Renato Barros (Compositor) / Jerry Adriani (Intérprete) / Gravadora: CBS / Ano: 1966 / Álbum: 37447 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Rock - Jovem Guarda.


Tom: C  

C
Se agora eu sinto a tristeza
      G7
Mais longe de mim

E a alegria no meu coração
     C
Não tem mais fim

Já consigo até sonhar e a vida
       G7
Quero mais viver

Tudo isso meu amor, querida
     C
Devo a você
     C7        F
Não tinha ninguém
       Fm           C
Nem acreditava no amor
 Am         Dm
Ainda bem, você chegou
   G7           C
Feliz agora eu sou.

Torquato Neto

Torquato Neto nasceu em Teresina, Piauí, em 1944. Mudou-se para Salvador, Bahia, aos 16 anos, onde conheceu Gilberto Gil , Caetano Veloso e foi assistente no filme Barravento, de Glauber Rocha.

Mudou-se mais tarde para o Rio de Janeiro. Conheceu os poetas Décio Pignatari e Augusto de Campos, o artista visual Hélio Oiticica e o cineasta Ivan Cardoso, com os quais colaboraria e manteria um diálogo crítico.

Torquato foi parte do grupo de artistas envolvidos com a Tropicália, assim como defendeu em seus artigos polêmicos outros movimentos atuantes na década de 60, como a Poesia Concreta e o Cinema Marginal, em especial o de Rogério Sganzerla, Júlio Bressane e Ivan Cardoso.

Um poeta desconhecido-muito-conhecido, através das letras de muitas canções famosas, os poemas de Torquato Neto seriam reunidos por Wally Salomão no volume "Os Últimos Dias de Paupéria", na década de 80. Em 2005, a Editora Rocco lançou os dois volumes de sua "Torquatália".

Torquato Neto cometeu suicídio aos 28 anos, no Rio de Janeiro, em 1972.

Um par de alianças


Um par de alianças (bolero, 1965) - Leonel Cruz e Gentil Gilberto - Intérprete: Marco Antônio

Compacto simples / Título da música: Um par de alianças / Leonel Cruz (Compositor) / Gentil Gilberto (Compositor) / Marco Antônio (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1965 / Álbum: 7B-099 / Lado A / Gênero musical: Bolero.



O tempo vai passar
E eu hei de esquecer você
Não quero aliança
Não quero lembrança
Para não sofrer.

O tempo vai passar
E eu hei de esquecer você
Não quero aliança
Não quero lembrança
Para não sofrer.

Eu não sei o que fazer
Com esse par de aliança
Ela vai casar com outro
Não vou guardar de lembrança
Vou vender por qualquer preço
A prova deste falso amor
Depois me confesso a Deus
A minha grande dor.

O tempo vai passar
E eu hei de esquecer você
Não quero aliança
Não quero lembrança,
Para não sofrer.

Eu bem sei que não devo
Desejá-la nesta hora
Ouço o sino alí tocando
E assim minh'alma chora
Tu casaste na igreja
Onde um dia confessou
Para sempre me amar
E que era meu, somente meu
O teu amor.

O tempo vai passar
E eu hei de esquecer você
Não quero aliança
Não quero lembrança
Para não sofrer....

Terra de ninguém

Terra de ninguém (canção, 1965) - Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle - Interpretações: Marcos Valle e Elis Regina

LP A Bossa No Paramount / Título da música: Terra de ninguém / Marcos Valle (Compositor) / Paulo Sérgio Valle (Compositor) / Marcos Valle (Intérprete) / Elis Regina (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1965 / Álbum: XRLP-5.268 / Gênero musical: Canção / Gravado ao vivo no Teatro Paramount - São Paulo, nos dias 08, 09 e 12 de abril de 1965.


Tom: G

Intro: G7M Bb7/13 G7M Bb7/13

G7M                Bb7/13
Segue nessa marcha triste 
               G7M
Seu caminho aflito 
           G7/4 G7         C7M
Leva só saudade e a injustiça 
               Cm7/9 F7/13         G7M
Que só lhe foi feita desde que nasceu 
               Gm7               G7M  Bb7/13 G7M Bb7/13
Pelo mundo inteiro que nada lhe deu 
 
G7M                  Bb7/13
Anda, teu caminho é longo 
               G7M
Cheio de incerteza 
              G7/4 G7             C7M               Cm7/9
Tudo é só probreza,tudo é só tristeza, tudo é terra morta 
F7/13          G7M
Onde a terra é bo___a 
            Gm7                G7M Bb7/13 G7M  Bb6
O senhor é dono, não deixa passar 
 
G7M              Bb7/13
Para no final da tarde 
             G7M
Tomba já cansado 
             G7/4 G7         C7M                 Cm7/9
Cai o nordestino, reza uma oração, prá voltar um di____a 
F7/13    G7M
E criar coragem 
           Gm7             G7M Bb7/13 G7M E7/b9
Prá poder lutar pelo que é seu 
 
Am7      Cm7/9 F7/13    Bm7
Mas, um dia    vai  chegar 
      E7/b9      Am7
Que o mundo vai saber 
        D7/4(9)    B7/#5
Não se vive sem se dar 
Am7      Cm7/9 F7/13     Bm7
Quem trabalha  é    quem tem 
 E7/b9      Am7
Direito de viver 
        D7/4(9)       G6
Pois a terra é de ninguém

Sinfonia da mata


Sinfonia da mata (samba-canção, 1965) - Adelino Moreira - Interpretação: Orlando Dias

LP P. S. Parada de Sucessos / Título da música: Sinfonia da mata / Adelino Moreira (Compositor) / Orlando Dias (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1965 / Álbum: MOFB 3440 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba-canção.


Tom: F

Intro: Dm  A7  Gm  A7

          Dm                    A7
Tenho a viola, que retiro da parede
             Gm      A7     Dm
Quando é noitinha, pra pontear
                                   A7
Tenho a gaiola, meu canário e uma rede
              Gm             A7     Dm
Sempre esticadinha, pra meu bem sonhar.

  Dm                                A7
Quando a lua vem surgindo, cor de prata
    Gm         A7         Dm
Ilumina meu pedaço de torrão
                                A7
Meu ranchinho, aqui no meio da mata
        Gm             A7        Dm
Não precisa, nem que acenda lampião.

                            A7
Sinfonia do riacho e da cascata
        Gm        A7              Dm
Minha viola, completa a orquestração.

Duerme negrito

Mercedes Sosa - Alfredo Zitarrosa

Duerme negrito (domínio público recolhida pelo argentino Atahualpa Yupanqui)

Duerme, duerme, negrito
Que tu mama está en el campo, negrito
Duerme, duerme, mobila
Que tu mama está en el campo, mobila

Te va traer codornices
Para ti.
Te va a traer rica fruta
Para ti
Te va a traer carne de cerdo
Para ti.
Te va a traer muchas cosas
Para ti.

Y si el negro no se duerme
Viene el diablo blanco
Y zas le come la patita
Chacapumba, chacapumba, apumba, chacapumba.

Duerme, duerme, negrito
Que tu mama está en el campo,
Negrito

Trabajando
Trabajando duramente, (Trabajando sí)
Trabajando e va de luto, (Trabajando sí)
Trabajando e no le pagan, (Trabajando sí)
Trabajando e va tosiendo, (Trabajando sí)

Para el negrito, chiquitito
Para el negrito si
Trabajando sí, trabajando sí

Duerme, duerme, negrito
Que tu mama está en el campo
Negrito, negrito, negrito.

A cabeça

Nadinho da Ilha

A cabeça (samba) - Paulinho de Castro

Perdi na linha do trem,
A minha cabeça decepada
E compreendi, meu amor,
Que a minha cabeça não valia nada. (bis)

Minha cabeça gritava, rolava
Meu Deus, que horror
Desesperada ela gritava
Me chame o doutor

Ao lado um corpo morria de rir
Ninguém se mete
Por q está tudo legal
Esta cabeça é que sempre foi o meu mal.(bis)

Canção do pescador

Canção do pescador (canção) - Newton Mendonça

Lá onde a praia termina
mora um homem cansado da vida
queimado do sol...

E quando chega a tardinha
ele senta pertinho do mar
canta a triste canção:
bate onda na beira da praia
bate onda no meu coração
que foi moço e sonhou tantas vezes
e em noites de lua fez tanta canção.

Minha vida está perto do fim
tudo é triste, é triste pra mim
meus cabelos ja têm a cor do mar
quando é noite de lua eu não posso
sonhar

E quando o dia amanhece
o orvalho da noite a areia da praia
molhou
e quem passa por lá diz que a noite
chorou
pelo pescador.

Nadinho da Ilha

Nadinho da Ilha (Aguinaldo Caldeira), nascido em 11/06/34, é um homenzarrão de 1,90m de altura e um intérprete da linhagem dos cantores negros de voz encorpada, como Jamelão, Abílio Martins e Monsueto Menezes, com quem, aliás, já foi diversas vezes comparado, graças à impressionante semelhança física. Cantor e compositor, consegue brincar e usar sua voz, indo da nota mais alta a mais baixa com muita facilidade.

Iniciou na música muito cedo, sob influência familiar, já que seu tio, Nilo Chagas, foi integrante do famoso Trio de Ouro, ao lado de Herivelto Martins e Dalva de Oliveira. Criado no Morro do Borel, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, Nadinho começou na música aos 12 anos, através do mítico compositor Geraldo Pereira, que o levou para tocar tamborim em seu programa de rádio. O contato com os sambas sincopados de Geraldo ajudou-o a desenvolver um apurado senso rítmico.

Ainda jovem, atuou como cantor no grupo de Heitor dos Prazeres, ao lado de nomes ilustres do samba como Mestre Marçal. Logo em seguida, ingressou na ala de compositores da Unidos da Tijuca. Antes de viver de música, Nadinho trabalhou também como soldador elétrico e serralheiro na White Martins.

Além do vozeirão intenso, Nadinho da Ilha teve outras qualidades que o tornaram um artista completo, como eloqüência, presença de palco marcante, elegância e suingue, além de uma maneira muito particular e bem humorada de interpretar o samba. Graças a estas várias performances, logo foi convidado para fazer trabalhos como ator e humorista no teatro e na televisão.

Nos anos 70, atuou no programa Buzina do Chacrinha. Como ator, esteve nos espetáculos teatrais “Deus lhe pague”, de Procópio Ferreira, e “Ópera do malandro”, de Chico Buarque. Na televisão, participou do programa “Tem criança no samba”, de Augusto Cesar Vannucci, com Chico Anísio e Agildo Ribeiro, e do humorístico “Balança mas não cai”. No cinema, atuou no filme “Loucuras cariocas”, de Carlos Imperial.

Em sua discografia, Nadinho da Ilha possui dez compactos e onze LPs gravados e diversas participações em discos e shows de bambas como Monarco, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Delcio Carvalho, entre muitos outros. Em 1977, com produção do mago do violão afro João de Aquino, Nadinho grava a obra-prima “Cabeça feita”, elogiadíssimo trabalho relançado em CD em 2003, na série Odeon 100 anos de música no Brasil.

No carnaval, pôs sua voz num disco de samba enredo pela primeira vez em 1980, ao gravar o samba “Delmiro Gouveia”, pela sua escola do coração Unidos da Tijuca. Na avenida, o mesmo samba foi defendido por Neguinho da Beija-Flor e a escola se tornou campeã do Grupo 1B, conquistando o direito de desfilar pelo Grupo Especial no ano seguinte. Em 1984, também pelo Grupo 1B só que desta vez pela Lins Imperial, gravou o samba “Só vale quem tem dinheiro”.

Aos poucos, inexplicavelmente, Nadinho da Ilha foi se afastando da música e suas gravações tornam-se bissextas. Em 1999, com produção de Henrique Cazes, grava o CD “O Samba bem humorado de Nadinho da Ilha” (RGE), com arranjos de Paulão 7 Cordas e Henrique Cazes. No repertorio, clássicos e inéditos de Geraldo Pereira, Ismael Silva, e um samba feito especialmente para o disco por Aldir Blanc “Volante de contenção”. No mesmo ano, interpreta junto com a cantora Maria Carolina, a parte cantada no livro com CD “Mestre Pixinguinha para Crianças”, organizado por Carlos Alberto Rabaça e produzido por Henrique Cazes.

Em 2005, Nadinho da Ilha presta uma homenagem a seu mentor Geraldo Pereira ao lançar o CD “Meu amigo Geraldo Pereira”. Apesar de ter sofrido de problemas de saúde, o artista continua fazendo shows.

Rosa de ouro


Rosa de ouro, (samba, 1965) - Elton Medeiros, Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho

LP Rosa de Ouro - Araci Cortes, Clementina De Jesus e Conjunto Rosa De Ouro / Título da música: Rosa de ouro / Elton Medeiros (Compositor) / Paulinho da Viola (Compositor) / Hermínio Bello de Carvalho (Compositor) / Participação do Conjunto Rosa de Ouro (Élton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Nelson Sargento, Anescar do Salgueiro e Paulinho da Viola) / Trilha Sonora do espetáculo musical produzido e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho no Teatro Jovem - Rio de Janeiro / Gravadora: Odeon / Ano: 1965 / Álbum: MOFB 3430 / Lado A / Parte inicial da faixa 1 / Gênero musical: Samba.


    Cm              F7         Bb      Gm
Ela tem uma rosa de ouro nos cabelos
Cm         F7        Bb     Gm
E outras mais tão graciosas
Cm                   F7             Bb      Gm
Ela tem outras rosas que são os meus desvelos
Cm             F7  Bbº      Bb      Gm
E seu olhar faz de mim um cravo ciumento
Cm F7  Bb      Gm
Em seu jardim de rosas
Cm  F7  Bb  Gm      Cm     F7
Rosa de ouro, que tesouro
Bb                   G7
Ter essa rosa plantada em meu peito
Cm  F7  Bb  Gm      Cm
Rosa de ouro, que tesouro
F7                        Bb      Gm
Ter essa rosa plantada no fundo do peito
     Cm                  F7          Bb     Gm
Esta rosa de ouro que eu trago nos cabelos
Cm         F7        Bb     Gm
E outras mais tão graciosas
Cm              F7              Bb      Gm
Floresceu no lindo jardim dos meus desvelos
Cm         F7 Bbº       Bb       Gm
Brotou em meu coração e cravos ciumentos
Cm       F7       Bb      Gm
Querem colher - o quê? - a rosa
Cm  F7  Bb  Gm   Cm   F7
Rosa de ouro, singela
Bb                G7
Quero ofertar esta rosa tão bela
Cm  F7  Bb  Gm   Cm
Rosa de ouro, singela
F7                       Bb      Gm
Quero ofertar a você esta rosa tão bela
Cm              F7       Bb
Quero ofertar a você esta rosa tão bela

Reza


Reza (canção, 1965) - Edu Lobo e Ruy Guerra - Interpretações: Edu Lobo, Nara Leão e Tamba Trio.

LP 5 Na Bossa - Nara Leão, Edu Lobo e Tamba Trio / Título da música: Reza / Edu Lobo (Compositor) / Ruy Guerra (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Edu Lobo (Intérprete) / Tamba Trio (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1965 / Álbum: P-632.769-L / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Canção / Gravado ao vivo no Teatro Paramount - São Paulo.


Introdução: Dm7 G7/13 Dm7 G7/13 Dm7 G7/13
Dm7         G7/13
Por amor andei já
Dm7            G7/13
Tanto chão e mar
Gm7 C7/9          D/F# Dm/F
Senhor,     já nem sei
Dm7              G7/13
Se o amor não é mais
Dm7           G7/13
Bastante prá vencer
Gm7             C7/9
Eu já sei o que vou fazer
Dm/F           F6
Meu Senhor uma oração
Bm7/b5          Bb7M Am7 Dm7 G7/13
Vou cantar para ver se vai   valer
Dm7       G7/13    Dm7         G7/13
Laia, ladaia, sabatana, Ave Maria,
Dm7      G7/13    Dm7          G7/13
Laia, ladaia, sabatana, Ave Maria
Fm7       Bb7  Fm7   Bb7 Fm7      Bb7 Fm7 Bb7
Ó meu santo defensor     traga o meu amor
Dm7       G7/13    Dm7         G7/13
Laia, ladaia, sabatana, Ave Maria,
Dm7      G7/13    Dm7          G7/13
Laia, ladaia, sabatana, Ave Maria
Fm7     Bb7  Fm7   Bb7 Fm7 Bb7          Fm7
Se é fraca a oração    mil    vezes cantarei
Dm7       G7/13    Dm7         G7/13
Laia, ladaia, sabatana, Ave Maria,
Dm7      G7/13    Dm7          G7/13
Laia, ladaia, sabatana, Ave Maria

Rancho da Praça Onze


Rancho da Praça Onze (marcha-rancho, 1965) - João Roberto Kelly e Chico Anysio - Intérprete: Dalva de Oliveira

LP Rancho da Praça Onze / Título da música: Rancho da Praça Onze / João Roberto Kelly (Compositor) / Chico Anysio (Compositor) / Dalva de Oliveira (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1965 / Álbum: MOFB 3416 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Marcha-rancho.


Tom: G

G              Bm           C Cm7
Esta é a Praça Onze tão queri_da
G                      Bm7(b5) E7
 Do carnaval à própria vi_____da
F7      E7     Am7
Tudo é sempre carnaval
Cm6   F7           D7         Bm7   [ F E ]
Vamos,  ver desta praça a poesia
            E7          Am7
E sempre em tom de alegria
D7                   G
  Fazê-la internacional

   Dm     G7      Dm7       G7
A praça existe, alegre ou triste
    C7M     G7  C7M
Em nossa imaginação
    Em7    A7       Em7    A7
A praça é nossa, o povo é nosso
Em7      A7       D7
No  Rio quatrocentão

G             Bm7      C Cm6
Este é o meu Rio boa pra_ça
G                     Bm7(b5) E7
  Simbolizando nesta pra______ça
 F7     E7        Am7
Tantas praças que ele tem
  Cm7 F7          D7     Bm7   [ F E ]
Vamos   da zona norte à zona sul
          E7         Am7
Deixar a vida toda azul
D7                           G
  Mostrar da vida o que faz bem
      Cm6           G7M
Praça Onze,   Praça Onze.

Os cinco bailes da história do Rio

Ensaio do Império Serrano em fevereiro de 1965 Foto: Arquivo O Globo.
Evocando Orfeu, cheio de orgia, desvario e muita inspiração, Silas de Oliveira, Dona Ivone Lara e Bacalhau compuseram em 1965, ano do quarto centenário do Rio de Janeiro, uma obra-prima do gênero samba-enredo: “Os Cinco Bailes da História do Rio”. O samba contava com poesia cinco grandes eventos do passado da cidade, dando uma atmosfera nobre, solene, tal qual um grande baile.

Você sabe quais foram os tais cinco bailes? Anote aí: 1 - Os 20 anos de fundação da Cidade, em 1585; 2 - A grande festa de mudança de capital do vice-reino do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763; 3 – A aclamação de Dom João VI como Rei de Portugal, Brasil e Algarves, em 1818; 4 - O grande baile da Independência do Brasil, em 1822; 5 - O último baile do Império, ocorrido na Ilha Fiscal, em 1889 (Fonte: Os cinco bailes que marcaram a história do Rio e do carnaval).

Os cinco bailes da história do Rio (samba-enredo, 1965) Silas de Oliveira, Bacalhau e Dona Ivone Lara - Interpretação: Roberto Ribeiro

LP Molejo / Título da música: Os cinco bailes da história do Rio / Silas de Oliveira (Compositor) / Bacalhau (Compositor) / Dona Ivone Lara (Compositor) / Roberto Ribeiro (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1975 / Álbum: SMOFB 3868 / Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: Samba-enredo.



Lara...
Carnaval
Doce ilusão
Dê-me um pouco de magia
De perfume e fantasia
E também de sedução
Quero sentir nas asas do infinito
Minha imaginação
Eu e meu amigo orfeu
Sedentos de orgia e desvario
Cantaremos em sonho
Cinco bailes na história do rio
Quando a cidade completava vinte anos de existência
Nosso povo dançou
Em seguida era promovida a capital
A corte festejou
Iluminado estava o salão

Na noite da coroação
Ali
No esplendor da alegria
A burguesia
Fez sua aclamação
Vibrando de emoção
Que luxo, a riqueza
Imperou com imponência
A beleza fez presença
Condecorando a independência
Ao erguer a minha taça
Com euforia
Brindei aquela linda valsa
Já no amanhecer do dia
A suntuosidade me acenava
E alegremente sorria
Algo acontecia
Era o fim da monarquia

João Penca e seus Miquinhos Amestrados


João Penca é um trio vocal e os Miquinhos são os músicos que acompanham o trio, de formação variada, um dos mais importantes na retomada do rockabilly, o rock-and-roll mais básico e dançante, anos de 1980, e também um dos pioneiros da renovação deste mesmo estilo com letras bem-humoradas e irreverentes.

O grupo formou-se em 1981 com Bob Gallo (Marcelo Ferreira Knudsen, Rio de Janeiro 1959-), Avelar Love (Luís Carlos de Avellar Júnior, Rio de Janeiro 1958-) e Leo Jaime, vocais, Selvagem Big Abreu (Sérgio Ricardo Abreu, Rio de Janeiro 1960-), violão e guitarra.

Participaram de dois LPs de Eduardo Dusek, Cantando no banheiro (Polygram, 1982) e Brega-chique (Polygram, 1984); o primeiro incluiu Rock da cachorra, de Leo Jaime, que se tornou um dos maiores sucessos de 1983.

Neste mesmo ano , o grupo gravou seu único disco, Os maiores sucessos de João Penca e seus Miquinhos Amestrados, pelo selo Ariola/Polygram, e Leo Jaime deixou o grupo para seguir carreira solo.

Outro sucesso do grupo foi Suga suga (1991), imcluída na novela Vamp, da TV Globo.

Fonte: Enciclopédia da Música Popular -Art Editora e PubliFolha.

Leo Jaime

Leo Jaime (Leonardo Jaime), cantor, nasceu em Goiânia (GO), em 23 de abril de 1960. Iniciou a carreira em 1981, cantando no irreverente conjunto carioca de rock João Penca e seus Miquinhos Amestrados.

Ainda com o conjunto, participou do LP Cantando no Banheiro, de Eduardo Dusek, cujo maior sucesso foi sua composição Rock da cachorra. Foi ele, que indicou um rapaz de classe média carioca chamado Cazuza ao Barão Vermelho.

No ano de 1983 deixou o grupo para seguir carreira solo. No ano seguinte, assinou com a CBS e lançou seu primeiro LP Phodas C, cujo produtor foi o português Johnny Galvão. Duas faixas do disco foram censuradas: Ora bolas e Sônia, esta última versão de Léo para Sunny, sucesso de Chris Montez.

No ano de 1985 gravou o LP Sessão da Tarde, do qual se destacou o sucesso A fórmula do amor. Outro destaque foi a faixa Solange, versão para So lonely, do grupo pop inglês The Police. A canção era dedicada à censora Solange Hernandez, que havia cortado canções de seu disco anterior.

Participou também do disco de estréia do Ultraje a Rigor, Nós vamos invadir a sua praia e ainda em 1985, trabalhou nos filmes "Rock estrela", de Leal Rodrigues, e "Sete Vampiras", de Ivan Cardoso, atuando em ambos como ator e participando das trilhas sonoras. No ano seguinte lançou, também pela CBS, o disco Vida difícil.

Em 1988 lança o álbum Direto do meu coração pro seu, que incluia a canção tema da novela Bambolê da Globo, Conquistador barato, um dos seus maiores hits. Nesse mesmo ano participa atuando na novela Bebê a bordo da Rede Globo.

Passa anos sem gravar novo disco, por conta da gravadora Warner que também não o liberava. A pendenga termina em 1995 com a gravação do disco Todo Amor, do qual se destacou a faixa Preciso dizer que te amo.

Em 2001, como ator, fez parte do elenco do musical "Victor ou Victória", ao lado de Marília Pera, permanecendo em cartaz até o ano de 2002.

No ano de 2005 lançou o CD Rock Estrela, no qual incluiu Rock estrela, Gatinha manhosa (Roberto e Erasmo), Preciso dizer que te amo (Dá, Bebel Gilberto e Cazuza), Marcianita (tema da novela Começar de Novo, da Rede Globo), a versão Sônia e A lua e eu (Cassiano e Paulo Zdan).

Neste mesmo ano, ao lado de Ritche, Paulo Ricardo, Kid Vinil e Leoni, apresentou o show "Geração 80", no Claro Hall, no Rio de Janeiro. O show também passou por Fortaleza, Rio Branco e São Paulo, onde lotou o DirecTV Hall, seguindo até o ano de 2007.

Fonte: Léo Jaime - Biografias - Scalla FM 96,5

Índio do Cavaquinho

Índio do Cavaquinho (Edinaldo Vieira Lima), instrumentista, nasceu na cidade de Mata Grande, Alagoas, no dia 20 de junho de 1924. Aos oito anos de idade ganhou um cavaquinho de seu pai e iniciou os estudos como autodidata. Na sua adolescência atuou profissionalmente como músico de banda e integrante de grupos vocais.

Em 1945, Índio se mudou para o Rio de Janeiro, onde foi apresentado a grandes figuras da música brasileira como Orlando Silva, Synval Silva, Geraldo Pereira, Ciro Monteiro, Ataulfo Alves e outros.

Trabalhou durante um ano no regional de Cesar Moreno até constituir seu próprio conjunto que contava com Arthur Duarte (violão de 7 cordas), Lincoln (violão) e Luna (pandeiro). Com este regional atuou em várias estações de rádio e gravou seu primeiro disco no selo ''Star'', em 1950.

Em 1952, convidado por Dante Santoro, ingressou na Rádio Nacional onde permaneceu até 1974. Em 1954, foi contratado pela Columbia onde gravou oito discos 78 rpm. Em 1955 gravou dois Lps na Polidor e um no selo Albatroz.

Faleceu em 13 de maio de 2003.

Fontes: samba-choro/Noticias/arquivo; Acari Records

Esterzinha de Souza

Esterzinha de Souza (Maria de Souza Pereira), cantora, nasceu em 29/1/1930, em São Paulo, SP. No dia 26 de janeiro de 1950 ganhou um concurso no programa de calouros, produzido por Rebello Júnior e apresentado por Aloísio Silva Araújo, na Rádio Bandeirantes. Foi contratada por seis meses na emissora.

No mesmo ano os dois saíram da Bandeirantes e a levaram para a Rádio Cultura, onde fez parte da equipe de programas criados por eles. Permaneceu na emissora até 1952. Nesse meio tempo, no dia 30 de julho de l950, entrou na Boate Excelsior, como crooner da orquestra de Raul de Barros, onde conheceu o então pianista Cyro Pereira, por quem se apaixonou e com quem está casada há 48 anos.

No dia 1º de abril de 1952, foi contratada pela Rádio Record, permanecendo até 1961 e onde participava dos melhores programas, como: “Só para Mulheres”; “O clube abre as Cinco”; “O maestro veste a música”, produzido por Almirante, o maior nome do rádio da época. Participava ainda de “Dorival Caymi Show”; “A história das Malocas”, tendo gravado um LP com o mesmo nome.

Na Record teve um programa exclusivamente seu, e cantou com as grandes orquestras da época , com os maestros: Gabriel Migliori, Hervé Cordovil, Zico Mazagão , Luís César, Cyro Pereira. Foi premiada várias vezes, como “A melhor cantora da semana”. Além dos troféus: "Gente que brilha”, e outros.

Na Companhia Cinematográfica Vera Cruz dublou vários filmes: “O Cangaceiro”; “A Morte Comanda o Cangaço”e todos os filmes de Mazzaroppi. Cantou num filme pela Record, de nome: “Carnaval em Lá Maior”.

Gravou vários 78 rotações, com músicas de carnaval e dois LPs. Viajou por todo o Brasil fazendo shows, e cantou ao lado dos maiores cantores do país. De temperamento meigo e delicado, Esterzinha de Souza sempre foi muito querida por todos os seus colegas.

Fonte: netsaber - Biografia de Esterzinha de Souza; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Canário e Passarinho

A dupla sertaneja Canário e Passarinho era formada pelos irmãos Antônio Bérgamo, o Canário (Altinópolis SP 1934-) e Pedro Bérgamo, o Passarinho (Altinópolis SP 1936-). Trabalharam inicialmente na lavoura, cantando em festas na escola.

Em 1959, com o nome de Canário e Canarinho, participaram das eliminatórias do segundo torneio Roda de Violeiros, na Rádio Clube de Orlândia SP, obtendo sucesso.

Viajaram depois para São Paulo - onde Canarinho adotou o nome de Passarinho -, começando a trabalhar como faxineiros de hotel, participando em seguida do prograama Alvorada Cabocla, de Nhô Zé, na Rádio Nacional.

Em 1961, a dupla foi aprovada num teste da Chantecler, gravando seu primeiro disco, Adeus (Aparecido Ferreira e Canário) e Romaria trágica (Anacleto Rosas Júnior).

Dois anos depois, a dupla gravou seu primeiro LP na Continental, destacando-se Gaiola de ouro (da dupla) e Eu, ela e o garçom (José Ferreira e Canário).

Em 1967, o LP Cantando para o Brasil (Chantecler) trouxe Folclore brasileiro, Filho de Maria e Vida de artista, entre outras. No ano seguinte, o LP Caneta de ouro (Chantecler), incluiu Mulher do Juca e Dois italianos.

O LP de 1970 foi Canário e Passarinho, prá frente (Chantecler), com Herói vencido e Vá embora tristeza. Em 1981 veio o LP Arapuca (Chantecler), com Moreninha do Paraná e Não amo ninguém.

Já gravaram 8 discos 78 rpm, 9 compactos duplos, 39 LPs e 2 CDs de relançamentos, além de participações em LPs e CDs mistos. Por um período, gravavam seus programas, em estúdio próprio e enviavam para rádios de diferentes pontos do País.

A dupla, que se consolidou como um dos grandes nomes da música sertaneja "de raiz", se mantém até hoje, mas apenas para eventos especiais.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e publiFolha.

Francisco Mignone

Francisco Mignone, maestro e instrumentista, nasceu em São Paulo, em 3 de setembro de 1897. Filho do flautista italiano Alferio Mignone, professor de música e integrante da Orquestra do Teatro Municipal, iniciou com ele seus estudos musicais.

Aos dez anos começou a estudar piano com Sílvio Motto. Nesta época, usando o codinome Chico Bororó, já era um conhecido seresteiro, compondo e tocando em rodas de choro nas esquinas dos bairros paulistas do Brás, Bexiga, Barrafunda.

A partir dos 13 anos começou a tocar em bailes e festas particulares como pianista condutor de pequenas orquestras.

Em 1913, matriculou-se nas aulas de piano, flauta e composição do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Neste mesmo ano foi premiado em concurso de composição com a valsa Manon e o tango Não se impressione. No ano seguinte obteve nova premiação com o Romance em lá maior. No Conservatório conheceu Mário de Andrade, seu colega de estudos musicais e futuro parceiro.

Logo após sua formatura, em 1917, Mignone apresentou duas peças musicais que já demonstravam seu interesse por temas nacionais: a Suíte Campestre e o poema sinfônico Caramuru. O sucesso da apresentação lhe rendeu uma bolsa de estudos na Europa, oferecida pelo governo paulista.

Depois de muito refletir, decidiu ir para Milão, referência mundial para os músicos na época. Sob a orientação de Vicenzo Ferroni, escreveu sua primeira ópera, O contratador de diamantes, baseada na obra de Afonso Arinos. Congada, peça orquestral desta ópera, foi regida em primeira audição por Richard Strauss e executada pela Orquestra Filarmônica de Viena, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1923.

O sucesso de sua primeira ópera o incentivou a escrever L'Innocente, composta sobre libreto italiano e regida por Emil Cooper no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Entre 1927 e 1928 viajou pela Espanha, onde compôs canções como Las Mujeres son las Moscas, El Clavellito en tus Lindos Cabellos e Porque Lloras, Morenita?.

Em 1929, voltando definitivamente ao Brasil, compôs a 1a. Fantasia Brasileira para piano e orquestra. Em 1933, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, no ano seguinte, assumiu a cadeira de regência do Instituto Nacional de Música. Ministrou aulas durante 35 anos na atual Escola de Música, onde deu aulas para Eleazar de Carvalho, Henrique Morelenbaun e Mário Tavares.

Neste período, compôs uma de suas melhores obras a primeira do ciclo negro Maracatu de Chico Rei, um bailado afro-brasileiro inspirado em episódios da construção, por negros libertos, da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em Vila Rica.

"A verdadeira e melhor expressão musical de Mignone reside na orquestra.Nesse campo, nenhum brasileiro lhe pode ser comparado." (Mário de Andrade).

Os bailados Maracatu e Leilão, e os poemas negros Batucajé e Babalorixá integram o ciclo de músicas com acento afro-brasileiro que Mário de Andrade chamava de "fase negra".

Em 1939 compôs Quadros Amazônicos, obra que causou muita polêmica, sendo o quadro Iara censurado no governo de Getúlio Vargas.

Neste mesmo inspirado ano iniciou outra de suas melhores composições, a suíte sinfônica Festa das Igrejas, com sugestão inicial de Mário de Andrade, que, segundo Vasco Mariz, "representa certamente o clímax da criação musical de Francisco Mignone, não somente pela riqueza e pureza de inspiração como também pela qualidade dos recursos musicais ali empregados, confirmando sua reputação de compositor e instrumentador".

Considerado o "rei da valsa" por Manuel Bandeira , Mignone compôs muitas obras para piano solo, destacando-se os Seis Prelúdios, as Lendas Sertanejas, as 12 Valsas-Choro, as 12 Valsas Brasileiras e as famosas 12 Valsas de Esquina. Gostava muito de compor valsas, sendo que várias delas foram gravadas com sua esposa, Maria Josephina, que até hoje divulga sua obra. Para piano e orquestra compôs as Fantasias Brasileiras e o Concerto.

Mignone compôs várias canções com base em poemas de autores brasileiros consagrados, como No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade e A estrela, Anjo da Guarda, Berimbau, Solar do Desamado, Pousa a mão na minha testa, em parceria com Manuel Bandeira,

Com Mário de Andrade, amigo desde a adolescência, criou obras de cunho social, como O Café e Sinfonia do Trabalho, além de musicar, após a morte do escritor, seus poemas Rudá, Rudá e Cantiga do ai.

Mignone musicou também a Coleção Poema das Cinco Canções, de Mário Quintana, e o Pequeno Oratório de Santa Clara, de Cecília Meireles.

A pintura de Cândido Portinari exerceu grande fascínio sobre Mignone, que inspirou-se em sua obra O espantalho para compor uma canção.

Mignone incursionou também pelo cinema, escrevendo músicas para os filmes Menina-moça e Caiçara de Alberto Cavalcanti, e Sob o céu da Bahia, de Remani.

Faleceu a 18 de fevereiro de 1986.

Fontes: Viva Brazil - Francisco Mignone; CDMS.

Artur Castro Budd

Artur Castro Budd (circa 1880 Salvador, BA - circa 1930 Rio de Janeiro, RJ), cantor, era filho de um dentista inglês que se casou com uma moça da família Castro Cafezeiro. Tinha uma irmã também cantora, que parece não ter deixado qualquer registro fonográfico.

Apresentava-se ao público como Artur Castro e também como Artur Budd. Fez carreira no teatro musicado e gravou discos na Columbia americana (A concha e a virgem), e na Phoenix (Adeus que te parto, Rasga o coração); em discos Gaúcho de Porto Alegre gravou as modinhas Lembra-te ó virgem , Despedida do tropeiro, Na casa branca da serra, Ao luar, Flor do céu, Mulher celeste, Findou-se tudo , a barcarola Gondoleiro do amor, o fado Lágrimas de mãe e a cançoneta Terra amada.

Por volta de 1913, junto a outros artistas, dentre os quais Josué de Barros, foi convidado pelo dançarino-empresário Duque para apresentar-se no cabaré que este pretendia abrir em Paris. A idéia não foi à frente, mas estimulados por Duque, Artur e Josué resolvem tentar a sorte na Europa.

Não tendo conseguido contrato em Paris, seguiram para Lisboa , onde se apresentaram com sucesso. Na ocasião, foram convidados a gravar para a fábrica alemã Bekka, viajando para Berlim, onde fizeram 140 discos de música brasileira, que viriam a ser as primeiras gravações feitas por artistas brasileiros na Europa.

Voltou ao Brasil por volta de 1915. Entre os anos de 1926-1927, fez gravações para a Odeon registrando a modinha A ceguinha e o maxixe Cristo nasceu na Bahia, entre outros.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB