La Condessa (cantiga infantil) - CD Brincadeiras de Roda, Estórias e Canções de Ninar - 2003
Nesta cantiga de roda aparecem vários personagens: A mãe, com a filha mais moça no colo, e as restantes ficam umas de um lado e de outro, e dois cavalheiros. Então, chegam os cavalheiros e cantam:
La condessa, la condessa,
Língua de França, lei de lanceta
A mãe responde:
O que quereis, qual a condessa,
Que por ela perguntais?
Os cavalheiros:
Mandou dizer rei meu senhor,
Que das filhas que ela tem,
Lhe mandasse a mais moça,
Para eu casar com ela
A mãe:
Eu não dou as minhas filhas
No estado em que elas estão;
Nem por ouro, nem por prata,
Nem por sangue de Aragão
Os cavalheiros:
Tão alegres que viemos
E tão tristes que voltemos,
Que a filha de la condessa
Nós daqui não a levemos
A mãe:
Volta cá, bom cavalheiro
Para ser homem de bem
Escolhei neste convento
Aquela que vos convém
Os cavalheiros:
Esta quero, esta não quero
Esta come o pão da ceia
Esta carne do espeto
Esta o vinho da galheta
A mãe:
Vós levais a minha filha
Veijai o trato que lhe dão
O pão que o rei comer
O vinho que o rei beber
Ela também beberá
O cavalheiro leva então a menina escolhida, que senta a uma certa distância, e canta novamente com ele:
Assentai-vos aí menina
A coser e a bordar;
Que do Céu te há de vir
Uma agulha e um dedal
Quando eu for ao Maranhão
Hei de trazer-te um bom cordão
Se não for de ouro fino
Há de ser de um bom latão
Para trazer as outras meninas, o cavalheiro repete todos os versos e a que faz de mãe repete igualmente os seus. A última criança, que está no colo, é arrancada à força dos braços da mãe (Informante: Emília Melo. Natal, RN, 14 de abril de 1947).
Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.
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