A ideia de compor "Chiquita Bacana" partiu de João de Barro, que propôs a Alberto Ribeiro aproveitarem o existencialismo como motivo de uma marchinha. Na realidade, a ideia inspirava-se na imprensa da época que explorava com frequência o existencialismo - Sartre, Camus, Simone de Beauvoir e, principalmente, o lado não-científico do movimento, que abrangia os "existencialistas" boêmios, habitués das caves parisienses, seus costumes exóticos etc.
Naturalmente, o objetivo da dupla ao escrever a marchinha era fazer uma referência espirituosa ao assunto, para isso criando a figura de "Chiquita Bacana", beldade que "Se veste com uma casca de banana nanica". Sem dúvida, o comportamento da moça é inusitado, mas perfeitamente justificável, pois "Existencialista com toda razão" ela "Só faz o que manda o seu coração". Genolino Amado chegou a dizer numa crônica que esses versos eram a melhor definição do existencialismo que ele conhecia.
Além de dar a Braguinha a vitória no carnaval pelo terceiro ano consecutivo, "Chiquita Bacana" tornou-se uma de suas composições mais conhecidas, batendo, inclusive, o recorde de alcance geográfico de sua obra: foi gravada nos Estados Unidos, Argentina, Itália, Holanda, Inglaterra e França, onde, com o título de "Chiquita madame de la Martinique", e com versos de Paul Misraki, integra as discografias de Josephine Baker e Ray Ventura.
Chiquita Bacana (marcha/carnaval, 1949) - João de Barro e Alberto Ribeiro - Intérprete: Emilinha Borba
Disco 78 rpm / Título da música: Chiquita Bacana / Alberto Ribeiro, 1902-1971 (Compositor) / João de Barro, 1907-2006 (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Conjunto Regional (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 1948 / Lançamento: 01/1949 / Nº da Matriz: 2001 / Gênero: Marcha / Coleções de origem: IMS, Nirez
Naturalmente, o objetivo da dupla ao escrever a marchinha era fazer uma referência espirituosa ao assunto, para isso criando a figura de "Chiquita Bacana", beldade que "Se veste com uma casca de banana nanica". Sem dúvida, o comportamento da moça é inusitado, mas perfeitamente justificável, pois "Existencialista com toda razão" ela "Só faz o que manda o seu coração". Genolino Amado chegou a dizer numa crônica que esses versos eram a melhor definição do existencialismo que ele conhecia.
Emilinha Borba |
Chiquita Bacana (marcha/carnaval, 1949) - João de Barro e Alberto Ribeiro - Intérprete: Emilinha Borba
Disco 78 rpm / Título da música: Chiquita Bacana / Alberto Ribeiro, 1902-1971 (Compositor) / João de Barro, 1907-2006 (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Conjunto Regional (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 1948 / Lançamento: 01/1949 / Nº da Matriz: 2001 / Gênero: Marcha / Coleções de origem: IMS, Nirez
G Am Chiquita bacana lá da Martinica D7 G Se veste com casca de banana nanica Am D7 G Não usa vestido, não usa calção B7 Em Inverno pra ela é pleno verão Am D7 G Existencialista com toda a razão E7 A7 D7 Só faz o que manda o seu coração
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.