Canhoto (primeiro da direita) com amigos. |
Ressalta nesta terceira gravação seu vibrato característico e inigualável, que ele tirava de um violão de corpo mais fino com braço não muito rígido. Peça obrigatória no repertório de nossos violonistas - de Dilermando Reis a Baden Powell -, "Abismo de Rosas" é considerada o hino nacional do violão brasileiro pelo professor Ronoel Simões, uma autoridade no assunto.
Abismo de rosas (valsa, 1925) - Canhoto / Letra de João do Sul - Interpretação: Canhoto
Disco 78 rpm / Título da música: Abismo de Rosas / Américo Jacomino "Canhoto", 1889-1928 (Compositor) / Américo Jacomino "Canhoto" [Violão] (Intérprete) / Gravadora Odeon / Nº do Álbum: 10021-a / Nº da Matriz: 1230 / Lançamento: 1927 / Gênero: Valsa / Coleções: IMS, Nirez
Ao amor em vão fugir / Procurei / Pois tu
Breve me fizeste ouvir / Tua voz, mentira deliciosa
E hoje é meu ideal / Um abismo de rosas
Onde a sonhar / Eu devo, enfim, sofrer e amar !
Mas hoje que importa / Se tu'alma é fria
Meu coração se conforta / Na tua própria agonia
Se há no meu rosto / Um rir de ventura
Que importa / o mudo desgosto
De minha dor assim, / Sem fim
Se minha esperança / O que não se alcança
Sonhou buscar / Devo calar
Hoje, meu sofrer / E jamais dele te dizer
O amor se é puro / Suporta obscuro
Quase a sorrir / A dor de ver,
A mais linda ilusão morrer.
Humilde, bem vês que vou,/ A teus pés levar,
Meu coração que jurou,/ Sempre ser, amigo e dedicado,
Tenha, embora, que viver, / Neste sonho enganado,
Jamais direi, / Que assim vivi, porque te amei !
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Simplesmente espetacular
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