Carioca do Estácio, Aniceto de Menezes e Silva Junior (11/3/1912-19/7/1993) começou a freqüentar os ambientes do samba, jongo e partido alto aos 16 anos, tendo travado amizade com Paulo da Portela, Xangô da Mangueira, Alberto Lonato e outros bambas.
Freqüentador da agremiação Prazer da Serrinha, foi fundador da escola de samba Império Serrano, em 1947, ao lado de Antonio Fuleiro, Molequinho, Mocorongo e outros. Entretanto, nunca fez parte da Ala dos Compositores da escola, por não gostar de compor sambas-enredo.
Destacou-se no estilo partido-alto, firmando-se como um dos grandes partideiros da história, sem economizar nas construções gramaticais rebuscadas e no vocabulário pouco usual. Por causa deste talento, era o orador oficial da escola. Grande conhecedor do jongo, gênero disseminado na região da Serrinha, dominava a ciência de outras manifestações musicais-religiosas da tradição africana, como o caxambu.
Em 1977 gravou o disco O Partido Alto de Aniceto & Campolino (MIS) ao lado de Nilton Campolino, produzido por Elton Medeiros, com nove composições de sua autoria. Considerado pelos sambistas como um dos últimos mestres do partido-alto de raiz, tinha mais de 600 composições catalogadas, mas poucas foram gravadas.
Seu único disco individual saiu em 1984 pela CID, Partido Alto Nota 10, com participações de sambistas famosos como Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, Roberto Ribeiro, João Nogueira, Zezé Motta e Clementina de Jesus.
Já idoso e reverenciado como referência para os mais jovens, apresentava-se ao lado de outros representantes do partido-alto, como Wilson Moreira e Nei Lopes.
Fonte: CliqueMusic.
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