sábado, 18 de março de 2006

Casinha Pequenina

A modinha, o gênero mais lírico e sentimental de nosso cancioneiro, é também o mais antigo, existindo desde o século XVIII. E entre todas as modinhas surgidas nesse longo espaço de tempo, nenhuma seria tão cantada e gravada como a "Casinha Pequenina".


Lançada em disco por Mário Pinheiro em 1906, teria dezenas de gravações figurando no repertório dos mais variados intérpretes, de Bidu Sayão e Beniamino Gigli a Cascatinha e Inhana, de Sílvio Caldas e Nara Leão aos maestros Radamés Gnattali, Lírio Panicali e Rogério Duprat.

Atribuída a autor desconhecido, a "Casinha Pequenina" teve a origem pesquisada pelo musicólogo Vicente Sales, que acredita ser seu criador o paraense Bernardino Belém de Souza. Carteiro e pianista, Bernardino tocou durante algum tempo em navios que faziam a linha Rio-Manaus, aproveitando as viagens para divulgar suas composições no sul do país. Outra autoria possível, mas não comprovada, seria a dos atores Leopoldo Fróes e Pedro Augusto. Segundo Íris Fróes, biógrafa do primeiro, Leopoldo teria recebido de Pedro a letra da "Casinha Pequenina" pronta, e composto a melodia em 1902. A verdade é que nenhum deles jamais reivindicou a paternidade da canção, apesar do sucesso.

Casinha Pequenina (modinha, 1906) - Folclore Popular - Algumas interpretações:

Disco selo: Odeon Record / Título da música: Casinha Pequenina / Tradicional; Foclore / Mário Pinheiro (Intérprete) / Nº do Álbum: 40.472 / Lançamento: 1906 / Gênero musical: Cançonetta / Coleção de Origem: IMS, Nirez



LP 10' Sílvio Caldas - Canta O Seresteiro (Vinyl) / Título da música: Casinha Pequenina / Tradicional; Folclore / Sílvio Caldas (Intérprete) / Gravadora: Columbia / Álbum: LPCB 35027 / Ano: 1956 / Tracklist: B3 / Gênero musical: Modinha



Tu não te lembras da casinha pequenina / Onde o nosso amor nasceu / Tu não te lembras da casinha pequenina / Onde o nosso amor nasceu / Tinha um coqueiro do lado / Que coitado de saudade já morreu / Tinha um coqueiro do lado / Que coitado de saudade já morreu

Tu não te lembras das juras e perjuras / Que fizeste com fervor / Tu não te lembras das juras e perjuras / Que fizeste com fervor / Do teu beijo demorado prolongado / Que selou o nosso amor / Do teu beijo demorado prolongado / Que selou o nosso amor

Tu não te lembras do olhar que a meu pesar / Dou-te o adeus da despedida / Tu não te lembras do olhar que a meu pesar / Dou-te o adeus da despedida / Eu ficava tu partias tu sorrias / E eu chorei por toda a vida / Eu ficava tu partias tu sorrias / E eu chorei por toda a vida

(Letra da música enviada em 24/06/2000 por: Sirley Thaumaturgo Siqueira. Email: sirley73@hotmail.com).

Versão cifrada da Nara Leão:
 Am                   E7 
  Tu não te lembras da casinha pequenina 
                  Am    
Onde o nosso amor   nasceu? 
                     E7 
Tu não te lembras da   casinha pequenina 
                  Am        A7 
Onde o nosso amor nasceu? 
Dm                    Am 
Tinha um coqueiro do lado 
                  E7 
Que coitado de saudade 
 Am    A7   
Já morreu! 
Dm                      Am 
Tinha um coqueiro do lado 
               E7 
Que coitado de saudade 
      Am     E7 
Já morreu! 

 Am                      E7 
Tu não te lembras das juras e perjuras 
                 Am 
Que fizeste com fervor? 
Am                      E7         
Tu não te lembras das juras e perjuras 
                 Am      A7 
Que fizeste com fervor? 
Dm                  Am 
Daquele beijo demorado, prolongado 
     E7 
Que selou 
          Am   A7 
O nosso amor? 
Dm                  Am           
Daquele beijo demorado, prolongado 
    E7 
Que selou 
         Am  E7 Am 
O nosso amor...


A Canção no Tempo - Vol.2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34

3 comentários:

  1. Silvio Caldas... 1906? Nem tinha nascido ainda!

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    1. Lançada em disco por Mário Pinheiro em 1906, teria dezenas de gravações figurando no repertório dos mais variados intérpretes, de Bidu Sayão e Beniamino Gigli a Cascatinha e Inhana, de Sílvio Caldas e Nara Leão aos maestros Radamés Gnattali, Lírio Panicali e Rogério Duprat

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  2. Lançada em disco por Mário Pinheiro em 1906, teria dezenas de gravações figurando no repertório dos mais variados intérpretes, de Bidu Sayão e Beniamino Gigli a Cascatinha e Inhana, de Sílvio Caldas e Nara Leão aos maestros Radamés Gnattali, Lírio Panicali e Rogério Duprat

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