Denis Brean (Augusto Duarte Ribeiro), compositor, jornalista e radialista nasceu em Campinas SP, em 28/2/1917 e faleceu em São Paulo SP, em 16/8/1969. Jovem ainda, interessou-se por música, formando com seus colegas do Colégio Ateneu Paulista, de Campinas, o Conjunto do Duarte, que tocava em festinhas.
Em 1934 mudou-se com a família para São Paulo, passando a trabalhar como escriturário. Ingressou na Faculdade de Direito, da Universidade de São Paulo, mas não chegou a fazer o curso, preferindo dedicar-se ao jornalismo. Dois anos depois, sua música Poesia da uva obteve o primeiro prêmio na Festa da Uva de Jundiaí SP, gravada por Ciro Monteiro, em disco não comercial.
Em 1937, o Grupo X lançou em disco seu samba Brazilian clipper, pela Columbia, e no ano seguinte, pela mesma gravadora, o Modelo de beleza. Em 1944 lançou a valsa carnavalesca No tempo da onça, gravada com enorme sucesso por Carlos Galhardo na Victor. Mas seu maior sucesso foi obtido com Boogie-woogie na favela, gravado por Ciro Monteiro em 1945 na Victor, regravado nos dias anos seguintes por Zacarias e sua Orquestra e pelos Anjos do Inferno, respectivamente.
Ainda em 1947, seu samba Bahia com H foi gravado por sucesso por Francisco Alves na Odeon. Formou com Osvaldo Guilherme, que já conhecia há quatro anos, uma parceria que ia produzir dezenas de músicas, sendo a primeira Onde há fumaça, há fogo, gravada em 1947 por Joel e Gaúcho, tendo na outra face do disco o sucesso Boogie-woogie do rato (de sua autoria). Na época, era um dos poucos compositores paulistas que gravavam no Rio de Janeiro RJ.
Em 1950 compôs, com Raul Duarte, a toada Marrequinha, gravada por Isaura Garcia. Compôs ainda La vie en samba (com Blota Júnior), gravado na Odeon por Dircinha Batista em 1951, a mesma cantora que lançou, também pela Odeon, o baião Mambo não (com Luiz Gonzaga), lançando no ano seguinte a marcha Grande Caruso (com Osvaldo Guilherme), grande sucesso carnavalesco, interpreta do em disco Odeon por João Dias.
Trabalhou ainda como jornalista em São Paulo, no City News, Shopping News, Diário de São Paulo (sob o pseudônimo de Ribeiro Maia) e finalmente em A Gazeta Esportiva, onde permaneceu por mais de vinte anos. Foi produtor de rádio, televisão e discos, tendo lançado na Odeon, entre outros, Hebe Camargo e Mário Genari Filho. Na CBS produziu o LP Brasil na Copa do Mundo, em 1958, com os principais gols do Brasil e seis músicas de sua autoria e Osvaldo Guilherme, Aquarela da vitória, Brasil, campeão do mundo, Copa que pedimos a Deus, Futebol em tempo de samba, Os reis do futebol e Vingamos o Maracanã.
O grupo Simonetti e sua Orquestra gravou pela RGE um LP só com músicas suas, entre as quais Bahia com H, A moda de cavaquinho, Boogie-woogie na favela, Festa do samba (com Osvaldo Guilherme) e Moleque teimoso.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
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