quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Você gosta de mim

Você gosta de mim (cantiga infantil)

É uma roda de crianças e uma no meio. Cantam as da roda:

Você gosta de mim, ó fulana
Eu também de você, ó fulana
Vou pedir a teu pai, ó fulana
Pra casar com voce, ó fulana

Se ele disser que sim, ó fulana
Tratarei dos papéis, ó fulana
Se ele disser que não, ó fulana
Morrerei de paixão, ó fulana

Palma, palma, palma, ó fulana
Pé, pé, pé, ó fulana
Roda, roda, roda, ó fulana
Abraçarás quem quiser, ó fulana

Ao cantar a última quadra, batem palmas, com os pés e a garota do centro fica rodopiando. Quem for abraçada por esta última, passa então para o meio da roda na vez seguinte (Noemi Noronha. Natal, RN, 11 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Vestidinho branco

Vestidinho branco (cantiga infantil)

É uma roda de crianças com uma no meio. Cantam as da roda:

Vestidinho branco }
Prá todas sentam bem } bis

Só assenta pra dona Fulana, ó maninha }
É mais do que ninguém } bis

É mais do que ninguém }
É por dentro e é por fora } bis

É com a letra N, ô maninha }
Com quem ela namora } bis

É com quem ela namora }
E já a namorou } bis

Canta, então, a garota que está no centro da roda, para a escolhida:

Ao sair da roda, ô maninha }
A mão lhe apertou } bis

Aqui, as duas apertam as mãos e ficam assim até o final, quando se abraçam.
Continuam as duas cantando:

A mão lhe apertou }
E foi bem apertadinha } bis

Para o ano, se Deus quiser, ó maninha }
Nós vamos comer galinha } bis
Ao dizerem os últimos dois versos, todas as crianças da roda cantam também, juntamente com as duas (Noemi Noronha. Natal, RN, 15 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Venho de Recife

Venho de Recife (cantiga infantil)

É uma roda com uma criança no centro, que apenas pula e dança. enquanto as outras cantam:

Venho de Recife }
Para Maceió } bis

Encontrei dona Fulana }
De uma banda } bis

De dona Fulana }
Ninguém tenha dó } bis

Ela canta e pula }
De uma banda só } bis

Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 18 de abril de 1947.

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Tororó

Tororó  (cantiga infantil) - LP Cantigas de Roda: Trio Madrigal e Trio Melodia - 1944/1948
Tom: C

G7 C A7 Dm
Eu fui no Tororó beber água e não achei,
G7 G7/5+ C
Achei bela morena, que no Tororó deixei
A7 Dm
Aproveite, minha gente, que uma noite não é nada
G7 G7/5+ C
Se não dormir agora, dormirá de madrugada

Em Ebm Dm* G7* C
Oh, Dona Ma...ria, oh, Maria....zinha
Am Dm G7 C
Entrará na roda e ficará sozinha
Em Ebm Dm* G7 C
- Sozinha eu não fico, nem hei de ficar
Am Dm G7 C
Porque tenho Chico para ser meu par

Outra versão mais detalhada dessa cantiga de roda:

É uma ronda de crianças e uma das meninas do lado de fora. Cantam as da roda:

Eu fui ao Tororó
Beber água e não achei
Achei bela morena
Que no Tororó deixei.

Ô dona fulana.
Ô dona fulana
Entrarás na roda
E ficarás sozinha.

Aqui a menina que está fora passa para dentro da roda e canta:

Na roda não fico
Nem hei de ficar
Porque tem fulana
Para ser meu par

Fulana é o nome da criança escolhida pela que está no centro da roda. Então as duas cantam, trocando o pé, alternadamente, um para cá e outro para lá:

Tira, tira o seu pezinho
Bota aqui ao pé do meu
E depois não vá dizer
Que seu pai se arrependeu

A mamãe está me chamando
Eu não sei para que é
Se for pra varrer a casa
Varra ela se quiser

Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 15 de abril de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Tengo, tengo, tengo

Tengo, tengo, tengo  (cantiga infantil)

É uma roda de crianças. Cada menina que se bota no lixo vai para dentro da roda, até a última. Aí, ficam abraçadas. Para começar, todas cantam:

Tengo, tengo, tengo.
Ó maninha,
É de carrapixo,
Vou botar Fulana.
Na lata do lixo.


Aqui, a menina escolhida vai para o centro da roda. Repete-se o verso sucessivamente, até entrar a última menina para a lata do lixo. Depois, todas cantam:

Tengo, tengo, tengo.
Ó maninha,
É de carrapixo,
Vou tirar Fulana.
Da lata do lixo.


Depois que sai a última criança, todas cantam, pulando:

Tengo, tengo, tengo
Ó maninha
É de carrapixo,
Já saímos todas
Da lata do lixo.


Informante: Ivanosca Noronha. Nata, RN, 11 de abril de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Seu lobo

Seu Lobo  (cantiga infantil)

É uma fila de meninas, de mãos dadas, e seu lobo defronte, a uma certa distância. As meninas cantam, andando pra frente e pra trás:

Vamos passear no bosque }
Enquanto seu lobo vem } bis

Perguntam:
— Está pronto, seu lobo?

O lobo responde:
— Estou tomando banho.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou me enxugando.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou vestindo a cueca.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou vestindo a calça.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou vestindo a camisa.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou calçando as meias.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou calçando os sapatos.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou botando a gravata.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou botando o paletó.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou penteando o cabelo.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Estou botando o chapéu.

As meninas:
— Vamos passear no bosque...

O lobo:
— Vou buscar a bengala.

Aqui saem todas na carreira e o lobo atrás, até pegar uma, que será o lobo na vez seguinte.

Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 12 de abril de 1947.

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Siu, siu, siu...

Siu, siu, siu... (cantiga infantil)

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

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É também uma ronda de meninas, que cantam:

Siu, siu, siu,
Venha cá, meu bem
Siu, siu, siu,
Ele vai, já vem

De tarde estava cosendo
A linha foi deu um nó
Si quiseres falar comigo,
Venha amanhã que eu estou só.

Siu, siu, siu, etc.

Cravo branco na janela
É sinal de casamento;
Menina guarda teu cravo
Que contigo eu caso sempre.

Siu, siu, siu, etc.

Alecrim da beira d'água
Deu o vento está pendendo
Amigos e camaradas
Por detrás estão nos vendendo.

Siu, siu, siu, etc.

Informante: Dona Bibi. Natal, RN, 3 de maio de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Seu tenente

Seu tenente (cantiga infantil)

As meninas ficam sentadas na beira da calçada. Passa uma pela frente delas, que é o tenente, pra lá e pra cá. Então, cantam as que estão sentadas:

Seu tenente }
Seu tenente }
Fita verde no chapéu }
As mocinha estâo dizendo }
Seu Tenente vem do céu }
bis

Canta a menina que representa o tenente:

Menina que está sentada
Se levante, dê-me a mão
Acompanhe o passo á porta
E vem atrás o capitão

O tenente e a menina que se levantou:

Ora viva, ora viva
Ora viva o capitão
Quem for bom me acompanhe
Quem for ruim não venha não

E assim vão fazendo com todas as outras, até o fim (Noemi Noronha. Natal, RN, 26 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Sereno da meia-noite

Sereno da meia-noite (cantiga infantil) - LP Brincando de Roda Vol. 2 - 1981

É uma uma roda de crianças, com uma no centro. Cantam as da roda:

Sereno da meia-noite }
Sereno da madrugada } bis

Eu caio, eu caio }
Eu caio. sereno, eu caio } bis

Responde a menina do centro:

Das filhas de minha mãe }
Sou eu a mais estimada } bis

Eu não m'importo, }
Que da amiguinha, }
Eu seja a mais desprezada } bis

Informante: Regina Barreiros. Natal, RN, 16 de maio de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Senhora Dona Sancha

Senhora Dona Sancha (cantiga infantil) - CD Músicas Folclórias Brasileiras Vol. 3

Senhora Dona Sancha,
Coberta de ouro e prata,
Descubra seu rosto,
Queremos ver sua cara.

Que anjos são esses
Que andam rodeando
De noite e de dia
Padre-Nosso, Ave-Maria.

Somos filhos de um rei
E netos de um visconde
O seu rei mandou dizer
Para todos se esconder.

Senhora dona viúva

Senhora dona viúva - (cantiga infantil)

É uma ronda de crianças, com uma no centro, que é a viúva. Cantam as meninas:

Senhora dona viúva
Com quem você quer casar
Quer casar
Se é com o filho do rei
Ou com o senhor general,
General!

A viúva responde:

Não quero nenhum desses homens,
Que não nasceu para mim
Para mim
Eu sou uma pobre viúva
Ai triste, coitada de mim,
Ai de mim!

A viúva acrescenta, escolhendo uma menina:

Vem cá, meu bem }
Vem cá, meu amor }
Amores ausentes }
Foi quem me matou }
bis

A menina escolhida passa a ser a viúva e a roda continua com a primeira quadra.

Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 12 de abril de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Senhora dona Arcanjila

Senhora dona Arcanjila - (cantiga infantil)

Todas ficam de cócoras. A menina do centro põe a mão nos olhos. As da roda miam. A do meio tem um pauzinho na mão e com ele vai batendo nas outras, até conhecê-las. Cantam as da roda:

Senhora dona Arcanjila
Coberta de ouro e prata
Descubra o seu rosto
Quero ver a sua cara


Canta a do centro:

Que anjos são estes
Que estão me arrodiando
De noite e de dia
Padre Nosso, Ave Maria!

Cantam as da roda:

São filhos do rei
E netos do conde
Que eles já se escondem
Embaixo da pedra
Do anjo São Miguel


Informante: Dona Bibi. Natal, RN, 27 de abril de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

As caveiras


As caveiras (cantiga infantil) - CD Bia Bedram - Brinquedos Cantados
C                     G7 
Quando relógio bate a uma,
Cm
todas as caveiras saem da tumba;
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata


G7
Quando o relógio bate as duas,
Cm
todas as caveiras saem nas ruas;
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando o relógio bate as três,
Cm
todas as caveiras jogam xadrez
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando o relógio bate as quatro,
Cm
todas as caveiras pintam quadros
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando o relógio bate as cinco,
Cm
todas as caveiras apertam os cintos;
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando relógio bate as seis,
Cm
todas as caveiras falam chinês
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando o relógio bate as sete,
Cm
todas as caveiras mascam chiclete
G7
Tumbalacatumba tumbalacatá
Cm
Tumbalacatumba tumbalacatá

G7
Quando o relógio bate as oito,
Cm
todas as caveiras comem biscoito;
G7
Tumbalacatumba tumbalacatá
Cm
Tumbalacatumba tumbalacatá

G7
Quando o relógio bate as nove,
Cm
todas as caveiras cantam rock
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando o relógio bate as dez,
Cm
todas as caveiras fritam pastéis;
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando o relógio bate as onze,
Cm
todas as caveiras andam de bonde
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

G7
Quando o relógio bate as doze,
Cm
todas as caveiras fazem pose
G7
Tumbalacatumba tumbalacata,
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata...

G7
Quando o relógio bate a uma,
Cm
todas as caveiras voltam pra tumba.
G7
Tumbalacatumba tumbalacata
Cm
Tumbalacatumba tumbalacata

Eu era assim

Eu era assim (cantiga infantil) - CD Bia Bedram - Brinquedos Cantados

Quando eu era nenê, nenê, nenezinho,
Eu era assim... Eu era assim...

Quando eu era menina, menina, menina,
Eu era assim... Eu era assim...

Quando eu era mocinha, mocinha, mocinha,
Eu era assim... Eu era assim...

Quando eu era casada, casada, casada
Eu era assim... Eu era assim...

Quando eu era mamãe, mamãe, mamãe
Eu era assim... Eu era assim...

Quando eu era vovó, vovó, vovó,
Eu era assim... Eu era assim...

Quando eu era caduca, caduca, caduca,
Eu era assim... Eu era assim...

Quando eu era caveira, caveira, caveira
Eu era assim... Eu era assim...

Boneca de lata

Boneca de lata (cantiga infantil) - CD Bia Bedram - Brinquedos Cantados

Minha boneca de lata
Bateu com a cabeça no chão
Levou mais de uma hora
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Pra ficar boa

Minha boneca de lata
Bateu com o nariz lá no chão
Levou mais de duas horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com o ombro no chão
Levou mais de três horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com o cotovelo no chão
Levou mais quatro de horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com a mão lá no chão
Levou mais de cinco horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com a barriga no chão
Levou mais de seis horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com a costas no chão
Levou mais de sete horas
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com o joelho no chão
Levou mais de oito horas
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com o pé no chão
Levou mais de nove horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Pra ficar boa!

Minha boneca de lata
Bateu com o bumbum no chão
Levou mais de dez horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui / Desamassa aqui
Pra ficar boa!

Formiguinha da roça

Formiguinha da roça (cantiga infantil) - CD Bia Bedram - Brinquedos Cantados

Formiguinha da roça
Endoideceu com a dor de cabeça
Que lhe deu.

Ai pobre!
Ai, pobre formiguinha!
Põe a mão na cabeça
E faz assim... e faz assim...

O cacau

O Cacau (cantiga infantil) - CD Bia Bedram - Brinquedos Cantados

Subi no tronco
Comi cacau
Joguei os caroços
Pro seu Nicolau

Ai, ai, ai, iôiô
Isto é maxambomba
Não é vapor

Corre minha gente
Já vai chuviscar
Cacau na barcaça
Não pode molhar

Garibaldi

Garibaldi (cantiga infantil) - CD Bia Bedram - Brinquedos Cantados

Garibaldi foi cedinho à missa
galopando num cavalo sem espora
No caminho havia uma pedra bem roliça
tropeçou o cavalo Garibaldi pulou fora.

Garibaldi foi cedinho à missa
galopando num cavalo sem espora
No caminho havia uma pedra bem roliça
tropeçou o cavalo Garibaldi pulou fora.

Garibaldi foi cedinho à missa
galopando num cavalo sem espora
No caminho havia uma pedra bem roliça
 o cavalo tropeçou  Garibaldi lá ficou.

Periquito maracanã

Periquito maracanã (cantiga infantil) -  CD Bia Bedram - Brinquedos Cantados

Periquito maracanã
Perdeu a sua Iaiá
Faz um ano, faz um dia.
Qu'eu não vejo ela voltar.

Aqui as crianças se aproximam, até ficarem bem juntas cantando:

Ora vai chegando,
Ora vai chegando,
Ora vai chegando,
Até chegar

Aqui se afastam, ampliando a roda:

Ora vai fastando,
Ora vai fastando,
Ora vai fastando,
Até fastar

Em seguida todas pulam na roda, depois de cantar o estribilho:
Periquito maracanã, etc...

Ora vai pulando,
Ora vai pulando,
Ora vai pulando,
Até parar.

Cantam o estribilho novamente e terminam com esta quadra:

Ora vai correndo,
Ora vai correndo,
Ora vai correndo,
Até parar

Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 11 de abril de 1947

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Penedo vem

Penedo vem  (cantiga infantil)

São duas rodas de crianças. Uma com duas meninas e outra com diversas. Cantam as desta última:

Penedo vai
Penedo vem
Penedo é terra
De quem quer bem

A outra roda, das duas meninas, canta chamando uma delas:

Vem cá, Fulana
Vem cá, meu bem
Você é das outras
É nossa também

A garota convidada passa para a roda menor. A roda maior repete o primeiro quarteto e assim por diante, até chamar todas, ficando duas apenas, que formarão a roda menor da próxima vez (Ivanosca Noronha. Natal, RN, 11 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).

Passarinho da lagoa

Passarinho da lagoa (cantiga infantil)
Interpretação de: Dircinha Batista  (cateretê/toada, 1949)

É uma roda de meninas, cantando:

Passarinho da lagoa
Se tu queres avoar
Avoa, avoa
Avoa já

O biquinho pelo chão
As asinhas pelo ar
Avoa, avoa
Avoa já

Quando dizem — O biquinho pelo chão — todas se curvam, imitando o passarinho. Quando cantam — As asinhas pelo ar — todas levantam os braços e balançam, imitando o bater das asas dos pássaros (Dulce Caldas. Natal, RN, 15 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953).