Fon-Fon (Otaviano Romero Monteiro), regente, arranjador, instrumentista e compositor nasceu em Santa Luzia do Norte/AL em 31/01/1908 e faleceu em Atenas/Grécia em 10/08/1951. Iniciou as atividades musicais aos dez anos, tocando piano numa zabumba em sua cidade.
Foi para Recife/PE estudar no Colégio Batista, mas, logo depois, abandonou a escola e voltou para Santa Luzia do Norte, onde recebeu convite para trabalhar no interior do Estado de São Paulo. Quando chegou a São Paulo/SP, resolveu permanecer na capital, mas, sem carteira de reservista, e, portanto, sem possibilidades de conseguir emprego, ingressou no Batalhão de Polícia, pensando em participar da banda (o que não foi possível porque não sabia ler música). Voltou para sua terra e, em seguida, foi para Maceió/AL, onde passou a trabalhar como correntista em um escritório. Nessa época, começou a estudar música.
Em 1927, transferiu-se para o Rio de Janeiro/RJ, para servir no 2º Regimento de Infantaria. Com o mestre de frevo Garrafinha, contramestre da banda do regimento, aperfeiçoou seus conhecimentos musicais, estudando saxofone. O apelido foi-lhe dado pelo clarinetista Dedé, companheiro de regimento, porque, quando tocava saxofone, não tirava os agudos com clareza e o som saia sempre parecido com fon-fon.
Por essa época, começou a tocar em "dancings". Numa festa em que Dedé faltou, substituiu-o na clarineta, interpretando, com muito sucesso, You Are Meantfor Me. Em 1930, deixou o Exército e passou a atuar em diversos conjuntos, e com um deles fez uma viagem à Argentina, onde permaneceu por um ano. De volta ao Brasil, ingressou na Orquestra de Romeu Silva e, posteriormente, na de Silvio Sousa.
Por essa época, começou a tocar em "dancings". Numa festa em que Dedé faltou, substituiu-o na clarineta, interpretando, com muito sucesso, You Are Meantfor Me. Em 1930, deixou o Exército e passou a atuar em diversos conjuntos, e com um deles fez uma viagem à Argentina, onde permaneceu por um ano. De volta ao Brasil, ingressou na Orquestra de Romeu Silva e, posteriormente, na de Silvio Sousa.
Em 1935, por motivo de doença, afastou-se das atividades musicais, retomadas em 1939, quando começou a ensaiar sua própria orquestra. Nessa primeira tentativa, não teve êxito. Mais tarde, reuniu novos músicos, com os quais passou a atuar no Cassino Assírio, tendo o maestro Radamés Gnattali como arranjador.
Com o mesmo estilo das orquestras de danças norte-americanas que faziam grande sucesso na época, como as de Benny Goodman, Tommy Dorsey e Artie Shaw, a Orquestra de Fon-Fon alcançou muito êxito entre a elite carioca, freqüentadora do cassino. Em 1941, com sua orquestra, excursionou por Buenos Aires, Argentina, onde se apresentou na Radio Splendid.
De 1942 a 1947, no Brasil, o grupo fez o acompanhamento em dezenas de gravações, na Odeon, para os maiores cantores da época. Gravou poucos discos instrumentais, entre os quais o famoso choro Murmurando (de sua autoria e Mário Rossi), em 1946, na Odeon.
Em 1947, Fon-Fon e sua Orquestra foram para Paris, França, a convite do Club des Champs Elysées, permanecendo na Europa até 1951, e apresentando-se em diversos países, inclusive a Grécia, onde morreu.
Foi no exterior que a orquestra gravou seu único LP, na etiqueta London, não editado no Brasil. Foi o primeiro chefe de orquestra uma banda com naipes de saxofone e metais (trombones e trompetes), com uma sonoridade característica e identificável, contribuindo também para o sucesso de diversos cantores importantes que acompanhou.
(fonte: Collector's)
(fonte: Collector's)