quinta-feira, 6 de abril de 2006

Nílton Bastos

Nílton Bastos, compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 12/7/1899 e faleceu em 8/9/1931. Filho de um comerciante português e de uma costureira, passou a infância no bairro de São Cristóvão.


Não concluiu o primário e jamais estudou música: tocava piano de ouvido e frequentou desde cedo as rodas de samba, começando pelos ranchos carnavalescos Flor de Abacate e Ameno Resedá.

Trabalhou como torneiro mecânico no Arsenal de Guerra e, a partir da década de 1920, passou a frequentar os redutos de samba do Estácio, como o Bar e Café Apolo, convivendo com Ismael Silva, Baiaco, Bide, Brancura, Mano Rubem, compositores que, como ele, foram responsáveis pelo desenvolvimento do samba.

Começou a compor em parceria com Ismael Silva e, quando Francisco Alves propôs a Ismael, em 1928, gravar suas músicas mediante inclusão de seu nome como co-autor, Ismael exigiu que o nome de seu parceiro habitual também constasse. Assim, Se você jurar - gravado com grande sucesso pela dupla Francisco Alves e Mário Reis, em 1931, na Odeon - é, como muitos outros sambas, atribuído aos três, embora a autoria desse samba tenha sido sempre motivo de polêmica, Mário Reis, por exemplo, atribui-lhe a autoria exclusiva da música.

A mesma dupla - Francisco Alves e Mário Reis - tornou famosos outros sambas seus, feitos em parceria com Ismael: Não há, O que será de mim, Anda, vem cá, Arrependido, Nem é bom falar. Fez parte do grupo Bambas do Estácio, que acompanhava Francisco Alves em gravações. Morreu prematuramente de tuberculose pulmonar e, em sua homenagem, Ismael Silva, junto com Noel Rosa e Francisco Alves, compôs o samba Adeus (1932).


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Nássara

Nássara (Antônio Gabriel Nássara), compositor e caricaturista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 11/11/1910, e faleceu em 11/12/1995. Nascido no bairro de São Cristóvão, tinha dois anos quando a família se mudou para Vila Isabel, na mesma rua em que morava Noel Rosa.


Em sua mocidade frequentou o Ponto de Cem Réis, em Vila Isabel, onde se reuniam boêmios e sambistas, inclusive o vizinho Noel Rosa, que, mais tarde, foi seu parceiro na marcha Retiro da saudade (1934), gravada por Francisco Alves e Carmen Miranda, em dupla, e Os Diabos do Céu.

Em 1927, passou a trabalhar como caricaturista do jornal O Globo, do Rio de Janeiro.

Por volta de 1928 ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, para fazer o curso de arquitetura, e, com os colegas, formou um grupo musical, a Turma da E.N.B.A., integrado por J. Rui, Barata Ribeiro, Manuelito Xavier e Jaci Rosas e, mais tarde, pelo cantor Luís Barbosa, que não era aluno da escola.

Em 1931, sua composição Para o samba entrar no céu... (com Almirante e J. Rui) foi gravada por Almirante. No ano seguinte, trabalhando no jornal Mundo Sportivo, participou da organização do primeiro concurso de escolas de samba, patrocinado pelo jornal. Por essa época, abandonou o curso de arquitetura, passando a trabalhar somente como caricaturista, diagramador e paginador de jornais e revistas cariocas, entre os quais A Noite, A Crítica, A Hora, O Radical, A Nação, Careta, O Cruzeiro, Última Hora e A Jornada, periódico fundado por Orestes Barbosa.

Nessa mesma época, trabalhou, durante seis meses, no Programa Casé, da Rádio Philips, inicialmente como locutor e, depois, como redator de anúncios. Um dos pioneiros do jingle no Brasil, nessa rádio anunciou a padaria Bragança com um jingle, em ritmo de fado, que se tornou muito popular. Seu primeiro sucesso, a marcha Formosa (com J. Rui), foi lançado no Carnaval de 1933 pela dupla Mário Reis e Francisco Alves, na Odeon.

Para o Carnaval de 1934, Francisco Alves gravou Tipo sete (com Alberto Ribeiro), que obteve o primeiro lugar no concurso da prefeitura na categoria marcha. Em 1935, compôs Coração ingrato (com Eratóstenes Frazão) e, em 1938, fez grande sucesso com a marchinha Periquitinho verde (com Sá Róris), gravada na Odeon por Dircinha Batista.

Em 1939, com Frazão, seu parceiro mais constante, fez Florisbela, vencedora do concurso oficial carnavalesco daquele ano e gravada por Sílvio Caldas, além do samba Meu consolo é você (com Roberto Martins), sucesso de Orlando Silva.

No Carnaval de 1941, lançou Nós queremos uma valsa (com Frazão), gravada por Carlos Galhardo. Nesse ano, uma das composições mais cantadas no Carnaval foi a sua Allah-la-ô (com Haroldo Lobo), gravada por Carlos Galhardo com uma célebre orquestração de Pixinguinha.

De 1943 a 1945, colaborou assiduamente na revista O Cruzeiro, fazendo charges relativas à Segunda Guerra Mundial. No final da década de 1940, tornou-se parceiro de Wilson Batista. A primeira composição da dupla, a marcha Balzaquiana, foi gravada em 1950 por Jorge Goulart, e, traduzida para o francês por Michel Simon, foi lançada na França por ocasião das comemorações do centenário de Honoré de Balzac (1799-1850).

Repetiram o sucesso no Carnaval de 1951 com a marcha Sereia de Copacabana, e no de 1952 com o samba Mundo de zinco, ambos também gravados por Jorge Goulart. Em 1953 compôs o samba Chico Viola (com Wilson Batista), em homenagem a Francisco Alves - que acabara de morrer em acidente automobilístico -, gravado por Linda Batista.

Desiludido com os esquemas de comercialização do Carnaval, sua produção começou a diminuir a partir do final da década de 1950. Voltou a compor em 1968, lançando, para o Carnaval, O craque do tamborim (com Luís Reis).

A 13 de fevereiro de 1968 prestou depoimento sobre sua vida ao MIS, do Rio de Janeiro. Em 1972 voltou a trabalhar como desenhista, fazendo as 12 capas dos LPs da série No tempo dos bons tempos, da Philips, etiqueta Fontana. Nessa época, colaborou no semanário carioca O Pasquim. Seu trabalho como cartunista foi tema do livro Nássara desenhista, de Cássio Loredano, publicado pela Funarte em 1985.

Vários artistas das novas gerações fizeram caricaturas dele para uma exposição, em sua homenagem, no Museu de Belas Artes (Rio de Janeiro), em 1990. Não chegou a ver publicado seu último trabalho, de 1996, com mais de 30 desenhos que ilustravam o livro infantil Moça perfumosa, rapaz pimpão, de Daniela Chindler. Era o primeiro livro infantil que ilustrava.

Algumas músicas




















Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Newton Teixeira

Newton Teixeira (Newton Carlos Teixeira), compositor, cantor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 4/4/1916, e faleceu em 7/3/1990. Cursou o primário no colégio do barão de Macaúbas e até o quarto ano secundário no Pritaneu Militar. Aos dez anos começou a aprender bandolim com Chico Neto e aos 15 optou pelo violão. Passou então a aparecer nas rodas boêmias do Rio de Janeiro da década de 1930, como o Ponto dos Cem Réis, frequentado por Noel Rosa e muitos outros, em Vila Isabel.


Irmão do violonista e compositor Valzinho, antes de começar sua carreira profissional, acompanhou ao violão cantores famosos, como Sílvio Caldas, Francisco Alves, João Petra de Barros e o então iniciante Orlando Silva, de quem se tornaria grande amigo e a quem mais tarde entregaria algumas de suas melhores composições, como a marcha Mal-me-quer (com Cristóvão de Alencar), gravada em 1940, na Victor.

Em 1936 compôs sua primeira música, o samba Tudo me fala do teu olhar (com Cristóvão de Alencar), gravado por Sílvio Caldas na Victor e no mesmo ano teve sua primeira composição gravada, Ela disse adeus (com Cristóvão de Alencar), na voz de Francisco Alves, na Victor. Como cantor gravou na Odeon, em 1937, Quando eu for bem velhinho (Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins), acompanhado ao violão por Orlando Silva e Sílvio Caldas. Estreou, no mesmo ano, na Rádio Guanabara, onde se apresentava também com o regional da emissora, na qual permaneceu ainda por dois anos.

Em 1939 fez grande sucesso com Deusa da minha rua (com Jorge Faraj), interpretada por Sílvio Caldas, na Victor. No mesmo ano transferiu-se para a Rádio Tupi, interrompendo sua carreira de cantor em 1943, devido a uma operação na garganta. Passou a atuar na Rádio Jornal do Brasil em 1949, transferindo-se três anos depois para a Rádio Nacional.

Deixou o rádio em 1955, passando a apresentar-se apenas em ocasiões especiais. Foi sócio fundador da SBACEM e trabalhou como secretário da entidade. Seus principais parceiros são Cristóvão de Alencar Jorge Faraj, Brasinha, Mário Rossi e Francisco Neto.

Em 1969 alcançou novo sucesso com a marcha-rancho Avenida iluminada (Lágrimas de um coração) (com Brasinha), que, defendida por Zé Kéti, tirou o segundo lugar em concurso promovido pela Secretaria de Turismo, MIS e TV Tupi, no Rio de Janeiro, no Carnaval de 1969.

Obra

Avenida iluminada (Lágrimas de um coração) (c/Brasinha), marcha-rancho, 1969; Deusa da minha rua (c/Jorge Faraj), valsa, 1939; Deusa do cassino (c/Torres Homem), valsa, 1937; Enquanto a cidade adormece, samba, 1944; Errei... erramos, samba, 1938; Mal-me-quer (c/Cristóvão de Alencar), marcha, 1940; Não (c/Cristóvão de Alencar), valsa, 1940; Pelo amor que eu tenho a ela (c/Antônio Almeida), samba, 1936.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Milton de Oliveira

Milton de Oliveira, compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 25/1/1916 e faleceu em 12/12/1986. Criado no bairro de São Cristóvão, ande cursou até o terceiro ano ginasial, começou a trabalhar numa papelaria e tipografia aos 12 anos de idade. Aos 16, era auxiliar de revisão no jornal A Nação. Por essa época fez sua primeira composição, o samba Já mandei meu bem.


Conhecendo Murilo Caldas, irmão de Sílvio Caldas, entrou por seu intermédio para o meio artístico em 1934, ano em que o cantor Jaime Vogeler gravou na Odeon o samba És louca (com Djalma Esteves).

Em 1937 compôs com Max Bulhões os sambas Sabiá laranjeira e Não tenho lágrimas, ambos gravados por Patrício Teixeira. O segundo foi um de seus maiores êxitos, tendo tido mais de cinqüenta gravações, inclusive no exterior, por Nat King Cole, Xavier Cugat e outros. No ano seguinte, com Haroldo Lobo, seu principal parceiro, obteve o primeiro lugar no concurso da prefeitura carioca com a música Juro, cantada por J. B. de Carvalho.

Em 1940 foi sucesso a marcha O passarinho do relógio, interpretada por Araci de Almeida, que no Carnaval do ano seguinte gravou Passo do canguru (ambas com Haroldo Lobo). No mesmo ano destacou-se ainda O bonde do horário já passou (com Haroldo Lobo), lançada por Patrício Teixeira, e no ano seguinte, A mulher do leiteiro ( com Haroldo Lobo), lançado por Araci de Almeida.

Em 1945, Linda Batista gravou a valsinha Baile na roça, um de seus sucessos fora do Carnaval. Em 1946, Vou sambar em Madureira (com Haroldo Lobo) foi gravado por Jorge Veiga. Foi um dos fundadores da SBACEM, onde foi fiscal até 1957.

Em 1947 Jorge Veiga gravou a marcha antes censurada, Eu quero é rosetar (com Haroldo Lobo), um de seus inúmeros êxitos carnavalescos. Em 1948 obteve, com Haroldo Lobo, o segundo lugar em concurso com Não vou morrer, cantado por Jorge Veiga e, um ano depois, compuseram mais dois sucessos: Quem chorou fui eu, interpretado também por Jorge Veiga, e O passo da girafa, gravação de Araci de Almeida.

Em 1951, foi sucesso da dupla em todo o Brasil Pra seu governo, que obteve o primeiro lugar no concurso carnavalesco carioca em gravação de Gilberto Milfont. Três anos depois, foi lançada por Jorge Veiga a marcha A história da maçã, novo êxito em parceria com Haroldo Lobo. Walter Levita gravou em 1960 A Maria tá e no ano seguinte Índio quer apito (ambos com Haroldo Lobo). Em 1964 Ari Cordovil fez sucesso com Pistoleira (com Haroldo Lobo).

É considerado o criador da caitituagem, isto é, da promoção de suas músicas em rádios.

Algumas músicas























Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Moreira da Silva


Moreira da Silva, cantor e compositor, filho de pai músico que morreu quando ele tinha dois anos, foi obrigado a largar a escola para ajudar a mãe no sustento da casa. Carioca da Tijuca e criado no Morro do Salgueiro, teve uma infância e uma juventude muito pobres, passadas na própria Tijuca e nos subúrbios da Leopoldina.


Com 13 anos, já tinha feito todo tipo de trabalho, tendo sido empregado de fábrica de cigarros e tecelagens. Demitido de vários empregos, sempre se reunia com amigos em serenatas e encontros de samba no Morro da Babilônia. Descobriu sua vocação junto à nata da malandragem no bairro do Estácio dos anos 20. Aos 19 anos comprou um táxi e começou a trabalhar como motorista de praça.

Entrou para a Prefeitura e em 1926 passou para a Assistência Municipal como chofer de Ambulância. Durante um pequeno período foi chofer do secretário particular do prefeito Prado Junior. Trabalhou durante 12 anos como chofer da Prefeitura passando mais tarde a encarregado do núcleo e auxiliar de garagem, profissão que o segurou até aposentar-se.

Em 1931 a convite do compositor Getúlio Marinho, fez sua estreia no disco gravando dois pontos de umbanda, na Odeon, assinando-se "Antônio Moreira, O Mulatinho" intitulados Ererê e Rei de umbanda. Começou então a frequentar o meio do rádio e lutou muito para conseguir gravar o seu segundo disco na Odeon: Na mata virgem e Aruê de canga.

Em 1933 transferiu-se para a Columbia e ali gravou como Antônio Moreira da Silva as músicas Arrasta a sandália, Vejo lágrimas, É batucada e Tudo no penhor, conseguindo sucesso com Arrasta a sandália e É batucada.

Voltou a fazer sucesso, em 1935, com a gravação de Implorar (Kid Pepe, Germano Augusto e J. S. Gaspar) de grande repercussão no carnaval daquele ano. Notabilizou-se pelos sambas de breque que compôs e interpretou, tornando-se o maior nome neste gênero musical.

Consta ser o ano de 1937 a descoberta, durante uma apresentação no Teatro Meyer, no Rio, do samba de breque Jogo proibido (T. Silva, D. Silva e R. Cunha) considerado por alguns pesquisadores como o primeiro deste gênero embora esta afirmativa não seja comprovada pelos fatos. De qualquer maneira ele é considerado o criador do samba de breque e como tal teve inúmeros sucessos no gênero, como se poderá constatar pelo levantamento de sua obra completa.

Ainda este ano, levado por Duque ao Cassino Atlântico e no dia em que estreou, estavam presentes Sílvio Caldas e César Ladeira de quem recebeu um convite para cantar na Rádio Mayrink Veiga. César ofereceu-lhe o ordenado de 800 mil réis mensais. Ficou radiante mas não respondeu logo que sim. Tentou melhorar o ordenado dizendo a César: "César, que é que há ? 800 mil reis é pouco. Você sabe muito bem que eu sou o Tal..." César Ladeira subiu a oferta para um conto de réis e passou a apresentá-lo como Moreira da Silva, o Tal.

Em 1939 excursionou por Portugal, onde chegou a trabalhar no filme A varanda dos rouxinóis, dirigido por Leitão de Barros. Com a fama de malandro, passou a interpretar um personagem nos enredos de seus sambas de breque. O Kid Morengueira, presente no enorme sucesso O rei do gatilho (Miguel Gustavo), que originou uma série de sambas do mesmo autor, que ele gravou dentro do tema cinematográfico. O disco de maior sucesso dentro deste tema foi O rei do gatilho, de 1962.

Lançou vários discos ao longo de sua carreira e participou de outros vários. Dentre eles, destacaram-se Morengueira 64 (1964, Odeon), Conversa de botequim (1966, Odeon), Manchete do dia (1970, Odeon), entre outros. Em 1976 gravou as faixas Acertei no milhar e Dinheiro não é semente no LP "O dinheiro na música popular brasileira". Em 1979 foi convidado por Chico Buarque, participou das gravações do LP "Ópera do malandro". Em 1980, no Projeto Pixinguinha, excursionou por todo o Brasil.

Desde os anos 80, era sempre lembrado no dia de seu aniversário, 1º de abril, conhecido como o Dia da Mentira. Nesta data, costumava desfilar de carro na Rua da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro, vestido de terno branco e chapéu-panamá, encarnando o estereótipo do "malandro". Fora sua atuação como cantor, ficou famoso por seu temperamento irreverente, com resposta para tudo na ponta da língua.

Em 1995 apresentou-se com grande sucesso no Teatro João Caetano, no Projeto Seis e meia e, no ano seguinte, seus 94 anos de idade foram comemorados na Boite Ritmo, em São Conrado, Rio de Janeiro, com participação especial de vários artistas. Lançou seu último CD, Três malandros in Concert, em parceria com Bezerra da Silva e Dicró, uma sátira ao disco Três tenores in Concert , de Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti. Em 1996 vira tema de livro com o lançamento de Moreira da Silva - O último dos malandros, de Alexandre Augusto.

Em 1998 participou do CD comemorativo "Brasil são outros 500", gravando as faixas Amigo urso e Resposta ao amigo, cantando em duo com Gabriel O Pensador.

Morreu em 2000, quando foi homenageado com um show beneficente no Canecão que reuniu diversos artistas como Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Sandra de Sá, Elza Soares, Carmen Costa, Emilinha Borba, Jads Macalé e Billy Blanco. Faleceu em 6 de junho de 2000, no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos.

Algumas músicas





































Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Max Bulhões

Max Bulhões (Maximiliano Carvalho de Bulhões), compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 29/12/1903, e faleceu em 30/11/1977. Filho do compositor J. Bulhões, estreou em 1935 com o samba Promessa, escrito para a festa da Penha em parceria com Jaime Vogeler, que o gravou na etiqueta Odeon.


Tornou-se conhecido em 1937 por duas composições, em parceria com Milton de Oliveira, gravadas nesse ano por Patrício Teixeira: Sabiá laranjeira e Não tenho lágrimas, que obteve grande sucesso no Carnaval de 1938 e foi regravada mais tarde por vários cantores, entre eles o norte-americano Nat King Cole.

Passou a compor para os cantores em evidência na época, como Francisco Alves e J. B. de Carvalho. Membro fundador da ABCA, UBC e SBACEM, abandonou a música para retomar seu emprego na Administração do Porto do Rio de Janeiro, onde se aposentou em 1974.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Mário Lago

Mário Lago, compositor, ator, poeta, escritor e radialista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 26/11/1911 e faleceu em 31/5/2002. Filho único do maestro Antônio Lago, foi aluno do Colégio Pedro II de 1923 a 1926, ano em que publicou seu primeiro poema, Revelação, na revista Fon-Fon. 


Concluiu o ginasial no Curso Superior de Preparatórios e bacharelou-se em direito em 1933, exercendo a advocacia apenas por três meses. Nesse mesmo ano começou a escrever revistas para teatro - Figa de Guiné e Grande estreia, ambas com Álvaro Pinto.

Como letrista, estreou, em 1935, com Menina, eu sei de uma coisa (com Custódio Mesquita), marcha gravada por Mário Reis, no ano seguinte. Com o mesmo parceiro fez o fox-canção Nada além, sucesso nacional, em 1938, na voz de Orlando Silva, e uma série de músicas compostas especialmente para revistas encenadas pela Companhia Casa de Caboclo e pela Companhia Tró-ló-ló.

De 1938 a 1940, trabalhou como funcionário público, chegando a chefe de seção de estatísticas sociais e culturais do Departamento de Estatística do Estado do Rio de Janeiro; foi nomeado membro do conselho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mas não tomou posse.

Lançou-se como compositor com a valsa Devolve, gravada por Carlos Galhardo em 1940, ano em que apresentou também, em gravação da dupla Joel e Gaúcho, uma de sua mais famosas composições, Aurora (com Roberto Roberti), sucesso no Carnaval do ano seguinte e que obteve mais tarde repercussão internacional, graças à interpretação de Carmen Miranda, que a incorporou ao seu repertório básico.

Em 1942 estreou como artista de teatro na peça O sábio, encenada pela Companhia Joraci Camargo. Compôs com Ataulfo Alves sambas famosos, como Ai, que saudades da Amélia (1942) e Atire a primeira pedra (1944). Começou a trabalhar em rádio, em 1944, na Pan-Americana, de São Paulo SP, passando desde então por diversas emissoras cariocas e paulistas: Nacional, do Rio de Janeiro (de 1945 a 1948), Mayrink Veiga (1948), Bandeirantes, de São Paulo (1949), e novamente Nacional (1950).

Em 1953 compôs com Chocolate outro grande sucesso, É tão gostoso, seu moço, gravado por Nora Ney. Foi responsável pela produção de vários programas e novelas, como Lendas do Mundo, Romance Kolynos e a novela Presídio de mulheres, irradiada durante cinco anos. Em 1951 produziu na Rádio Nacional o programa Doutor Infezulino e mais tarde criou a figura do "Jacó de uma palavra só", no programa Largo da Harmonia, que se tornou bastante conhecido.

Estreou na televisão no programa Câmera Um, na TV-Rio, em 1954. Como ator, em 1966 foi contratado peia TV Globo, na qual trabalhou em várias novelas, como Cuca legal, Pecado capital, O casarão e Brilhante, numa carreira de mais de 30 anos. Publicou, em 1975, pela Editora Civilização Brasileira, uma obra de pesquisa folclórica intitulada Chico Nunes das Alagoas. Além de Orlando Silva e Carlos Galhardo, teve suas músicas gravadas por Francisco Alves, Ataulfo Alves, Nora Ney, Jorge Goulart e Deo.

Sua última composição, o samba Três sorrisos (com Chocolate), é de 1962. Participou de vários filmes, como Balança mas não cai, de Paulo Vanderlei (1953), Terra em transe, de Glauber Rocha (1967) e São Bernardo, de Leon Hirszman (1973).

Publicou os livros: Na rolança do tempo (1976) e no ano seguinte a sequência, Bagaço de beira-estrada, ambos pela Editora Civilização Brasileira, Coleção Tempo e Contratempo, Rio de Janeiro; e Meia porção de sarapatel(1986), Editora Rebento. Em 1991, seus familiares publicaram o livro Segredos de família, homenagem aos seus 80 anos de idade.

Em 1997 foi publicada sua biografia: Mário Lago - Boêmia e política, de autoria de Mônica Veloso, Editora Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. No mesmo no, Gilberto Gil homenageou-o com o lançamento da música O mar e o lago (letra de 1985). Houve ainda a estreia do espetáculo Causos e canções de Mário Lago, no Teatro Café Pequeno, no Rio de Janeiro, dirigido por Mário Lago Filho.

Algumas músicas
















Obras

Ai que saudades da Amélia (c/Ataulfo Alves), samba, 1942; Atire a primeira pedra (c/Ataulfo Alves), samba, 1944; Aurora (c/Roberto Roberti), marcha, 1940; Dá-me tuas mãos (c/Roberto Martins), fox, 1939; Devolve, valsa, 1940; Enquanto houver saudade (c/Custódio Mesquita), valsa, 1938; É tão gostoso, seu moço (c/Chocolate), samba, 1953; Fracasso, samba, 1946; Gilda (c/Erasmo Silva), samba, 1947; Menina, eu sei de uma coisa (c/Custódio Mesquita), marcha, 1936; Nada além (c/Custódio Mesquita), fox- canção, 1938; Número um (c/Benedito Lacerda), valsa, 1939; Sambista da Cinelândia (c/Custódio Mesquita), samba, 1936; Será?, valsa, 1945; Três sorrisos (c/Chocolate), 1962; Vida vazia (c/Chocolate), samba, 1954.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Alcides Gonçalves

Alcides Gonçalves, compositor, cantor e instrumentista, nasceu em Porto Alegre (RS), em 1/10/1908 e faleceu na mesma cidade em 9/1/1987. Estudou musica com Roberto Heguert e Elsa Tiefk, iniciando a carreira profissional na Rádio Farroupilha, em Porto Alegre. Parceiro de Lupicínio Rodrigues, gravou com ele suas primeiras músicas.


Em 1935 participou com Lupicínio de um concurso promovido pela prefeitura de Porto Alegre em comemoração do centenário da Revolução Farroupilha, vencendo com o samba-canção Triste história, sua primeira composição, gravada por ele em 1936 juntamente com Pergunte aos meus tamancos (com Lupicínio), em disco Victor.

Fixando-se mais tarde no Rio de Janeiro (RJ), em 1939 passou a atuar no conjunto musical da Rádio Nacional e em 1943 compôs, em parceria com Ataulfo Alves, o samba Chorar pra quê?, gravado com sucesso pelo próprio Ataulfo, na Odeon. Continuando a integrar conjuntos e orquestras, atuou no Copacaba na Palace Hotel, com Radamés Gnattali e Simnn Bountman.

De 1948 é o samba Quem há de dizer (com Lupicínio). Em 1949 compôs com Lupicínio o samba Cadeira vazia, lançado em 1950 por Francisco Alves, na Odeon, em gravação em que seu nome foi omitido, o que motivou um desentendimento temporário como parceiro.

Em 1959, novamente com Lupicínio, fez o samba-canção Castigo. Como violonista foi um dos maiores responsáveis pela projeção de Lupicínio Rodrigues, além de ter atuado como cantor em temporada na Radio El Mundo, de Buenos Aires, Argentina.

Compôs mais de 50 musicas e, entre seus maiores sucessos, estão ainda Maria Rosa, gravada em 1951 por Francisco Alves, e a valsa Jardim da saudade, 1952, estas também em parceria com Lupicínio Rodrigues.

Obra

Cadeira vazia (c/Lupicínio Rodrigues), samba, 1950; Castigo (c/Lupicínio Rodrigues), samba-canção, 1959; Jardim da saudade (c/Lupicínio Rodrigues), valsa, 1952; Maria Rosa (c/Lupicínio Rodrigues), samba, 1951; Pergunte aos meus tamancos (c/Lupicínio Rodrigues), 1936; Quem há de dizer (c/Lupicínio Rodrigues), samba, 1948.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Lupicínio Rodrigues


Lupicínio Rodrigues era filho de Francisco Rodrigues, funcionário da Escola de Comércio de Porto Alegre e de Abigail Rodrigues. Apesar das dificuldades financeiras da família foi matriculado pelo pai, com apenas cinco anos no Liceu Porto-Alegrense. Aos sete anos entrou para o Colégio São Sebastião dos Irmãos Maristas onde fez os cursos primário e ginasial, aprendendo ao mesmo tempo o ofício de mecânico. 


Mais tarde trabalhou como aprendiz nas oficinas da Companhia Carris Porto-Alegrense e da Micheletto. Desde os 12 anos fazia marchinhas para blocos carnavalescos e também cedo passou a levar vida de boêmio, frequentando bares onde cantava com os amigos.

Considerado o pai da "dor de cotovelo" pela natureza de suas músicas onde os amores traídos e fracassados e a tristeza estão sempre presentes, Lupicínio Rodrigues conseguiu um feito raro em nossa música popular: ser um dos poucos compositores, de fora do Rio de Janeiro, a fazer sucesso.

Por volta de 1930, venceu um concurso com sua marchinha Carnaval que havia composto para o cordão carnavalesco "Prediletos". Em 1932, como cantor do conjunto "Catão", foi ouvido e elogiado por Noel Rosa, em um bar de Porto Alegre, naquela famosa excursão que Noel fez com Francisco Alves ao Rio Grande do Sul.

Por imposição do pai ingressou no exército, em Santa Maria, desde cedo mas em 1935 deu baixa e voltou para Porto Alegre. Em Santa Maria conhecera Inah, seu primeiro grande amor. O romance foi rompido, porque ela não aceitava a vida boêmia do compositor e isto marcou profundamente a sua obra.

Ainda neste mesmo ano, recebeu o primeiro prêmio em concurso de música popular promovido pela prefeitura de Porto Alegre, na comemoração do centenário da Revolução Farroupilha, com a música Triste história composta em parceria com Alcides Gonçalves. E foi esta e mais a música Pergunte a meus tamancos, também de parceria com Alcides Gonçalves e gravada por este último que formaram o primeiro disco de Lupicínio Rodrigues como compositor.

A gravação foi na Victor no dia 03 de agosto de 1936 e o disco tomou o número 34.089. E este foi o início de sua carreira como compositor profissional. Da mesma parceria são Quem há de dizer, Cadeira vazia, Maria Rosa, Castigo, Jardim da saudade e outros sucessos.

Entre seus trabalhos, estão aqueles cantados por Orlando Silva, como Brasa (1945), de parceria com Felisberto Martins; por Francisco Alves, intérprete, entre outras canções, de Nervos de aço (1947), Esses moços (Pobres moços), Nunca (1949); e por Linda Batista, que se destacou com Vingança e Jamelão, com Ela disse-me assim. Consta que compôs cerca de 600 músicas, das quais umas 150 foram gravadas.

Utilizando com habilidade intuitiva os lugares-comuns da fala popular, de seus versos não está ausente um certo kitsch, sobre o qual, porém, construiu uma obra poético-musical que ocupa um lugar ímpar na música popular brasileira. A partir de 1971, conheceu nova fase de popularidade, quando intérpretes como Caetano Veloso, Gal Costa e Paulinho da Viola regravaram músicas suas e tomaram sua obra conhecida por um público mais jovem. Lupicínio Rodrigues morreu em 27 de agosto de 1974, em Porto Alegre, cidade onde sempre viveu.

Letras e cifras




























Obra completa

Amigo ciúme (c/Onofre Pontes), samba, 1957; Amor é um só, samba, 1955; As aparências enganam, valsa, 1952; Aposta (c/Rubens Santos), samba-canção, 1963; Aquele molambo (c/Rubens Santos), samba-canção, 1963; Aves daninhas, samba-canção, 1954; Basta (c/Felisberto Martins), samba, 1944; Beijo fatal, bolero, 1963; Os beijos dela, samba, 1953; Bobo eu não sou, samba-canção, 1964; Boca fechada, samba-canção, 1954; Boneca de doce, samba, 1963; Brasa (c/Felisberto Martins), samba, 1945; Briga de amor (c/Felisberto Martins), samba, 1940; Briga de gato (c/Felisberto Martins), samba, 1944; Cadeira vazia (c/Alcides Gonçalves), samba-canção, 1950; Caixa de ódio, 1969; Calúnia (c/Rubens Santos), samba, 1958; Carteiro (c/Felisberto Martins), samba 1942; Castigo (c/Alcides Gonçalves), samba-canção, 1953; Cenário de Mangueira (c/Henrique de Almeida), samba, 1966; Cevando o amargo (c/Piratini), toada, 1956; Chamas (c/Hamílton Chaves), marcha, 1966; Cigano (c/Felisberto Martins), samba, 1943; Coisas minhas, samba, 1958; Contando os dias, guarânia, 1962; Conto das lágrimas, samba-canção, 1959; A dança do sapo, marcha, 1949; Distante de ti (c/L. Collantes), bolero, 1959; Divórcio, samba, 1952; Dois tristonhos, samba, 1955; Dominó (c/Davi Nasser), marcha, 1957; Dona divergência (c/Felisberto Martins), samba-canção, 1951; Ela disse-me assim (Vai embora), samba-canção, 1959; Enquanto a cidade dormia (c/Felisberto Martins), samba, 1939; Esses moços (Pobres moços), samba-canção, 1948; Esta eu conheço (c/Rubens Santos), samba, 1959; Eu e o meu coração, 1950; Eu é que não presto (c/Felisberto Martins), samba, 1943; Eu não sou louco (c/Evaldo Rui), samba, 1950; Eu sei, samba, 1960; Ex-filha de Maria, samba-canção, 1952; Exemplo, samba, 1960; Feiticeira (c/Felisberto Martins), samba-canção, 1952; Felicidade, xótis, 1947; Foi assim, samba-canção, 1952; Fuga, samba, 1959; Garçom, marcha, 1946; Gaudério (c/Luís Meneses), valsa, 1967; Há um Deus, samba-canção, 1957; Hino oficial do Grêmio, 1972; Homenagem, 1961; Homenagem à sambista (c/C. A. C.), samba, 1973; Iná, fox, 1955; Jardim da saudade (c/Alcides Gonçalves), valsa, 1952; Juca, valsa, 1954; Judiaria, 1974; A lua, samba, 1948; Mais um trago (c/Rubens Santos), samba-canção, 1960; Maluca, 1963; Malvada (c/Felisberto Martins), samba, 1945; Margarida, samba, 1959; Maria Rosa (c/Alcides Gonçalves), samba-canção, 1950; Meu figurino (c/Felisberto Martins), marcha, 1953; Meu pecado (c/Felisberto Martins), samba, 1944; Migalhas, samba-canção, 1950; Minha companheira (c/Leo Conti), samba, 1973; Minha história (c/Rubens Santos), samba-canção, 1954; Minha ignorância, samba-canção, 1954; O morro está de luto, samba, 1953; O mundo é assim (c/Henrique de Almeida e Rubens Santos), marcha, 1970; Na hora de pagar (c/Arlindo Sousa), marcha, 1974; Namorados, samba, 1954; Não conte pra ninguém (c/Rubens Santos), samba, 1962; Não deu outra coisa (c/Rubens Santos), marcha, 1971; Não sou de reclamar, samba-canção, 1952; Nervos de aço, samba, 1947; Nossa Senhora das Graças, samba, 1956; Nunca, samba-canção, 1952; Os óculos do vovô, marcha, 1953; Paciência (Vou brigar com ela), samba-canção, 1961; Palhaço não, marcha, 1948; Perdido na multidão (c/Rubens Santos), marcha, 1971; Pergunte aos meus tamancos (c/Alcides Gonçalves), samba, 1936; Podes voltar (c/Rubens Santos), samba-canção, 1963; Ponta de lança, samba-canção, 1952; Pra São João decidir (c/Francisco Alves), samba, 1952; Pregador de bolinha (c/A. M. Barreto e Hamilton Chaves), samba, 1953; Primavera (c/Hamilton Chaves), canção, 1969; Prova de amor, samba, 1960; Quando eu for bem velhinho (c/Felisberto Martins), marcha, 1940; Que baixo (c/Caco Velho), samba, 1945; Que espanhola (c/Rubens Santos), marcha, 1970; Quem é aquele pão (c/Rubens Santos), batucada, 1970; Quem há de dizer (c/Alcides Gonçalves), samba-canção, 1948; Rainha do show (c/Davi Nasser), samba, 1955; Rancho da Mangueira (c/Rubens Santos), marcha-rancho, 1969; Recado não aceito, samba, 1953; O relógio lá de casa (c/Felisberto Martins), samba-choro, 1945; Roda de samba (c/Hamilton Chaves), samba, 1970; Se acaso você chegasse (c/Felisberto Martins), samba, 1938; Se é verdade, samba, 1954; Sempre eu (c/Felisberto Martins), samba, 1941; Seu doutor (c/Leo Conti), samba, 1972; Sombras, samba, 1952; Sozinha, samba-canção, 1963; Taberna, 1963; Tola, samba, 1953; Torre de Babel, samba canção, 1964; Trabalho (c/Felisberto Martins), samba, 1945; Triste história (c/Alcides Gonçalves), samba, 1936; Triste regresso (Cansaço), samba-canção, 1961; Verão do Brasil (c/Denis Brean), marcha, 1946; Vingança, samba-canção, 1951; Você não sabe (c/Rubens Santos), samba, 1957; Volta, samba-canção, 1957; Vou brigar com ela (Paciência), 1961; Zé Ponte (c/Felisberto Martins), canção, 1947.


Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Collector's.

José Marcílio

José Marcílio (Pascoal José Marcílio), instrumentista e compositor, nasceu em São Paulo SP (7/9/1913). Estudou música e piano durante um ano e aprendeu rudimentos de violão com o pai, que se apresentava em cantinas. Autodidata, passou a tocar vários instrumentos de cordas, além do acordeom, e a realizar arranjos e orquestrações.


Em 1937 tornou-se pianista da Rádio Record e, mais tarde, no regional de Armandinho, tocava violão-tenor. Integrou o regional de Pinheirinho na Rádio São Paulo e surgiu como compositor ainda em 1936, apresentando o samba-canção Chega (com Adoniran Barbosa), gravado por Deo, na Columbia.

Apresentando-se com violão-tenor, fez parte do regional da Rádio Ipanema, do Rio de Janeiro, além de tocar em vários outros conjuntos e orquestras da noite carioca. Excursionou pela América Latina e radicou-se em Lima, Peru, onde vive há trinta anos e dirige uma orquestra local.

Teve inúmeras composições gravadas, destacando-se o samba-canção Vila Bertioga no samba (com Alberto Rossi), gravada pelo Grupo X; o samba-canção Rua da felicidade (com Fernando Martinez), gravado por Carlos Roberto; a valsa Silhueta (com Fernando Martinez), gravada por George Fernandes, todas na Columbia.

Na Victor foram gravados o samba-canção Coqueiro velho (com Fernando Martinez) e a valsa Súplica (com Otávio Gabus Mendes e Deo), ambos por Orlando Silva, além do samba-canção Ponto final (com Francisco Malfitano), lançado por Linda Batista, e Onde amei (com Alberto Rossi), por Isaura Garcia.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Kid Pepe

Kid Pepe (José Gelsomino), compositor, nasceu em Montesano, Itália, em 19/9/1908, e faleceu no Rio de Janeiro RJ, em 14/9/1961. Veio para o Brasil em 1914, fixando-se no Rio de Janeiro, onde começou a exercer modestas profissões como engraxate, empalhador lustrador de móveis, garçom etc. 


Tornou-se boxeador o que originou o apelido Kid Pepe e, depois de quatro anos de ringue, voltou-se para a música popular. Frequentava as rodas do Café Nice e iniciou-se em rádio em 1931, chegando a cantar e a ter um programa seu.

Sua primeira composição gravada foi Eu era feliz (com Germano Augusto), lançada em disco Victor pelo cantor Patrício Teixeira. Em seguida, fez sucesso com O orvalho vem caindo (com Noel Rosa), gravado por Almirante para o Carnaval de 1934 e considerado sua obra-prima, e Tenho raiva de quem sabe (com Zé Pretinho e Noel Rosa), gravado por Mário Reis.

No ano seguinte, foi a vez do samba Implorar (com Germano Augusto e J. S. Gaspar), gravado para o Carnaval, com grande sucesso, por Moreira da Silva, além de As lágrimas rolavam (com Germano Augusto e R. Guará), samba gravado com êxito por Jaime Vogeler, Amor muito amor (com Valfrido Silva) e O sereno é meu castigo, sambas gravados por Francisco Alves.

Em 1937 foi gravado outro grande sucesso de sua autoria, o samba Mangueira (com Bide), por Joel e Gaúcho, na Victor. No mesmo ano compôs ainda Formosa mulher (com Jorge Faraj), gravado por Vítor Bacelar; Alô, boy (com J. Piedade e José Ferreira), marcha gravada por J. B. de Carvalho, e Um sorriso igual ao teu (com Germano Augusto), samba gravado por Luís Barbosa. No ano seguinte, lançou o samba Choro por teu amor (com Castro Barbosa), gravado por Sílvio Caldas, e a marcha Carnaval da minha terra (com Aldo Cabral), gravado por Francisco Alves.

Em 1939, Carmen Miranda gravou o samba-choro Moreno batuqueiro (com Germano Augusto). Em meados da década de 1940, suas composições de sucesso começaram a rarear. Quando faleceu, estava internado como indigente no Hospital Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.


Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha; Dicionário Cravo Albin.

José Maria de Abreu


José Maria de Abreu, compositor, instrumentista e regente, nasceu em Jacareí SP, em 12/11/1911, e faleceu no Rio de Janeiro em 15/11/1966. Iniciou-se na música com o pai, o maestro Juvenal Roberto de Abreu, que lhe ensinou os rudimentos musicais no violão, piano, trompete e violino.


Em 1917, mudou-se com a família para São Paulo SP, e em 1921 para Itapetininga SP. Em 1922 era o primeiro trompete da banda da escola, tendo nessa época composto sua primeira música, o Hino do grupo escolar.

Em 1926 começou a trabalhar na orquestra do Cine Íris, de Itapetininga, tocando trompete, violino e, logo depois, piano. No ano seguinte ingressou na Escola de Farmácia de Itapetininga, abandonando-a logo em seguida para substituir o maestro da companhia de revistas de Otília Amorim, Sebastião Arruda e Abílio Meneses. Ainda em 1927 atuou como maestro no Teatro Boa Vista, em São Paulo, onde passou a viver em 1928, trabalhando como pianista nas casas Sotero e Di Franco. Nesse mesmo ano apareceu uma de suas primeiras músicas gravadas - Recordando (com Salvador de Morais) -, valsa interpretada por Francisco Alves.

Por ocasião da revolução de 1932, compôs o hino Vencer ou morrer, com versos de Ari Kerner. Quando se transferiu para o Rio de Janeiro, em 1933, inscreveu Promessa (com Ari Kerner) num concurso de músicas juninas promovido pelo jornal A Noite, obtendo o primeiro lugar. Logo depois a canção foi gravada por Gastão Formenti.

De 1933 a 1938 atuou como pianista contratado da Rádio Mayrink Veiga e em 1934 escreveu a opereta Sonho Azul, com libreto de Ciro Ribeiro e Raul Sena. Ainda nesse ano tornou-se parceiro de Francisco Matoso, com quem fez alguns dos maiores clássicos do gênero romântico da década de 1930.

Seu primeiro êxito foi também a primeira música da dupla, Boa noite, amor, valsa gravada em 1936 por Francisco Alves, que mais tarde passou a ser prefixo do cantor na Rádio Nacional. Dessa parceria surgiriam ainda outros sucessos, como o samba-canção Fui feliz (1936), a canção Cancioneiro (1936) e as valsas Ao ouvir esta canção hás de pensar em mim (1940) e Horas iguais (1937).

Em 1938 ingressou na Rádio Clube (hoje Mundial) como pianista, tendo feito, nessa época, várias versões de música popular estrangeira. Com a morte de Francisco Matoso em 1941, tornou-se parceiro de Jair Amorim em 1942, com quem, durante dez anos, compôs seus sucessos mais conhecidos, como Um cantinho e você (1948), Ponto final (1949), Alguém como tu (1952) e Sempre teu. Grande melodista, seu slogan era "Rei da Valsa".

Algumas músicas


Obras

Ainda uma vez (c/Francisco Matoso), fox-canção, 1938; Alguém (c/Francisco Matoso), valsa, 1938; Alguém como tu (c/Jair Amorim), samba, 1952; Ao ouvir esta canção hás de pensar em mim (c/Francisco Matoso), valsa, 1940; Boa noite, amor (c/Francisco Matoso), valsa, 1936; Brigamos outra vez (c/Jair Amorim), fox-canção, 1946; Cancioneiro (c/Francisco Matoso), canção, 1936; Um cantinho e você (c/Jair Amorim), samba, 1948; Eu, você e mais ninguém (c/Saint-Clair Sena), fox-trot, 1942; Horas iguais (c/Francisco Matoso), valsa, 1937; Italiana (c/Paulo Barbosa e Osvaldo Santiago), valsa, 1936; Mais uma valsa, mais uma saudade (c/Lamartine Babo), valsa, 1937; Naná (c/Jair Amorim), fox-trot, 1946; Não me pergunte (c/Jair Amorim), samba, 1949; Pegando fogo (c/Francisco Matoso), marcha, 1939; Solidão (com Francisco Matoso), samba-canção, 1937; Torre de marfim (c/0svaldo Santiago e Paulo Barbosa), valsa, 1938; Uma valsa azul (c/Lamartine Babo), valsa, 1944; Valsa da formatura (c/Lamartine Babo), valsa, 1952; Vingança (c/Francisco Matoso), canção regional, 1936; Você de mim não tem dó, toada, 1949.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Leonel Azevedo

Leonel Azevedo (Leonel de Azevedo), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 12/8/1905 e faleceu em 16/10/1980. Cursou o primário na Escola General Mitre, no morro do Pinto, e em seguida chegou a estudar piano com uma prima, durante um ano.


Com a inauguração das rádios Sociedade e Clube do Brasil, passou a frequentar os programas dessas emissoras, onde ficou conhecendo vários artistas. Em 1925, estudando violão, fez suas primeiras tentativas como compositor. Em 1927 começou a trabalhar na Companhia Telefônica.

Compôs, em 1930, sua primeira música, que nunca chegou a ser gravada, Chora, coração, com a qual se apresentou como cantor na Rádio Educadora. Em 1935 foi aprovado em um teste na Rádio Philips e, a convite de Dario Murce, foi escalado para cantar no programa de Renato Murce, Horas do Outro Mundo, onde conheceu seu parceiro mais constante, J. Cascata, que se destacara com o samba Minha palhoça, cantado por Luís Barbosa no Programa Casé e gravado por Sílvio Caldas na Victor.

Nessa época, Cascata e ele foram transferidos para outro programa do mesmo produtor - Horas Sertanejas - e convidados a apresentar composições suas; daí nasceram suas primeiras músicas gravadas, Mágoas de caboclo e História joanina, que Orlando Silva lançou em 1936, em disco Victor, seguidas de outros trabalhos de grande sucesso, como o samba Juramento falso e a valsa Lábios que beijei, também gravadas por Orlando Silva, um ano depois.

Ainda em 1937 aproximou-se de outros compositores, como Sá Róris, com quem fez o choro Apanhei um resfriado, gravado por Almirante, o samba Eu vou dizer, gravado por Odete Amaral, a valsa Maria fulô, gravada por Gastão Formenti, ou como Luís Bittencourt, com quem compôs Lua triste, gravada por Sílvio Caldas. A marcha Não pago o bonde (com J. Cascata), gravação de Odete Amaral, fez grande sucesso no Carnaval de 1938. Em 1939 Carlos Galhardo gravou Quem foi (com J.Cascata).

Compôs em 1940 o samba Símbolo sagrado e a valsa Quero voltar aos braços teus (ambos com J. Cascata). Tentou uma vez mais o Carnaval, realizando, em 1942, com Sá Róris, Passo de avestruz, sátira do passo de ganso das tropas alemãs, gravada na Odeon por Almirante. Três anos depois, compôs com J. Cascata Ela vai voltar, gravada por Orlando Silva na Odeon.

Sua produção declinou depois da guerra, destacando-se sobretudo as regravações. Reapareceu com composições, em parceria com J. Cascata, interpretadas por Orlando Silva: a valsa Pedras dispersas, em 1952; o samba Escravo do amor, no ano seguinte, e a valsa De que vale a vida sem amor, em 1954. Pouco depois, Carlos Augusto gravou na Sinter o LP Músicas de J. Cascata e Leonel Azevedo, enquanto Orlando Silva e Sílvio Caldas relançariam vários sucessos seus na década de 1960.

Com a morte de J. Cascata em 1961, procurou novos parceiros, como Nelson França, com quem compôs Vamos sambar, gravado por Dilermando Pinheiro. Aposentado na Companhia Telefônica em 1962, e tendo abandonado suas atividades musicais, teve reunida sua produção inédita numa série de cinco LPs - Histórias de amor -, edição particular financiada por amigos.

Algumas músicas



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Jorge Faraj

Jorge Vidal Faraj, compositor e jornalista, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 9/7/1901 e faleceu em 14/6/1963. Filho de imigrantes libaneses, donos de um armarinho no bairro de Botafogo, começou a trabalhar aos 14 anos de idade. Foi aprendiz de torneiro mecânico no Arsenal da Marinha e depois numa fábrica de tecidos, de onde saiu para trabalhar como mecânico de automóveis.


Gostava muito de literatura e aos 18 anos escreveu seus primeiros versos, o soneto Brinde. Um ano depois deixou a profissão de mecânico e fundou, com amigos do bairro, um jornal semanário, O Botafogo, onde era responsável pela seção de poesia.

Em 1922 foi servir no Exército, sendo logo depois, como sargento, transferido para Mato Grosso. Em Campo Grande MT, um coronel convidou-o, em 1928, para dirigir o Diário do Estado, função que exerceu por dois anos, ao mesmo tempo em que publicava seu próprio semanário, O Chicote. Retornou ao Rio de Janeiro em 1930 e três anos depois viveu sua única experiência teatral, escrevendo e atuando na peça carnavalesca Bom-bocado, que estreou no Cassino Beira-Mar, em janeiro de 1934.

No mesmo ano foi repórter e redator no jornal popular O Avante e conheceu num café o compositor e flautista Benedito Lacerda. Ali o músico mostrou-lhe uma valsa, e ele fez a letra de Lela, gravada depois por Jaime Vogeler, na Odeon, e que iniciou uma parceria de muitos sucessos. Um ano depois, já como secretário de O Avante, compôs, com Benedito Lacerda, O telefone do amor, que Sílvio Caldas gravou na Odeon.

Em 1936 Francisco Alves, co-autor da música, gravou Tu deves ser das tais, na Victor. No mesmo ano, Carlos Galhardo gravou a valsa Apenas tu (com Roberto Martins) na Odeon. Depois desses sucessos, no ano seguinte fez a letra para o samba-canção de Roberto Martins Menos eu, gravado por Sílvio Caldas na Odeon, e, com Benedito Lacerda, a valsa É quase felicidade e o samba E a saudade ficou, gravados por Carlos Galhardo na Odeon. Também com Benedito Lacerda fez naquele ano Amor por correspondência, que Nuno Roland gravou na Odeon.

Ainda em 1937 lançou outro sucesso, com música de Ataulfo Alves, Rainha da beleza, gravado por Orlando Silva na Victor. A este seguiram-se novos destaques, em 1938, como as valsas feitas em parceria com Benedito Lacerda, Rosário de lágrimas, gravada por Nuno Roland na Odeon, e Meu coração a teus pés, que Orlando Silva gravou na Victor. Ainda em 1938, Carlos Galhardo gravou, também na Victor, a batucada Mania de quem ama (com Augusto Garcez).

No ano seguinte Sílvio Caldas gravou, com grande sucesso, Deusa da minha rua (com Newton Teixeira), cuja letra pode ser citada como exemplo de sua melhor poesia. Em 1940 seu samba (com música de Custódio Mesquita) Preto velho foi gravado com grande sucesso por Sílvio Caldas. No ano seguinte o samba Eu trabalhei (com Roberto Roberti) fez sucesso no Carnaval.

Sempre dividiu suas atividades de letrista com a de jornalista, tendo trabalhado em A Gazeta de Notícias, A Nota, O Mundo e Mundo Ilustrado, entre outros periódicos. Foi sócio fundador da UBC e em 1944 participou da criação da SBACEM. A partir de 1958 foi inspetor da SBACEM, SADEMBRA e SBAT no Norte e Nordeste do país, e, de 1960 a 1962, conselheiro da SBACEM. Morreu no Hospital da Curicica, Rio de Janeiro.

Algumas músicas


Obra completa

Abana baiana (c/Roberto Roberti e César Brasil), samba, 1941; Abre alas (c/J. Piedade), marcha, 1940; A alma do tatu (c/Gastão Viana e Roberto Roberti), samba, 1946; Amor por correspondência (c/Benedito Lacerda), samba, 1937; Andorinha do amor (c/J. Batista), marcha, 1952; Apenas tu (c/Roberto Martins), valsa, 1936; Aquela casa discreta (c/Newton Teixeira), valsa, 1942; Arlequim (c/Rubens Soares e Nelson Gonçalves), marcha-rancho, 1958; Bela como as flores (c/Cesar Brasil), samba-canção, s.d.; A beleza dos teus olhos (c/Frazão), samba, 1950; Bem boa (c/Roberto Martins), samba, 1939; Cadê arlequim (c/Roberto Martins), marcha, s.d.; Café da amargura (c/Erasmo Silva), samba-canção, 1953; Cara bem boa (c/Benedito Lacerda), marcha, 1936; Casa, casa, viúvinha (c/Humberto Porto), marcha, 1941; Coitadinho de mim (c/J. Batista), samba, 1942; Dança, mas nao encosta (c/Roberto Roberti), samba, 1941; Datilógrafa (c/ Nelson Batista), samba-canção, 1953; De qualquer cor (c/E. Santo), samba, 1957; Deusa da minha rua (c/Newton Teixeira), valsa, 1939; Doce mentira (c/Aristeu Queirós e José Batista), bolero, 1952; Duas janelas (c/Nilson Batista), samba, 1942; Duas sombras (c/Roberto Martins), valsa, 1939; E a saudade ficou (c/Benedito Lacerda), samba, 1937; É quase felicidade (c/Benedito Lacerda), valsa, 1937; Eu trabalhei (c/Roberto Roberti), samba, 1941; Formosa mulher (c/Kid Pepe), samba, 1937; Garota do dancing (c/Alberto Ribeiro), samba-canção, 1939; Ísis (c/Benedito Lacerda), valsa, 1935; Judia rara (c/Roberto Martins), samba, s.d.; Lela (c/Benedito Lacerda), valsa, 1937; Língua comprida (c/lsaias Ferreira e Alberto Jesus), marcha, s.d.; Mania de quem ama (c/Augusto Garcez), batucada, 1938; Menos eu (c/Roberto Martins), samba-canção, 1937; Mentira carioca (c/César Brasil), marcha, 1939; Meu coração a teus pés (c/Benedito Lacerda), valsa, 1938; Meu segredo (Roberto Martins), samba, s.d.; Mil corações (c/Ataulfo Alves), valsa, 1938; Moleque teimoso (c/Roberto Martins), chorinho, 1939; Não devemos fingir (c/José Batista), samba, 1953; Não troquemos de mal (c/R. Brito), fox trot, 1943; Nunca mais (c/Roberto Martins), samba, 1937; Onde está meu pensamento (c/Antônio Almeida), samba, 1943; Onde estás, primavera? (c/Newton Teixeira), valsa, 1941; Palhaço tem a sua vez (c/Benedito Lacerda), marcha, 1937; Pobreza não é defeito (c/Antônio Almeida), batucada, 1942; Preto velho (c/Custódio Mesquita), samba, 1940; Primavera, primavera (c/Ronaldo Lupo), samba, s.d.; Professora (c/Benedito Lacerda), samba, 1938; Professora suburbana (c/Roberto Martins), samba, 1956; Quantos louros (c/Roberto Roberti e César Brasil), marcha, s.d.; Quantos somos (c/Arlindo Marques Júnior), marcha, 1941; Quem mandou, coração (c/Roberto Martins), samba, 1938; Rainha da beleza (c/Ataulfo Alves), samba, 1937; Rainha sem trono (c/Benedito Lacerda), samba, 1935; Rosário de lágrimas (c/Benedito Lacerda), valsa, 1938; O samba do assobio (c/Vicente Paiva e Roberto Roberti), s.d.; Sem saber onde estás (c/Ronaldo Lupo), samba-canção, s.d.; Sol e chuva (c/Roberto Martins), valsa, 1942; Stella (c/Roberto Martins), samba, 1951; O telefone do amor (c/Benedito Lacerda), samba, 1935; Terceira valsa de amor (c/Roberto Martins), 1938; Tico-tico de campina (c/Roberto Martins), samba, s.d.; Trabalhei (c/Roberto Martins), marcha, s.d.; Tu deves ser das tais (c/Frandisco Alves), valsa, 1936; Último beijo (c/Roberto Martins), valsa, 1939; Vai cair (c/Benedito Lacerda), samba, s.d.; Vivo bem na minha terra (c/Gastão Viana), samba, 1941; A vontade do freguês (c/Malfitano), marcha, 1942.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.