Nilo Amaro |
Essas características seriam valorizadas pela interpretação do grupo, puxada pelas vozes dolentes de Nilo Amaro e Noriel Arantes, este um baixo profundo que depois fez carreira individual com o nome de Noriel Vilela. A saída de Noriel provocou um vazio difícil de ser preenchido no conjunto, pois seu tipo de voz, tradicional na música americana (em grupos negros como os Ink Spots e os Four Knights, ou na área country com Don Williams e Mark McCauley), é incomum no Brasil.
Quando finalmente foi encontrado um substituto, o cantor Geraldo, os Cantores de Ébano se recompuseram, chegando a regravar a toada em 1980, sem alcançar a mesma projeção. Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano cultivavam um repertório eclético que ia das baladas internacionais (“Greenfields”, o bolero “La Novia”) a canções brasileiras como “O Uirapuru”, “A Lenda do Abaeté” e a simplória “Leva Eu Sodade” (A Canção no Tempo - Vol. 2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34).
Leva eu Sodade (toada, 1962) - Tito Guimarães e Alventino Cavalcanti - Intérprete: Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano
Disco 78 rpm / Título da música: Leva eu sodade / Alventino Cavalcanti (Compositor) / Tito Neto (Compositor) / Nilo Amaro (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1962 / Álbum: 14.805 / Lado B / Gênero musical: Toada.
D G Ô leva eu, Minha sodade, D Eu também quero ir, Minha sodade, G Quando chego na ladeira, A Tenho medo de cair, G A Leva eu, (leva eu) D Minha sodade. G Menina tu não te lembra, A (Minha sodade), D Daquela tarde fagueira, Bm (Minha sodade) Tu te esqueces, G E eu me lembro, A Ai, que sodade matadeira, G A Leva eu, (leva eu) D D7 Minha sodade. G Na noite de São João, A (Minha sodade), D No terreiro uma bacia, Bm (Minha sodade), G Que é pra ver se para o ano, A Meu amor ainda me via, G A Leva eu, (leva eu) D Minha sodade.