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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Haroldo Tapajós

Haroldo Tapajós - 1938
Haroldo Tapajós Gomes, cantor e compositor, nasceu em 19/11/1915 no Rio de Janeiro e faleceu em 18/4/1994 na mesma cidade. Filho de Manoel Tapajós Gomes, crítico de arte e poeta, e de Alice Sabino Maia, Haroldo formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro.

Integrou com o irmão Paulo, na década de 1930, a dupla Irmãos Tapajós e foi parceiro de Vinícius de Moraes na primeira canção gravada do poeta, Loura ou morena.

Em 1932, estreou em disco com o irmão, na Columbia, interpretando de sua autoria e Vinicius de Moraes o fox-canção Loura ou morena. No outro lado do disco, seu irmão Paulo interpretou o fox-blue Doce ilusão, também de sua parceria com Vinicius de Moraes.

Em 1934, gravou com o irmão pela Victor o fox-trote Um sorriso...uma lágrima..., de Júlio de Oliveira e Alberto Ribeiro e a valsa Canção para alguém, de sua autoria e Vinicius de Moraes. Também na década de 1930, gravou com o irmão outras composições suas em parceria com Vinicius de Moraes, como o fox-canção Namorado da lua e o fox-trote O nosso amor de criança.

Em 1940, gravou o último disco com o irmão interpretando a marcha Decadência de pierrô, de Lamartine Babo e Alcir Pires Vermelho e o samba Eu chorei, de Alvaiade e Alcides Lopes.

Em 1945, já afastado da música, entrou para o Itamaraty, tornando-se redator do Ministério das Relações Exteriores e iniciando carreira diplomática.

Fonte: Revivendo Músicas

quarta-feira, 5 de março de 2008

Loura ou morena

Loura ou morena (fox-canção, 1932) - Vinícius de Moraes e Haroldo Tapajós

Disco 78 rpm / Título da música: Loura ou morena / Haroldo Tapajós (Compositor) / Vinícius de Moraes, 1913-1980 (Compositor) / Irmãos Tapajós [Paulo Tapajós e Haroldo Tapajós] (Intérprete) / Gravadora: Columbia / Lançamento: 07/1932 / Nº do Álbum: 22138-b / Nº da Matriz: 381292-2 / Gênero musical: Fox / Coleções de origem: Nirez, Humberto Franceschi


Se por acaso o amor me agarrar
Quero uma loira pra namorar
Corpo bem feito, magro e perfeito
E o azul do céu no olhar
Quero também que saiba dançar
Que seja clara como o luar

Se isso se der
Posso dizer que amo uma mulher

Mas se uma loura eu não encontrar
Uma morena é o tom
Uma pequena, linda morena
Meu Deus, que bom
Uma morena era o ideal
Mas a loirinha não era mau
Cabelo louro vale um tesouro
É um tipo fenomenal
Cabelos negros têm seu lugar
Pele morena convida a amar
Que vou fazer?

Ah, eu não sei como é que vai ser
Olho as mulheres, que desespero
Que desespero de amor
É a loirinha, é a moreninha
Meu Deus, que horror!
Se da morena vou me lembrar
Logo na loura fico a pensar
Louras, morenas
Eu quero apenas a todas glorificar
Sou bem constante no amor leal
Louras, morenas, sois o ideal
Haja o que houver
Eu amo em todas somente a mulher



Fontes: Instituto Moreira Salles; Discografia Brasileira - IMS.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Paulo Tapajós

Paulo Tapajós (Paulo Tapajós Gomes), cantor, compositor e radialista, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 20/10/1913 e faleceu em 29/12/1990. Estudou desenho na Escola Nacional de Belas Artes e música com o maestro Lorenzo Fernandez, além de aprender piano com Maria Siqueira e canto com Cecília Rudge e Riva Pasternak. Estudando violão sozinho, chegou a lecionar o instrumento por vários anos, abandonando mais tarde o desenho para se dedicar exclusivamente à música.

Em 1927, formou com os irmãos Haroldo e Osvaldo o trio vocal Irmãos Tapajós, que se apresentava em festas de amigos e que, no ano seguinte, estreou na Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Ainda em 1928 escreveu sua primeira composição, editando-a pela Casa Vieira Machado.

Com a saída de Osvaldo em 1932, formou uma dupla com o irmão Haroldo, gravando Loura ou morena (Haroldo Tapajós e Vinícius de Moraes), de 1928. A dupla gravou, também na Odeon, a marcha Decadência de pierrô (Lamartine Babo e Alcir Pires Vermelho) e o samba Eu chorei (Alvaiade e Alcides Lopes), além de Noite azul (Carlos Armando Pascoalini e Rogério Cardoso).

Em 1933, compôs com Vinícius de Morais o fox-canção Canção da noite. Em 1942, Haroldo abandonou a dupla e as atividades artísticas; prosseguiu então, individualmente, como cantor, diretor e produtor de programas, contratado pela Rádio Nacional. Transferindo-se para a Rádio Tupi, em 1946, como diretor artístico, voltou à Rádio Nacional dois anos depois, sendo produtor da emissora durante a sua fase de ouro. Com Nuno Roland e Albertinho Fortuna, formou o Trio Melodia e criou o conjunto de serenatas Turma do Sereno.

Em 1951 compôs o samba Morreu o Anacleto (com Dunga). Em 1956 gravou na Sinter o LP Luar do Sertão, interpretando músicas de Catulo da Paixão Cearense. Participou das primeiras dublagens de desenhos de Walt Disney, planejando ainda emissoras de rádio em diversas cidades, além de pesquisar e estudar a música popular brasileira.

Em 1966, fez parte da comissão executiva do I FIC, da TV-Rio, Rio de Janeiro, permanecendo como diretor artístico até maio de 1970. Participou, em 1971, do LP lançado pela RCA, Os saraus de Jacó - Jacó do Bandolim recebe o modinheiro Paulo Tapajós, que aproveitou fitas do famoso bandolinista, com seu conjunto Época de Ouro.

Em 1972 escreveu o capítulo sobre a música popular brasileira no livro Brasil, uma história dinâmica, obra didática muito elogiada pela UNESCO. Durante a década de 1980 participou de vários encontros e festivais de música como a X e a XII Califórnia da Canção Gaúcha (Carazinho RS), o I Acorde, Seminário de Defesa da Música Brasileira (Tramandaí RS), o I Seminário dos Festivais de Música Gaúcha (Guaíba RS), o Festival Comunicasom de Goiânia GO, o Sercapo - Festival da Canção Popular de Cascavel PR, e os III e IV Encontros de Pesquisadores de Música Popular Brasileira, no Rio de Janeiro.

Em 1990 participou do I Ciclo de Debates sobre Rádio e Televisão, promovido pela Futevê-M.E.C., no Rio de Janeiro. Pai dos compositores e cantores Paulinho e Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós (os dois últimos já falecidos), Paulo Tapajós produziu, dirigiu e apresentou, ao longo de vários anos e até o dia de sua morte, o programa radiofônico Domingo Musical, do Projeto Minerva.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.