Sérgio Reis (Sérgio Basini), cantor e compositor, nasceu em São Paulo-SP em 23/6/1940. Desde criança gostava de cantar, mas somente em 1958 se apresentou pela primeira vez em público, no programa Enzo de Almeida Passos, transmitido pela Rádio Bandeirantes, das principais ruas da cidade. Três anos mais tarde, gravou seu primeiro disco, pela Chantecler, Lana (de Roy Orbison, versão de Carlos Alberto Lopes).
Foi na época da
Jovem Guarda, liderada por
Roberto Carlos, que se firmou junto ao público. Conquistou então grande êxito, em 1967, com a gravação de
Coração de papel (de sua autoria), lançada pela Odeon, mesma gravadora que lançou
Anjo triste, em 1968.
Contratado em 1969 pela RCA, ali gravou vários discos, obtendo em 1972 expressivo sucesso com
O menino da gaita (versão de sua autoria sobre composição de Fernando Arbex). No ano seguinte, lançou, pela mesma gravadora, o LP
Sérgio Reis, em que foi incluído
O menino da porteira (
Teddy Vieira e Luisinho), e gravou
Eu sei que vai chegar a hora (de sua autoria), grande sucesso no México, Argentina e Peru.
Em 1974 lançou ainda pela RCA outro LP,
João-de-barro, destacando-se a música - titulo (Teddy Vieira e Muíbo Cury). A partir dai, passou a dedicar-se à pesquisa da musica sertaneja, resultando o LP, lançado pela RCA, em 1975,
Saudade da minha terra, em que foram reunidos famosos clássicos do gênero, incluindo a faixa - título (Goiá e Belmonte),
Coração de luto (
Teixeirinha),
Mágoa de boiadeiro (Nonô Basílio e Índio Vago),
Pingo d'água (
Raul Torres e
João Pacífico) e
Chalana (
Mário Zan e
Arlindo Pinto).
Em 1972 tornou-se o primeiro artista sertanejo a tocar em uma emissora FM. Atuou no filme
O menino da porteira, de Jeremias Moreira Filho, grande sucesso de público, em 1976. Nesse mesmo ano lançou o LP
Retrato do meu sertão (RCA). Em 1977 lançou a trilha sonora do filme
O menino da porteira e a coletânea
Disco de ouro (RCA). No ano seguinte, lançou, pela RCA,
Natureza.
Em 1979 estrelou Outro grande sucesso de bilheteria,
Mágoa de boiadeiro, de Venceslau M. Silva, e lançou o disco
Bandeira do Divino (RCA). Gravou em 1980
Lobo da estrada (RCA), e em seguida transferiu-se para a Som Livre, lançando, no ano seguinte,
Boiadeiro errante e
Magoa de boiadeiro, que incluía o sucesso
Filho adotivo (Artur Moreira e Sebastião E. da Silva).
Em 1982 participou da novela
Paraíso, da TV Globo, interpretando o mesmo papel que interpretava no cinema, o de peão-violeiro. Ainda em 1982, lançou a coletânea
O melhor de Sérgio Reis (Som Livre), e retornou para a RCA, lançando a coletânea
Os grandes sucessos e o disco inédito
A sanfona do menino.
Seu terceiro filme foi
Filho adotivo, de Deni Cavalcanti, de 1983, ano em que lançou o disco
Panela velha e a coletânea
Sérgio Reis — Talento, ambos pela RCA. Por esta mesma gravadora lançou ainda
Adeus Mariana (1984),
É disso que o velho gosta (1985),
Filho adotivo (1986),
Pinga ni mim (1987) e
Viajante solitário (1988).
Em 1990 voltou a atuar em mais uma novela,
Pantanal (TV Manchete), formando dupla com
Almir Sater, com quem compôs em 1980 o sucesso
Peão de boiadeiro. Ainda em 1990, aproveitando o sucesso da novela, lançou o disco
Pantaneiro (RCA).
Em 1991 saiu o disco
Toda vez que a gente encontra um novo amor (RCA) e, no ano seguinte, transferiu-se para a Continental, lançando
Casamento é uma gaiola. Dois anos depois voltou a lançar pela RCA:
Vento uivante e
Acervo especial (coletânea).
Em 1995 lançou novo disco pela Continental,
Marcando estrada, e participou do disco comemorativo 30 anos de Jovem Guarda (Polygram). No ano seguinte, participou de outro disco em homenagem aos 30 anos da Jovem Guarda:
Os originais — Jovem Guarda 67 (Odeon). Ainda em 1996, voltou a participar de outra novela de sucesso ao lado de Almir Sater,
O rei do gado, da TV Globo. Aproveitando o grande êxito da novela, lançou pela RCA
Boiadeiro (Rei do gado) e, pela Som Livre,
Rei do gado II — Pirilampo e Saracura.
Em 1997 estreou o programa dominical
Sérgio Reis do Tamanho do Brasil, na TV Manchete, no Rio de Janeiro. Até então, havia gravado mais de 40 discos e conquistado mais de 20 discos de ouro, oito de platina, um de platina dupla e um de diamante.
Em 1999, passou a apresentar também aos domingos o programa "Sérgio Reis" no SBT.
Em 2000, comemorando 40 anos de carreira, lançou pela BMG a caixa
Quarenta anos de estrada, contendo 5 CDs, fazendo, nos 4 primeiros, um registro de seus sucessos, muitos deles tornados clássicos da música sertaneja, como
Panela velha,
Menino da porteira,
Adeus Mariana e
Pingo d'água, entre outros. Em setembro daquele ano, foi o vencedor, em Los Angeles, do 1º Grammy Latino, na categoria de Melhor álbum de música sertaneja, com o disco
Sérgio Reis e convidados.
Em 2001 gravou
Nossas canções, seu 43º disco, no qual interpreta apenas músicas gravadas ou compostas por Roberto Carlos, como
Abandono,
Custe o que custar,
A namorada e
Vivendo por viver. Nesse ano, foi inaugurada a estátua "O menino da porteira", na cidade de Ouro Fino, em Goiás. Na solenidade de inauguração do monumento, Sérgio Reis recebeu homenagens e colocou a mão na estátua, deixando, para a posteridade sua marca na praça pública da cidade que ganhou visibilidade graças a seu sucesso com a música
O menino da porteira, de Luizinho e Teddy Vieira.
Em 2003, lançou o CD
Sérgio Reis & Filhos, Violas e violeiros no qual cantou com os filhos Marco e Paulo além de realizar uma série de shows com eles incluindo uma apresentação no Canecão, Rio de Janeiro. No mesmo ano, participou como ator da telenovela "Canaviais de Paixões", do SBT, além de compor a música "Escolta de vagalumes", que fez parte da trilha sonora.
Em 2004, já consagrado como referência na música sertaneja, apresentou-se acompanhado dos filhos em diversos programas de TV e shows pelo Brasil. Em 2005, passou a apresentar o programa "Terra Sertaneja", na TV Record.
Em 2006, passou a apresentar um programa semanal de rádio (Rádio Caminhoneiro), dirigido aos caminhoneiros, retransmitido por 170 emissoras do país. Também nesse ano, participou, com Almir Sater, da novela "Bicho do mato", levada ao ar pela TV Record. Sérgio compôs a música de abertura
Retratos do Brasil, junto com João Caetano.
Em 2007, participou do CD
Direito de viver, projeto de captação de recursos realizado pela Fundação Pio XII, com direção de César Augusto, em favor do Hospital do câncer de Barretos, que contou com diversos artistas do universo sertanejo e de outras áreas da música popular nacional, como Ataíde e Alexandre, Bruno & Marrone, Cézar e Paulinho, Chitãozinho e Xororó, Daniel, Edson e Hudson, Gian & Giovani, Gino e Geno, Ivete Sangalo, KLB, Alexandre Pires, Fábio Júnior dentre outros.
Em 2009, foi vencedor do Grammy latino, na categoria Melhor álbum de música sertaneja, com
Coração estradeiro, lançado pela gravadora Atração. Sérgio é o artista brasileiro com maior número de indicações ao prêmio Latino: São seis indicações e duas estatuetas; em 2001 e 2009. Também em 2009, teve a sua interpretação para a música
Ôh...Viola iluminada, de Waldir Luz e Bruna Klein, incluída no CD, lançado pela Som Livre, da trilha sonora da novela Paraíso, exibida pela Rede Globo de Televisão.
Em março de 2010, participou do programa "Emoções Sertanejas", da Rede Globo de Televisão, que teve como objetivo homenagear o cantor e compositor Roberto Carlos. Em setembro do mesmo ano, gravou, com Renato Teixeira o CD/DVD
Amizade sincera, pelo selo Som Livre.
Em 2011, realizou participação especial no segundo DVD da dupla Cézar & Paulinho,
Alma Sertaneja, ao lado de artistas como Inezita Barrozo, Belmonte & Amaraí, Chitãozinho & Xororó e Craveiro & Cravinho. Nesse ano, recebeu o 22o Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor dupla regional, ao lado de Renato Teixeira, em função do DVD
Amizade Sincera.
Em 2013, lançou o CD
Questão de tempo, pela Radar Records, contando com a participação especial de Moacyr Franco, no rasqueado que deu título ao disco, composição do próprio Moacyr Franco. No ano seguinte, com o disco, foi o vencedor do Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor cantor regional.
Em 2015, voltou a fazer parceria com Renato Teixeira, e lançou o DVD
Amizade sincera 2, com participações especiais de Toquinho, Cuitelinho, João Carreiro, Fernanda Oliveira Silva, Lara Fabianne Fernandes Pinho, Beatriz Teixeira Sater, Julia Teixeira Sater, Caru Comparin Corrêa, Ana Clara Oliveira Silva, Chico Teixeira e Amado Batista. No mesmo ano, realizou participação especial no CD/DVD
In concert in Brotas, lançado pelo cantor Daniel pela Universal Music.
Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.