domingo, 28 de abril de 2013

Destaques de Abril/2013

O massacre da "Sabiá"
Chico Buarque e Tom Jobim Não há brasileiro, vivo ou morto, que não tenha uma vizinha gorda e, além de gorda, patusca como uma viúva machadiana. Dirão os idiotas da objetividade que vizinha é a...
  
A rua é do povo
Há 121 anos, esta cidade — logo que chega dezembro — começa a ser sacudida pelos ventos carnavalescos. Iniciam-se os ensaios das escolas de samba, dos ranchos, das sociedades carnavalescas; nascem...

José Roberto
José Roberto, cantor, iniciou a carreira em 1967, ano em que saiu de Salvador, sua terra natal. Com gravações pouco expressivas dessa época, somente no início da década de 70, é que ele ganhou...

Gileno
Gileno (Gileno Osório Wanderley de Azevedo), cantor, compositor e guitarrista, nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, em 25 de Abril de 1949, e é mais conhecido como Leno da famosa dupla vocal Leno...

Waldirene
Waldirene (Anabel Fraracchio), cantora, nasceu em São Paulo, SP, em 24/9/1948. Começou a se apresentar com a família aos oito anos de idade. Ficou conhecida como "A garota do Roberto".Começou a...

George Freedman
George Freedman, cantor e compositor, nasceu em Berlim, Alemanha, em 1940. Filho de pai alemão e mãe brasileira, ainda pequeno transferiu-se para o Brasil. Iniciou a carreira no final da década de...

Ed Carlos
Ed Carlos (Oscar Teixeira), cantor e compositor, nasceu em 3 de fevereiro de 1952, em Santo André, São Paulo. Iniciou a carreira ainda adolescente, em 1967. Comenta-se que, na efervescência do...

Non ho l'etá
Gigliola Cinquetti começou a cantar aos dezesseis anos em 1963, vencendo o concurso "Voci Nuove Di Castrocaro". Um ano depois participou do Festival de San Remo com a célebre canção "Non ho l'...

Dori Edson
Dori Edson (Antônio Dorival Angiolella), cantor e compositor, nasceu na cidade de São Paulo, SP, em 26/08/1946, e faleceu em Campinas, SP, em 26/08/2008. Iniciou a carreira artística por volta de...

Bobby di Carlo
Bobby di Carlo (Roberto Caldeira dos Santos), cantor e compositor, nascido na cidade de São Paulo SP, em 30/06/1945, foi um dos grandes astros da Jovem Guarda. Com o pseudônimo de Bobby de Carlo,...

Almir Bezerra
Almir Bezerra (Almir Ferreira Bezerra), cantor, compositor e instrumentista (guitarrista), nasceu em Recife PE, em 1945. Em 1964 foi um dos criadores do conjunto The Fevers, que alcançou grandes...

O primeiro Momo do Carnaval carioca
“Depois de ter sido boneco, Momo passou a ser gente e vai ter carteira de saúde”. Deus zombeteiro, pândego, amante da galhofa, filho do sonho e da Noite, e que por seu comportamento irreverente...

O confete surge no Carnaval
"Quando o confete surgiu formaram um trust para valorizar o preço". Antes havia o entrudo. Era brutal, grosseiro. O Paiz, numa resenha de quarta-feira de cinzas, referente aos festejos...

Angelita Martinez
Angelita Martinez, atriz, cantora e bailarina, nasceu em São Paulo, SP, em 17/05/1931, e faleceu na mesma cidade em 13/01/1980. Era filha do jogador Bartô Guarani, que fez sucesso no Clube...

Romeu Arêde, o "Picareta"
Romeu Arêde "Um Romeu apaixonado que o carnaval consagrou como Picareta". Em janeiro de 1918, os ‘apaixonados’, que haviam constituído um bloco (agremiação recreativa), realizavam, no dia oito, um...

Jovem Guarda: os brotos comandam
Roberto Carlos, Wanderléa e Erasmo Carlos. "A jovem guarda foi a materialização de tudo aquilo com que os pioneiros do rock brasileiro sonhavam. A música pop movida a guitarras provocando nas...

Fred Jorge
Fred Jorge (Fued Jorge Jabur), compositor e novelista, nasceu em Tietê, SP, em 31/5/1928, e faleceu em São Paulo, SP, em 20/10/1994. Começou a aprender piano ainda criança e quando estudante,...

Célia Villela
Célia Villela, cantora, nasceu em Belo Horizonte, MG, em 24/11/1939 e faleceu em Petrópolis, RJ, em 2005. Iniciou a carreira discográfica em 1955, e gravou alguns discos de 78 RPM até passar a...

Nestor Tangerini
Nestor Tangerini (Nestor Tambourindeguy Tangerini), compositor, teatrólogo, poeta, caricaturista e professor, nasceu em Piracicaba, SP, em 23/07/1895, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em...

María Luisa Landín

María Luisa Landín Rodríguez, “a rainha do Bolero”, é e sempre será um ícone do sentimento popular latino-americano, expressado na sua voz única e incomparável, não superada por nenhum intérprete. Filha de um veracruzano, o senhor Ireneo Landín, e de uma guanajuatense, senhora Magdalena Rodríguez, nasceu no popular, criativo e central bairro de “Tepito” da Cidade do México, em nove de outubro de 1921.

Junto com sua irmã Avelina (10/11/1917 – 21/02/1991) iniciou-se muito cedo na música, formando em 1935 o duo “Pirita y Jade” de grata recordação entre os duos existentes naquela época, pela elegância no cantar e pelo entrosamento admirável das vozes das irmãs Landín Rodríguez.

O duo Pirita y Jade se apresentava em festas e reuniões familiares, recebendo a aprovação dos presentes e, pouco a pouco, ganharam prestígio, pelo menos no âmbito local. Em 1936 se apresentaram alternativamente na rádio XEYZ e na estação do governo XEFO.

Em 1938, a recém inaugurada rádio XEQ conhecida como “Rádio Panamericana” as contratou como artistas principais em sua programação musical, promovendo uma rivalidade com as Irmãs Águila, famoso duo integrado pelas irmãs Maria Esperanza e Maria de la Paz Villlobos.

Esse antagonismo foi proveitoso para a emergente estação e, assim mesmo, para as irmãs Landín Rodríguez, que aumentaram em fama e popularidade. Nessa ocasião adotaram a denominação de “Duo Mari-Lina” e, finalmente, escolheram o nome que mais acreditavam ser o mais destacado e harmonioso da época: “O Duo das Irmãs Landín”.

Com este título registraram para a posteridade os mais emocionantes temas musicais de renomados autores e compositores. Entre estes se destacam: “A ti qué ” de Alberto Domínguez, “A dónde irán” de Rodolfo Mendiolea, “Yo quiero la vida”, “Aquella noche”, “Si tú me pides” e “Háblame de amor” de Gabriel Ruiz, “Cariñito” de Manuel Renteria, “La Guía”, de Méndez Castillo, “La noche, tú y yo” de Rafael Hernández, “Mi amor de ayer” de Tamayo Ortega, “Mi destino fue quererte” e “Mi único amor” de Felipe Valdéz Leal, “Mujercita castigada” de Fernando Z. Maldonado, “Pasional” de Consuelo Velazquez, “Pobre de mí” de Agustín Lara, “Tengo que sufrir” de Claudio Estrada, “Tengo un nuevo amor” de Ernesto Lecuona y “Yo no sé lo que me pasa” de Fernando Mulens.

O duo das Irmãs Landín se manteve até 1942, quando Avelina contraiu matrimônio com Ángel Zempoalteca Ortega (1925-1970). Dissolvido o duo, María Luisa foi contratada por Carlos Riverol para atuar no Teatro de Belas Artes com o patrocínio da companhia Coca-Cola do México, junto ao tenor Nestor Mesta Chayres, com quem produziu séries inesquecíveis que, posteriormente, formariam um conjunto de programas de rádio de grande prestígio por todo o México que, seriam retransmitidos à América Latina através da rádio XEW.

Os programas radiofônicos do duo Chayres-Landín foram gravados num LP. Entre as canções mais destacadas estão: “Siempre viva”, “Ay Maricruz”, “Reconciliación”, “Rumichacha”, “Por la vuelta”, “Tu altivez”, “Secreto”, “Al son de la marimba”, “Muchos besos”, “Tres corazones” e “Momento musical Nº 3”, “Corazón del mar”, “María Elena” y “Buenas noches”.

María Luisa Landín, em 1940, fez uma turnê em Cuba, atuando em clubes, teatros e estações de rádio. Depois fez outra excursão por toda a América do Sul onde foi muito bem recebida pelo público.

Em 1942 obteve seu primeiro sucesso de projeção internacional: “Canción del alma” de Rafael Hernández Marín, (Aguadilla, Porto Rico, 24/10/1891 - San Juan, Porto Rico, 11/12/1965). Nessa época travou amizade com esse compositor, que havia se mudado para a Cidade do México em 1932, e que trabalhava em programas de rádio que produziam e animavam orquestras de danças. Agora, María Luisa Landín, é popular em seu país e na América. O tema “Hay que saber perder” do compositor Abel Domínguez Borrás, é tocado e cantado em todo o continente latino-americano.

Em 1949 é contratada como artista exclusiva da famosa rádio mexicana XEW e assim, mantém contato com escritores, compositores, músicos, diretores de orquestra, diretores de cinema, locutores, etc. que lhe influenciaram e lhe ajudaram em sua trajetória como cantora. É nesse ano que grava “Amor perdido” do compositor porto-riquenho Pedro Flores, com arranjos do maestro Rafael de Paz, com a marca característica da orquestra de José Sabre Marroquín, que se transformaria na canção de maior popularidade durante a segunda metade do século XX.

A seqüência de sucessos da “Cancionera da América” María Luisa Landín foi interminável. Para ela escreveram compositores de sucesso e foi acompanhada por orquestras e conjuntos de destaque. Fez turnês em Havana, Los Angeles, São Francisco, Santo Domingo, Caracas, Maracaibo, Lima, Bogotá, Medellín, Calí, Madrid, Santiago do Chile, Buenos Aires, Porto Rico, Panamá e viajou por todo o México.

Viveu em Havana, Cuba, onde se casou pela segunda vez com o famoso diretor, pianista e compositor Fernando Mulens.

Entre os sucessos da canção romântica interpretados por María Luisa se destacam: “No señor” de July Steiner, “Te espero”, “Verdad amarga” e “Aunque tengas razón” de Consuelo Velásquez, “Desdichadamente”, “Canción Divina”, “Desvelo de amor”, “Me la pagarás”, “Ahora”, “Puro engaño”, “Amor ciego” y “Canción del alma” de Rafael Hernández Marín, “Bésame”, “Don dinero”, “Infame”, “Jamás, jamás”, “El tiempo lo dirá”, “Nunca más”, “Por eso te perdono”, “Ven, ven, ven”, “Que te vaya bien” y “Yo soy tu pasado” de Federico Baena, “Ven te quiero ver” de Alberto Salinas, “Somos diferentes” de Antonio Núñez, “Sé muy bien que vendrás” de Alberto Muñoz, “Conozco a los dos” de Pablo Valdéz, “Porque llorar” e “Amor de sangre” de Mario Ruiz Armengol, “Mis ojos me denuncian” de Miguel Acuña, “A dónde irán” de Rodolfo Mendiolea, “Mi último refugio” de Miguel Ángel Pazos, “Tengo que amar” de Marcelo Rey, “Por pasar el rato” de Miguel Ángel Valladares, “Prefiero estar sola” de Claudio Estrada, “Si tu regresaras” de Antonio Núñez, “Una aventura más” de Oscar Kinleiner, “Senda maldita” de Rafael de Paz, “Muchas gracias” de Ivon Curi, “Falsa” de Juan B. Leonardo, “Dos almas” de Domingo Fabiano, “Tú y la noche” de Minerva Magaña, “Conozco a los dos” de Pablo Valdéz Hernández, “Malos pensamientos” e “Que el cielo te lo pague” de Alberto Domínguez, “Déjame en paz•” de Luciano Miral, “La mano de Dios” de José Alfredo Jiménez, “Tú eres mi destino” de Carlos Gómez Barrera.


Nació en México DF, el 9 de octubre de 1921. Desde niña se ve interesada por la música. En 1936, con su hermana Avelina Landín forma un dueto, con la que hace presentaciones en la radioemisora XEYZ. Después Avelina decide dejar la música y María Luisa queda como solista. En 1940 hace su primer gira a Cuba. En 1941 graba su versión de la conocida canción "Hay que saber perder", que logran extraordinarias ventas. En 1942 graba su primer tema inédito "Canción del alma", seguida del gran éxito "Amor perdido". Los inolvidables boleros de María Luisa tenían un estilo propio, no como los otros tríos o cantantes de este lindo género.

Pedro Infante

Pedro Infante
Pedro Infante (José Pedro Infante Cruz), cantor e ator mexicano, nasceu em Mazatlán, Sinaloa, em 18/11/1917, e faleceu em Mérida, Yucatán, 1957. Muito jovem ainda, mudou-se com a família para Guamúchil, onde adquiriu algumas noções de música e foi em seus primeiros anos ajudante de carpinteiro. Integrou, também, um conjunto musical que atuava na localidade de Guasave.

Em 1939, uma emissora de rádio local, a XEB, contratou Pedro Infante como cantor até que, em 1943, conseguiu gravar seu primeiro disco, Mañana, cujo relativo sucesso foi o primeiro de sua futura e brilhante carreira.

Julio Iglesias


Julio Iglesias (Julio José Iglesias de La Cueva) nasceu em 23/09/1943, em Madrid, Espanha. Marcado pela voz e pelo seu detalhismo nas canções, além de grande carisma, se tornou o mais bem sucedido artista latino em todos os tempos, com números impressionantes: 250 milhões cópias vendidas, 2600 discos de ouro e de platina, quatro mil espetáculos em mais de quinhentas cidades do mundo e uma canção tocada a cada trinta segundos.

Pedro Vargas


Pedro Vargas (Pedro Cruz Mata), tenor e ator mexicano, nasceu em 29/04/1906, na pequena cidade de San Miguel Allende, Guanajuatona, e faleceu em 30/10/1989, na Cidade do México. O artista simboliza o México no universo da música internacional.

Na verdade, ninguém mais do que ele soube representar a canção mexicana no que tinha de melhor e ninguém mais do que ele a divulgou vitoriosamente por todos os continentes.

Fernando Z. Maldonado

Fernando Z. Maldonado
Fernando Z. Maldonado (Fernando Zenaido Maldonado Rivera), compositor e pianista mexicano, nasceu em Cárdenas, San Luis Potosí, em 20/08/1917, e faleceu na cidade de Cuernavaca, Morelos, em 23/03/1996. Seus pais foram o Sr. Moisés Maldonado e a Sra. Catalina Rivera de Maldonado, e teve quatro irmãos: Juan, José, Concepción e Elisa.

Desde criança se interessava pela música. Aos sete anos compôs a valsa "Catalina", dedicado a sua mãe. Estudou piano, flautim e harmonia sob a orientação de seu tio Evodio Rivera Torres e seu avô don Tristán Rivera, que eram músicos.

Raúl Shaw Moreno

Raúl Shaw Moreno
Raúl Shaw Moreno (Raúl Shaw Boutier), cantor e compositor, nasceu em Oruro, Bolívia, em 30 de novembro de 1923. Podemos dizer que Shaw, mais que um cantor, era um artista completo, pois sabia compor e, além disso, pintar lindos quadros.

Em 1946 fundou o “Trío los Altiplánicos” junto com seu irmão Victor Shaw. Começa a ter fama na Bolívia e em 1948 forma o “Trío los Indios” e com esse trio faz uma turnê pelo México. Mais tarde, junto aos “Hermanos Valdés” forma o “Trío Panamérica Antawara”, com o qual grava seu primeiro disco.

Alberto Domínguez

Alberto Domínguez (Alberto Domínguez Borrás) nasceu em San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México, em  21 de Abril de 1911. Foi filho de Don Abel Domínguez e Dona Amália Borrás Moreno. Em sua infância viveu na terra natal e, por questões familiares, posteriormente pela vontade de conhecer novos lugares, Alberto foi morar em várias cidades do México assim como em outros países.

Cursou a escola primária, secundária e preparatória. Com apenas seis anos de idade, já compunha suas primeiras obras, como Viva la Feria, inspirada em uma festa homenageando São Cristóvão, e El Tecolote de Guadaña. Indubitavelmente sua vocação era para uma das artes denominada “música”. Além da notável carreira de pianista, compositor, diretor de orquestra e adorar viajar, foi arquiteto autodidata construtor de casas e edifícios e praticou ginástica olímpica e Box.

Em 1921 e 1922, viveu na cidade do México, depois em Puebla (1922 e 1923). De 1923 a 1924 viveu em Matamoros, Tamaulipas, e voltou a Cidade do México, onde viveu de 1924 a 1930. Temporariamente morou nos Estados Unidos de 1930 a 1932. Retornou para capital de seu país, residindo até 1937, ano em que viajou novamente aos Estados Unidos, permanecendo nesse país até 1938. Conhece a Europa e vive na Alemanha até 1939. Volta ao México em fins de 1939, e, em 1940, retorna novamente aos Estados Unidos, onde permanece até 1942. Em 1944, se fixa definitivamente na capital de seu país, depois de conhecer Europa, Antilhas e Estados Unidos.

Dentro de seu vasto repertório musical, as músicas que lhe deram mais fama são Perfidia e Frenesí, que durante muitos anos foram gravadas em todo o mundo, não só no ritmo de bolero, mas também em jazz e rock. Cabe destacar que entre seus mais destacados intépretes, nestes ritmos, estão Dave Brubeck, George Shering, Errol Garner, Oscar Peterson, Gerry Mulligan, Cal Jayder, Woody Herman e Benny Goodman. 

Com um capital americano, foi realizado, no México, o filme “Perfídia”, título de seu bolero, além de musicar outros como "Al Son de la Marimba", com Fernando Soler, Joaquín Pardavé e Sara García, e "Mil Estudiantes y una Muchacha", com Emilio Tuero e Marina Tamayo. Recebeu muitos prêmios e reconhecimentos como o prêmio da Broadcast Music, por "Perfidia" e "Frenesí", em 1941. Durante sua carreira profissional, Alberto recebeu muitos prêmios por suas obras, como os diplomas da Broadcast Music, e em 1944, lhe foi outorgado o prêmio de primeiro lugar de popularidade, pela Radiolandia, por sua canção “Humanidad”.

No ano seguinte, em 1945, Radiolandia e a Loteria Nacional lhe outorgaram diplomas de primeiro lugar, por seu tema “Hilos de Plata”. Em 1946 a Editorial Mexicana de Música Internacional, lhe conferiu o Troféu de Madeira e Bronze, no sucesso “Por la Cruz”. Nesse mesmo ano, a Radiolandia lhe conferiu diploma de primeiro lugar em popularidade nessa obra.

Em 1957 e 1961, a Promotora Hispanoamericana de Música lhe entregou diplomas de primeiro lugar de popularidade, por suas canções "Hilos de Plata" e "Eternamente". Em 1966, em Salamanca, Guanajuato, recebeu a “Pipila de Plata” pela importância nacional e internacional de sua obra. Posteriormente, em 1969 foi reconhecido com diplomas e medalhas de ouro, por causa de milhares de execuções, nos Estados Unidos, de seus boleros “Perfídia” e “Frenesi”.

A princípio dos anos 70 foi eleito vice-presidente da SACM (Sociedade dos Autores e Compositores do México). Dois anos mais tarde, recebeu dessa entidade Medalha de Prata por sua relevância e qualidade de sua obra musical. Em 1973, no primeiro Festival Internacional da Música, Teatro e Dança da Cidade de Taxco, recebeu um Troféu de Prata pela sua musica agora mundialmente conhecida e tocada.

Finalmente, a dois de Setembro de 1975, se despede nosso grande Alberto Domínguez. Dois infartos consecutivos cortaram a frutífera vida do grande compositor.

Muitas músicas e histórias aqui são traduzidos de outros idiomas. A pobreza da tradução nunca há de se espelhar nas idéias, tanto do compositor, quanto no "divino e maravilhoso" de seu país. Porque aqui é Brasil e é difícil compreender certas canções da década de 50 em idioma espanhol.

Gonzalo Curiel

Gonzalo Curiel
Gonzalo Curiel (Gonzalo Curiel Barba) nasceu em 10 de janeiro de 1904 em Guadalajara, Jalisco, México. Seus pais eram Juan Nepomuceno Curiel Guerrero e María de Jesus Barbosa Riestra, e tinha dois irmãos, María Elisa e Juan Luis. Desde pequeno mostrou grande apreço pela música. Aos seis anos aprendeu a tocar piano e depois guitarra e violino.

Em sua cidade natal estudou até o quarto ano de medicina, pois seu pai exigia uma habilitação profissional. Mas o seu grande dom para a música prevaleceu e, em 1927 deixou a Universidade e se mudou para a Cidade do México. Já instalado na capital trabalhou como pianista em uma loja de música, para gravação de rolos de piano.

E assim como pianista ou "pianeiro" começou sua carreira profissional na música na empresa XEW . Ele já estava tocando há dois meses nessa rádio, quando o médico e cantor Alfonso Ortiz Tirado, que estava partindo para uma turnê internacional,  lhe convidou para substituir seu pianista, que estava doente.

Este passeio deu a Curiel a oportunidade de apresentar seu trabalho e talento, e serviu como plataforma para depois, criar bandas e se tornar um dos primeiros artistas que trabalharam na frente de sua própria orquestra.

Foi assim que surgiu o "Grupo Ritarmelo" (ritmo, harmonia e melodia), integrado por Emilio Tuero, Pablo e Carlos Martínez Gil e Ciro Calderón e dirigido por Gonzalo. Depois, sempre buscando inovações, formou "Los Diablos Azules" e "Los Caballeros de la Armonía".

Então, finalmente deu luz para o que seria o seu famoso "Escuadrón del Ritmo", que chegou a ter grande renome e marcou toda uma época entre as orquestras e eventos sociais, assim como variedade principal em teatros de revista.

Com esta orquestra, excursionou por todo o México e os Estados Unidos, assim como Brasil, Argentina e Chile. Deste grupo surgiu músicos e compositores, cuja fama perdura até hoje.

Durante sua carreira, Gonzalo Curiel aventurou-se em três grandes áreas de música: o popular, o cenário para filmes e da sinfonia.

Na música popular seu trabalho foi muito extenso, mas é certamente em Vereda tropical, o seu bolero mais conhecido e cantado em todo o mundo.

Entre outras criações de Gonzalo Curiel que vieram para o gosto público mundial estão: Temor, Un gran gmor, Caminos de ayer, Son tus ojos verde mar, Amargura, Incertidumbre, Calla tristeza, Dime, morena linda, Noche de luna, Desesperanza, Dolor de ya no verte, Esperanza, Me acuerdo de ti, e Llévame.

Participou em mais de 180 filmes da era dourada do cinema, além de produzir músicas para o cinema americano e francês. Em 1954 ganhou o prêmio Ariel, por causa de sua música de fundo no filme Eugenia Grandet, que estrelou Marga Lopez. Em 1958 ele foi premiado no filme Vainilla, bronce y morir em que atuaram os artistas Ignacio López Tarso e Elza Aguirre.

Curiel, compartilhando ideais com Afonso Esparza Oteo, Nacho Tata Fernandez Ignacio Esperon e Talavera Mario, entre outros, para melhorar a situação econômica dos compositores do México, fundou o Sindicato Mexicano de Compositores, Autores e Editores de Música (SMACEM) e, em seguida, Sociedade de Autores e Compositores, instituição em que foi, em dois períodos, Presidente do Conselho Diretivo.

Em sua vida recebeu muitos prêmios, mas depois de sua morte as homenagens foram grandiosas: algumas ruas e avenidas no México levam o seu nome e bustos em bronze imortalizam a sua memória.

O grande compositor Gonzalo Curiel morreu de um ataque cardíaco em sua casa, em 4 de julho de 1958. Seus restos descansam no Jardim Panteão de San Angel na Cidade do México.

Em 2009, Gonzalo Curiel Barba foi premiado pela Sociedade de Autores e Compositores, com reconhecimento póstumo Juventino Rosas, uma medalha de "post mortem", instituído para homenagear os compositores mexicanos, cujo trabalho transcendeu as barreiras linguísticas e a glória cultural do México no mundo.

Fonte: traduzido do espanhol em 12/4/2011 do site: http://www.sacm.org.mx/archivos/biografias.asp?txtSocio=08006.

Leo Marini

Leo Marini (Alberto Batet Vitali), cantor e ator, apelidado de "a voz que acaricia", nasceu em Mendoza, Argentina, em 23 de agosto de 1920, e faleceu na mesma cidade em 15 de outubro de 2000. Seu pai, Luis Batet, era dono de um restaurante chamado “Los Tres Hermanos” e sua mãe Herminia Vitali também trabalhava no mesmo ramo. Aos cinco ficou órfão de pai e posteriormente sua mãe e seu padrasto cuidaram de sua educação.

Seu interesse pela música e em especial pelo bolero nasceu ao escutar pela rádio três cantores mexicanos que o influenciou a se tornar também cantor: eram eles José Mojica, Alfonso Ortiz Tirado e Juan Arvizu.

Sua primeira atuação foi em uma rádio de sua cidade natal, a LV 10 Radio Cuyo, convidado por umas vizinhas que o escutaram cantar. A experiência foi decepcionante, mas lhe serviu para tomar consciência de suas ainda imperfeitas condições de cantor. Por acaso, o tenor lírico espanhol Juan Díaz Andrés estava passando por Mendoza, quando Alberto o escutou nessa mesma estação de rádio e rapidamente, buscou sua assessoria musical. Díaz aceitou lhe ensinar canto por um ano, quase todos os dias, tornando esta a sua única formação musical. Quando já tinha aprimorado seu canto, seu professor o levou a rádio para fazer outro teste, e é aqui que o apresentador dessa emissora Francisco Fábregas, lhe batiza como "Leo Marini".

Com um grupo de amigos, em 1941, viaja ao Chile, onde é contratado para cantar em salões de baile e na rádio de Valparaíso e Viña del Mar. É em Valparaíso onde conhece o pianista cubano Isidro Benítez, que com seu conjunto grava com Leo Marini um dos seus primeiros discos para a RCA Victor chilena que contém as canções "Virgen de media noche" (Pedro Galindo), "Puedes irte de mí" (Agustín Lara), "Inútilmente" e "Cerca de ti" (ambas do compositor Luis Aguirre). Residiu nesse país por quatro meses.

Em 1942 se muda para Buenos Aires, onde se filia, por recomendação do empresário de rádio Luis Rocha, à emissora de rádio "LR3 Radio Belgrano". O auge do bolero na América Latina faz os diretores da Odeon argentina buscar expansão para seus negócios por toda a América do Sul, e encarregam Belloto Varoni de gravar discos com o jovem cantor Leo Marini. A orquestra de violinos e metais que dirigiu Belloto nas sessões de gravação foi batizada como “Don Américo y sus Caribes”. Os discos continham as canções "Llanto de luna", "Ya lo verás", "Caribe soy" e "Yo contigo me voy". O sucesso foi surpreendente e elevou ainda mais a fama de Leo. Em 1946 , no Chile, atua no filme "Sueña mi amor".

Já reconhecido profissionalmente, Leo Marini, inicia uma turnê mundial, que o levou a Venezuela em 1948, Cuba, Porto Rico, República Dominicana e de novo à Venezuela. Volta para Buenos Aires para gravar, e logo vai a Santiago de Chile, onde faz muito sucesso. Realiza nova turnê, desta vez pelo Peru, Equador e Colômbia. Vai à Porto Rico e ali trabalha na estação WNEL de San Juan. Casa-se com a argentina Esther Salandari. Regressa a Buenos Aires em 1950 e trabalha com a orquestra da emissora "Radio El Mundo" no programa "Sonrisas y melodías", nesse interím aparecendo no filme "Mary tuvo la culpa".

Acabando seu contrato com a Odeon argentina, firma com a empresa americana Seeco. Em 1951, Sidney Seegel, dono da empresa, o aconselha a viajar para Havana para gravar com a Sonora Matancera. Sua primeira canção gravada com esse grupo foi "Luna yumirina" seguindo outras como "Quiero un tango, tabernero", "Mi desolación" e "Desde que te vi". Em 1952 nasce seu primeiro filho e nesse ano filma "¡Qué rico el mambo!".

Em 1954 viaja para a Colômbia quando nasce seu segundo filho. Nesse país realiza novas gravações ao lado do trombonista e diretor de orquestra argentino Arnoldo Nali. Volta para Cuba nos anos de 1955, 1956 e 1958. Diante do surgimento do LP grava com a Sonora Matancera o álbum "Reminiscencias", o disco mais vendido de sua carreira musical, digitalizado posteriormente. Em Bogotá, com seu antigo amigo Américo Belloto funda a empresa discográfica Coro de curta existência.

Em 1970 volta para a Argentina, se divorcia e se reincorpora por breve tempo com a Sonora Matancera junto com Miguelito Valdés e Carlos Argentino. No final desse ano é contratado pela empresa discográfica venezuelana PROMUS para a qual grava em Caracas, com uma orquestra dirigida por seu conhecido Arnoldo Nali, o LP "El Nuevo Leo Marini canta 12 canciones que nunca antes cantó", o qual obtém sucesso e isso se transforma na sua "ressurreição" profissional.

Carlos Andrés Pérez, presidente da Venezuela, o condecora em 1978 pela sua trajetória musical junto com Libertad Lamarque, Toña la Negra, Bobby Capó, Dámaso Pérez Prado e Pedro Vargas. Na Venezuela, em 1980, Renato Capriles, diretor da orquestra de baile "Los Melódicos", solicitou seus serviços como vocalista. Casa-se com a chilena Gloria Solanas. Na década de 1980 decide morar definitivamente em Buenos Aires para estar perto de seus filhos, viajando periodicamente a outros países para se apresentar.

No começo de 1993 adoeceu, quando foi detectado um câncer de próstata. O cantor, que atravessava uma situação econômica difícil teve que cumprir alguns contratos artísticos para pagar o tratamento. Mesmo assim, em 1995, assistiu a uma homenagem sua em Buenos Aires e do qual foi gravado um disco compacto.

Apesar do tratamento, o câncer avançou em seu organismo, falecendo aos 80 anos de idade, em Mendoza no domingo de 15 de outubro de 2000. Cinco dias mais tarde, faleceu sua esposa.



Fonte: Biografia - Disco Leo Marini, Clásicos Latinos, EMI ODEON Chile, 1994; Giacumbo de Mauri, Olga, El Bolero en Mendoza entre 1930 y 1960: Leo Marini, Actas del IV Congreso Latinoamericano de la Asociación Internacional para el estudio de la música popular.