Eduardo Dusek, cantor e compositor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 01/01/1958. Começou a carreira artística como pianista de peças de teatro aos quinze anos, quando estudava na Escola Nacional de Música. Mais tarde passou a compor suas próprias canções e montou uma banda, que acabou apadrinhada por Gilberto Gil.
A partir de 1978 já tinha algumas composições gravadas por nomes de peso da MPB, como As Frenéticas (o samba
Vesúvio),
Ney Matogrosso (o fox
Seu tipo) e Maria Alcina (o frevo
Folia no Matagal, dois anos depois regravada por Ney Matogrosso) - todas em parceria com Luís Carlos Góis. Suas composições buscavam aliar sátira e bom humor.
Em 1980 participou do festival MPB Shell da Rede Globo com a debochada canção
Nostradamus, que não se classificou, mas ficou conhecida pelo público. Por essa época gravou o primeiro LP,
Olhar brasileiro.
Mas o estouro sucesso viria em 1982, quando flertou com o ainda incipiente pop/rock, no LP
Cantando no Banheiro!, com
Barrados no Baile (com Luís Carlos Góis),
Cabelos negros (Com Luiz Antonio de Cássio) e
Rock da Cachorra (Leo Jaime).
Dois anos depois, notabilizou-se com o LP
Brega-chique, cuja faixa-título, mais conhecida como
Doméstica, fazia uma sátira social, bem no clima do teatro besteirol da época. Em 1986, lançou
Dusek na sua, com
Aventura.
Em 1989 voltou à cena com o musical
Loja de Horrores, em que atuava no papel de dentista.
Nos anos 90, afastado da fama, atuou como diretor de espetáculos e, no fim da década, voltou a apresentar alguns trabalhos como humorista e cantor.
Em 1997, gravou no CD
Tributo a Dalva de Oliveira, interpretando a canção
Olhos verdes (Vicente Paiva), do repertório da cantora. Nesse mesmo ano, participou, ao lado de outros artistas, do CD
Balaio do Sampaio, gravando a faixa
Velho bode, uma parceria de Sérgio Sampaio com Sérgio Natureza, que assinou a produção musical do disco.
Em 2000, por questões de numerologia e também com o objetivo de provocar a pronúncia correta de seu nome, passou a atuar com o nome artístico de Eduardo Dussek, adicionando mais um "s" ao seu sobrenome. Nesse mesmo ano, lançou o CD
Adeus batucada, interpretando 24 sucessos de
Carmen Miranda e duas músicas que compôs em homenagem à cantora:
Alô, Alô, Brasil! e
Rap da Carmen.
Em 2001, estreou, no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), o espetáculo musical "Carmen Miranda by Dussek", baseado no disco homônimo, com o qual se exibiu posteriormente no Teatro Arena, em Copacabana (RJ) com sucesso de público, sempre acompanhado pelo saxofonista Chico Costa e pelo percussionista Beto Cazes. Nesse mesmo ano, organizou, selecionou o repertório e assinou o texto de apresentação do songbook de Carmen Miranda, lançado pela Editora Vitale, contendo uma biografia em edição bilíngue (português e inglês), cifras para violão e o CD
Adeus batucada, gravado pelo cantor.
Em 2002, foi convidado para realizar a preparação cênica do grupo Cantores do Chuveiro, integrado por cantores amadores que haviam obtido grande sucesso com o espetáculo "100 anos de MPB", de Ricardo Cravo Albin. Nesse mesmo ano, dirigiu o show "Luz, ação... Chuveiro", apresentado pelos grupo no Teatro de Arena (RJ), cujo roteiro incluiu músicas do cinema brasileiro.
Em 2011, gravou, no Teatro Oi Casa Grande (RJ), o primeiro DVD de carreira, com a participação especial de Ney Matogrosso e de Preta Gil, e direção de Darcy Burger. Lançado também em CD, o projeto teve parceria da Deck Discos com o Canal Brasil.
Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.