Alvaiade (Osvaldo dos Santos), compositor e instrumentista, nasceu e faleceu no Rio de Janeiro RJ (21/11/1913—23/06/1981). Órfão de pai aos cinco anos, aos 13 sustentava a familia, como empregado numa tipografia. Interessado por música desde criança, sua primeira composição, O que vier eu traço (com Zé Maria), é de 1926.
Em 1928 deixou o pequeno bloco carnavalesco de que participava, no bairro de Osvaldo Cruz, para integrar, a convite de Paulo da Portela, a escola de samba que este dirigia. Inicialmente apresentava-se fazendo um cavaquinho de centro, acompanhando o samba, e mais tarde passou a compor para a escola. Tocava diversos instrumentos de percussão.
Além de desempenhar funções administrativas, foi também o responsável pelo lançamento de compositores como Manacéia, Walter Rosa, Candeia, Chico Santana etc. De sua obra destacam- se Marinheiro de primeira viagem (gravada por Jorge Veiga em 1961), Embrulho que eu carrego e Banco de réu, todos em parceria com Djalma Mafra, além de Vida de Fidalga (com Chico Santana), samba incluído no LP Portela passado de glória, de 1970.
Tocava cavaquinho de ouvido e apresentou-se em rodas de samba do Teatro Opinião, do Rio de Janeiro. O apelido — Alvaiade — lhe foi dado por companheiros de futebol, atividade a que esteve ligado durante muito tempo, no time da própria Portela.
Aposentado como tipógrafo e pela UBC, quando morreu seu corpo permaneceu dois dias no Instituto Médico Legal antes de ser reconhecido. Foi enterrado no dia 26 de junho de 1981, no cemitério de Irajá.
Obras
A noite que tudo esconde, samba, 1952 (c/Chico Santana); Deus me ajude (c/Estanislau Silva e Humberto de Carvalho), samba, 1943; Eu chorei (c/Alcides Loque), samba, 1940; Marinheiro de primeira viagem (c/Djalma Mafra), samba, 1961; O que vier eu traço (c/Zé Maria), choro, 1945.
CD Portela passado de glória, 1997, RGE 60942.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora / PubliFolha.