quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Marisa Monte


Marisa Monte (Marisa de Azevedo Monte), cantora e compositora, nasceu em 01 de julho de 1967 no Rio de Janeiro RJ. Estudou piano na infância, aos nove anos ganhou de aniversário uma bateria, e aprendeu violão. Na adolescência, estudou canto lírico e participou de uma montagem do musical Rocky Horror Show, encenada por alunos de teatro do Colégio Andrews, com direção de Miguel Falabella.


Em 1985 permaneceu dez meses na Itália para estudar canto, mas desistiu do gênero lírico e passou a cantar musica brasileira na noite, acompanhada de amigos. Nessa época, em Veneza, foi ouvida por Nelson Mota, que seria o diretor de Tudo veludo, seu show de estréia no JazzMania, no Rio de Janeiro, em 1987. O sucesso foi imediato, de público e de crítica. Antes mesmo de gravar seu primeiro disco, foi considerada uma das mais promissoras vozes da musica popular brasileira.

Em 1988 lançou seu primeiro disco, MM ao vivo, pela EMI. O segundo, Mais (1991), marcou sua estréia como compositora e foi bem recebido nos EUA, Japão, Europa e América Latina, impulsionando sua carreira internacional. O disco Verde, anil, amarelo, azul, cor-de-rosa e carvão, lançado em 1994, teve a participação de Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Carlinhos Brown, Nando Reis (Titãs), Laurie Anderson e Naná Vasconcelos.

Em 1996 lançou Barulhinho bom (Uma viagem musical), com dois CDs (um ao vivo) e um vídeo em que aparece com Os Novos Baianos, Arnaldo Antunes e Pastoras da Portela, entre outros.

Com várias tournées de sucesso no Brasil e no exterior, desde 1994 teve seus discos lançados mundialmente pela gravadora EMI. Entre suas composições se destacam: Ainda lembro, Ao meu redor e Aonde você mora? (as três com Nando Reis); Beija eu (com Arnaldo Antunes e Arto Lindsay); e E.C.T. e Na estrada (ambas com Nando Reis e Carlinhos Brown).

Cifras e letras de Marisa Monte
















































Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Volte para o seu lar

Marisa Monte

Volte para o seu lar - Arnaldo Antunes


Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação.

Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
Nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.

Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização.
Falamos a sua língua mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa.
Não sorrimos à toa.

Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação.
Não temos perspectiva, mas o vento nos dá a direção.
A vida que vai à deriva é a nossa condução.
Mas não seguimos à toa.
Não seguimos à toa.

Volte para o seu lar,
Volte para lá

Um branco, um xis, um zero

Marisa Monte

Um branco, um xis, um zero - Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes

Você partiu e me deixou
Sem lamentar o que passou
Sem me apegar ao que apagou
E acabou
Não me lembro bem da sua cara
Qual a cor dos olhos
Já nem sei
Só o cheiro do seu cheiro
Não que me deixar mais em paz
Nos ares dos lugares
Onde passo e onde nunca estás
Você partiu e não voltou
Eu já esqueci o que me falou
Se prometeu ou se jurou
Seu amor
Já não me recordo mais seu nome
Quais os outros nomes
Que te dei
Só o cheiro do seu cheiro
Não consegue ser tão fugaz
Nas pessoas, peles, colos
Sexo, boca, onde nunca estas
Você partiu e foi melhor
E eu já me esqueci de cor
Do som, do ar, do tom, da voz
E de nós
Já passei um pano
Um branco, um zero, um xis
Um traço, um tempo, já passei
Só o cheiro do seu cheiro
Não consigo deixar para trás
Impregnado o dia inteiro
Nessa roupa que não tiro mais

Tudo pela metade

Marisa Monte

Tudo pela metade - Marisa Monte e Nando Reis


Eu admiro o que não presta
Eu escravizo quem eu gosto
Eu não entendo.
Eu trago o lixo para dentro
Eu abro a porta para estranhos
Eu cumprimento.
Eu quero aquilo que não tenho
Eu tenho tanto a fazer
Eu faço tudo pela metade.
Eu não não percebo.
Eu falo muito palavrão.
Eu falo muito mal.
Eu falo muito.
Eu falo mesmo.
Eu falo sem saber o que estou falando.
Eu falo muito bem.
Eu minto

Três letrinhas

Marisa Monte
Intro:
F# G#7/F# / Bm/F# / F#7M /
F#7M / G#7/F# / Bm/F# / F#7M / F#7M
F#              G#7
Sim, são três letrinhas
G#m7
Todas bonitinhas
C#7(9) F#7M
Fáceis de dizer

G#m7 A#m7
Ditas por você
D#m7
Nesse seu sim, assim
G#7
Outras três também

Representam não
G#m7 C#7
Que não fica bem no seu coração

F# G#7
Sim, são três letrinhas
G#m7
Todas bonitinhas
C#7(9) F#7M
Fáceis de dizer
G#m7 A#m7
Ditas por você
D#m7
Nesse seu sim, assim
G#7
Outras três também
Representam não
G#m7 C#7 D#m7
Que não fica bem no seu coração

G#7 G#m7
É minha canção resto de oração
C#7 F#
Que fugiu da igreja
E7 D#7
Não quis mais do vinho
G#m7
Foi tomar cerveja
A#7
Voltou ao jardim

D#m7 B
E tá esperando gente
C# F#
Que só disse sim
D#m7 B
E tá esperando gente
C# F#
Que só disse sim
D#m7 B
E tá esperando gente
C# F#
Que só disse sim
D#m7 B
E tá esperando gente
C# F#
Que só disse sim

Tempos modernos


Tempos Modernos (1984) - Lulu Santos - Intérprete: Lulu Santos

LP Tempos Modernos / Título da música: Tempos Modernos / Lulu Santos (Compositor) / Lulu Santos (Intérprete) / Gravadora: WEA / Ano: 1982 / Nº Álbum: BR 26.064 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Rock.


Tom: C  

(intro)  Dm  F  C  G

Dm          F       C        G
 Eu vejo a vida melhor no futuro
Dm       F         C       G
 Eu vejo isso por cima do muro
       F    Am   Dm            Bb     C
 De hipocrisia que insiste em nos rodear

Dm          F          C      G
 Eu vejo a vida mais clara e farta
Dm        F       C      G
 Repleta de toda satisfação
         F     Am     Dm      Bb        C
 Que se tem direito  Do firmamento ao chão

Dm          F       C        G
 Eu quero crer no amor numa boa
Dm           F           C          G
 E que isso valha p'rá qualquer pessoa
       F   Am    Dm           Bb      C
 Que realizar a força que tem uma paixão

Dm           F      C      G
 Eu vejo um novo começo de era
Dm         F       C          G
 De gente fina elegante e sincera
        F   Am    Dm            Bb         C
 Com habilidade pra dizer mais sim do que não

               Bb
 Hoje o tempo voa amor
                Dm
 Escorre pelas mãos
                  C
 Mesmo sem se sentir
                     Bb
 E não há tempo que volte amor
                       Dm
 Vamos viver tudo que há pra viver
                 C
 Vamos nos permitir

Para ver as meninas

Marisa Monte


Para ver as meninas - Paulinho da Viola
Intr.: Gm  A7  Am7(B5)  D7  Gm  Am7(B5)
D7   Gm     Bb7     A7
Silêncio por favor

Enquanto esqueço um pouco
Am7(B5) D7 Gm
a dor no peito

Não diga nada
G7 Cm
sobre meus defeitos
Eb/F F7
E não me lembro mais
Bb
quem me deixou assim

Hoje eu quero apenas
Cm
Uma pausa de mil compassos
E6/F
Para ver as meninas
F7 Bb
E nada mais nos braços
Ab7 Gm
Só este amor
Gm/F Eb7 D7
assim descontraído
Gm D7 Gm
Quem sabe de tudo não fale
F/A Bb
Quem não sabe nada se cale
E/B Cm D7
Se for preciso eu repito
Gm G7 Cm
Porque hoje eu vou fazer
D7 Gm
Ao meu jeito eu vou fazer
Am7(B5) D7 Gm
Um samba sobre o infinito

Palavras ao vento

Marisa Monte

Palavras ao vento - Marisa Monte e Moraes Moreira

Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança
Em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras momento
Palavras, palavras
Palavras, palavras
Palavras ao vento

O que me importa

Marisa Monte
O que me importa - Cury
C
O que me importa
D7
seu carinho agora
Fm
Se é muito tarde
C
para amar você
C
O que me importa
D7
se você me adora
Fm
Se já não há razão
C
para lhe querer
Gm C7
O que me importa
F
ver você sofrer assim
Fm
Se quando eu lhe quis
C
você nem mesmo soube
Dm Em Dm G7
dar amor
C
O que me importa
D7
ver você chorando
Fm
Se tantas vezes
C
eu chorei também
C
O que me importa
D7
sua voz chamando
Fm
Se pra você jamais
C
eu fui alguém
Gm C7
O que me importa
F
essa tristeza em seu olhar
Fm
Se o meu olhar
C
tem mais tristezas
Dm
pra chorar
Em DM G7
que o seu
C
O que me importa
D7
ver você tão triste
Fm
Se triste fui
C
e você nem ligou
Gm C7
O que me importa
F
o seu carinho agora
C
Se para mim
C Am F G Ab Bb C
a vida terminou

O céu

Marisa Monte


O céu - Marisa Monte e Nando Reis

Intr.: G  F/G
   G           F/G        G    F/G
O céu vai tão longe está perto
C D7 G
o céu fica em cima do teto
C D7 C
o céu tem as quatro estações
D7 C D7 G F/G
escurece de noite, amanhece com o sol
G F/G G F/G
O céu serve a todos
C D7 G F/G
o céu ninguém pode pegar
C D7 C
o céu cobre a terra e a lua
D7 C D7 G F G
entra dentro do quarto, rua do avião
F A G/A A G/A
Dentro do universo mora o céu
A G/A A G/A
O céu pára-quedas e saltos
D E7 A G/A
o céu vai do chão para o alto
D7(9) G7(13) C7(9)
o céu sem começo nem fim
F7(13) E7 A
para sempre serei seu fã

Olhai pro céu, olhai pro chão

Não vá embora

Marisa Monte

Não vá embora - Marisa Monte e Arnaldo Antunes
Intr.: Em  Am  Em  Am
Em
E no meio de tanta gente
Am
eu encontrei você
Em   
Entre tanta gente chata
Am
sem nenhuma graça

Você veio

E eu que pensava
G
que não ia me apaixonar
Am
Nunca mais
G
Na vida
Em
Eu podia ficar feio
Am
só perdido
Em
Mas com você
Am
eu fico mais bonito

Mais esperto 

E podia estar tudo agora
G
dando errado para mim
Am
Mas com você
G
Dá certo
Am
Por isso não vá embora
Am
Por isso não me deixe nunca,
G
nunca mais
Am
Por isso não vá,
G
não vá embora
Am    
Por isso não me deixe,
Em
não me deixe mais
Em
Eu podia estar sofrendo
Am
caído por aí
Em
Mas com você
Am
eu fico mais feliz

Mais desperto

Eu podia estar agora
G
sem você
Am
Mas eu não quero
G
Não quero

Mustapha

Marisa Monte

Mustapha - Marisa Monte e Nando Reis

A7+    D7/9  A7+      D7/9
Mustapha está por dentro
A7+  D7/9 A7+     D7/9
Mustapha falou e disse
A7+    D7/9  A7+      D7/9  A7+ D7/9
Mustapha ha quanto tempo
G7+          C7/9      G7+ D7/9  G7+ D7/9  G7+  D7/9
O que que se acha Mustapha...              Mustapha
G7+       D7/9  G7+  D7/9
Conhece o cara Mustapha
G7+       A#º/F#  G7+  C7/9  A#º/F#
Aquele abraço...                  
G7+      C7/9      G7+ C7/9      G7+  C7/9
Se você visse Mustapha...        Mustapha
G7+          C7/9      G7+  C7/9           
Em grande estilo...    Mustapha
A7+     D7/9   A7+    D7/9    A7+  D7/9
Talvez viesse, Mustapha via satélite
G7+       C7/9  
Seja bem vindo,
F7/9        Bb7        A7+
Agora câmbio Mustapha, câmbio           

Lenda das sereias

Marisa Monte


Lenda das sereias - Vicente, Dionel e Veloso
         F#
Oguntê, Marabô
G#m
Caiala, e Sobá
C#7
Oloxum, Ynaê
F#
Janaina e, Yemanjá
O mar misterioso mar
G#m
Que vem do horizonte
C#7
É o berço das sereias
F#
Lendário e fascinante
Olha o canto da sereia
lalaó, oquê, ialoá
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar
E o luar sorrindo
Então se encanta
Com a doce melodia
Os madrigais vão despertar
Ela mora no mar
Ela brinca na areia
No balanço das ondas
A paz ela semeia
E quem é?
Oguntê, Marabô
Caiala, e Sobá
Oloxum, Ynaê
Janaina, e Yemanjá
Olha o canto da sereia
lalaó, oquê, ialoà
Em noite de lua cheia
Ouço a sereia cantar

Gentileza

Marisa Monte

Intr.: C F G F C C F/C C
C         F
Apagaram tudo
C
Pintaram tudo de cinza
C  F
A palavra no muro
C
Ficou coberta de tinta
F
Apagaram tudo
C
Pintaram tudo de cinza
G    F
Só ficou no muro
C   F/C  C
Tristeza e tinta fresca
G          C
Pelas ruas da cidade
F/C   C           G
Merecemos ler as letras
F             C    F/C  C
E as palavras de Gentileza
F
Por isso eu pergunto
C
A vocês no mundo
G
F                 C
O livro ou a sabedoria
F
O mundo é uma escola
C
A vida é o circo
G
Amor palavra que liberta
F                C  F/C  C
Já dizia o profeta

Eu sei (Na mira)

Marisa Monte

Intr.: Am7    D7/9  Gm7    C7/9
   Am7                D7/9
Um dia eu vou estar à toa
Gm7 C7/9
E você vai estar na mira
Am7
Eu sei que você sabe
D7/9
Que eu sei que você sabe
Gm7 C7/9
Que é difícil de dizer
Am7
O meu coração
D7/9
É um músculo involuntário
Gm7 C7/9
E ele pulsa por você
Am7 D7/9
Um dia eu vou estar contigo
Gm7 C7/9
E você vai estar na minha
Bb7+ C7/9
Enquanto eu vou andando o mundo gira
Bb7+ Am7 D7/9
E nos espera numa boa
Gm7 C7/9
Eu sei, eu sei
F7+ Am7
Eu sei

Diariamente

Marisa Monte


Diariamente - Nando Reis
E                     E6
Para calar a boca: Rícino

Pra lavar a roupa: Omo
F#/E E
Para viagem longa: Jato
A
Para difíceis contas: Calculadora
E
Para o pneu na lona: Jacaré

Para a pantalona: Nesga
F#/E E
Para pular a onda: Litoral
A
Para lápis ter ponta: Apontador
E
Para o Pará e o Amazonas: Látex

Para parar na pamplona: Assis
F#/E E
Para trazer à tona: Homem - Rã
E A
Para a melhor azeitona: Ibéria
E
Para o presente da noiva: Marzipã

Para Adidas o Conga: Nacional
F#/E
Para o outono a folha: Exclusão
E A
Para embaixo da sombra: Guarda -Sol
E
Para todas as coisas: Dicionário

Para que fiquem prontas: Paciência
F#/E E
Para dormir a fronha: Madrigal
A
Para brincar na gangorra: Dois
E
Para fazer uma toca: Bobs
E
Para beber uma coca: Drops
E
Para ferver uma sopa: Graus
E A
Para a luz lá na roça: 220 volts
E
Para vigias em ronda: Café

Para limpar a lousa: Apagador
F#/E
Para o beijo da moça Paladar
E A
Para uma voz muito rouca: Hortelã
E
Para a cor roxa: Ataúde

Para a galocha: Verlon
F#/E E
Para ser moda: Melancia
A
Para abrir a rosa: Temporada
E
Para aumentar a vitrola: Sábado

Para a cama de mola: Hóspede
F#/E E
Para trancar bem a porta: Cadeado
A
Para que serve a calota: Volkswagen
E
Para quem não acorda: Balde

Para a letra torta: Pauta
F#/E
Para parecer mais nova: Avon
E A
Para os dias de prova: Amnésia
E
Pra estourar a pipoca: Barulho

Para quem se afoga: Isopor
F#/E E
Para levar na escola: Condução
A
Para os dias de folga: Namorado
E
Para o automóvel que capota: Guincho

Para fechar uma aposta: Paraninfo
F#/E
Para quem se comporta: Brinde
E A
Para a mulher que aborta: Repouso

Para saber a resposta: Vide - o - Verso

Para escolher a compota: Jundiaí
F#/E E
Para a menina que engorda: Hipofagim
A
Para a comida das orcas: Krill
E
Para o telefone que toca:

Para a água lá na poça

Para a mesa que vai ser posta
A E
Para você o que você gosta: Diariamente

Chuva no brejo

Marisa Monte


Chuva no brejo - Moraes Moreira
A    D      C#m    Bm
Olha como a chuva cai
E7 A
E molha a folha aqui na telha
A C#m Bm
Faz um som assim
E7 A
Um barulhinho bom
A C#m Bm
Faz um som assim
E7 A
Um barulhinho bom
A D
Água nova
C#m Bm
Vida veio ver-te
E7 A
Voa passarinho
A C#m Bm
No teu canto canta
E7 A
Antiga cantiga
A C#m Bm
No teu canto canta
E7 A
Antiga cantiga

A menina dança

Marisa Monte
G                 Bbº7
Quando eu cheguei tudo, tudo
Am Bm
Tudo estava virado
E7 Am
Apenas viro me viro
D7 G D7
Mas eu mesma viro os olhinhos
G Bbº7
Só entro no jogo porque
Am Bm
Estou mesmo depois
E7 Am
Depois de esgotar
D7 Bm E7
O tempo regulamentar
Am
De um lado o olho desaforo
D7 Bm E7
Que diz me nariz arrebitado
A7
Que não levo para casa
D7 Bm
Mas se você vem perto eu vou lá
E7
Eu vou lá
Bm E7
No canto do cisco
C#m
No canto do olho
F#7
A menina dança
Bm E7
E dentro da menina
C#m F#7
Ainda dança
Bm E7
E se você fecha o olho
C#m F#7
A menina ainda dança
Bm E7
Dentro da menina
C#m F#7
Ainda dança
Bm E7
Até o sol raiar
Am D7
Até o sol raiar
Bm E7 Am
Até dentro de você nascer

D7
Nascer o que há

A alma e a matéria

Marisa Monte

Intro : D7

G7M G6 G°
Procuro nas coisas vagas cie eên ciii ia
Am7 D7/C G7M G6
Eu movo dezenas de músculos para sorrir
Dm7 G7 C7M C6
Nos poros a contrair, nas pétalas do jasmim
Em7 A7 Am7 D7
Com a brisa que vem roçar da outra margem do mar

G7M G6 F#7
Procuro na paisagem cadeeênciiiaa
Am7 D7/C G7M G6
Os átomos coreografam a grama do chão
Dm7 G7 C7M C6
Na pele braile pra ler na superfície de mim
Em7 A7 Am7 D7
Milímetros de prazer, quilômetros de paixão

Refrão

G7M F#7 Bm7(b5) E7
Vem pra esse mundo, Deus quer nascer
A7 D7 G6 E7(b9)
Há algo invisível e encantado entre eu e você
A7 D7 G6
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver

Solo : G7M G6 G° Am7 D7 G7M D7

Repete música até o Refrão, aí substitua por

G7M F#7 Bm7(b5) E7
Vem pra esse mundo, Deus quer nascer
A7 D7 G6
Há algo invisível e encantado entre eu e você
G7M F#7 Bm7(b5) E7
Vem pra esse mundo, Deus quer nascer
A7 D7 G7M E7(b9)
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver
A7 D7 G7M E7(b9)
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver
A7 D7 G7M E7(b9)
E a alma aproveita pra viver
A7 D7 G7M D7
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver

Bem que se quis

Marisa Monte

Bem que se quis - Pino Danielle, versão de Nelson Motta

Tom: D7+
Int.: G/A
            D7+            G/A             D7+
Bem que se quis depois de tudo ainda ser feliz
G/A  Abº         Bm7 Bm7/A
Mas já não há caminho pra voltar
Am7      D7   G7+
O que é que a vida fez da nossa vida?
F#m7      B5+/7   Em7
O que é que a
gente não faz por amor?
D7+         G/A                    D7+
Mas tanto faz, já me esqueci de te esquecer porque
G/A                   Bm7
O teu desejo é o meu melhor prazer
Am7     D7    G7+
E o meu destino é querer sempre mais
F#m7    B5+/7        Em7 D#7+
A minha estrada corre pro teu mar
D7+           Am7
Agora vem pra perto vem
D7             G7+  F#m7
Vem depressa vem sem fim dentro de mim
Em7          D#7+                D7+           Am7
Que eu quero sentir o teu corpo pesando sobre o meu
D7  
Vem meu amor vem pra mim
G7+     F#m7
Me abraça devagar
Em7      D#7+   D7+
Me beija e me faz esquecer

Bem leve

Marisa Monte


Bem leve - Marisa Monte e Arnaldo Antunes
Am(9)      Am
Bem leve leve revele
Dm7
quem pouse a pele

em cima de
G#°7
madeira

beira beira
C/G
quem dera mera mera
A7
cadeira

mas breve breve
Dm7
revele

vele vele
Bm7(b15)
quem pese
E7 Am
dos pés a caveira
Am Dm7
Dali da beira uma palavra cai do chão
E7(b13)
caixão
Am
dessa maneira
Am Dm7
Uma palavra de madeira em cada mão
E7
Imbuia
Am
Cerejeira
Am Dm7
Jacarandá, Peroba, Pinho, Jatobá
E7(b13)
Cabreúva
Am
Garapera
Am Dm7
Dali da beira uma palavra cai do chão
E7(b13)
caixão
Am
dessa maneira

Beija eu

Marisa Monte

Beija eu - Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Arto Lindsaye
Intr.: D   D7+   D6   D
D
Seja eu,
D7+
Seja eu,
D7           Em   E7
Deixa que eu seja eu,
Em    E7
E aceita
A7
O que seja seu.
D
E então deita e aceita eu.

Molha eu,
D7+
Seca eu,
D7           Em     E7
Deixa que eu seja o céu.
Em E7
E receba
A7
o que seja seu.
D
Anoiteça e amanheça eu.
D
Beija eu,
D7+
Beija eu,
D7        Em
Beija eu, me beija.
E7
Deixa
A7
o que seja ser.

Então beba e receba
D
meu corpo no seu corpo,
E7
eu  no  eu corpo.

Deixa.
A7
Eu me deixo.
D
Anoiteça e amanheça

Ao meu redor

Marisa Monte

Ao meu redor - Nando Reis
Intr.: E  D/E  A/E

E                A/E
Ao meu redor está deserto
E                 D/E
você não está por perto
E      D    E
e ainda está tão perto
D7(9)
Dentro dessa geladeira, dentro da despensa e do fogão
C7(9)                   Bb7(9)        A7(9)
Dentro d gaveta, dentro da garagem e no porão
D7(9)
Em todos os armários, nos vestidos, nos remédios, num botão
C7(9)                     Bb7(9)
Por dentro das paredes, pelos quartos,
A7(9)
pelos prédios e no portão
E                   A/E
Até no que eu não enxergo
E                D
Até mesmo quando eu não quero
E    D   E   D
Eu não quero
D7(9)
Dentro da camisa, no sapato, no cigarro
C7(9)            Bb7(9)          (a7(9)
na revista, na piscina, na janela, no carro ao lado
D7(9)                 C7(9)
No som do rádio eu ouço a mesma coisa
B7(9)            Bb7(9)              A7(9)
o tempo inteiro, em fevereiro, em janeiro, em dezembro
E               A/E
Ao meu redor está deserto
E                  D
Tudo que está por perto
E   D   E   D
ainda está tão perto

Ainda lembro

Marisa Monte


Ainda lembro - Marisa Monte e Nando Reis
A7+                E4
Ainda lembro o que passou
A7+ E4
Eu você em qualquer lugar
C#m7 F#7
Dizendo "Aonde você for, eu vou"
D7+
E quando eu perguntei
E4
Ouvi você dizer
A7+ E4
Que eu era tudo o que você sempre quis.
A7+ E4
Mesmo triste eu tava feliz
C#m7 F#7
E acabei acreditando em ilusões
D7+
Eu nem pensava em ter
E4
Que esquecer você
A7+
Agora vem você dizer
G#m7 C#7/b9 F#m7 B7
"Amor, eu errei com você
Em7 Eb7/9 D7+ C#m7
E só assim pude entender
F#m7 B7
que o grande mal que eu fiz
E4/7
foi a mim mesmo"
A7+
Vem você dizer
G#m7 C#7/b9 F#m7 B7
"Amor, eu não pude evitar"
Em7 Eb7/9
E eu te dizendo
D7+ C#m7 F#m7
Liga o som
B7 E4
E apaga a luz

Abololô

Marisa Monte


Abololô - Marisa Monte e Lucas Santana
Intr.: A7/C# B7 A7/C# B7
G#m7/b5/B  G7m/B
Abololô, Abololô
Am6
E a saudade vem
G#m7 C#7
Vem pra lhe dizer
que no peito
F#7
Há vazio há
F#m6
falta de alguém
G#m7/b5/B G7m/B
Abololô, Abololô
B/A
E a saudade vem
G#m7
Vem pra qualquer
C#7
um qualquer hora
F#7
Por alguém que
G#m7 C#7
foi pra longe já volta
E/F# B7/F#
Foi para não mais voltar
G#m C#7
Gente que sente e que chora
C#m/F# D/F#
Alguém que foi embora

Mário Albanese

Mário Albanese, músico por definição e berço, advogado, professor, jornalista, comunicador de rádio e televisão, compositor, nasceu na capital paulista aos 31 de outubro de 1931. Em 1965, lançou com Ciro Pereira o Jequibau que, inserido em métodos de ensino e vencedor de concursos internacionais, foi festejado pela crítica nacional e internacional.

Na avaliação do crítico e autor da Enciclopédia de Jazz, Leonard Feather, para a Revista Billboard dos Estados Unidos, "este novo e excitante ritmo do Brasil, jequibau, é um 5/4 que revela, com incrível simplicidade e charme, um novo entendimento métrico desse compasso".

O jequibau, com seus cinco tempos nativos e originais, já percorreu os quatro cantos do mundo na interpretação de renomados artistas internacionais como Andy Williams, Al Caiola, Vic Damone, Norman Luboff, Vicki Karr, Sadao Watanabe (Japão), Percy Faith, Charlie Byrd, Rita Réys e Sarah Cheretien (Holanda), Sy Oliver, Susana Colonna (México), Silvio Santisteban, Românticos del Caribe, entre outros.

Muitos músicos, grupos e cantores do Brasil gravaram suas composições, como Altemar Dutra, Agostinho dos Santos, Agnaldo Rayol, Arrelia, Carmélia Alves, Caçulinha, Cláudia, Cauby Peixoto, Elcio Alvarez, Eliana Pittman, Elza Laranjeira, Hebe Camargo, Hermeto Paschoal, Inezita Barroso, Isaura Garcia, Jair Rodrigues, João Dias, Leny Eversong, Macumbinha, Marina Barbosa, Moacir Franco, Pedrinho Mattar, Pery Ribeiro, Pocho, Poly, Portinho, Osmar Milani, Omar Izar, Três Morais, Sylvio Tancredi, Tito Madi, Titulares do Ritmo, Walter Wanderley, Trio Yrakitan, Zimbo Trio e outros.

Os Lps de Mário Albanese foram editados nos Estados Unidos, França, Inglaterra, Argentina, México e Itália.

Entre as honrarias que lhe são creditadas destaque-se a de Titular Catedrático da AIM - Academia Internacional de Música, Membro da Ordem Internacional dos Jornalistas, da Associação Brasileira de Folclore, da Ordem Nacional dos Escritores e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Fundou e preside o Instituto Brasileiro de Direito Autoral e a Associação de Defesa da Saúde do Fumante. É presidente da CIPA, da CETESB, onde trabalha como jornalista há 29 anos.

Recebeu a Cruz do Mérito Cívico e Cultural da Sociedade Brasileira de Heráldica e Medalhística e, recentemente, da Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, "por sua destacada trajetória profissional, valorizando o nome e as tradições da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco", a Láurea de Associado Benemérito, Arcadas 11 de agosto de 2006.

Do Panathlon Clube de São Paulo – Comenda do Mérito Panatlético "em razão do trabalho desenvolvido pelo esporte". Da Câmara Municipal de São Paulo recebeu a "Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade" pelos relevantes serviços prestados à cidade.

Texto de Silvio Natacci

Nelson Ayres

Nelson Ayres (Nelson Luís Ayres de Almeida Filho), pianista, arranjador, compositor e maestro, nasceu em São Paulo-SP em 14/01/1947. Atuou ou gravou com Dizzy Gillespie, Benny Carter, Milton Nascimento, César Camargo Mariano, Chico Buarque, Dori Caymmi e Nana Caymmi, entre outros.

Como diretor musical, compositor, e arranjador de peças de teatro e balés (Cidadão Corpo, de Ivaldo Bertazzo), Ayres foi premiado várias vezes. Ele também já tinha trabalhado como arranjador e maestro da Orquestra Jazz Sinfônica.

Filho de pianista, ele se tornou fascinado por Luiz Gonzaga aos cinco anos, quando foi presenteado com seu primeiro instrumento, um acordeão. Aos doze, quando se matriculou no conservatório de São Paulo, ele optou pelo piano, nunca seguindo o rígido aprendizado clássico. Mesmo quando estudou com Paul Ursbach de 1959 até 1962, continuou no mesmo ritmo.

Em 1961 passou a integrar a São Paulo Dixieland Band onde permaneceu até 1968; antes participou da gravação do álbum da banda em 1963. Ele começou sua carreira como arranjador de canto vocal em 1968 e foi diretor musical da peça Chiclete com Banana (dirigido por Augusto Boal).

Em 1969, ele foi para o EUA estudar na Berklee School em Boston; junto com Victor Assis Brasil: os dois foram pioneiros. Ele trabalhou como pianista e arranjador acompanhando Astrud Gilberto e trabalhou na banda de Airto Moreira nos shows ao vivo e na gravação do álbum Free. Voltando de Berklee, ele foi procurado por músicos profissionais como Hector Costita, Amílson Godoy e Roberto Sion que estavam ansiosos para adquirir informações de jazz, numa época em que o jazz não era popular nas escolas de música no Brasil.

Os encontros informais renderam arranjos escritos e improvisações; daí surgiu a Nelson Ayres Big Band, composta por cinco saxes, quatro trompetes, e quatro trombones. Eles ensaiaram uma vez por semana no bar Opus 2000 até que a banda ganhou entrosamento e repertório. A banda permaneceu ativa durante oito anos, de 1973 a 1981.

Ao mesmo tempo, ele e outros integrantes da banda começaram a ensinar na Fundação de Artes de São Caetano, de onde vários estudantes membros da futura Banda Mantiqueira. O arranjo dele para Como" um Ladrão (Carlinhos Vergueiro) ganhou lugar primeiro no Festival Abertura (Rede Globo).

Ayres gravou seu primeiro álbum solo em 1979 na série MPBC da Philips. No mesmo ano, ele coordenou e atuou no I Festival de Jazz de São Paulo. Dois anos depois, ele gravou um segundo álbum solo, Mantiqueira" pelo Som da Gente.

Quando ainda trabalhava com a big band, Ayres tinha que lidar com os problemas comuns de um grupo com muitos músicos, havendo muitas ausências e substituições. A solução foi montar um conjunto menor, se juntando a Rodolfo Stroeter (baixo) e Azael Rodrigues (bateria), no bar Lei Seca em São Paulo, refúgio de boêmios e músicos. Logo Roberto Sion(sax) se uniu ao grupo e Hector Costita veio logo depois. Então, eles decidiram assumir o grupo, criando a banda “Pau Brasil”, nome dado por Rodolfo em razão do Manifesto antropofágico de Oswald de Andrade.

Enquanto os grupos instrumentais brasileiros estavam influenciados por um jazz pop, o Banda Pau Brasil investiu dentro da música brasileira. A banda gravou três álbuns e antes de Ayres sair, eles excursionaram pela Europa e Japão.

Em 1985, Ayres foi convidado por César Camargo Mariano a fazer parte do projeto Prisma, que consistia em ter dois tecladistas à frente de enorme parafernália eletrônica. Foi a primeira iniciativa nesse sentido no Brasil, fazendo com que excursionassem pelo país durante dois anos.

Em 1998, Ayres presidiu o júri do Primeiro Prêmio de Visa de Música Instrumental, que teve como vencedores André Mehmari e Célio Barros. Desde 1992, Nelson Ayres tem sido o maestro e o diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Nelson Ayres / Clube de Jazz.

Aires

Aires (Doraci Aires de Arruda), instrumentista, arranjador e compositor, nasceu em São Paulo SP em 13/9/1932. Tocando violão, viola, guitarra ou cavaquinho, a partir de 1952 participou de vários conjuntos e orquestras, entre eles Clóvis e Eli (até 1954), Marinho e sua Orquestra (1955), Calisto e Conjunto.

Fazendo acompanhamento, gravou seu primeiro disco em 1961, época em que também começou a se apresentar em programas de rádio e televisão e ingressou na Grande Orquestra Tupi, de São Paulo.

Em 1962 passou a acompanhar Agostinho dos Santos em shows e gravações. No ano seguinte apresentou-se na Argentina e Uruguai com Robledo e seu Conjunto, atuando em 1964 na orquestra de Carlos Piper.

Entre 1964 e 1967 acompanhou o humorista Chico Anísio e o cantor Geraldo Vandré, tendo também participado (tocando viola) do Trio Novo, que acompanhou Jair Rodrigues na música Disparada (Geraldo Vandré e Teo de Barros), vencedora do II FMPB, da TV Record, de São Paulo, em 1966, e do Quarteto Novo.

Em 1972 deixou de atuar na orquestra da Tupi e em 1974 fez acompanhamento nos LPs da Marcus Pereira, Música popular do Centro-Oeste/Sudeste.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora / PubliFolha.

Nalva Aguiar

Cantora de diversos estilos e também atriz, Nalva de Fátima Aguiar nasceu no Triângulo Mineiro, na cidade de Tupaciguara-MG no dia 09/10/1945, tendo vivido uma infância humilde. Seu pai era alfaiate e também foi proprietário de um hotel.

Com apenas três anos de idade, Nalva já sonhava ser cantora e começava a "ensaiar os primeiros passos". Aos sete anos, passou a estudar acordeon. Nalva também chegou a ser professora da técnica desse instrumento musical.

Mais tarde, Nalva Aguiar começou a cantar em festas e também na emissora de rádio de sua cidade natal, além de outras emissoras de rádio da região e também na TV Triângulo Mineiro. Na primeira metade da década de 1960 participou de um dos Discos da dupla Nísio e Nestor.

No ano de 1966, Nalva trocou sua Tupaciguara natal pela capital paulista, época em que a Jovem Guarda estava no auge e era o que atraía a jovem cantora. No ano seguinte, ela representou o Estado das Minas Gerais num concurso na que teve lugar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro-RJ, onde fez sucesso ao interpretar em inglês a famosa canção Jambalaya (Hank Willians).

Ainda em 1967, Nalva Aguiar participou do filme Adorável Trapalhão ao lado de Renato Aragão. E em 1969 participou do filme 2000 Anos de Confusão também com Renato Aragão, além de seu companheiro Dedé Santana.

No início da década de 1970, Nalva Aguiar fazia sucesso com o estilo da Jovem Guarda, sendo que um dos seus grandes "hits" era a versão de Wando para o famoso tema do Cristiano (personagem interpretado por Francisco Cuoco) da novela Selva de Pedra, na Rede Globo, em 1972: Não volto mais (Rock And Roll Lullaby) (Barry Mann - Cyntia Weil - adapt.: Wando).

Em 1976 Nalva estourou nas paradas de sucesso com a gravação de Beijinho doce (Nhô Pai)
(apesar de ter sido num "ritmo pop"), gravação feita no ano anterior e que fez parte da trilha sonora do filme "O conto do vigário de Kléber Afonso e Barros de Alencar. O Compacto Simples com essa gravação (Epic/CBS Nº 66280) vendeu mais de 500 mil cópias e tinha no Lado B a música Amigos como antes (Totó).

Em 1977, Nalva participou do filme Entre o Céu e o Inferno, juntamente com a dupla Duduca e
Dalvan. E em 1979 ela participou também do filme Sinfonia Sertaneja, com Geraldo Meirelles e Marcelo Costa.

Como Compositora, teve a música Coração sofredor (Nhô Pai - Nalva Aguiar) gravada em
1983 pela dupla Tonico e Tinoco no LP Viva a viola, lançado em 1982 pela Copacabana (COELP 41873) e que foi remasterizado em CD.

Nalva é também autora de Triângulo mineiro (Nalva Aguiar - Itamar dos Santos), Sombra dos laranjais (Tupaciguara) (Nalva Aguiar - Itamar dos Santos), Reportagem (Teixeirinha - Nalva Aguiar), Rosana (Nalva Aguiar - Itamar dos Santos) e Cortina da saudade (Tião do Carro - Nalva Aguiar), apenas para citar algumas. Em 1984, Nalva Aguiar gravou em dueto com Teixeirinha o LP "Guerra dos desafios (Chantecler 2.74.405.157).

Consta em algumas biografias que Nalva Aguiar foi a primeira cantora a gravar Músicas de Renato Teixeira, apesar de que, ao que consta, o registro mais antigo de uma música de autoria desse compositor é de 1968, ano em que sua composição Madrasta (Beto Ruschel - Renato Teixeira) foi gravada por Roberto Carlos (LP O Inimitável - CBS 137585) e também pelo próprio Renato Teixeira (no LP IV Festival Da Música Popular Brasileira - Vol. 3 - 1968 - Philips R-765.067-L), além de Taiguara (LP O vencedor de Festivais" - Odeon MOFB 3570).
As três gravações em 1968.

Nalva, no entanto, realmente foi das intérpretes pioneiras em composições de Renato Teixeira, tendo gravado Interlagos (Renato Teixeira) e Não corto mais os meus cabelos (Renato Teixeira) em 1971 (7ª. e 8ª. faixas do LP Nalva - Beverly - SBLP-19009).

Dentre várias outras composições de Renato Teixeira, Nalva também gravou, numa belíssima interpretação, Nó na garganta (Renato Teixeira) (LP "Nalva Aguiar" - Entré/CBS - 104500 - 1981), além de Amora (Renato Teixeira), Amado irmão (Renato Teixeira) e Doradinho (Renato Teixeira) (LP Doradinho - Chantecler - 2.11.405.623 - 1983).

Além das composições de Renato Teixeira, Nalva Aguiar também gravou belíssimas páginas do repertório caipira raiz, como por exemplo Tá de mal comigo (Nhô Pai), Dia de Formatura (Moacyr Franco), Cabecinha no ombro (Paulo Borges), "Coração da Pátria" (Barrinha), Coração redomão (Tião do Carro - Moacyr dos Santos), Aurora do mundo (Goiá), Avenida Boiadeira (José Fortuna - Paraíso) e Peito de aço (Tião Carreiro - Lourival dos Santos), apenas para citar algumas.

Após um período ausente das gravações, tendo inclusive morado no Exterior, Nalva retornou ao Brasil e, após ter sido apresentada pelo Marcelo Costa (TV Record) à gravadora Velas, ela gravou o CD Nalva Aguiar (012 948-2) em 1999, o qual contou com a participação de Ivan Lins (na faixa 7: Bandeira do Divino (Ivan Lins - Vitor Martins)), Chitãozinho e xororó (na faixa 1: Meu bem querer (Djavan)), e Sérgio Reis (na faixa 4: Vende-se (Dêne)), além do locutor de rodeios Barra Mansa (declamando versos na faixa 10: "Oração do peão de boiadeiro" (Renato Teixeira)).

Agenor Flauta

Agenor Flauta, instrumentista. cantor e compositor. Fl. Rio de Janeiro RJ inícios do séc. XX. Morava na Rua Visconde de Itamarati, no Maracanã, Rio de Janeiro, e era empregado da Saúde Pública. Além de exímio flautista, cantava modinhas e compôs polcas e xótis.

"Agenor Flauta morava na rua Visconde de Itamaraty. Era empregado como chefe de turma, da Saude Publica. Amigo e companheiro de linha. Tocava com grande esplendor na sua flauta, que era de novo systema. Muito me ajudou nas pragas do Egypto quando eu era seu presidente.

Era chorão afamado, e acompanhei com meu violão ou cavaquinho, as suas melodiosas musicas de fazer admirar. Tinha um sopro macio e sublime. Tocava todos os choros dos grandes flautas antigos e tambem modernos. Tambem tocava todas as musicas de Candinho, de supplantar.

Cantava tambem bellas e sumptuosas modinhas de arrebatar. Era um excellente chefe de familia, o que muito valeu o seu bom nome. Escreveu alguns chôros bons que devem andar por ahi nos cadernos destes chorões da nova guarda" (Alexandre Gonçalves Pinto, em seu livro O Choro - Reminiscências dos chorões antigos).