terça-feira, 21 de outubro de 2008

Milton Banana


Milton Banana (Antônio de Sousa), instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 23/4/1935. Começou a carreira musical em 1955, no conjunto de Waldir Calmon, tocando bateria na boate carioca Arpège.

Nesse mesmo ano passou para o conjunto de Djalma Ferreira, os Milionários do Ritmo, que se apresentava na boate Drink, e em 1956 tocou na boate do Hotel Plaza, como baterista do conjunto de Luís Eça.

Participou pela primeira vez da gravação de um disco em 1959, acompanhando João Gilberto em Chega de saudade (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), lançado em 78 rpm pela Odeon.

Em 1962, ao lado de João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Morais e Os Cariocas, apresentou-se na boate Au Bon Gourmet, no show Encontro, produzido por Aloysio de Oliveira. Nesse mesmo ano, viajou com João Gilberto para a Argentina, fazendo uma temporada na boate 676, e em novembro participou do Festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall, em New York, EUA.

Tomou parte na gravação do disco de Stan Getz, João Gilberto e Astrud em 1963, nos EUA, e ainda nesse ano excursionou com João Gilberto, João Donato (piano) e Tião Neto (contrabaixo) pela Itália e França.

Criou o conjunto Milton Banana Trio que teve várias formações e gravou, entre 1965 e 1975, oito LPs pela Odeon, o primeiro deles contando com a participação de Cido, ao piano, e Mário, no contrabaixo. Acompanhou João Gilberto quando ele se apresentou no Brasil em 1965 e, desde então, gravou com vários cantores e instrumentistas, atuando também em inúmeros shows.

CDs

Ao amigo Tom, 1994, BMG-Ariola 74321884920; Sambas de bossa, 1994, BMG-Ariola 793211376426.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira, Art Editora e PubliFolha.

Paulinho Tapajós

Paulo Tapajós Gomes Filho, compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ, em 17/8/1945. Filho do músico Paulo Tapajós, com quem teve as primeiras noções musicais, começou a compor na década de 60, participando de festivais.

Seu maior sucesso, Andança (com Edmundo Souto e Danilo Caymmi) ficou em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção da TV Globo, em 1968, defendida por Beth Carvalho e os Golden Boys. No ano seguinte o primeiro lugar foi de sua música Cantiga por Luciana (com Edmundo Souto), na interpretação de Evinha. Outro sucesso em parceria com Danilo Caymmi foi Canto pra dizer-te adeus.

Mesmo com os sucessos musicais, formou-se em arquitetura em 1971. Trabalhou com trilhas para televisão (como a da novela Irmãos Coragem) e fez a produção musical do Fantástico entre 1977 e 1980.

Também foi produtor de discos de Jorge Ben Jor, Vinícius de Moraes e Toquinho, MPB-4, Fagner, Sivuca, Gonzaguinha e outros. Seu primeiro disco foi em parceria com a irmã Dorinha Tapajós, em 1972, pela gravadora Forma, Paulinho e Dorinha. Dois anos depois veio o primeiro lançamento individual, Paulinho Tapajós (RGE/Fermata).

Suas mais de 200 composições foram registradas por artistas como Clara Nunes, Alcione, Joyce, Ivan Lins, Chico Buarque, Milton Nascimento e muitos outros. Na década de 90 lançou dois CDs pela gravadora CID: Coração Poeta (1996) e Reencontro (1998).

Sua atuação como escritor também é destacada. Já lançou mais de dez livros infantis e a coletânea de letras de músicas De Versos (1986).

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha; Rio de Janeiro - Cariocas.

Sérgio Mendes

Sérgio Santos Mendes, instrumentista, arranjador e regente, nasceu em Niterói (RJ), em 11/2/1941. Um dos músicos brasileiros mais celebrados no exterior estudou piano desde criança, passando na juventude do clássico para o jazz.

No início dos anos 60 passou a se apresentar em jam-sessions de casas noturnas cariocas, especialmente no Beco das Garrafas, participou de festivais de jazz e liderou o Brazilian Jazz Sextet (chegando a gravar como o jazzista Cannonball Adderley) e mais tarde o Sexteto Bossa Rio, com quem se apresentou no Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova York, em 1962.

O disco do grupo Sergio Mendes & Bossa Rio, de 1964, com arranjos de Tom Jobim, é considerado básico no instrumental da bossa nova. Ainda nos anos 60 excursionou por vários países com outros conjuntos até formar o Brazil 66, que gravou discos e fez turnês com muito sucesso.

O disco Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brazil 66 vendeu mais de um milhão de cópias, com o sucesso Mas que nada de Jorge Ben, chegando aos primeiros lugares das paradas de sucessos norte-americanas.

Tocou na Casa Branca em 1967 e gravou muitos discos, individuais ou com os conjuntos que montou, sempre mesclando bossa nova, jazz e ritmos brasileiros populares, instrumentistas brasileiros e estrangeiros, e músicas como Ponteio (Edu Lobo/ Capinam) e A banda (Chico Buarque).

Em 1993 ganhou o prêmio Grammy.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha; Rio de Janeiro - Cariocas.

Bossa 3


Bossa 3 - Trio formado em 1961 (Luís Carlos Vinhas, piano; Tião Neto, substituído mais tarde por Octávio Bailly Jr., baixo; Edison Machado, substituído por Chico Batera e depois por Ronie Mesquita, bateria) nos arredores do Beco das Garrafas, berço da bossa nova, derivou do quinteto Samba 5, que passou a Samba 3 e finalmente Bossa 3.

As primeiras apresentações do trio foram com os bailarinos Lennie Dale, Joe Benett e Martha Botelho, convidados para uma apresentação no Ed Sullivan Show, então um dos programas de maior audiência da televisão norte-americana.

O grupo permaneceu ainda por algum tempo nos Estados Unidos, onde se apresentou em diversos clubes de jazz. O grupo se desfez de sua formação brasileira e o pianista Luis Carlos Vinhas, o único que voltou ao Brasil, refez o conjunto, com outra formação.

Gravaram mais cinco discos, excursionando por países da América Latina.

Wanda Sá

Wanda Sá - LP Wanda Vagamente - 1964
Fã de primeira hora da bossa nova, Wanda Sá, uma paulista convertida a carioca desde a mais tenra idade, matriculou-se aos 13 anos na academia de violão de Roberto Menescal. Descoberta por Ronaldo Bôscoli, participou de programas de televisão como Dois no Balanço (TV Excelsior) e O Fino da Bossa (TV Record).

Aos 19 anos, lançou Inútil paisagem (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira). Neste primeiro disco, Wanda Vagamente (1964), produzido por Menescal, apareceu em todas as estações de rádio com Vagamente (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli). Poucos meses depois, partiu com o Brasil 65, grupo de Sérgio Mendes que tinha ainda Jorge Ben e Rosinha de Valença, para apresentar-se no circuito universitário dos Estados Unidos.

Cantou numa boate em Los Angeles e foi vista por Dave Cavanaugh, produtor de Nat King Cole e Frank Sinatra. Wanda pulou das mãos de Sérgio para as de Cavanaugh e gravou três discos nos Estados Unidos, dois com a Brasil 65 e o solo, Softly.

Na volta ao Brasil, fez shows com Baden Powell, Vinícius de Moraes, Mièle e Luís Carlos Vinhas e o Bossa 3. Em 1969, gravou com Paul Desmond em seu disco "Hot Summer", em Nova Iorque.

Foi casada durante 12 anos com Edu Lobo, tempo em que dedicou-se mais a ser mãe e a dar aulas de violão do que a cantar. No fim dos anos 80, reencontrou profissionalmente o ex-professor de violão Roberto Menescal, voltou à cena artística.

Além de shows ao lado de Menescal e Mièle, gravou em 1994 o disco Brasileiras, ao lado de Celia Vaz. No ano seguinte lançou Eu e a Música com Menescal. Wanda Vagamente vem fazendo sucesso no Japão e chegou ao segundo lugar na parada de world music.

Fez shows em homenagem a Tom Jobim, Vinícius de Moraes, e cantou ao lado de diversos músicos. Apresentou-se em Angola numa caravana de 36 artistas, entre eles Chico Buarque e Djavan.

Paralelamente, enveredou pelos cânticos religiosos e participou de shows como Jesusmania, no Morro da Urca, em 1986.