domingo, 13 de janeiro de 2008

Sabor do sol

Biquini Cavadão

E E7M
Mesmo que nunca
F#m7
se perceba
A B4/7/9
A nossa coragem
E E7M
Vai brotar de todos
F#m7
os lugares
A B4/7/9
Como plantas num jardim
E E7M
Vai enfeitar a
F#m7
nossa mente
A B4/7/9 C#m
De razões e ide-ais
F# A
E ninguém mais além de nós
B7
Nos poderá deter.
   E E7M F#m7
O vento quando sopra contra alguém
A B4/7/9
É mais fácil se deixar levar
E E7M F#m7
E não remar a favor do que se tem
A B4/7/9
E de onde se possa chegar
C#m B
Toda derrota é iminente
F#m7 A B7
Se o medo está presente
C#m B  A
Assim como o frio é o sabor do sol
B  C#m
Quando não é quente
C#m B
Toda derrota é iminente
F#m7 A B7
Se o medo está presente
C#m B  A
Assim como o frio é o sabor do sol
B  E
Quando não é quente
E E7M
Mesmo que nunca
F#m7
se perceba
A B4/7/9
A nossa coragem
E E7M
Vai brotar de todos
F#m7
os lugares
A B4/7/9
Como plantas num jardim
E E7M
Vai enfeitar a
F#m7
nossa mente
A B4/7/9 C#m
De razões e ide-ais
F# A
E ninguém mais além de nós
B7
Nos poderá deter.
  E E7M F#m7
O vento quando sopra contra alguém
A B4/7/9
É mais fácil se tentar buscar
E E7M F#m7
O culpado fora de quem tem
A B4/7/9
A culpa de estar aonde está

Janaína

Biquini Cavadão

Tom: A  

(intro)


e|-7/9-7----------------------------------
B|--------10--7---7-10-7------------------
G|--------------9---------9--6-----6--9---
D|------------------------------9---------
A|----------------------------------------
E|----------------------------------------



E|---7/9--7-------------7/9--7------------
B|------------10--7--------------10--7----
G|----------------------------------------
D|----------------------------------------
A|----------------------------------------
E|----------------------------------------



E|---7/9--7-------------7/9--7------------
B|------------10--7--------------10--6----
G|----------------------------------------
D|----------------------------------------
A|----------------------------------------
E|----------------------------------------


A
Janaina acorda todo dia às quatro e meia
  A7M
E já na hora de ir pra cama, Janaina pensa
Bm7
Que o dia não passou
Dm6
Que nada aconteceu

A
Janaina é passageira
                      A7M
Passa as horas do seu dia em trens lotados
                        Bm7
Filas de supermercados, bancos e repartições
Dm6
Que repartem sua vida

        F#m7
Mas ela diz

Que apesar de tudo ela tem sonhos
        Bm7
Mas ela diz
                         D7M
Que um dia a gente há de ser feliz
    F#m7
Ela diz

Que apesar de tudo ela tem sonhos
    Bm7
Ela diz
                         D7M
Que um dia a gente há de ser feliz
              A
Se Deus quiser...

(intro) A  A7M  Bm7  Dm6

A
Janaina é beleza de gestos, abraços,
A7M
Mãos, dedos, anéis e labios
Bm7
Dentes e sorriso solto
Dm6
Que escapam do seu rosto

A
Janaina é só lembrança de amores guardados
A7M
Hoje é apenas mais uma pessoa
                Bm7
Que tem medo do futuro- que aconteceu ? -
Dm6
Se alimenta do passado

        F#m7
Mas ela diz

Que apesar de tudo ela tem sonhos
        Bm7
Mas ela diz
              D7M
Que um dia a gente há de ser feliz
F#m7
Diz

Que apesar de tudo ela tem sonhos
    Bm7
Ela diz
                         D7M
Que um dia a gente há de ser feliz
            A  A7M            A
Se Deus quiser... Se Deus quiser

   D#m7(b5)
Já não imagina
    D7M
Quantos anos tem
    C#m7
Já na iminência
  C°
De outro aniversário
D7M
Janaina acorda todo dia às quatro e meia
C#m7
Já na hora de ir pra cama, Janaina pensa
Bm7
Que o dia não passou
Dm6 E4/7(b9)
Que nada aconteceu

Por que você não estava aqui

Biquini Cavadão

Intro:  E   A9
E
Deu vontade de te escrever sem
A9                           E  A9
Gramática, ortografia ou caligrafia
E
Deu vontade de desenhar o seu
A9
Rosto em uma folha branca
F#7
Mas as cores nunca seriam
B7(9)                            E  A9
Iguais as da sua tez, deu vontade...
E
Vontade de cobrir as linhas
A9                       E      A9
De um caderno, só por saudade
E
Pra que essa saudade pudesse
A9
Contar pros cadernos do mundo
F#7
Como eu tenho me sentido tão infeliz
B7(9)                          E   E
Tudo porque você não estava aqui.
F#m                            D
Tudo porque você não estava aqui.
F#m                      A9
Tudo, tudo, tudo tão longe
F#m        
Tudo porque você não estava
D                                   B7
E eu perguntava, eu perguntava a você
E4/7/9
Tudo porque ? Tudo porque ?
E                               A9
Deu vontade de confessar meus segredos
E       A9
Pras orelhas dos meus livros
E                                       A9
Já não sei se o que vivo é verdade ou não,
Eu pergunto pro meu coração
F#7
Como faz pra parar esta dor que me assalta
B7(9)                        E   A9
Toda vez que sinto sua falta
E                                      A9           E      A9
Vontade de dar meu corpo pedaço por pedaço em cartas lacradas
E                           A9
Apenas com seu nome, endereçadas, postadas ao sol, ao céu
F#7
Com um grito louco sem poder te ouvir
B7(9)                          E    E
Tudo porque você não estava aqui.
E
Tudo porque eu acordei com esta louca vontade
A9
De abraçar, beijar, telefonar de qualquer lugar para você.
F#7
Tudo porque eu acordei com esta louca vontade
B7(9)
De abraçar, beijar, telefonar de qualquer lugar para você

Arcos

Biquini Cavadão
Intro: A7M(9)
A7M(9)
O que se esconde
F#m7
Atrás dos arcos ?
Bm7       D7M
Será; um índio
G#m7(b5)   G7
Ou um Circo Voador ?
A7M(9)
O que se esconde
F#m7 
Atrás dos monumentos
Bm7       D7M        G#m7(b5)
A não ser pedra sobre pedra
G7
Um amor feito às pressas
E uma estátua
F#m7         G7(#11)
Que ninguém conhece
F#m7            G7(#11)
Cada rua da cidade
F#m7
Esconde um desconhecido
G7(#11)           F#m7
Sem um mapa, estou perdido
G7(#11)       G#m7(b5)
Sem você não faz sentido
C#7(#9)
Melhor ficar parado
A6
Pra que alguém no mesmo estado em que estou
G7
Possa me achar
A7M(9)                         F#m7
Mas o que se esconde atras dos arcos ?
Bm7        D7M              G#m7(b5)   G7
Será o triunfo ou então a Lapa ?
A7M(9)                          F#m7
O que restou de todos nossos momentos
Bm7       D7M              G#m7(b5)
A não ser pedra sobre pedra
G7
Um amor feito às pressas
F#m7         G7(#11)
E uma estátua que ninguém conhece
F#m7            G7(#11)                   F#m7
Cada rua da cidade esconde um desconhecido
G7(#11)           F#m7
Sem um mapa, estou perdido
G7(#11)         G#m7(b5)
Sem você não faz sentido
C#7(#9)
Melhor ficar parado
A6
Pra que alguém no mesmo estado em que estou
G7
Possa me achar
Am7       F6/7M
O que restou dos obeliscos,
D/F#                     G7(b13)
Fontes, pontes sobre o rio
Am7
O que restou dos bustos, dos arbustos
F6/7M                       D/F#
E principalmente, o que restou de tanto amor ?
G7(b13)
Só um centro vazio...

Cai água, cai barraco

Biquini Cavadão
Intr: Am F Am F 
Am
Cai agua
Cai barraco
Desentra todo mundo
F
Cai agua
Cai montanha
Am F
E enterra quem morreu
Am
É sempre assim todo verão
O tempo fecha
Inunda tudo
F
É sempre assim todo verão
Um dia acaba o mundo
Am F
todo
Am
Derreba o muro
O prédio podre
A casa velha

F
Empurra a velha
Pega a bolsa
E sai batida
C            Bm
E sobe o morro, sobe o pau
Am 
sobe o diabo
Em                     Bm
Desce o pau em toda gente,
Am
a gente "temo"  que  "corrê
C                 Bm
Corre pra cima e pra baixo,
Am            Em     
se enfia num buraco
Bm
Manda fogo na policia pr' esses
Am
caras "aprendê"
C                    Bm
E sobe o morro, sobe o pau
Am 
sobe o diabo
Em                   Bm         
Desce o pau em toda gente,
Am
a gente "temo"  que  "corrê
C                Bm
Corre pra cima e pra baixo,
Am            Em      
se enfia num buraco
Bm 
Manda fogo na policia pr' esses
Am
caras
Am F Am F
"aprendê"
Am
Tem mais um filho na barriga
Outra criança pra mamar
F
Vai ser criado pela rua
Am F
Vai ter muito que ralar
Am
O povo anda armado

O povo anda armado
F
O povo todo anda armado
E esta cansado de sofrer
C                   Bm
E sobe o morro, sobe o pau
Am
sobe o diabo
Em                   Bm
Desce o pau em toda gente,
Am
a gente "temo"  que  "corrê
C                  Bm  
Corre pra cima e pra baixo,
Am            Em
se enfia num buraco
Bm
Manda fogo na policia pr' esses
Am
caras "aprendê"
C                      Bm
E sobe o morro, sobe o pau
Am
sobe o diabo
Em                    Bm
Desce o pau em toda gente,
Am       
a gente "temo"  que  "corrê
C                 Bm
Corre pra cima e pra baixo,
Am            Em
se enfia num buraco
Bm
Manda fogo na policia pr' esses
Am               Am F Am F  
caras "aprendê"
Am
Bate no filho, bate boca, bateria
bate palma
E não para de bater
F
Bate filho, bate boca
bateria, bate uma
E não para de bater
Am
Bate no filho, bate na boca
bateria, bate bola
E não para de bater
F
Bate no filho, bate na boca,
bateria, bate bola
C Bm Am
E não para de bater
Em                   Bm
Desce o pau em toda gente,
Am                   C  Bm Am
a gente "temo"  que  "corrê
C                Bm
Corre pra cima e pra baixo,
Am             Em
se enfia num buraco
Bm
Manda fogo na policia pr' esses
Am 
caras "aprendê"
C                      Bm
E sobe o morro, sobe o pau
Am
sobe o diabo
C                 Bm                 
Corre pra cima e pra baixo,
Am            Em
se enfia num buraco
Num buraco

Vento, ventania

Biquini Cavadão
Intr.: (B B7+ E)
B                   B7+           E
Vento, ventania, me leve para as bordas do céu
B            E
Pois vou puxar as barbas de Deus
B                   B7+             E
Vento, ventania, me leve para onde nasce a chuva
B                 B7+         E
Pra lá de onde o vento faz a curva
    C#m
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
F#7                      B
Nas revoadas, redemoinhos
G#m         C#m      E           G#m
Vento, ventania, me leve sem destino
B                   B7+ E
Quero juntar-me a você  e carregar os balões pro mar
B                B7+
Quero enrolar as pipas nos fios
E                       B
Mandar meus beijos pelo ar
B7+
Vento, ventania,
E                   G#m
Me leve pra qualquer lugar
B                  B7+
Me leve para qualquer canto do mundo
E               G#m    SOLO
Ásia, Europa, América
B                   B7+           E
Vento, ventania, me leve para as bordas do céu
B            E
Pois vou puxar as barbas de Deus
B                   B7+                  E
Vento, ventania, me leve para os quatro cantos do mundo
B                       B7+ E
Me leve pra qualquer lugar
    C#m
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
F#7                      B
Nas revoadas, redemoinhos
G#m         C#m      E           G#m
Vento, ventania, me leve sem destino
B               B7+
Quero mover as pás dos moinhos
E
E abrandar o calor do sol
B                   B7+
Quero emaranhar o cabelo da menina
E                       B
Mandar meus beijos pelo ar
B7+
Vento, ventania,
E                   G#m
Me leve pra qualquer lugar
B                  B7+
Me leve para qualquer canto do mundo
E                     B  B7+  E
Ásia, Europa, América
    C#m
Me deixe cavalgar nos seus desatinos
F#7                      B
Nas revoadas, redemoinhos
G#m         C#m      E           G#m
Vento, ventania, me leve sem destino
B                   B7+  E
Quero juntar-me a você  e carregar os balões pro mar
B                B7+
Quero enrolar as pipas nos fios
E                       B
Mandar meus beijos pelo ar
B7+   E                      G#m
Vento, ventania, agora que estou solto na vida
B                  B7+
Me leve pra qualquer lugar
    E              G#m      B  B7+
Me leve mas não me faça voltar.       (3X)

Impossível

Biquini Cavadão
Intr.: A Bm A Bm E
A                   Bm
Tudo bem quando termina bem
A                                       Bm    E
E os seus olhos(e os seus olhos) não estão rasos d'água
A                  Bm
Mas eu sei que no coração
F#m            Bm     D
Ficaram muitas palavras
E                  F#m E
Um vocabulário inteiro de ilusão
A                        Bm
Tudo que viceja , também pode agonizar
A                               Bm    E
E perder seu brilho em poucas semanas
A              Bm        
E não podemos evitar que a vida
F#m               Bm               D
Trabalhe com os seu relógio invisível
E                F#m
Tirando o tempo de tudo que é perecível
E              A                            D/F#
Oh, oh, oh ... é impossível, é impossível esquecer você
A
É impossível esquecer o que vivi
D/F#           G A  Intr.
É impossível esquecer o que senti
A                    Bm
Tudo que morre fica vivo na lembrança
A                                      Bm              E
Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça
A                     Bm
Mas antes que eu me esqueça,
F#m                 Bm
Antes que tudo se acabe
D            E             F#m
Eu presciso, eu presciso dizer a verdade
E              A                            D/F#
Oh, oh, oh ... é impossível, é impossível esquecer você
A
É impossível esquecer o que vivi
D/F#           G A  Intr.
É impossível esquecer o que senti
  E           A                             D/F#
É impossível, é impossível, é impossível esquecer você
A
É impossível esquecer o que vivi
D/F#           G A  SOLO
É impossível esquecer o que senti
A                    Bm
Tudo que morre fica vivo na lembrança
A                                      Bm              E
Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça
A                        Bm
Mas antes que eu me esqueça, antes que eu me esqueça
F#m                 Bm
Antes que tudo se acabe
D            E             F#m
Eu presciso, eu presciso dizer a verdade
E              A                            D/F#
Oh, oh, oh ... é impossível, é impossível esquecer você
A
É impossível esquecer o que vivi
D/F#         
É impossível esquecer o que senti
E
É impossível!
A                             D/F#
É impossível, é impossível esquecer você
A
É impossível esquecer o que vivi
D/F#           G
É impossível esquecer o que senti
A   D/F#  A   D/F#  E  A
Lá, lá,   lá...

Zé Ninguém

Biquini Cavadão
Intr.: Bm A G
Bm                 A     E       Bm   A G
Quem foi que disse que amar é sofrer?
Bm                 A    E           Bm
Quem foi que disse que Deus é brasileiro,
A              G
Que existe ordem e progresso,
Em                          Bm            A G
Enquanto a zona corre solta no congresso?
Bm                 A              E            Bm     A G
Quem foi que disse que a justiça tarda mas não falha?
Bm                         A      E            Bm   A G
Que se eu não for um bom menino, Deus vai castigar!
    Em
Os dias passam lentos
Aos meses seguem os aumentos
Bm
Cada dia eu levo um tiro
A
Que sai pela culatra
Em
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
           D                         Em D
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
D                      G
Aqui embaixo, as leis são diferentes
A      D                         Em D
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
D                      G     A (Intr.)
Aqui embaixo, as leis são diferentes
Bm                        A       E        Bm   A G
Quem foi que disse que os homens nascem iguais?
Bm                         A          E            Bm
Quem foi que disse que dinheiro não traz felicidade
A          G       Em
Se tudo aqui acaba em samba?
Bm   A           G
(no país da corda bamba, querem me derrubar!!)
Bm                         A          E       Bm   A G
Quem foi que disse que os homens não podem chorar?
Bm                        A      E           Bm
Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta?
A        G       Em
A minha acabou faz tempo, agora entendo por que ....
Bm
Cada dia eu levo um tiro
A
Que sai pela culatra
Em
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
           D                         Em D
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
D                      G     A
Aqui embaixo, as leis são diferentes  (4X)
    Em
Os dias passam lentos
Os dias passam lentos
Bm
Cada dia eu levo um tiro
A
Cada dia eu levo um tiro
Em
Eu não sou ministro, eu não sou magnata
           D                         Em D
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
D                      G      A
Aqui embaixo, as leis são diferentes...

Bem vindo ao mundo adulto

Biquini Cavadão
      D                   G
Você vem e chega com esse papo
D                   G
De que o mundo é tão feio  A vida é tão cruel
Em                     A
Há quanto tempo isso já não é novidade
Em                      A
Passada certa idade você tem
(D  G)
Tem nojo de tudo  UHUHUHUHUHUHUHUHUHU 
       Eu digo:
D                  
Bem vindo ao mundo adulto
g
Não creia em ingenuidades
D                    G
Amigos sempre fomos, negócios sempre a parte
D                       G             D           (D  G)
Você que descobriu tudo isso um pouco tarde ! (BIS)  



D                         G
Você agora é que vem com esse papo:
D                       G
"Está tudo um tédio, não tenho um programa"
Em             A                        Em
Rima tudo com remédio e ainda ganha uma grana
A    
Ainda te acho sincero,
D                      G
Mas não perdoo os seus erros
D                  G
Agüente agora os conchavos
Em                 A
As trocas de favores, jabás e chantagens
Em                       A
Você esta formalmente apresentado a falsidade 


refrão2x + vocalização 

(D   G)
Coitadinho de você, não sabia o que fazer,
Olha o mundo a sua volta, só acredita na revolta
Não sabe uma oração ?
O que está a sua volta nunca mais se interrompe:
Nada se cria , tudo se corrompe ,
Bem vindo ao mundo adulto !  
REFRÃO 2X

Meu reino

Biquini Cavadão

Tom: C
  

G7M
Atrás da porta
                C7M
Guardo os meus sapatos
G7M
Na gaveta do armário
              C7M
Coloco minhas roupas
G7M
Na estante da sala
             C7M
Vejo muitos livros
G7M
E a geladeira conserva o sabor das
C7M
refeições
C7M              G7M   C7M  G7M  C7M
Minha casa é meu reino
G7M
Mas eu preciso de outros sapatos
    C7M
De outras roupas, outros temperos
G7M                               C7M
Para formar minhas ideias e meus sentimentos
G7M
Eu sou a soma de tudo que vejo
  C7M
E minha casa é um espelho
G7M                                     C7M
Onde a noite eu me deito e sonho com as coisas mais loucas
             Am7  Bm7  Bm7/E  Am7
Sem saber porque
G7M
É porque trago tudo de fora
    C7M
Violência e dúvida, dinheiro e fé
G7M                                 C7M
Trago a imagem de todas as ruas por onde passo
                          G7M
E de alguém que nem sei quem é
                        C7M
E que provavelmente eu não vou mais ver
                     G7M
Mas mesmo assim ela sorriu pra mim
              C7M                        G7M  ( G7M C7M )
Ela sorriu e ficou na minha casa que é meu reino
G7M
É porque trago tudo de fora
C7M
E minha casa é um espelho
G7M
Trago a imagem de todas as ruas
C7M
Eu sou a soma de tudo que vejo
G7M                   C7M
Mas mesmo assim, ela sorriu pra mim
                            G7M
Ela sorriu e ficou na minha casa que é meu reino

Teoria

Biquini Cavadão
Teoria - Alvaro, Bruno, Miguel, Sheik, Coelho

Intr.: D G D G
    D
Eu sei que a vida inteira
G
Vou procurar desculpas pra mim mesmo
D
Pra tudo que eu faço, e o que fizer,
G
Das culpas me desfaço
D
Razões, as mais sinceras,
G
Vou formular, como se fosse teoria
D
E terei uma certeza que eu criei
G
E a mim mesmo explicaria
    Bb                A7
Mas tudo que eu faço hoje
Dm C
Não é diferente do que antes eu fazia
Bb A7
Eu convencia o mundo inteiro
Dm C
Só a mim mesmo, não convencia
Bb Am (intr.)
Se tudo fosse teoria....
(repete desde início)
(SOLO) Dm Em D F
    Dm
Eu quero explicar a todos o que sinto
Em
Mas pareço acreditar que o tempo todo estou mentindo
D
Se Deus me explicasse, ao menos me conformaria
F
Mas como acreditar se Deus também é teoria.
Bb                A7
Tudo que eu faço hoje
Dm C
Não é diferente do que antes eu fazia
Bb A7
Eu convencia o mundo inteiro
Dm C
Só a mim mesmo, não convencia
Bb Am
Se tudo fosse teoria...

Ida e volta

Biquini Cavadão

Intro: A    A9   D    D9
     A           A9       D
Não sei mais o que fazer
D9 A A9 D D9
A noite acabou
A A9 D
As luzes já vão acender
D9 F#m G
E com elas, solidão
A A9 D
A vida aqui nesta cidade
D9 A A9 D D9
É buscar a diversão
A
Nos bares vendem
A9 D D9
Mil venenos
F#m G Bm7 G
E as pessoas estão fantasiadas
Bm7 G
E eu não sei se o que vivi foi ilusão
Bm7 G
Ou teve mesmo importância
Bm7 G A9
Acho que não me deram atenção
E E/G# A A9 D D9 A A9 D D9
Não me deram atenção, não!
A A9 D D9
Volto pra casa sentindo frio
A A9 D D9
Sem saber se, hoje, choro ou sorrio
F#m G
Amanhã, quando acordar, eu decido
A A9 D D9
Mas a vida ainda me pertence
A A9 D D9
Embora todos possam ir embora
F#m G
Ainda que estejam na vinda e eu na volta

1/4

Biquini Cavadão

1/4 - Alvaro, Bruno, Miguel Sheik, Coelho

Tom: G  

Intro: Em D
Solo violão:610 610 68 610 68 67 610 610 67

        Em          D         Em        D          
Não esperava ser o único a romper a barreira do som
Em D Em D
Em      D            Em          D
Superei o medo da distorção das palavras
G      A       G     A          Em D Em D Em D Em D
Fui sincero      muito cedo

2ª PARTE
    Em             D              Em           D   
Tem horas em que eu lembro com saudade todo o tempo 
           Em D Em D
de minha vida

Em        D              Em        D       G     A
E perplexo, vejo que já 1/4 dela se passou em felicidade
G    A       G     A
 Desapercebida

REFRÃO
Dm       C           Em
SE O TEMPO HOJE PARASSE
Dm       C          Em
OU ENTÃO NÃO MAIS VIVESSE
Dm     C       Em
ESTARIA ME TRAINDO AO PENSAR
            Dm    C            Em
QUE O TEMPO PARARIA SE MEU CORAÇÃO NÃO MAIS BATESSE
Em           D            Em          D          
Anotei inutilmente experiências no caderno por
Em     D          Em     D
temer tornar a repeti-las
  Em          D            Em            D   
E descobri que o amor precisava de estratégia
     G    A           G A
E eu não sabia       tudo se 
      Em D Em D Em D Em D
perdia


2ª parte
Refrão
A G A G A G A G

      Em          D        Em         D         
Agora basta de besteira cansado de me procurar
  Em       D           Em   D
achei que devia me perder
  Em         D                Em        D       
E não notei que fiz de todo o tempo uma tragédia a 
G      A
minha vida 
G    A         Em D Em D C Am B
eu nem conhecia

SOLO SOBRE A INTRODUÇÃO

Em         D             Em         D  
E se pensava que o jovem não tinha medo da morte
Em D Em D    
   Em       D          Em       D      
Eu noto só agora que a sorte se inverte 
G    A     G      A 
 ou então   estou mais velho

Refrão

A G A G A G A G

Múmias

Biquini Cavadão

Múmias - Alvaro, Bruno, Miguel, Sheik, Coelho

Em G C D
INTRO Em G C D9 (4x)
     Em     G       C         D
E----0------3-------0---------2----------
B----0------3-------1---------3----------
G----0------0-------0---------2----------
D----2------0-------2---------0----------
A----2------2-------3---------0----------
E----0------3-------0---------0----------
(Em G C D)
Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordem
Nós viemos a reboque, este mundo é um grande choque
Mas, não somos desse mundo
De cidades em torrentes
De pessoas em correntes
BASE: Em A (2x)
RIFF (2x)
E-------15------10-----5-----0--
B---12------12------8-----3-----
G-------------------------------
D-------------------------------
A-------------------------------
E-------------------------------
(Em G C D)
Errar não é humano
Depende de quem erraRefrão
Esperamos pela vida  (4x)
Vivendo só de guerra
INTRO (1x)
(Em G C D)
Viemos preparados pra almoçar soldados
Chegamos atrasados, sumiram com a cidade antes de nós
Mesmo assim, basta esquecê-la no outro dia
Transformando em lataria,
tudo que estiver ao nosso alcance
RIFF (2x)


REFRÃO (4x)
(Em G C D)
"Chega de marra, chega de farra, chega de guerra
Quem nunca falha, fala, erra
Só que te joga a primeira pedra
Aqui na terra, bicho te pega fica violento
Meu raciocínio transformado em racionamento
Só que tá lento é minha forma de reprodução
Corta câmera, corta luz que eu continuo em ação
Aproveitando nossa liberdade de expressão
Renato Russo, o Eu Suave e o Biquini Cavadão"
                                           
Bem aventurados sejam os senhores do progresso RIFF     
Esses senhores do regresso                    (3x)
REFRÃO (4x)
(Em G C D)
Vivendo só de guerra
Vivendo só de guerra
Viemos espalhar discórdia
(Esperamos pela vida, vivendo só de guerra)
Conquistar muitas vitórias
(Esperamos pela vida, vivendo só de guerra)
Conquistar muitas derrotas
(Esperamos pela vida, vivendo só de guerra)
(Esperamos pela vida, vivendo só de guerra)

Inseguro de vida

Biquini Cavadão

Inseguro de vida - alvaro, bruno, miguel, sheik, coelho

   D                      G
É normal que num fim de semana
D                G
Ao viajar muita gente morra
D                         G
Preso nas ferragens de um fusca
D                 G
Sem que ninguém socorra
Em 
Quero dizer somente
Bm                   A
Que só se afoga quem nada
Em
É mais conveniente
Bm               G
Ficar na beira da praia ôôôô 
       D                G
Esquece o carro, fica em casa,
D            G
Lê um livro, vê televisão
D            G              D 
A segurança de uma poltrona é bem melhor que
G
Uma contramão       (BIS) 

D                        G
Mas é normal, também num fim de semana,
D                 G
Que ao ficar em casa muita gente morra
D                   G
Baleada durante um assalto
D                 G
Sem que ninguém socorra
Em
Quero dizer somente
Bm                A
Que se ficar, o bicho come
Em
É mais conveniente
Bm                       G
Correr que o bicho passa fome   ôôôô 
       D               G
Esquece a casa, pegue um carro,
D           G
Sai do rio, vai pra cubatão
D              G            D
A liberdade de um automóvel é bem melhor que
G
Uma precaução.      (BIS)

Timidez

Biquini Cavadão

E               A
Toda vez que te olho,
E
Crio um romance
A
Te persigo, mudo
E
todos instantes
Falo pouco pois não
A               E
sou de dar indiretas
A
Me arrependo do que digo
E
em frases incertas
A                B9
Se eu tento ser direto, o medo me ataca
A9
sem poder nada fazer
B9                   A9
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
B9
Quando eu chego perto, tudo esqueço
A9
e não tenho vez
B9                  A9
Me consolo, foi errado o momento, talvez,
B9                   C#m
Mas na verdade, nada esconde essa minha timidez
B9               A9
Eu carrego comigo a grande agonia
B9               C#m
De pensar em você, toda hora do dia
B9                 A9
Eu carrego comigo, a grande agonia
B9                  C#m  B9 A9
Na verdade nada esconde essa minha timidez
B9                   C#m
Na verdade nada esconde essa minha timidez 
B9 A9 B9 A9 E 
F              Am
Talvez escreva um poema
F             Am
No qual grite o seu nome
F          Am
Nem sei se vale a pena
F         Am
Talvez só telefone
F             Am
Eu me ensaio, mas nada sai
F                  Am
O seu rosto me distrai
B9
E, como um raio,
A9
eu encubro , eu disfarço ,
B9
eu camuflo, eu desfaço
A9
Eu respiro bem fundo,
B9
hoje eu digo pro mundo
A9
Mudei rosto e imagem,
B9
mas você me sorriu,
A9
Lá se foi minha coragem,
B9    A     E
você me inibiu...ooo

No mundo da lua

Biquini Cavadão

No mundo da lua - Bruno / Sheik / Miguel / Alvaro

Intr.: (Em Am Em C) (G D C) (Gm Am D)
  G             Em      Am     D  G
Quando os astronautas foram a Lua
Em            Am          D
Que coincidência, eu também estava lá
G        Em         Am       D  G
Fugindo de casa, do barulho da rua
Em              Am     D
Pra recompor meu mundo bem devagar
G     Em         Am      D
Que lugar mais silencioso
G       Em        Am          D
Eu poderia no universo encontrar
G              Em   Am         D  G
Que não fossem os desertos da lua
Em              Am     D
Pra recompor meu mundo bem devagar
        Em               Am Em               Am
Não quero mais ouvir a minha mãe reclamar
Em                      Am
Quando eu entrar no banheiro
C                   D
Ligar o chuveiro, mas não me molhar
Em               Am Em               Am
Não quero mais ouvir a minha mãe reclamar
Em                      Am
Quando eu entrar no banheiro
C                   D           G Em Am D
Ligar o chuveiro, mas não me molhar
  


G             Em      Am     D  G
Quando os astronautas foram a lua
Em            Am      D
Eu fugi com eles, me joguei por aí
G         Em        Am        D  G
Fugindo de casa, do barulho da rua
Em                 Am     D
Me esquecendo de tudo pra me divertir.
G     Em         Am      D
Que lugar mais silencioso
G       Em        Am          D
Eu poderia no universo encontrar
G              Em   Am         D  G
Que não fossem os desertos da lua
Em              Am     D
Pra recompor meu mundo bem devagar
 Em               Am Em               Am
Não quero mais ouvir a minha mãe reclamar
Em                      Am
Quando eu entrar no banheiro
C                   D
Ligar o chuveiro, mas não me molhar
Em               Am Em               Am
Não quero mais ouvir a minha mãe reclamar
Em                      Am
Quando eu entrar no banheiro
C                   D       
Ligar o chuveiro, mas não me molhar
Em                  Am
Não, não quero mais ouvir.

Tédio

Biquini Cavadão

Intr.: Em D
Em
Sabe esses dias em que horas dizem nada
Em
E você nem troca o pijama, preferia estar na cama
G                                   Em
O dia , a monotonia tomou conta de mim
G                                                  Em
É o tédio , cortando os meus programas, esperando o meu fim
Am
Sentado no meu quarto
Em
O tempo voa
Am
Lá fora a vida passa
Em
E eu aqui a toa
Am
Eu já tentei de tudo
Bm
Mas não tenho remédio
Em   D
Pra livrar-me deste tédio     
Em
Vejo um programa que não me satisfaz
Em
Leio o jornal que é de ontem , pois pra mim , tanto faz
G                                                 Em
Já tive esse problema, sei que o tédio é sempre assim
G                                    Em
Se tudo piorar, não sei do que sou capaz    (repete refrão)
Am                      Em
Tédio, não tenho um programa
Am                     Em
Tédio , esse é o meu drama
Am
O que corrói é o tédio
Bm
Um dia, eu fico sério
Em     Am Em Am Em Am Bm Em
Me atiro deste prédio.

Biquini Cavadão



Em 1983, Bruno, Álvaro e Miguel, colegas de terceiro ano do Colégio São Vicente de Paulo, decidiram tocar, junto com mais alguns amigos, num sarau, uma espécie de festival de música. Com o sucesso de sua apresentação, eles decidiram fazer daquela ousadia um hábito. Após muitas formações, receberam do amigo Herbert Vianna a sugestão do nome "Biquini Cavadão". Bruno passou apenas a cantar, Miguel assumiu totalmente o teclado e Alvaro foi novamente chamado para o grupo, desta vez tocando bateria, ao invés de violão.


Após vários meses fizeram Tédio, e esta música foi o chamariz para que Carlos Beni (ex-Kid Abelha) insistisse em gravá-los.A demo, que contou com Herbert na guitarra, foi parar na Rádio Fluminense FM , berço de várias bandas de rock nos anos 80. O sucesso da demo, os levou à Polygram para gravar um compacto no começo de 85.

Faltava um guitarrista: Carlos Coelho apareceu logo após o segundo show profissional realizado pela banda. A sua integração se deu rapidamente colaborando nas composições e gravando todos os programas de TV. Era como se ele apenas tivesse faltado no dia de tirar fotos para a capa do compacto...

No meio de 85, lançam um Mix com Tédio (remix) e No mundo da lua, que também chega às paradas de sucesso. No final daquele ano eles gravam o primeiro lp: Cidades em Torrente. Além dos dois hits iniciais, eles ainda emplacam Timidez, Inseguro de vida e Múmias. O disco chega a atingir a marca de 60 mil cópias vendidas em fevereiro de 86. São eleitos a revelação de 85 e excursionam por quase todo o país.

Em 87, lançam o lp A Era da Incerteza. Apesar de não ter tantos sucessos quanto o primeiro disco, chegam a marca de 50 mil copias, embalados por músicas como Ida e volta e 1/4.

O terceiro disco só viria em 1989. Mesmo sendo considerado o mais fraco de todos os discos do Biquini (apenas 25 mil cópias), emplaca três hits nas rádios: Teoria, Meu reino e Bem vindo ao mundo adulto.

Em 90 o remix de Bem Vindo põe o grupo de volta às paradas no Rio. No ano seguinte é a vez de Meu Reino '91 (um lar em Brixton) fazer sucesso alguns meses antes do lançamento do lp Descivilização. Zé Ninguém dá a partida para uma série de primeiros lugares em várias rádios do Brasil.

Em 92, Impossível e Vento, ventania arrancam o lp para as 70 mil cópias. Vento, ventania é eleita a música do ano e o Biquini, novamente, grupo revelação. Outras faixas como, Cai água, cai barraco, Arcos e Vesúvio também estouram pelo país.

No começo de 93 eles participaram do Hollywood Rock abrindo a noite de Red Hot Chilli Peppers e Alice in Chains. No meio do ano, se transferem para a Sony Music e lançam, como aperitivo para o novo lp, a regravação de Chove chuva, de Jorge Ben Jor.

No começo de 94, a Polygram lança O Melhor do Biquini Cavadão contendo um resumo dos 9 anos carreira enquanto a banda se tranca em uma velha casa para compor o seu novo disco Agora. Músicas como O idiota eletrônico, Sobrancelhas e Por que você não estava aqui começam a despontar. Eles fecham o ano de 94 regravando Ilegal, imoral ou engorda para o disco Rei em homenagem a Roberto Carlos.

Passam o ano de 95 excurcionando comemorando os dez anos com shows no Brasil e Estados Unidos. Preparam-se para lançar um songbook e criam o primeiro e-mail de um conjunto de rock no Brasil: biquinicav@ax.ibase.org.br, passando a se comunicar também pela Internet.

No ano de 96, como conseqüencia deste fato, foram a primeira banda a ter um site oficial no Brasil. Foram visitados constantemente por brasileiros espalhados pelos quatro cantos do país e diversos pontos do mundo, como Europa, Japão, Costa Rica, Argentina e Tailândia.

Também neste ano o Biquini esteve presente em dois lançamentos literários. Sheik lançou seu livro de poesias Borboletas no Estômago do Cachorro Louco e a banda finalmente lançou o seu RockBook, livro de partituras com biografia e dados estatísticos. Rescindiram o contrato com a Sony Music e passaram o final do ano compondo e gravando o novo disco previsto para sair em 97.

Começam o ano de 97 gravando e mixando o disco biquini.com.br. Durante os meses de março e Abril, negociam com gravadoras e acabam fechando com a BMG. Entram novamente em estúdio e regravam algumas faixas, além de incluir outras inéditas. Bruno viaja para New York e grava vozes para alguns remixes. Enquanto isso, o disco O Melhor do Biquini Cavadão ultrapassa as 100 mil cópias. O departamento de marketing da BMG sugere o lançamento em 98 e o grupo passa a ensaiar um novo show.

Em parceria com a UNISYS do Brasil, biquini.com.br apresenta uma faixa interativa desenvolvida pela 10Minutos e se torna o primeiro disco de audio lançado no país com um kit de acesso à Internet. Janaína estréia nas rádios se tornando um sucesso nacional. O clip é indicado para a categoria "escolha da audiência" e é super bem votado. O disco cresce nas vendagens ao mesmo tempo em que a Polygram lança um projeto especial contendo Remixes da banda. Tédio e Sabor do sol entram com força nas rádios do país a partir do segundo semestre.

O Biquini lança o disco biquini.com.br no Canecão, com direção de Ernesto Piccolo e cenários de Analu Prestes. O show incluiu 4 bailarinas backing vocals sobre uma passarela e um fundo inspirado em placas de computador. A tour seguiu pelos estados do sul e sudeste. O Biquini encerrou o ano de 98 com À vontade, um projeto no Ballroom, Rio de Janeiro, onde durante as quartas de novembro contaram com convidados especiais. Jorge Benjor, Zé Ramalho, Kid Abelha, Herbert Vianna e Frejat foram alguns dos nomes presentes da festa. Em dezembro, voltaram a entrar em estúdio para compor novas faixas para o novo disco previsto para 99.

O ano de 2002 começou com uma tour pelo Nordeste, presença no Planeta Atlântida, férias em Fevereiro e a continuidade do trabalho lançado em 2001. A banda excursionou por todo país se apresentando também em grandes festivais como o de Lençóis na Bahia e o de Crato, no Ceará. No meio do ano, Bruno, junto com o produtor Luis Carlos "Meu Bom", gravaram o CD Superfantástico - Quando Eu Era Pequeno, um tributo às músicas infantis com presença de diversos artistas. O Biquini Cavadão compareceu gravando Carimbador maluco (Raul Seixas) do especial Plunct Plact Zummm.

No começo de Outubro, a banda marco presença no Ceará Music 2002, encerrando o festival às 7 da manhã para mais de 30 mil pessoas. O evento foi gravado e depois editado e dirigido por Carlos Coelho para sua estréia como diretor de um clipe: Toda Forma de Poder, clássico dos Engenheiros do Hawaii. Fecharam o ano com mais de 100 shows pela tour 80, 77 deles só em 2002.

Com 18 anos de estrada, o Biquini Cavadão tem hoje metade de sua vida dedicada à musica.

Fonte: Site Oficial

Algumas músicas cifradas:





















Alfredo

Alfredo (Alfredo José de Alcântara), instrumentista e compositor. Fl. Rio de Janeiro RJ 1910-1927. Nascido no bairro de São José, em Recife PE, aprendeu a tocar pandeiro, freqüentando forrós locais. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, foi morar no bairro do Estácio, logo integrando-se nas rodas de sambistas.

Pelo fim da década de 1910, Caninha, ouvindo-o tocar, convidou-o a integrar o grupo Sou Brasileiro, que se apresentava nas festas da Penha e durante o Carnaval. Logo se destacou entre os grandes pandeiristas do Rio de Janeiro, criando maneira pessoal de tocar o instrumento, na qual, além de marcar o ritmo, realizava floreios de percussão e fazia malabarismos, equilibrando o pandeiro na ponta do indicador, atirando-o para o alto etc.

Conhecido como “pandeirista infernal”, foi solicitado por vários conjuntos, chegando a apresentar-se no elegante cabaré Assírio, do Rio de Janeiro, com Oito Batutas, grupo liderado por Pixinguinha e Donga, recém-chegado de apresentações em Paris, frança.

Em 1927 participava do bloco O Que É Nosso, chefiado pelo sambista Caninha, vencendo naquele ano um concurso carnavalesco. Ainda em 1927 integrou o grupo Cutubas de Macaé, formado pelo violonista Josué de Barros.

Célebre também no teatro, depois de participar de várias revistas da época, viajou a Buenos Aires, Argentina, onde se exibiu em teatros e casas noturnas como “el negro panderista brasileño”, acrescentando ao seu número evoluções de passista e bailarino.

Formando uma pequena companhia de variedades, excursionou pela Europa e em seguida por New York, E.U.A. Sempre alcançando êxitos, voltou à Argentina para nova temporada, antes de regressar ao Brasil.

Seu estilo teve vários seguidores, entre os quais Russo do Pandeiro, incorporando-se definitivamente à forma de execução adotada em grande parte pelos instrumentistas das escolas de samba.

Obras: Lavadeira, s.d.; Minha promessa, samba, 1928; Vem, meu bem, s.d.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Velha Guarda

Conjunto vocal e instrumental organizado em 1954 em São Paulo SP. O conjunto surgiu quando o cantor e radialista Almirante promoveu em São Paulo o Primeiro Festival da Velha Guarda, na Rádio Record, reunindo artistas como Pixinguinha, João da Baiana, Donga, Benedito Lacerda, Ismael Silva, Alfredinho Flautim, Caninha e outros.


Apresentaram-se em abril de 1954 no Teatro Colombo, no Clubinho dos Artistas e, ao ar livre no Ibirapuera. Na ocasião foi distribuído, entre os jornalistas, um disco com duas antigas gravações de Pixinguinha, em solo de flauta: os choros de sua autoria Lamentos e Chorei. Semanas depois o espetáculo repetiu-se no Rio de Janeiro RJ, na Noite da Velha Guarda, na boate Beguin, do Hotel Glória.

Em 1955, novamente por iniciativa de Almirante, realizou-se em São Paulo o II Festival da Velha Guarda, com espetáculos que contaram com a participação de artistas populares das décadas anteriores, como Paraguassu, Elisa Coelho, Sebastião Cirino, Augusto Calheiros, Bororó, Paulo Tapajós, Gilberto Alves, Radamés Gnattali, Carolina Cardoso de Meneses e outros, além dos participantes do primeiro festival, que constituíram o conjunto Velha Guarda, integrado por Pixinguinha (sax-tenor), Donga (violão e prato e faca), João da Baiana (pandeiro), Bide (flauta), Alfredinho (flautim), J. Cascata (afoxê e canto), Rubem, Mirinho e Carlos Lentine (violões) e Valdemar (cavaquinho), além de Almirante (canto).

Ainda em 1955 atuaram com sucesso na boate Casablanca, do Rio de Janeiro, no show de Zico Ribeiro O samba nasce no coração, e gravaram na Sinter dois LPS 10 polegadas: A Velha Guarda, em julho, e O Carnaval da Velha Guarda, em novembro.

Em 1956 lançaram, também pela Sinter, o LP Festival da Velha Guarda. Dois anos depois o conjunto se desfez.



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Alfredinho Flautim

Alfredinho Flautim (Alfredo José Rodrigues), instrumentista e compositor, nasceu em Juiz de Fora MG em 24/07/1884 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 03/09/1958.

No Rio de Janeiro aos 12 anos, residia no bairro do Catumbi, onde conheceu o flautista Alfredo da Rocha Viana, pai de Pixinguinha, com quem se iniciou em música.

Dedicou-se ao estudo do flautim (instrumento musical de sopro, semelhante à flauta, porém menor e mais fino, e que dá a oitava superior da nota escrita), passando a freqüentar as rodas boêmias da época, bailes nos subúrbios e serenatas.

Integrou o grupo do bairro Cidade Nova, sendo também músico de orquestras de ranchos carnavalescos, além de acompanhar blocos de sujos que se formavam na Galeria Cruzeiro, no centro da cidade.

Realizou inúmeras gravações. Integrou ainda o Grupo da Velha Guarda, em sua segunda fase, em 1954.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Lamartine Babo: o rei dos primeiros carnavais


Se há alguém no Brasil que simboliza a alegria dos primeiros carnavais, essa pessoa é Lamartine Babo. Exímio compositor de marchinhas de carnaval, Lamartine foi um dos primeiros humoristas do país. Em meados da década de 30, quando o que contava ainda era a brincadeira nas ruas e não o desfile das escolas, o carioca, nascido em 1904, reinava absoluto nas festas do Rio de Janeiro. De 1932 a 1936 emplacou os maiores sucessos da Folia de Momo na Cidade Maravilhosa.


Não é difícil compreender o sucesso de Lamartine no Carnaval. Data marcada por uma grande festa no país, o Carnaval é considerado por muitos - especialmente fora do país - como o símbolo da alegria dos brasileiros. Bem humorado, com canções que apelavam para o humor puro, o compositor logo conquistou os cariocas.

"Ele era muito engraçado, e tirava sarro das pessoas com algumas letras. Inclusive, tirava sarro dele mesmo. Até por ser Carnaval, não tinha como fazer letra séria. E ele se destacava", explica o professor de Arte e Cultura da Universidade Metodista de São Paulo, Heron Vargas.

O humor escrachado - por algumas vezes maldoso - se tornou a marca principal da produção de Lalá, como era conhecido. "Nesse ponto ele é praticamente único na música brasileira. Ele mesmo era humorista, trabalhava assim no rádio, apresentando programas. Outros faziam mais sátira, o que é diferente do humor", compara o pesquisador Suetônio Soares Valença, autor do livro Tra-la-lá : Lamartine Babo. "O Lamartine fazia humor puro. Levava tudo mais ou menos na brincadeira, fazendo humor o tempo todo."

Ainda assim, não era apenas o humor que levava Lamartine ao sucesso. Com uma formação musical diferenciada dos demais compositores da época, conseguia resultados mais expressivos com as marchinhas, chegando a emplacar seis grandes sucessos em um mesmo Carnaval.

"Lamartine não teve uma formação musical como a do Noel Rosa, por exemplo. Noel subia os morros e ia ao Estácio para conhecer o samba. O Lamartine não teve essa passagem pelos morros. E por isso que ele fazia muita marcha, que se aproxima mais das operetas e das músicas americanas dos anos 20, que era o que ele acompanhava", complementa Valença.

A fama de Lamartine nos carnavais rapidamente fez com que fosse requisitado pelo rádio e pela TV, ainda nascente nos anos 50. Lá, também alcançaria sucesso, com programas como o "Baú do Lamartine". No rádio, foi pioneiro em usar uma ferramenta que conhecia bem: novamente, o humor.

"Ele é o precursor do humor no rádio. Não era um humorista como o Chico Anysio, mas tinha uma verve, era muito engraçado. Através desse humor, ele foi mais que um compositor, foi um dos responsáveis pelo que se considerou o "Espírito Carioca". É essa coisa do bom humor, da verve, da graça", afirma Valença.

Por Renato Marques

Edigar de Alencar

Edigar de Alencar, musicólogo, jornalista, poeta e teatrólogo. Nasceu em 06/11/1901 na cidade de Fortaleza-CE e faleceu no Rio de Janeiro-RJ em 24/04/1993.

Foi para o Rio de Janeiro em 1926, dedicando-se ao comércio.

Escreveu a revista Doce de coco, estrelada por Alda Garrido, no Teatro São José, e foi crítico de teatro, chegando a presidir o Ciclo Independente dos Críticos Teatrais.

Em 1932 publicou seu primeiro livro de poesias, Carnaúba. Cronista do jornal carioca O Dia desde sua fundação, onde assinava sob o pseudônimo de Dig, foi conselheiro de música popular brasileira do MIS, do Rio de Janeiro.

Publicou O Carnaval carioca através da música, 2 volumes, Rio de Janeiro, 1965; A modinha cearense, Rio de Janeiro, 1967; Nosso Sinhô do samba, Rio de Janeiro, 1968.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.