segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lá na ponte da Aliança

Lá na ponte da aliança (cantiga infantil) - LP Brincando de Roda - Vol .2 - 1981

As crianças, em roda, cantam:

Lá na ponte da Aliança }
Todo mundo passa } bis

E imitando o trabalho das lavadeiras, com a mão na barra da saia:

As lavadeiras fazem assim
As lavadeiras fazem assim
Tra-lá-lá-lá
Tra-lá-lá-lá

Lá na ponte da Aliança...

E coçando a cabeça:

Os pioientos fazem assim
Os pioientos fazem assim
Tra-lá-lá-lá
Tra-lá-lá-lá

E imitam os cavaleiros (galopando), os soldados (marchando), as vaidosas (botando pó), e vários outros movimentos profissionais e habituais (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 13 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

La condessa

La Condessa (cantiga infantil) - CD Brincadeiras de Roda, Estórias e Canções de Ninar - 2003

Nesta cantiga de roda aparecem vários personagens: A mãe, com a filha mais moça no colo, e as restantes ficam umas de um lado e de outro, e dois cavalheiros. Então, chegam os cavalheiros e cantam:

La condessa, la condessa,
Língua de França, lei de lanceta

A mãe responde:

O que quereis, qual a condessa,
Que por ela perguntais?

Os cavalheiros:

Mandou dizer rei meu senhor,
Que das filhas que ela tem,
Lhe mandasse a mais moça,
Para eu casar com ela

A mãe:

Eu não dou as minhas filhas
No estado em que elas estão;
Nem por ouro, nem por prata,
Nem por sangue de Aragão

Os cavalheiros:

Tão alegres que viemos
E tão tristes que voltemos,
Que a filha de la condessa
Nós daqui não a levemos

A mãe:

Volta cá, bom cavalheiro
Para ser homem de bem
Escolhei neste convento
Aquela que vos convém

Os cavalheiros:

Esta quero, esta não quero
Esta come o pão da ceia
Esta carne do espeto
Esta o vinho da galheta

A mãe:

Vós levais a minha filha
Veijai o trato que lhe dão
O pão que o rei comer
O vinho que o rei beber
Ela também beberá

O cavalheiro leva então a menina escolhida, que senta a uma certa distância, e canta novamente com ele:

Assentai-vos aí menina
A coser e a bordar;
Que do Céu te há de vir
Uma agulha e um dedal

Quando eu for ao Maranhão
Hei de trazer-te um bom cordão
Se não for de ouro fino
Há de ser de um bom latão

Para trazer as outras meninas, o cavalheiro repete todos os versos e a que faz de mãe repete igualmente os seus. A última criança, que está no colo, é arrancada à força dos braços da mãe (Informante: Emília Melo. Natal, RN, 14 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

João da Rocha foi à pesca

João da Rocha foi à pesca (cantiga infantil) - LP Brincando de Roda - Vol .2 - 1981

As meninas ficam aos pares, de mãos dadas, e cada uma vai fazendo voltas, por cima da cabeça com os braços, sem se soltar. E cantam todas:

João da Rocha foi à pesca,
Convidou papai André;
Quando o Rocha de mergulho,
Pai André de jereré.

Fizeram boas pescadas,
Pescaram boas tainhas;
Quando vieram com fome
Foram logo à cozinha.

Depois da muqueca feita.
Pai André foi dos primeiros;
Por ser o mais guloso,
Engoliu o peixe inteiro.

Ficaram envergonhados
Na presença dos camaradas.
De ver papai André,
Com uma tainha engasgado

Informante: Dona Bibi. Natal, RN, 27 de abril de 1947.

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Fui à Espanha

Fui à Espanha  (cantiga infantil) - CD O Tesouro das Cantigas Para Crianças

Ré                                Lá7
Fui à Espanha / Buscar o meu chapéu,
  Ré
Azul e branco / Da cor daquele céu.

Lá7
Ora, palma, palma, palma ! / Ora, pé, pé, pé !

Ora, roda, roda, roda ! / Caranguejo peixe é !

Caranguejo não é peixe, / Caranguejo peixe é
Caranguejo só é peixe / Lá no fundo da maré.

Samba, crioula, / Que veio da Bahia.
Pega na criança / E joga na bacia.

A bacia é de ouro, / Areada com sabão;
Depois de areada, / Enxuga com o roupão.

O roupão é de seda, / Camisinha de filó,
Touquinha de veludo / Pra quem ficar vovó.

Em coro, falando :

A benção, vovó !
A benção, vovó !

Estou presa, meu bem

Estou presa, meu bem (cantiga infantil) - CD Murucututu

É uma roda de crianças com uma no centro. Cantam as da roda:

Estou presa, meu bem
Estou presa
Estou presa por um cordão
Me solta, meu bem
Me solta
Me prenda no coração

Canta a do centro:

Meu anel da pedra verde,
A quem devo oferecer;
Ofereço à letra N,
A quem deve agradecer.

A roda:

Estou presa, meu bem, etc...

A menina:

Cajueiro abaixe o galho.
Qu'eu quero colher caju
Cajueiro quem te disse,
Que meu amor é Artur.

A roda:

Estou presa, meu bem, etc...

A menina:

Limoeiro abaixe o galho
Qu'eu quero colher limão;
Limoeiro, quem te disse
Que meu amor é João.

A roda:

Estou presa, meu bem, etc...

A menina:

Dei um nó na fita verde,
Dei outro na verde fita;
Tenho outro para dar
Na morena mais bonita.

A roda:

Estou presa, meu bem, etc...

Escolhida a primeira letra do nome de uma das meninas, esta será a do centro, na vez seguinte (Informante: Dona Bibi. Natal, RN, 27 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Esta menina que esta na roda

Esta menina que está na roda (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil

Feito o círculo de crianças, com uma no centro, cantam as da roda:

Esta menina
Que está na roda
Está com vontade }
Com vontade de casar } bis

Então, canta a do meio, apontando para as outras:

Esta não me serve
Esta não me agrada
Esta hei-de amar }
Hei-de amar até morrer } bis

A escolhida passa para o meio e a roda continua... até cansar (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 11 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Entrei na roda

Entrei na roda (cantiga infantil) - CD Músicas Folclórias Brasileiras

Forma-se a roda, todos cantam o refrão:

Ah! eu entrei na roda
Ah! eu entrei na roda-dança
Eu não sei como se dança
Eu não sei dançar

Uma criança vai para o centro da roda e canta:

Namorei um garotinho
Do Colégio Militar
O danado do garoto
Só queria me beijar

A roda responde o refrão. Outra criança vai para o centro da roda e canta outro verso. A roda responde e assim por diante, até que todas tenham cantado ou improvisado seus versos.

Alguns versos:

Batatinha quando nasce
Toma conta do jardim
Eu também tô procurando
Alguém pra cuidar de min

Lá do céu e vêm caindo
Três cartilhas do ABC
A do meio vem dizendo
Que eu me caso é com você

Todo mundo se admira
Da macaca fazer renda
Eu já vi um avestruz
Ser o caixa de uma venda

Sete cravos, sete rosas
Sete galhos de alecrim
Sete cartas de lembrança
Que meu bem mandou pra mim

Atirei água pra cima
Aparei com uma caneca
Menininha bonitinha
Cinturinha de boneca

Sete e sete são catorze
Três vez sete, vinte e um
Tenho sete namorados
Só posso casar com um

Fonte: Jangada Brasil - Realejo.

Dona Chica

Dona Chica (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil

Uma roda de crianças, todas de mãos dadas, cantando:

Atirei um pau no gato, tó-tó
Mas o gato, tó-tó
Não morreu, reu-reu,
Dona Chica, cá-cá,
Admirou-sê-sê,
Do berru, do berru,
Que o gato deu.
Miau! Miau!


Quando as meninas fazem - Miau! Miau! - ficam todas de cócoras, imitando um gato. E assim continuam (Informante: Naide Matias. Natal, RN, 29 de agosto 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Debaixo do laranjal

Debaixo do laranjal - (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil

É uma ronda de garotas, com uma no centro. As da roda cantam:

Debaixo do laranjal }
Encontrei uma menina }
Apanhando flores alvas }
Flores alvas, pra me dar }
bis

Flores alvas é casamento }
Dona Fulana quer se casar }
Dona Fulana deixe disso }
Deixe disso, olhe lá! }
bis

Termina a criança do centro abraçando uma da ronda, que passará a ser a do meio, na vez seguinte (Informante: Neusa Basílio. Natal, RN, 22 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

De onde vem aquela menina

De onde vem aquela menina - (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil

É uma fileira de crianças e uma defronte. Cantam as da roda:

De onde vem aquela menina
De tão longe assim, assim
Ao redor de nossa terra
Mangicão, dão, dão

Responde a menina:

Eu ando por aqui assim, assim
À procura de uma agulha
Que aqui perdi

A fileira:

Volta para casa
Vai dizer a teus pais, teus pais
Que uma agulha que se perde
Não se acha mais

A menina:

Eu já fui, já voltei
Já disse a meus pais, meus pais
Que uma agulha que se perde
Não se acha mais

Informante: Marta Bezerra. Natal, RN, 15 de maio de 1947.

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Constância

Constância - (cantiga infantil) - LP Villa-Lobos e os Brinquedos de Roda

É uma roda de crianças, com uma no meio, que é a Constância:

Constância, minha Constância,
Não sei o que de ti será;
São acasos da fortuna,
São voltas que o mundo dá.

No jardim das belas damas
Qual delas escolhereis;
Escolha a que tu quiseres,
A mais bela eu tirarei

Este último verso - A mais bela eu tirarei - é cantado pela criança que está no centro da roda. Escolhida a menina, esta passa a ser a Constância e vai para o meio da roda (Informante: Dona Bibi. Natal, RN, 16 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Uma outra versão:

Constância, bela Constância !
Constância, bela será.
Será o cravo da fortuna
A volta que o mundo dá.
Entrei num jardim de flores,
Não sei qual escolherei;
Escolho a mais formosa,
Aquela que abraçarei.
Bis :
Dollin, dolelê !
Dollin, dolalá !
Tocando a viola
Para se dançar.

Chora, Mané, não chora

Chora, Mané, não chora - (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil

Uma roda de crianças, com uma menina no centro. Uma das meninas esconde um limão e vai passando às outras enquanto a do meio vai procurá-lo de mão em mão. Cantam as da roda:

Chora, Mané, não chora,
Chora porque não vê
O limão
O limão anda na roda,
Feito um bestaião
O limão.

Ele vai, ele vem
Ele aqui não passou
Chegou no caminho
Conselhos tomou.

Quando a menina do centro encontra o limão, vai para o meio a criança que o escondia. E o brinquedo continua (Informante: Emília Melo. Natal, RN, 7 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Castanha ligeira

Castanha ligeira (cantiga infantil) - CD Brinquedos Cantados - Bia Bedram

É uma roda de meninas, com uma no meio. Cantam todas, enquanto passam de mão em mão, sem que veja a do centro, uma castanha:

Castanha ligeira
Que vem do Pará
No meio da roda
Ninguém te achará
Roda, castanha
E torna a rodar
No meio da roda
Ninguém te achará

Enquanto cantam, a menina do meio vai procurando a castanha nas mãos das amiguinhas, até achá-la. A que for encontrada com a castanha, passa então a ficar sozinha na roda, na vez seguinte (Informante: Concita Câmara. Natal, RN, 25 de maio de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Bela pastora

Bela pastora (cantiga infantil) - CD Dedinho - Criança Feliz

É uma roda de meninas, com uma do lado de fora. Cantam as da roda:

Lá em cima daquela montanha
Avistei uma bela pastora
Que dizia em sua linguagem
Que queria se casar

Quando as da roda cantam o quarteto seguinte, a pastora vem para o meio, a fim de aprender a brincar:

Bela pastora entra na roda
Para ver como se brinca
Uma roda, roda e meia
Abraçais quem vós quereis

A garota que for abraçada, será então a pastora seguinte (Informante: Elita de Lima. Natal, RN, 11 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Bom dia, meus sinhorinhos

Bom dia, meus sinhorinhos (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil

É uma fileira de meninas, com uma defronte. Canta esta sozinha:

Bom dia meus sinhorinhos }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

As meninas respondem:

O que é que vós quereis }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

A menina:

Quero uma das vossas filhas }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

Todas:

Escolhei a qual quereis }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

A menina:

Quero a menina Fulana }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

A escolhida passa para a ponta da fila e as outras cantam:

Que ofício dás a ela }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

A menina sozinha:

Dou o ofício de ser pianista }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

Se as meninas se agradam do ofício. cantam:

Este oficio já me agrada }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

Se não se agradam, cantam assim:

Este ofício não me agrada }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

Para terminar, fazem a roda e todas cantam, pulando:

Fazemos a festa juntas }
Mande ô tire ô tire ô lá } bis

Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 15 de abril de 1947.

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Bom barquinho

Bom barquinho (cantiga infantil) - Som midi - Rondas Infantis - Jangada Brasil 2002

É uma fila de meninas, uma atrás da outra, com as mãos nos ombros da seguinte. A certa distância, ficam duas outras, formando um arco com os braços. Estas duas crianças representam o céu e o inferno, mas estes nomes são substituídos por duas frutas convencionadas, como por exemplo, maçã e pera.

As crianças da fila cantam:

Bom barquinho
Bom barquinho
Deixarás passar
Carregados de filhinhos
Para ajudar a criar

Cantam este versinho até chegar perto das duas meninas que formam o arco. Aí, param. A criança da frente vem de mãos dadas com uma maior ou mais velha, que representa a mãe. Esta última canta:

Eu peço, meu bom barquinho
Licença para passar
Qu'eu tenho muitos filhinhos
Não posso mais demorar

As duas meninas que formam o arco, respondem, cantando:

Passarás, passarás
Que algum deles há de ficar
Se não for o da frente
Há de ser o de detrás

Aqui passam todas sob o arco, ficando presa sempre a última. Perguntam a ela se quer maçã ou pera e, conforme a resposta, irá para trás da menina que representa a fruta mencionada, que será inferno ou céu. E assim por diante, até ficar no arco a última criança, que é a mãe.

Então, as que estão no inferno (só depois de passar a última pelo arco é que se diz qual a fruta que representa inferno ou céu), começam a fazer caretas para as que estão no céu. A menina do céu que achar graça nas caretas, passa imediatamente para o inferno. Finalmente, as que estão no inferno formam alas e as do céu marcam carreira e passam pelo meio delas em toda velocidade. Nesta ocasião, as do inferno metem a mão nas que estão passando. Terminado o batismo de tapas, entre gritos e até choros, volta-se ao começo (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 15 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Araruna

Araruna  (cantiga infantil) - CD Brinquedo (Edinho Paraguassu)

As crianças cantam, em roda:

Eu tenho meu pássaro preto, araruna }
Que me veio do Pará, araruna } bis

Chó! Chó! Chó! Araruna }
Não deixa ninguém te pegar, araruna } bis

No tempo de minha mãe menina, cantava-se a ronda improvisando versos assim:

Eu tenho minha negra preta, araruna
Que me veio do Pará, araruna, etc.

(Informante: Emília Melo. Natal, RN, 16 de abril de 1947)

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

Anda à roda

Anda à roda (cantiga infantil) - CD 100 Cantigas e Parlendas do Folclore Brasileiro - Alegria, Alegria

É uma roda de crianças e uma no meio. A menina do centro canta:

Anda à roda }
Porque quero }
Porque quero }
Me casar } bis

A roda responde:

Escolhei nesta roda
A quem mais vos agradar,
A quem mais vos agradar.

A criança do meio:

Não me serve, não me agrada,
Só a ti, a ti hei de querer,
Só a ti hei de querer.

A escolhida passa a ser a do centro na vez seguinte. E assim por diante (Informante: Emília Melo. Natal, RN, 16 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

A moda da garranchinha

A moda da garranchinha  (cantiga infantil) - Folclore

Feita a roda de crianças, de mãos dadas, uma se coloca no centro. Todas cantam:

A moda da garranchinha
É moda particular;
Quem põe o joelho em terra,
Não pode se levantar
.

Quando dizem - quem põe o joelho em terra - todas se ajoelham e se levantam ao mesmo tempo. A roda continua cantando:

Fulana levanta a saia,
Fulana levanta o braço;
Fulana tem dó de mim,
Fulana dai-me um abraço

Ao dizerem - fulana levanta a saia - a menina do centro suspende as pontas do vestido. Depois, acompanhando a letra, levanta os braços e por fim dá um abraço na criança que deseja e esta passa então a ser a menina do meio na roda, na vez seguinte (Informante: Dulce Caldas. Natal, RN, 14 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

A margarida

A margarida (cantiga infantil) - CD 26 Cantigas de Roda

Uma menina da saia larga e as outras pegando na barra do vestido dela, formando uma roda. Do lado de fora uma outra garota, volteando e cantando:

Onde está a Margarida,
Ô lê ô lê ô lá;
Onde está a Margarida
Ô lê, seus cavalheiros.

Respondem as da roda:

Ela está em seu castelo.
Ô lê ô lê ô lá
Ela está em seu castelo,
Ô lê, seus cavalheiros.

A menina do lado de fora:

Mas eu queria vê-la.
Ô lê ô lê ô lá;
Mas eu queria vê-la,
Ô lê, seus cavalheiros.

A roda:

Mas o muro é muito alto,
Ô lê ô lê ô 1á
Mas o muro é muito alto,
Ô lê, seus cavalheiros.

A menina de fora, da roda, tira uma outra e canta:

Tirando uma pedra,
Ô lê ô lê ô lá;
Tirando uma pedra.
Ô lê, seus cavalheiros.

A roda:

Uma pedra não faz falta
Ô lê ô lê ô lá
Uma pedra não faz falta.
Ô lê, seus cavalheiros.

A menina de fora tira uma por uma da roda, só deixando mesmo a Margarida. À medida que vão saindo, as que continuam na roda, cantam: Uma pedra não faz falta, duas pedras não faz falta, três pedras, etc. até sair a última. Nesta ocasião, cantam todas:

Apareceu a Margarida
Ô lê o lê ô lá
Apareceu a Margarida
Ô lê, seus cavalheiros.

Se querem brincar de novo, repetem os mesmos versos (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 14 de abril de 1947).

Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953) - Jangada Brasil - Realejo.

A machadinha



A machadinha (cantiga infantil) - CD As Músicas da Carochinha

É uma roda e uma menina no centro. Cantam as da roda:

Rá, rá, rai }
Minha machadinha } bis

Quem te roubou }
Sabendo qu'era minha? } bis

Sabendo qu'era minha }
Eu também sou tua } bis

Passa a machadinha }
Para o meio da rua } bis


Aqui a menina sai do centro da roda e canta sozinha:

No meio da roda }
Não hei de ficar } bis


A roda responde:

Passa a machadinha }
Escolhei teu par } bis


Então a machadinha escolhe uma das meninas para ser a machadinha seguinte. Abraça a escolhida e volteiam ambas (Informante: Noemi Noronha. Natal, RN, 11 de abril de 1947).



Fonte: Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953). Jangada Brasil - Realejo.

Outra versão:

Ah! Ah! Ah! Minha Machadinha !
Ah! Ah! Ah! Minha Machadinha !
Quem te pos a mão, sabendo que és minha ?
Quem te pos a mão, sabendo que és minha ?

- Se tu és minha, eu também sou tua.
Se tu és minha, eu também sou tua.
- Pula, Machadinha, para o meio da rua.
Pula, Machadinha, para o meio da rua.

No meio da rua, não hei de ficar.
No meio da rua não hei de ficar.
- Pula, Machadinha, para o seu lugar.
Pula, machadinha, para o seu lugar.

Falando:

Esta é a rosa,
Este é o portão,
Esta é a chave
Do meu coração.

Vamos maninha

Vamos maninha (cantiga infantil) - CD Músicas Folclórias Brasileiras - Vol. 3

Vamos maninha vamos,
À praia passear
Vamos ver a lancha nova
que do céu caiu do mar

Leva Nossa Senhora,
Os anjinhos a remar
Remem remem remadores,
Que estas águas são de flores

O barquinho ja vai longe ...
E os anjinhos a remar
Remem remem remadores,
Que estas águas são de flores...


1 2 3 Indiozinhos

1, 2, 3 indiozinhos (cantiga infantil) - CD Cantigas de Roda Vol. I

1,2,3, indiozinhos.
4,5,6, indiozinhos.
7,8,9, indiozinhos.
10, num pequeno bote.

Iam navegando pelo rio abaixo
quando o jacaré se aproximou
e o pequeno bote dos indiozinhos
quase, quase, virou!


A cobra

A cobra (cantiga infantil) - CD Amarelinha

A cobra não tem pé, a cobra não tem mão
como é que a cobra sobe no pezinho de limão?
como é que a cobra sobe no pezinho de limão?

A cobra vai subindo, vai, vai, vai
Vai se enrrolando, vai, vai, vai

A cobra não tem pé, a cobra não tem mão
Como é que a cobra desce do pezinho de limão?
Como é que a cobra desce do pezinho de limão?

A cobra vai descendo, vai, vai, vai
Vai desenrrolando, vai, vai, vai


A formiga

A Formiga (infantil) - Paulo Soledade/Vinícius de Moraes - LP A Arca de Noé 2 - 1981

As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina

A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar

O bico de pão, o corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte