Ovídio Chaves e Dilu (A Cena Muda, 1958) |
Em 1932 foi aluno de José Lucchesi no Conservatório de Música de Porto Alegre RS, mas desde 1925 já trabalhava como violinista de orquestra, acompanhando projeções de cinema mudo em Lagoa Vermelha.
Na capital gaúcha foi redator do jornal Correio do Povo. Além do violino, tocava violão; em 1939 estreou como compositor com Fiz a cama na varanda (com Dilu Melo), gravada pela parceira em 1941, na Continental. A música transformou-se no grande sucesso de sua carreira, sendo mais tarde gravada, entre outros, por Inezita Barroso, Dóris Monteiro, Nara Leão, Cantores de Ébano, a Orquestra de Radamés Gnattali, conjuntos de rock e, ainda, na França, em versão.
Em 1942 compôs Alecrim da beira d’água, seguida em 1943 por Menino dos olhos tristes. Dois anos depois compôs o xote Rede de Maria. Em parceria novamente com Dilu Melo, lançou em 1951 a polca Meia-canha. Entre suas músicas posteriores mais importantes, destaca-se a Toada do jangadeiro (com Enoque Figueiredo), de 1962. Em 1967 recebeu o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, no gênero poesia.
Tem cerca de vinte composições gravadas. Publicou os livros de poesias O cancioneiro, Porto Alegre, 1933; O anel de vidro, Porto Alegre, 1934; Uma janela aberta (foto), Porto Alegre, 1938; ABC de Paquetá, Rio de Janeiro, 1965; e o romance Capricornius, Porto Alegre, 1945.
Obras
Alecrim da beira d’água, 1942; Fiz a cama na varanda (c/Dilu Melo), 1939; Meia-canha (c/Dilu Melo), polca, 1951.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.