quinta-feira, 27 de abril de 2006

Suburbana

Sílvio Caldas
Suburbana (valsa-canção, 1939) - Sílvio Caldas e Orestes Barbosa - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Suburbana / Sílvio Caldas (Compositor) / Orestes Barbosa (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Garoto, 1915-1955 (Acomp.) / Garoto e Seu Regional (Acomp.) / Gravadora: Columbia / Gravação: 1938 / Lançamento: 12/1938 / Nº do Álbum: 55002 / Nº da Matriz: 3715-1 / Gênero musical: Valsa canção / Coleções de origem: Robespierre Martins Teixeira, Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi


-------Dm----------------- Gm
Olhando o céu me demoro
---------A7------------------- Dm
Num verso triste é que choro
-------------Bb7----------- A7--- D7-- Gm-- Gm6--------- Dm
Ninguém vê o pranto meu /------- Há muita lágrima triste
----------------------------E7-------------- A7 --------D7 -----Gm
Que em seu sorriso consiste / Como o poeta escreveu

-----------Gm6-------- Dm--------------------- E7

Minha linda suburbana / Por trás da veneziana
-------------A7 ----------D7--- Gm----- Gm6-------- Dm
Vem sorrir nesta canção / Com teus lábios de doçuras
---------------------------E7-------- A7 ----------Dm----- D7
Que são tâmaras maduras / Da flora do coração

----Gm--- Gm6----- Dm----------------------- A7
Zona norte da cidade / Residência da saudade
---------------------------Dm--- D7-- Gm -----Gm6------- Dm
Onde nasceu o teu cantor / -------No teu cantor comovido
----------------------------Bb7 ------------------------A7-------- D7
Que sonha com teu vestido / Que morre por teu amor

-----Gm----- Gm6 ------Dm ---------------------------A7
Olho as estrelas cansadas / Que são lágrimas doiradas
----------------------Dm--- D7 ----Gm ---Gm6----- Dm
No lenço azul do céu /--------- Estrelas são reticências
----------------------E7
Estrelas são confidências
---------------A7 ---------Dm
Do meu romance e do teu



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Sertaneja

Orlando Silva
De uma simplicidade comovente, este bucólico canto de amor à mulher sertaneja seria uma das composições mais cantadas em todo o Brasil nos anos seguintes ao seu lançamento, em julho de 39. Todo amador com pretensões a se tornar um novo "cantor das multidões", inscrevia-se num programa de calouros (que na época vivia o auge da popularidade) para cantar: "Sertaneja se eu pudesse / se Papai do Céu me desse / o espaço pra voar / eu corria a natureza / acabava com a tristeza / só pra não te ver chorar...".

Incluída entre os maiores sucessos de Orlando Silva, "Sertaneja" seria superada em popularidade apenas por três ou quatro canções de seu repertório, como "Carinhoso" e "Lábios Que Beijei". Curiosamente, seu autor, o compositor, jornalista e empresário artístico, René Bittencourt, não era do sertão, tendo nascido na Ilha de Paquetá e vivido no Rio de Janeiro.

Sertaneja (canção, 1939) - René Bittencourt - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Sertaneja / René Bittencourt (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 28/04/1939 / Lançamento: 07/1939 / Nº do Álbum: 34455 / Nº da Matriz: 33068-1 / Gênero musical: Canção


Em------- C----------- Em------- C ----------------Em
Sertaneja se eu pudesse / Se Nosso Senhor me desse
---------C --------B7 -C -B7----------- Am--------- B7
O espaço pra voar /--------- Eu corria a natureza
--------Am ------------B7 -------------------------Em-- B7-- Em
Acabava com a tristeza / Só prá não te ver chorar
----------C----------- Em ----------C ------------Em
Na ilusão deste poema / Eu roubava um diadema
-----------E7----------- Am--- E7-- Am -------Am6------ Em
Lá do céu pra te ofertar / --------E onde a fonte rumoreja
--------------------Gb7 -----------B7 -------(Em) (B) (Em)
Eu erguia tua igreja / Dentro dela o teu altar

(B) ------Em-------------C-----------------B7
Sertaneja / Porque choras quando eu canto ?
-------------------------------------Em------- B7
Sertaneja / Se este canto é todo teu . . . .
---------E7------------------------- Am--------- Am6
Sertaneja / Prá secar os teus olhinhos
----------------------Em----- B7---------------- (Em) (B) (Em) (B) Em
Vá ouvir os passarinhos / Que cantam mais do que eu

---------C -------------Em----------- C ---------------Em
A tristeza do seu pranto / É mais triste quando eu canto
----------C ---------------B7 -------------Am----------- B7
A canção que eu te escrevi / E os teus olhos neste instante
--------------Am---------------- B7----------------------- Em- --B7--- Em
Brilham mais que a mais brilhante das estrelas que eu já vi.

---------C ---------------Em ---------C----------- Em
Sertaneja vou me embora / A saudade vem agora
----------E7 ---------Am-- E7 ----Am------- Am6------- Em
A alegria vem depois / --------Vou subir por essas serras
--------------------------Gb7 -----------B7------------- (Em) (B) (Bm)
Construir lá noutras terras / Um ranchinho prá nós dois
.


Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo musical; A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Salão Grenat

Carlos Galhardo
Salão grenat (valsa, 1939) - Francisco Célio e Paulo Barbosa - Intérprete: Carlos Galhardo

Disco 78 rpm / Título da música: Salão grená / Francisco Célio (Compositor) / Paulo Barbosa, 1900-1955 (Compositor) / Carlos Galhardo, 1913-1985 (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 16/03/1939 / Lançamento: 05/1939 / Nº do Álbum: 34433 / Nº da Matriz: 33023-1 / Gênero musical: Valsa


E7/5+ ---A--- E7/5+ -------A -------Gb7 ---------Bm
Q u e r o negar-te a saudade/ Chamando curiosidade
------------B7 ------E7 -----------Bm------- E7
O que estou a sentir / Abro a porta temeroso
-------------Bm----------- E7---- Gbm-- B7----- E7
Do impossível e esperançoso / E te rever a sorrir


-------------------A---------------
Num salão Grenat / Paira pelo ar
----------------Bm---- E7----------------- Bm
Nota esmaecida /-------- Um perfume teu
------------------E7 ----------------A--- E7/5+ -----------------A
Resto da canção que foi minha vida /------- --Triste em solidão
----------------------------Bm------------------ B7
Teu piano está como eu estou / Sentindo aumentar
-----------------------------------------E7
Da saudade a dor / De quem me abandonou

----------------------A-----------------
Sei que hás de voltar / Ao salão Grenat
--------------------Bm ---E7 --------------Bm------------- E7
Que era nosso ninho / ------Tornarás a ter todo meu amor
--------------------Em6 -----Gb7 ----------------Bm
Todo o meu carinho /----------- Sei que voltarás
---------------------E7 -------------A--------
Pois hás de lembrar / Que foste feliz
----------------------B7 -------------------E7
Nunca houve alguém / Que quisesse o bem
---------------------A----- F----- A
Que sempre te quis.



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Pra que mentir

Vadico
Pra que mentir (samba, 1939) - Noel Rosa e Vadico - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Pra que mentir / Noel Rosa, 1910-1937 (Compositor) / Vadico (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Fon-Fon e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 01/09/1938 / Lançamento: 02/1939 / Nº do Álbum: 34413 / Nº da Matriz: 80883-1 / Gênero musical: Samba

Dm7/9    Bb7M
Pra  que  mentir
Bm7(b5)   Bb7M      Bbm7/9
se    tu   ainda  não tens
Eb7/13      Dm(7M)  Dm7
Esse dom  
G7/4(9)   C7/4(9 13)
de saber    iludir?
Bm7(b5)
Pra  quê?!      
Bb7M             Bm7(b5)   E7(#5)
Pra que mentir
Bb7/9      A7/4(9)       Eb7(9 #11)
Se não há necessidade   de     me  trair?
Dm7/9       Bb6/9    Bm7(b5) Bb7M     Bbm7/9
Pra  que     mentir,  se   tu   ainda não tens
Eb7/13     Dm(7M)   Dm7    G7/9     G/B
A malí....cia    de to...da mulher?
Dm7/9  G7(9 #11)    E7(#5)  A7/4(9)
Pra que             mentir
Dm7/9      G7(9 #11)   E7(#5)    A7/4(9)
se eu sei    que gostas   de ou....tro
F#m7  C7/4(9)            B7M/9  E7/4(9)
Que te diz           que não te quer?
A7/4(9)     D7M/9       Gm6  F#7(b13)
Pra  que      mentir
Bm7(9 11)
Tanto assim
Gm6      F#7(b13)   Bm7(9 11)
Se tu sabes que   eu   já sei
Bb7/13   C7/4(9 13)
Que tu não gostas de mim?!
G(add9)/B  F#7(b13)          Bm7(9 11)
Se tu sa......bes        que eu te quero
C7/4(9 13)          Bm7(9 11)
Apesar         de ser traído
C7/4(9 13)           F7M
Pelo  teu          ódio sincero
Bb7M          Eb7(9 #11)
Ou por teu amor fingido?! 


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Por ti

Leonel Azevedo
Por ti... (valsa, 1939) - Leonel Azevedo e Sá Róris - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Por ti / Leonel Azevedo (Compositor) / Sá Roris (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 28/04/1939 / Lançamento: 07/1939 / Nº do Álbum: 34455 / Nº da Matriz: 33067-1 / Gênero musical: Valsa


-------A ---------------Gb7 -----------B7
Por ti serei capaz de todas as loucuras
-------E7 -----------------------------A ------E7
Por ti enfrentarei o mar, o céu, a terra
--------A------------- Gbm----------- Dbm
E beberei da vida a taça de amarguras pelo teu amor
-------Ab7
Por ti farei da vida um céu
----------Dbm--------------- E7
Serei feliz ou morrerei de dor
--------A ------------------Gb7------- B7
Por ti transformarei a face do destino
-----------E7 ---------A------------------ A7
Em perólas de luz farei a negra escuridão
---------D ---------Dm --------A ----------Gb7
Por um sorriso teu darei a vida e morrerei
------Bm ----------------E7 -----------------A------ Db7
Feliz levando a tua imagem no meu coração
--------Gbm-------------------------------Ab7

Sem ti porém serei no mundo um condenado
----------Db7 ------------------------------Gbm
Um triste menestrel de um sonho apaixonado
-------Gb7
Tu és a primavera em flor
--------------------Bm
Tu és minha ilusão, minha ilusão de amor
---------Ab7
E eu sou o teu cantor, sem ti
--------------------Db7
Meu coração soluça e a vida um horror
---------Gbm ----------------------------Ab7
E quando lá no céu de estrelas constelado
------Em6 ------------------Gb7 --------------Bm
Brilhar com merencórea luz a lua na amplidão
--------------------------------------------------Gbm
Por certo que hás de ouvir meu canto amargurado
-------------------------Ab7 -----------Db7----- Gbm
Meu canto que é o gemido triste do meu coração



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Pirulito

Nilton Paz
Pirulito (marcha/carnaval, 1939) - João de Barro e Alberto Ribeiro - Intérpretes: Nilton Paz e Emilinha Borba

Disco 78 rpm / Título da música: Pirolito / Alberto Ribeiro, 1902-1971 (Compositor) / João de Barro, 1907-2006 (Compositor) / Nilton Paz (Intérprete) / Emilinha Borba (Intérprete) (*) / Napoleão e Seus Soldados Musicais (Acomp.) / Gravadora: Columbia / Gravação: 03/01/1939 / Lançamento: 02/1939 / Nº do Álbum: 55013 / Nº da Matriz: 120-1 / Gênero musical: Marcha / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi


-----D
Ioiô dá o braço pra Iaiá
--------------------------G---- B7 ----Em
Iaiá dá o braço pra Ioiô
------------------A7 ----------D
O tempo de criança já passou, ô!

----------------------Em
Pirulito que bate bate
-----A7------------- D
Pirulito que já bateu
---------------------------G
Quem gosta de mim é ela
-----G#º--- D--- A7 -----D
Quem gosta dela sou eu, hei!

---------------A7
Agora é melhor
-----------------D
A gente dançar
----------------A7
Juntinhos assim
--------------------B7
Se tem mais prazer
-----------Em--- B7-- Em-- A7-- D
Quem não dança o--- Pi...ru...lito
----------A7--------- D
Que alegria pode ter?


(*) A cantora Emilinha Borba não aparece nos créditos do disco.


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Pedro, Antônio e João

Dalva de Oliveira
Pedro, Antônio e João (marcha, 1939) - Benedito Lacerda e Osvaldo Santiago - Intérpretes: Dalva de Oliveira e Herivelto Martins

Disco 78 rpm / Título da música: Pedro, Antônio e João / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Compositor) / Osvaldo Santiago, 1902-1976 (Compositor) / Dalva de Oliveira (Intérprete) / Herivelto Martins (Intérprete) / Benedito Lacerda e Seu Conjunto Regional (Acomp.) / Gravadora: Columbia / Gravação: 19/06/1939 / Lançamento: 07/1939 / Nº do Álbum: 55074 / Nº da Matriz: 163-1 / Gênero musical: Marcha junina / Coleções de origem: Nirez, Humberto Franceschi


Com a filha de João
Antônio ia se casar
Mas Pedro fugiu com a noiva
Na hora de ir pro altar

A fogueira está queimando

E um balão está subindo
Antônio estava chorando
E Pedro estava sorrindo

E no fim dessa história
Ao apagar-se a fogueira
João consolava Antônio
Que caiu na bebedeira



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Número Um

Orlando Silva
Número Um (valsa, 1939) - Benedito Lacerda e Mário Lago - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Número um / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Compositor) / Mário Lago, 1911-2001 (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 01/06/1939 / Lançamento: 09/1939 / Nº do Álbum: 34480 / Nº da Matriz: 33082 / Gênero musical: Valsa

Am9      C#º         Dm   Dm6
Passaste hoje ao meu lado,
E7            Am   Am/G
Vaidosa de braço dado,
F                      E7
Com outro que te encontrou
Am  Am6               Em9
E eu     relembrei comovido
                   F
Um velho amor esquecido,
                     E7
Que o meu destino arruinou.
Am    C#º      Dm   Dm6
Chegaste na minha vida,
E7           Am  Am/G
Cansada e desiludida,
F                 E7
Triste mendiga de amor
A7/9-                Dm   Dm7M  Dm7
E eu, pobre, com sacrifício,
Dm6           Am    Am/G
Fiz um céu de teu suplício,
B7       E/G#  Am  E/G#
Pus risos na tua   dor.
A             E7     A     E7
Mostrei-te um novo caminho
A         E7      A
Onde com muito carinho
               E/G#
Levei-te numa ilusão
Bm                E7
Tudo, porém, foi inútil,
Eras no fundo uma fútil,
       A       E7
Que fostes de mão em mão.
    A      E7     A     E7
Satisfaz tua vaidade,
 A       E7        A
Muda de dono à vontade,
A7                  D
Isso em mulher é comum.
Dm       Dm6           A
Não guardo    frios rancores
F#7                   F
Pois dentre os seus mil amores
E7              A      F     A
Eu sou o número um.


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Meu consolo é você

Orlando Silva
Meu consolo é você (samba, 1939) - Antônio Nássara e Roberto Martins - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Meu consolo é você / Nássara, 1910-1996 (Compositor) / Roberto Martins (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 21/10/1938 / Lançamento: 12/1938 / Nº do Álbum: 34386 / Nº da Matriz: 80916-2 / Gênero musical: Samba


C------------------- Dm
Meu consolo é você
----G7----------- C --------G7------ C
Meu grande amor eu explico porque
----------A7--------- Dm------ A7----- Dm
Sem você sofro, muito, não posso viver
-----------G7----------- C----- G7 ------C

Sem você mais aumenta o meu padecer
---------------------F
Tudo fiz sem querer
------------------C -------------G7 ---------C
Meu grande amor eu peço desculpa a você
-----------------G7-------------------- C
Mas se por acaso você não me perdoar
---------------G7 -------------------------C
Juro por Deus que não vou me conformar
------------------G7--------------------- C
Pois a minha vida sem você é um horror
---------------------D7 --------------(G7)
Eu sofro noite e dia e você sabe porque
---------------------G7
Meu consolo é você



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Joujoux e balangandans


Joujoux e balangandans (marcha/carnaval, 1939) - Lamartine Babo - Intérprete: Mário Reis

Disco 78 rpm / Título da música: Juju e balangandãs / Lamartine Babo, 1904-1963 (Compositor) / Mariah (Intérprete) / Mário Reis (Intérprete) / I Kolman (Acomp.) / Orquestra do Cassino da Urca (Acomp.) / Gravadora: Columbia / Gravação: 26/07/1939 / Lançamento: 09/1939 / Nº do Álbum: 55155 / Nº da Matriz: 178-1 / Gênero musical: Marcha / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi

Intro: E7/9- 

   A6       F#5+/7
Jou Jou, Jou Jou
Bm7 Fº A7+ F#5+/7 Bm7 Fº
Que é meu Balangandan 
 F#5+/7
Aqui estou eu 
B7/9     F#m
Aí estás tu
       B7/9
Minha Jou Jou
         Bm5-/7 E7/9-
Meu Balangandan
    A6 F#5+/7 Bm7 Fº A7+   F#m7    Bm7  Fº
Nós dois depois no sol do amor de manhã
    F#7    F#5+/7     Bm7 Dm7
De braços dados, dois namorados
   A7+
Já sei
    E6/7
Jou Jou
     A7+
Balangandan
Bm7      E7/9 A7+     A6
Seja em Paris ou nos Brasis
 F#7    F#5+/7   D7+/9
Mesmo distantes somos constantes
D#5-/7   G#5+/7   C#m7   F#7
Tudo nos une, que coisa rara
    Bm7        E6/7  A7+
É o amor, nada nos separa


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Hino do Carnaval Brasileiro

Hino do Carnaval Brasileiro (marcha, 1939) - Lamartine Babo - Intérprete: Almirante

Disco 78 rpm / Título da música: Hino do Carnaval Brasileiro / Lamartine Babo, 1904-1963 (Compositor) / Almirante, 1908-1980 (Intérprete) / Orquestra Odeon sob Direção de Simon Bountman (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 08/12/1938 / Lançamento: 01/1939 / Nº do Álbum: 11692 / Nº da Matriz: 5987 / Gênero musical: Marcha / Coleções de origem: IMS, Nirez

D
Salve a morena!
                         A7
A cor morena do Brasil fagueiro
Em
Salve o pandeiro!
            A7                     D
Que desce o morro pra fazer a marcação
F#  G   F#  Bm
São são são são
           F#
Quinhentas mil morenas
G                D          A7
Louras, cor de laranja, cem mil
D      F#m7/5- B7
Salve! Sal.....ve!
Em7      A7     D
Meu carnaval Brasil!

Salve a lourinha!
                                 A7
Dos olhos verdes, cor das nossas matas
Em
Salve a mulata!
         A7                      D
Cor de café, a nossa grande produção
F#  G   F#  Bm
São são são são
           F#
Quinhentas mil morenas
G                D          A7
Louras, cor de laranja, cem mil
D      F#m7/5- B7
Salve! Sal.....ve!
Em7      A7     D
Meu carnaval Brasil!


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Florisbela

Sílvio Caldas
Florisbela (marcha/carnaval, 1939) - Antônio Nássara e Eratóstenes Frazão - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Florisbela / Eratóstenes Frazão (Compositor) / Nássara, 1910-1996 (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 07/11/1938 / Lançamento: 12/1938 / Nº do Álbum: 34387 / Nº da Matriz: 80929-2 / Gênero musical: Marcha


-----A----------Bm---- E7
Entre uma rosa amare...la
--------------------------------A
Um cravo branco e um jasmim
--------------------- E7
Encontrei a Florisbela
------------------------------A
Entre as flores de um jardim
------------------------D
Implorei um beijo dela
----------C#7----------- F#m

E ela nem olhou pra mim
-----D ---------------A
Afinal as flores belas
-------B7----- E7 ----A
Todas elas são assim

---------------------------B7
Vendo que nada arranjava
-----E7-------------- A
Eu dei o fora por fim
E a Florisbela
----------------------------E7
Quando viu que eu me afastava
-------B7----------- E7
Correu atrás de mim
------D -------------A
Afinal as Florisbelas
--------B7---- E7---- A
Todas elas são assim



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Deusa da minha rua

Jorge Faraj fez a letra
Na segunda metade dos anos trinta, o sucesso dos cantores românticos Orlando Silva, Francisco Alves, Sílvio Caldas e Carlos Galhardo - os chamados quatro grandes - estimulou o surgimento da maior safra de canções de amor de nossa música popular.

Composta a maioria na forma ternária, essas canções são a versão moderna da modinha tradicional. Um dos melhores frutos dessa safra é a valsa "Deusa da Minha Rua". Além de uma bela melodia de Newton Teixeira, a composição tem letra excepcional de Jorge Faraj.

Newton Teixeira
Poeta dos amores impossíveis, em que a mulher é sempre adorada à distância, ignorando ser objeto de uma paixão, Faraj realiza sua melhor letra nesta valsa. Depois de descrever o contraste entre a beleza da musa e a pobreza da rua, ele estabelece um poético jogo de imagens, comparando a poça d'água, que "transporta o céu para o chão", a seus próprios olhos, "espelhos de sua mágoa", que sonham com o olhar da mulher inatingível.

Mas essa obra-prima do romantismo que imperava na música da época deu trabalho para chegar ao disco, permanecendo inédita por três anos. Primeiro Faraj não aprovou a melodia, obrigando Newton Teixeira a refazê-la.

Depois foi Sílvio Caldas que, escolhido para interpretá-la, mostrou-se desinteressado, achando sempre uma desculpa para adiar a gravação. "Até que um dia - contou Newton ao pesquisador Lauro Gomes de Araújo - perdendo a paciência, tive que tirar o Sílvio de uma roda no Nice e praticamente arrastá-lo ao estúdio". Mas o importante é que o disco foi um sucesso, com ótima interpretação do cantor.

Deusa da minha rua (valsa, 1939) - Jorge Faraj e Newton Teixeira - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Deusa da minha rua / Jorge Faraj (Compositor) / Newton Teixeira (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Regional (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 10/07/1939 / Lançamento: 09/1939 / Nº do Álbum: 34485 / Nº da Matriz: 33118-1 / Gênero musical: Valsa

G7+              Bm7     Am7               D7
A deusa da minha rua / Tem os olhos onde a lua
Am7      D7      G7+   D7       G7+        Em7
Costuma se embriagar / Nos seus olhos eu suponho
       D7               D/F#     Em7      A7     D7
Que o sol, num dourado sonho / Vai claridade buscar

G7+           Em7          Am7            Am7/G
Minha rua é sem graça / Mas quando por ela passa
Am7   D7          Do E7  Am7             Cm7
Seu vulto que me seduz  /  A ruazinha modesta
Bm7                E7     Am7       D7      G7+   B7
É uma paisagem de festa / É uma cascata de luz

Em         Em/D            Gb7           Am7
Na rua uma poça d’água / Espelho da minha mágoa
B7                                 Em    B7
Transporta o céu     /    Para o chão
            Em           Em/D
Tal qual o chão de minha vida
      B7+      Abm7           Dbm     Gb7       B7
Minh’alma comovida  /  O meu pobre coração

Em                Em/D          Gb7
Infeliz da minha mágoa /   Meus olhos
            Am7           B7          Do  E7
São poças d’água /  Sonhando com seu olhar
Am7      B7            Em              Em/D
Ela é tão rica e eu tão pobre/ Eu sou plebeu
           Gb7         C7      B7       Em
E ela é nobre  /  Não vale a pena  sonhar . . . 


Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

Da cor do pecado

Lançado por Sílvio Caldas na melhor fase de sua carreira, "Da Cor do Pecado" é um grande samba, o melhor do reduzido repertório do compositor Bororó (Alberto de Castro Simoens da Silva).

Brejeiro, malicioso, possui uma das letras mais sensuais de nossa música popular: "Este corpo moreno / cheiroso, gostoso/ que você tem / é um corpo delgado / da cor do pecado / que faz tão bem...".

Segundo o autor, "a musa desses versos chamava-se Felicidade, uma mulher de vida pregressa pouco recomendável", que trabalhava em frente ao Tribunal de Justiça e lhe foi apresentada por Jaime Távora, oficial de gabinete do ministro José Américo. Iniciou-se assim um romance de vários anos em que Bororó foi responsável pela mudança de vida da moça. Mais tarde ela se casaria com um médico, tendo morrido ainda jovem em conseqüência de uma gripe mal curada.

De melodia e harmonia elaboradas, acima da média dos sambas da época, "Da Cor do Pecado" tem seu aspecto mais interessante nas modulações da primeira para a segunda parte e na volta desta para a primeira. Ainda quanto à melodia, tal como se repetiria em "Curare", a frase final - "eu não sei bem porquê / só sinto na vida o que vem de você" - é um primor de preparação para o acorde de dominante que conduz ao tom da primeira parte.

"Da Cor do Pecado" permanece como um clássico, tendo regravações de artistas como Elis Regina, Nara Leão, João Gilberto, Ney Matogrosso e os instrumentistas Jacó e Luís Bonfá.

Da cor do pecado (samba, 1939) - Bororó - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Da cor do pecado / Alberto de Castro Simoens da Silva "Bororó", 1898-1986 (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Regional (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 06/07/1939 / Lançamento: 09/1939 / Nº do Álbum: 34485 / Nº da Matriz: 33114-1 / Gênero musical: Samba


D7+ B7/-9    Em7     A7        Gbm7
Este corpo moreno, cheiroso e gostoso
F0    Em7    A7/6
Que você  tem . . . .
D7+    E7     A/E     Gb7       Bm7
É um corpo delgado da cor do pecado
E7      Em7     A7/6
Que faz tão bem . . . .

D7+  B7/-9     Em7       A7   Gbm7
Este beijo molhado escandalizado
F0       Em7    A7/6
Que você me deu . . . .
D7         G               F0       Gbm7
Tem sabor diferente que a boca da gente
  Em7        D
Jamais esqueceu . . . .

 Bm7       Bbm7      Am7                    D7
Quando você me responde umas coisas sem graça
                  G
A vergonha se esconde
          Bm7/-5      E7      Am7
Porque se revela a maldade da raça
               D7                  G7+
Este cheiro de mato tem cheiro de fato
          Bm7          Bbm7      Am7
Saudade tristeza essa simples beleza
       B7                  Em7    G7
Teu corpo moreno,  morena enlouquece
 C7+              Bm7
Eu não sei bem porque
Eb7        Ab           D7     G      A7
Só sinto na vida o que vem de você . . . .


Fontes: Instituto Moreira Salles - Acervo Musical; A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

Camisa amarela

Tal como "Camisa listrada", "Camisa Amarela" é uma curiosa crônica de um episódio carnavalesco carioca. Na letra, uma das melhores de Ary Barroso, a protagonista narra as proezas do amante folião, que volta sempre aos seus braços, "passada a brincadeira". Procurando dar uma impressão de realidade à história, Ari chega a localizá-la no tempo e no espaço, com a citação de músicas do carnaval de 39 - "Florisbela" e "A jardineira" - e lugares do Rio - o Largo da Lapa, a Avenida (Rio Branco) e a Galeria (Cruzeiro).

Entregue no disco de estreia à sua intérprete ideal, Araci de Almeida, "Camisa Amarela" tem ainda uma gravação notável do próprio Ary Barroso, cantando e se acompanhando ao piano, em 1956.

Camisa Amarela (samba, 1939) - Ary Barroso - Intérprete: Araci de Almeida

Disco 78 rpm / Título da música: Camisa amarela / Ary Barroso (Compositor) / Araci de Almeida, 1914-1988 (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 31/03/1939 / Lançamento: 06/1939 / Nº do Álbum: 34445 / Nº da Matriz:33047 / Gênero musical: Samba

C7+                        Am7         Eb0         Dm7     
Encontrei o meu pedaço na avenida / De camisa amarela
                G7                            C7+  Am7  Dm7  G7
Cantando a Florisbela       /       A Florisbela
         C7+             Am7        D7      G
Convidei-o a voltar pra casa em minha companhia
      Ab0                 Am7
Exibiu-me um sorriso de ironia
             D7                 Dm7  G7
E desapareceu no turbilhão da galeria
       Gm7         C7              Gm7
Não estava nada bom o meu pedaço na verdade
        C7       F7+
Estava bem mamado /  Bem chumbado, atravessado
Em7/5+           A7                     D7
Foi por aí cambaleando/ Se acabando num cordão
                                  Eb0
Com o réco-réco  na mão /         Mais tarde
                     C7+                 A7/5+
O encontrei num café zurrapa /   No Largo da Lapa
        D7/9                   Dm7  G7         C7+ 
Folião de raça / Bebendo o quinto copo de cachaça
           G7/5+
     (isso não é chalaça)

   C7+                     Am7       Eb0            Dm7 
Voltou às sete horas da manhã/Mas só na quarta feira
        G7                                C7+   Am7 Dm7 G7     
Cantando a Jardineira oi /        A Jardineira
     C7+                           Am7             D7    G
Me pediu um ainda às onze / Um copo d'água com bicarbonato
         Ab0               Am7
Meu pedaço estava ruim de fato
             D7                   Dm7  G7
Pois caiu na cama e não tirou nem o sapato

Gm7                   C7                Gm7
Roncou uma semana / Despertou mal humorado
  C7              F7+
Quis brigar comigo / Que perigo / Mas não ligo
Em7/5+           A7                         D7
Meu pedaço me domina / Me fascina / Ele é o tal
                            Eb0                       C7+
Por isso não levo a mal / Pegou a camisa/ A camisa amarela
         A7/5+                       D7
Botou fogo nela/      Gosto dele assim
            G7                       C7+            G7/5+
Passou a brincadeira  / E ele é pra mim.(Meu Senhor do Bonfim)


Fontes: A Canção no Tempo - 85 anos de Música Brasileira Vol. 1: 1901-1957, 1a edição, 1997, editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Brasil

Brasil (samba, 1939) - Benedito Lacerda e Aldo Cabral - Intérpretes: Francisco Alves e Dalva de Oliveira

Disco 78 rpm / Título da música: Brasil / Aldo Cabral (Compositor) / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Dalva de Oliveira (Intérprete) / Benedito Lacerda e Seu Grande Regional (Acomp.) / Gravadora: Columbia / 16/08/1939 / Lançamento: 09/1939 / Nº do Álbum: 55159 / Nº da Matriz: 193-2 / Gênero musical: Samba / Coleções de origem: Robespierre Martins Teixeira, Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi


Brasil, és no teu berço dourado / O índio civilizado
E abençoado por Deus / Brasil, gigante de um continente
És terra de toda gente / E orgulho dos filhos teus
Oh, meu Brasil!


Tudo em ti me satisfaz / Liberdade, amor e paz
No progresso em que te agita / Torrão de viva beleza
De fartura e de riqueza / E de mil coisas bonitas

E porque tu tens de tudo / Porque te conservas mudo
Na tua modéstia imerso / Meu Brasil eu que te amo
Neste samba te proclamo / Majestade do universo



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Aquarela do Brasil

Ary Barroso compôs Aquarela do Brasil no início de 1939, numa noite de chuva torrencial, que o obrigou a ficar em casa, contrariando seus hábitos. Antes que a chuva terminasse, ainda teve inspiração para compor outra obra prima, a valsa "Três lágrimas".

Quase vinte anos depois, ele mesmo descreveria a criação de Aquarela do Brasil, em entrevista à jornalista Marisa Lira, do Diário de Notícias: "Senti iluminar-me uma idéia: a de libertar o samba das tragédias da vida, (...) do cenário sensual já tão explorado. Fui sentindo toda a grandeza, o valor e a opulência de nossa terra. (...) Revivi, com orgulho, a tradição dos painéis nacionais e lancei os primeiros acordes, vibrantes, aliás. Foi um clangor de emoções. O ritmo original (...) cantava na minha imaginação, destacando-se do ruído da chuva, em batidas sincopadas de tamborins fantásticos. O resto veio naturalmente, música e letra de uma só vez. Grafei logo (...) o samba que produzi, batizando de ‘Aquarela do Brasil'. Senti-me outro. De dentro de minh'alma extravasara um samba que eu há muito desejara. (...) Este samba divinizava, numa apoteose sonora, esse Brasil glorioso."

Exageros à parte, "Aquarela do Brasil" é mais ou menos isso que Ary Barroso pretendeu fazer: uma declaração de amor ao Brasil, através de uma bela composição. É também a obra mais representativa da grande fase de sua carreira (1938-1943), em que ele completa um processo de refinamento de seu repertório, incorporando-lhe requintes até então inusitados em nossa música popular. E como foi preferencialmente um compositor de samba, é neste gênero que melhor empregará esses requintes, de forma especial nos chamados sambas-exaltação, um novo tipo de música do qual é inventor e "Aquarela do Brasil", o paradigma. Já mostra no que o gênero ofereceria em qualidades e defeitos, esta composição sintetiza suas características fundamentais: os versos enaltecedores de nosso povo, sas paisagens, tradições e riquezas naturais, a melodia forte, sincopada, sonoridades brilhantes tudo isso mostrado num crescendo, do prólogo ao final apoteótico, que procura transmitir uma visão romântica e ufanista.

"Aquarela do Brasil" foi lançada por Araci Cortes em 10.06.39, na revista Entra na Faixa, de Ary e Luís Iglesias. Inadequada à voz da cantora, não fez sucesso. Um mês e meio depois, voltou a ser apresentada, desta vez de forma destacada, pelo barítono Cândido Botelho no espetáculo "Joujoux e Balangandãs". Sua primeira gravação aconteceria em seguida (18.08) por Francisco Alves, acompanhado por orquestra que executava um arranjo de Radamés Gnattali, grandiloqüente como exigia a composição. Com esta gravação iniciava-se sua monumental discografia que incluiria figuras como Sílvio Caldas, Antônio Carlos Jobim, Radamés Gnattali, Elis Regina, Gal Costa, João Gilberto, Caetano Veloso, o próprio Ary Barroso, as orquestras de Xavier Cugat, Morton Gould, Ray Conniff, Tommy e Jimmy Dorsey e os superastros Bing Crosby e Frank Sinatra.

A carreira internacional de "Aquarela do Brasil" começou por Hollywood em 1943, quando Walt Disney a incluiu no filme "Alô Amigos" ("Saludo Amigos"), com o título de "Brazil" e versos em inglês de S. K. Russell. No mesmo ano, gravada por Xavier Cugat, fez grande sucesso nos Estados Unidos, aonde chegou a ultrapassar a marca de um milhão de execuções. A partir de então, popular no Brasil e no exterior, se consagraria como uma espécie de segundo hino de nossa nacionalidade. Longe de prever todas essas glórias, Ary Barroso inscreveu "Aquarela do Brasil" no concurso de sambas para o carnaval de 1940, vencido por "Ò seu Oscar" (1°), "Despedida de Mangueira" (2°) e "Cai, cai" (3°). Considerando-se injustiçado, Ary rompeu com Villa-Lobos, presidente da comissão julgadora, com quem só se reconciliaria em 1955.

Aquarela do Brasil (samba, 1939) - Ary Barroso - Intérpretes: Francisco Alves e outros

Título da música: Aquarela do Brasil (I) / Ary Barroso (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Radamés e Sua Orquestra (Acomp.) / Disco Odeon 11768-a / Nº da matriz: 6179 / Gravação: 18/08/1939 / Lançamento: 10/1939 / Gênero musical: Cena Brasileira / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi, IMS D



Título da música: Aquarela do Brasil (II) / Ary Barroso (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Radamés e Sua Orquestra (Acomp.) / Disco Odeon 11768-b / Nº da matriz: 6180 / Gravação: 18/08/1939 / Lançamento: 10/1939 / Gênero musical: Cena Brasileira / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi, IMS D



Título da música: Aquarela do Brasil / Ary Barroso (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Disco Victor / Gravação: 29/05/1942 / Lançamento: 08/1942 / Nº do Álbum: 34949 / Nº da Matriz: S-052542 / Gênero: Samba

G6(9)
Brasil!
                
Meu Brasil brasileiro
               G6(9)
Meu mulato inzoneiro
                       F7    E7
Vou cantar-te nos meus ver...sos
Am7          D7(9)     Am7
   O Brasil, samba que dá
           D7(9)      Am7
Bamboleio, que faz gingar
          D7(9)   Am7
Ó Brasil, do meu amor
         D7(9)   G    Em7
Terra de Nosso Senhor
   Am7  D7(9) G    Em7
Brasil!    Brasil!
    Am7  D7(9)  G    G5+   G6   G5+
Pra mim,    pra mim
G  G5+  G6           G5+        Am   Am5+  Am6
Ó          abre a cortina do passado
           Am5+        Am   Am5+  Am6
Tira a mãe preta do serrado
           Am5+        G    G5+  G6
Bota o rei congo no congado
    Am  Am5+  Am6
Brasil!
    G   G7  F#7  F7
Brasil!
 E    F  E           F           E   F  E
Deixa      cantar de novo o trovador
       F            E   F  E
A merencória luz da lua
        E7          Am   Am5+  Am6  Am5+
Toda canção do meu amor
Am    Am5+  Am6          Am7(b5)  Bm7
Quero           ver a Sá Dona caminhando
G          Em7       A7
   Pelos salões arrastando
Am7         D7(9)   G    Em7
   O seu vestido rendado
   Am7  D7(9) G    Em7
Brasil!    Brasil!
    Am7  D7(9)  G    G5+   G6   G5+
Pra mim,    pra mim
   G6(9)
Brasil!
               
Terra boa e gostosa
             G6(9)
Da morena sestrosa
               F7    E7
De olhar indiferen...te
Am7          D7(9)     Am7
   O Brasil, samba que dá
           D7(9)      Am7
Bamboleio, que faz gingar
          D7(9)   Am7
Ó Brasil, do meu amor
         D7(9)   G    Em7
Terra de Nosso Senhor
   Am7  D7(9) G    Em7
Brasil!    Brasil!
    Am7  D7(9)  G    G5+   G6   G5+
Pra mim,    pra mim
G  G5+  G6       G5+           Am   Am5+  Am6
O         esse coqueiro que dá côco
          Am5+          Am   Am5+  Am6
Oi, onde amarro a minha rede
           Am5+        G   G5+  G6
Nas noites claras de luar
    Am  Am5+  Am6
Brasil!
    G   G7  F#7  F7
Brasil!
E  F  E       F           E      F  E
Oi      estas fontes murmurantes
           F            E    F  E
Oi onde eu mato a minha sede
         E7          Am   Am5+  Am6  Am5+
E onde a lua vem brincar
Am  Am5+  Am6         Am7(b5)        Bm7
O,            esse Brasil lindo e trigueiro
G             Em7      A7
   É o meu Brasil brasileiro
Am7         D7(9)      G    Em7
   Terra de samba e pandeiro
   Am7  D7(9) G    Em7
Brasil!    Brasil!
    Am7  D7(9)  G    G5+   G6   G5+
Pra mim,    pra mim


Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

A Jardineira

Benedito Lacerda
Quando "A Jardineira" despontou como uma das favoritas para o carnaval de 39, apareceram na imprensa reportagens contestando a autoria de Benedito Lacerda e Humberto Porto. Na verdade, "A Jardineira" é um antigo tema popular, originário da Bahia, que os dois adaptaram para lançar como marchinha. Segundo o jornalista Jota Efegê (em artigo publicado em O Jornal, em 23.01.66) foi o legendário Hilário Jovino Ferreira quem introduziu "A Jardineira" no carnaval carioca, através do rancho homônimo, em 1899. Jovino aprendera a música com os ternos de reis que desfilavam na Bahia.

Com o fato corrobora uma declaração do baiano Humberto Porto, que afirmara ter recolhido o refrão original na localidade de Mar Grande (BA) em dezembro de 37. Porto incluiria, ainda, nas primeiras edições da partitura, uma breve nota poética que aludia a uma certa "jardineira triste" que desfilava nos "ternos da Bahia".

Mas, voltando ao carnaval carioca, o tema fez sucesso não apenas no rancho de Jovino, sendo adotado por outros - como "A Flor da Jardineira", "As Filhas da Jardineira" "O Triunfo da Camélia" - que o tornaram muito conhecido ao final da primeira década do século. Essa popularidade estendia-se a vários estados, onde a música recebeu edições, conforme apurou Almirante em investigação que realizou para o seu programa "Curiosidades Musicais". Apareceu até um outro "adaptador" do tema, o velho Candinho, que Jota Efegê identificou como um tradicional folião carioca, ligado a diversos ranchos.

A Jardineira (marcha/carnaval, 1939) - Benedito Lacerda e Humberto Porto - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título: A jardineira / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Compositor) / Humberto Porto (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 06/12/1938 / Lançamento: 12/1938 / Nº do Álbum: 34386 / Nº da Matriz: 80917-3 / Gênero: Marcha


----------C--------------------------- G7
Oh jardineira / Porque estás tão triste
--------------------------------C
Mas o que foi que te aconteceu? / Foi a camélia
-----------------G7----------------- F-------------------- C
Que caiu do galho / Deu dois suspiros / E depois morreu

F -------G7---- C ---F--- G7 ----C ----------------G7
Vem jardineira / Vem meu amor / Não fique triste
-----------------------C------------------------ G7
Que este mundo é todo teu / Tu és muito mais bonita
---------------------------C
Que a camélia que morreu ......



Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

Yes, nós temos bananas

Ao ouvirem casualmente um grego quitandeiro, dizer para um freguês a frase absurda e gramaticalmente incorreta "yes, we have no bananas", os compositores Frank Silver e Irving Cohn tiveram a idéia de usá-la numa canção humorística, cheia de disparates: "Yes, we have no bananas / we have no bananas today / we've string beans / and onions, cabbages and scallions / and all kind of fruit..." ("Sim, nós não temos bananas / não temos bananas hoje / nós temos vagens / e cebolas, repolho e alho poró/ e toda espécie de fruta...").

Lançada em 1923, a canção estourou na voz do cômico Eddie Cantor, que a aproveitara na peça "Make it snappy". Daí espalhou-se pelo mundo como um dos sucessos dos "loucos anos vinte", quando a música dos Estados Unidos assumiu a hegemonia do mercado internacional.

Quinze anos depois, partindo dos compassos iniciais de "Yes, We Have No Bananas",Braguinha e Alberto Ribeiro fariam a marchinha carnavalesca "Yes , Nós Temos Bananas".

A composição era uma crítica bem humorada à empáfia dos americanos, que chamam de "bananas republics" os países da América Latina: "Yes, nós temos bananas / bananas pra dar e vender / banana menina / tem vitamina / banana engorda e faz crescer". Segue-se uma segunda parte que, depois de referir-se às nossas exportações de algodão e café, termina com um desaforado "pro mundo inteiro / homem ou mulher / bananas pra quem quiser...". Sucesso carnavalesco. "Yes, Nós Temos Bananas" antecipa clima e motivos explorados pelo tropicalismo no final dos anos sessenta.

Yes, nós temos bananas (marcha-carnaval, 1938) - João de Barro e Alberto Ribeiro - Intérprete: Almirante

Disco 78 rpm / Título da música: Yes! nós temos bananas... / Alberto Ribeiro, 1902-1971 (Compositor) / João de Barro, 1907-2006 (Compositor) / Almirante, 1908-1980 (Intérprete) / Orquestra Odeon (Acomp.) / Regência do maestro Simon Bountman (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 04/11/1937 / Lançamento: 01/1938 / Nº Álbum 11550 / Nº da Matriz: 5700 / Gênero: Marcha / Coleções de origem: IMS, Nirez


---F----- Gm-- C7------ F
Yes, nós temos bananas
------Bb ----------------A7 ----Eb7------ D7
Banana pra dar e vender
-----Gm----- Bbm--- F------ D7
Banana, menina, tem vitamina
-------G7 -----------C7 -----F----- Gm---- C7
Banana engorda e faz crescer

C7------------------------ F
Vai para a França o café
Pois é
A7---------------------- D7
Para o Japão o algodão
Pois não
Gm -------------Bbm ------F--------- D7
Pro mundo inteiro / Homem ou mulher
------Gm--------- C7 ------F
Bananas para quem quiser
C7-------------------F
Mate para o Paraguai
Não vai
A7 --------------------D7
Ouro do bolso da gente
Não sai
Gm---------- Bbm ---F----- D7
Somos da crise / Se ela vier
------Gm-------- C7------ F
Banana para quem quiser



Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Último Desejo

Desmentindo os que subestimam o seu talento musical, Noel Rosa deixou mais de cem composições em que fez letra e música, das quais cerca de trinta têm melodia de ótima qualidade. Pertencem a esse repertório clássicos como "Palpite Infeliz", "Pela Décima Vez", "Três Apitos", "O 'x' do Problema" e a obra-prima "Último Desejo", que por si só lhe garantiria diploma de melodista.

Nessas composições, mostra como era capaz de criar a música exata para a sua própria poesia, da mesma forma que sabia fazer versos adequados para melodias alheias. "Último Desejo" foi escrita no período final de sua vida. Aliás, só seria passada para a pauta quando ele já se encontrava em seu leito de morte, mal podendo ditar a melodia ao amigo Vadico. É um samba autobiográfico, uma mensagem de despedida à amada Ceci (Juraci Correia de Morais), com quem viveu um atribulado caso sentimental e que lhe inspirou várias composições.

Um belo exemplo de canção popular, ao mesmo tempo simples e requintada, "Último Desejo" dá a impressão de que a carreira de Noel começava a evoluir para uma nova fase, mais elaborada. Sua composição mais conhecida, teve a primeira gravação, realizada por Araci de Almeida, em 01.07.37, sendo o disco lançado em março de 38. Morto em maio de 37, Noel não pôde ouvi-lo. Perdeu-se assim a oportunidade de se conhecer sua opinião, que por certo evitaria a longa polêmica sustentada por Araci e Marília Batista, possuidoras de versões diferentes de "Último Desejo".

Último desejo (samba, 1938) - Noel Rosa - Intérprete: Araci de Almeida

Disco 78 rpm / Título da música: Último desejo / Noel Rosa, 1910-1937 (Compositor) / Araci de Almeida, 1914-1988 (Intérprete) / Boêmios da Cidade (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 01/07/1937 / Lançamento: 03/1938 / Nº do Álbum: 34296 / Nº da Matriz: 80511-1 / Gênero musical: Samba canção

Intro: Fm Cm C# G7 Cm 

                         Fm 
Nosso amor que eu não esqueço  
                  G7 Dm5-/7   G7           Cm  G#7 G 
E que teve o seu começo numa festa de São João 
                 A#                         G# 
Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete 
                 G7  C7 
Sem luar, sem violão 
                  Fm 
Perto de você me calo 
                   G7                   C7 
Tudo penso e nada falo, tenho medo de chorar 
      Fm                Cm 
Nunca mais quero o seu beijo 
                 C#    G7             C   Am7 Dm7 G7 C 
Mas meu último desejo você não pode negar 
                  D7/9                     G7 
Se alguma pessoa amiga pedir que você lhe diga 
                   Cm G 
Se você me quer ou não 
Cm                A#                        G# 
Diga que você me adora, que você lamenta e chora 
            G7   C 
A nossa separação 
    Am7             D7 
Às pessoas que eu detesto 
 G                        G7                      C   C7 
Diga sempre que eu não presto, que meu lar é o botequim 
         Fm         C  Am7 
E que eu arruinei sua vida 
                     D7/9       G7            G# Fm7 C 
Que eu não mereço a comida que você pagou pra mim 


Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

Tenha pena de mim

Aracy de Almeida
Frequentadores do Café Nice faziam, vez por outra, incursões a um tal Clube da Malha, que ficava num barracão no alto do Morro de Mangueira. Lá bebiam e confraternizavam com os boêmios do lugar, formando animadas rodas de samba. Como nessas reuniões bebia-se muito, estava sempre a postos um rapaz, empregado da birosca que reabastecia o grupo. Para isso tinha, a todo o momento, que descer e subir o morro, pois a birosca ficava lá embaixo.

O tal rapaz - que se chamava Valdomiro José da Rocha, mas era conhecido como Babaú - tinha vocação musical e, um dia, aproveitando a presença dos visitantes, mostrou ao compositor Ciro de Souza um esboço de samba de sua autoria. Ao contrário do que acontece geralmente, o samba do principiante era muito bom: "Ai, Ai meu Deus / tenha pena de mim /(...)/ trabalho não tenho nada / não saio do miserê / ai, ai meu Deus/ isso é pra lá de sofrer...".

Então, Ciro (segundo depoimento que realizou para o Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, em 09.08.84) deu uma ajeitada nos versos, acrescentou-lhe uma segunda parte e logo o samba do Babaú estava fazendo sucesso no carnaval, cantado por Araci de Almeida. Tanto sucesso que até provocou um protesto de Sílvio Caldas, inconformado com o fato de Ciro de Souza ter entregue a música a Araci. Uma curiosidade: o nome original do samba era "Ai, Ai Meu Deus", que foi substituído por "Tenha Pena de Mim" por recomendação da censura, que vetava a palavra "Deus" em títulos de canções.

Tenha pena de mim (samba, 1938) - Ciro de Souza e Babaú - Intérprete: Araci de Almeida

Disco 78 rpm / Título da música: Tenha pena de mim / Babaú, 1914-1993 (Compositor) / Ciro de Souza (Compositor) / Araci de Almeida, 1914-1988 (Intérprete) / Cojunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 17/08/1937 / Lançamento: 11/1937 / Nº do Álbum: 34229 / Nº da Matriz: 80596-2 / Gênero musical: Samba


Ai, ai meu Deus / Tenha pena de mim!
Todos vivem muito bem / Só eu quem vive assim
Trabalho, não tenho nada / Não saio do miserê
Ai, ai meu Deus / Isso é pra lá de sofrer


Sem nunca ter / Nem conhecer felicidade
Sem um afeto / Um carinho ou amizade
Eu vivo tão tristonha / Fingindo-me contente
Tenho feito força / Pra viver honestamente



Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Sorris de minha dor

Sílvio Caldas
Sorris de minha dor (valsa, 1938) - Paulo Medeiros - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Sorris de minha dor / Paulo Medeiros (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 18/08/1938 / Lançamento: 10/1938 / Nº do Álbum: 34367 / Nº da Matriz: 80872-1 / Gênero musical: Valsa


------Am------------------------------- B7-- F7-- E7
Sorris da minha dor, mas eu te quero ainda,
--------------------------------------F ----E7
Sentindo-me feliz, sonhando-te mais linda
-------Am-------- Am6 ---------------Em---- B7
Escravo eterno teu farei o que quiseres
--------------------------------------------E7
Tens, para mim, a alma eterna das mulheres
--------Am -----------------------------B7 ---F7 ---E7
No meu jardim viceja a flor da esperança
-------------------------------------------Bb7---- A7
Meu pranto é meu amigo e a minha fé não cansa
------------------------Am6 ---------------Am
Na rima dos meus versos cheios de saudade
----------------------B7----- E7 --------A ---E7/5+---- A
És a flor, que se abriu para o meu amor


-----------------------Gb7 -------------B7------- E7
Aos teus braços, querida, ainda um dia
------------------------------------A
Terei o teu amor e os teus carinhos....
-----------------------------Bm
E os dois aureolados de alegria
-----------------E7 ------------ A----- E7/5+ ----A
Seremos um casal da passarinhos ....
------------------Gb7--------- B7 -------Db7
Tranqüilos e felizes, sonharemos
----------------------------------Gbm -------D
Uma porção de sonhos venturosos ...
---------------------Dm--------- A
E aos beijos de eternal felicidade
Gb7------------------ Bm
Há de ser a nossa vida
-----------E7------------- A--- F--- A
Um roseiral de ansiedades.



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.