Violão (samba-canção, 1949) - Vitório Júnior e Wilson Ferreira - Intérprete: Onéssimo Gomes
Disco 78 rpm / Título da música: Violão / Vitório Júnior (Compositor) / Wilson Ferreira (Compositor) / Onéssimo Gomes (Intérprete) / Carioca e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Star / Lançamento: 05/1949 / Nº do Álbum: 135 / Nº da Matriz: S 135-1 / Gênero musical: Samba canção
Am Am/G B7
Violão pára um pouco as tuas cordas
E7 Am
Pois assim tu me recordas
F E7 Am
Uma aventura de amor
A7 Dm
Com as lágrimas rolando
F
Eu daqui estou te escutando
E7
Entrecortado de dor
A7
Violão teu som me tortura
Faz lembrar-me a criatura
Dm A7 Dm A7
Que arruinou o meu viver
Dm Dm6 Am
Pára as tuas cordas violão
Am/G B7
Dá alívio a este coração
E7 Am
Que está cansado de sofrer
G7 C
Dentro da noite na escuridão
E7 Am A7
Ouço os teus acordes, violão
Dm Dm6 Am E7 Am Am/G
Que parecem reviver as minhas mágoas
F E7 A7
É triste a minha solidão
Dm Dm6
Por causa daquela fingida mulher
Am E7 Am
Que hoje zomba de mim
F E7
E faz o meu sofrimento
Am F Am
Não ter fim
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.
Disco 78 rpm / Título da música: Tudo ou nada / César, Fernando (Compositor) / Lima, Ellen de (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Columbia, 1958 / Nº Álbum CB-11085 / Lado A / Gênero musical: Samba-canção.
F Bb7 F7+
Cansei de pela vida andar a procurar
Bb7 Am7 C7
Alguém que enfim ocupe o seu lugar
D7 Gm Am7 D7
Não há ninguém não há nem pode haver
Gm Gm7
Cansei de procurar em outro coração
C7
Amor à luz difusa da razão
Gm7 C7 F D7 G7 C7
Não há ninguém não há nem pode haver
F Bb F7+
Cansei agora eu sei o amor não se procura
Bb7 Am7
É o criador e a própria criatura
D7 Gm Am7 D7
Só é amor o amor pelo amor
Gm Bbm7
Eu sei da minha vida
Am7
A rota está traçada
Dm7 Gm
Terá de ser assim, ou tudo ou nada
C7 F Db7 F
Ou seu amor ou mais ninguém
Disco 78 rpm / Título: Tudo acabado / J Piedade (Compositor) / Osvaldo Martins (Compositor) / Dalva de Oliveira (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 11/03/1950 / Lançamento: 05/1950 / Nº do álbum: 13002 / Nº da matriz: 8652 / Gênero: Samba canção / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi, Elizabeth Lorenzotti
Am
Tudo acabado entre nós
F Dm6 E7
Já não há mais nada
Am
Tudo acabado entre nós
F E7
Hoje de madrugada
A7 Dm
Você chorou e eu chorei
G7 C
Você partiu e eu fiquei
Dm E7
Se você volta outra vez
Am E7 Am
Eu não sei
Dm G7
Nosso apartamento agora
C
Vive à meia luz
B7
Nosso apartamento agora
F E7
Já não me seduz
Dm6 E7
Todo o egoísmo
Am
Veio de nós dois
Bb
Destruimos hoje
E7 Am F Am
O que podia ser depois.
Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.
Milton Nascimento morava numa pensão em São Paulo, quando compôs três canções que iriam mudar o curso de sua vida. “Achei que uma delas não era para mim, nem para o Márcio Borges botar letra”, declarou o compositor em um programa da Rádio JB sobre a sua carreira, em outubro de 1990. “Então fui a Belo Horizonte e pedi ao amigo Fernando Brant para fazê-la.” Mas Brant, que jamais havia feito uma letra, recusou sensatamente a incumbência.
Só que o obstinado Milton ignorou a recusa e, deixando-lhe uma gravação da música, retornou a São Paulo, avisando-lhe que em sua próxima visita a Belo Horizonte queria ver a letra pronta. Já havia um título — “O Vendedor de Sonhos” —, uma frase como introdução — “Quem quer comprar meu sonho?” — e um tema para a canção: a história de um personagem, uma espécie de caixeiro viajante, que vendia sonhos.
No entanto, Fernando preferiu criar uma letra diferente sobre o rompimento de um namoro e a expectativa de superar esta situação. Quando Milton voltou e viu a letra, gostou tanto que até bebeu um vinho de Caldas, para comemorar com o novo parceiro o nascimento da canção.
Já o título “Travessia” seria encontrado no texto do livro Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, mais precisamente em sua última palavra. Foi assim, meio surpreso, que Fernando Brant descobriu-se poeta. Juntamente com as outras duas composições — “Morro Velho” (só de Milton) e “Maria, Minha Fé” (letra de Márcio Borges) —, “Travessia” foi inscrita no II FIC. Aliás, inscrição feita à revelia dos autores, por Agostinho dos Santos, que havia recebido as músicas para gravar. A verdade é que a melhor das três, “Travessia”, qualificada como “toada que vem de Minas”, acabou por se classificar em segundo lugar no festival e ainda o prêmio de melhor intérprete a Milton Nascimento.
Esta canção excepcional mostra que Milton já começou fazendo música séria e não apenas música bonita, como analisaria o arranjador Eumir Deodato, em depoimento a Zuza Homem de Mello, em setembro de 68: “O contexto geral da música dele é baseado em música clássica, adaptada a ritmos desconhecidos totalmente. Até hoje não consegui descobrir o impulso rítmico que ele dá às suas músicas. É uma coisa totalmente nova, misteriosa, intrigante e desafiadora.”
“Travessia”, que é e sempre será uma peça importante na obra coerente e equilibrada de Milton Nascimento, possui inúmeras gravações de cantores como Agostinho dos Santos, Elis Regina e Leny Andrade, instrumentistas como Luís Eça, Paulo Moura, Lindolfo Gaya, e no exterior Sarah Vaughan (com Milton), Joe Williams e outros, com o título de “Bridges” e letra de Gene Lees (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
LP Milton Nascimento / Título da música: Travessia / Fernando Brant (Compositor) / Milton Nascimento (Compositor) / Milton Nascimento (Intérprete) / Gravadora: Ritmos / Codil / Ano: 1967 / Nº Álbum: CDL 13004 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: MPB.
Tom: A
Intro: ( A7+ Bm/A )
A7M D#m7(9)E/D A7+ E7(sus4) A7+ E7(sus4)
Quando você foi embo___ra fez-se noite em meu viver
A7M E/G# F#m7 B7 Em A7 D7M(9/#5) D7M
Forte eu sou mas não tem jei_to, hoje eu tenho que chorar
G7+ G#m5-/7 C#7(b9) F#m7 F#m/E D#m7(9) E/D
Minha ca___sa não é minha, e nem é meu este lugar
A7+ Bm C#m7 F#7(b9) Bm7 E7(sus4) A7+ E7(sus4)
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
A7M G/A F#m7 C#m7
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
D7M E/D C#m7 F#m7 Bm7 Bb7/9
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
A7M G/A F#m7 C#m7
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
D7M D/E Bm7 E7/9 A7M
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
( A7M E7(sus4) )
A7m D#m7(9) E/D A7M E7(sus4) A7M E7(sus4)
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
A7M E/G# F#m7 B7 Em7 A7 D7M(9/#5) D7M
Eu não quero mais a mor__te, tenho muito que viver
G7M G#m5-/7 C#7(b9) F#m7 F#m/E D#m7 E/D
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
A7M Bm C#m7 F#7(b9) Bm7 E7/9 A7M
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
A7M G/A F#m7 C#m7
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
D7M E/D C#m7 F#m7 Bm7 Bb7/9
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
A7M G/A F#m7 C#m7
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
D7M D/E Bm7 E7/9 A7M
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
( A7M E7(sus4) )
A7m D#m7(9) E/D A7M E7(sus4) A7M E7(sus4)
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
A7M E/G# F#m7 B7 Em7 A7 D7M(9/#5) D7M
Eu não quero mais a mor__te, tenho muito que viver
G7M G#m5-/7 C#7(b9) F#m7 F#m/E D#m7 E/D
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
A7M Bm C#m7 F#7(b9) Bm7 E7/9 A7M
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver