domingo, 11 de junho de 2006

Violão

Onéssimo Gomes
Violão (samba-canção, 1949) - Vitório Júnior e Wilson Ferreira - Intérprete: Onéssimo Gomes

Disco 78 rpm / Título da música: Violão / Vitório Júnior (Compositor) / Wilson Ferreira (Compositor) / Onéssimo Gomes (Intérprete) / Carioca e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Star / Lançamento: 05/1949 / Nº do Álbum: 135 / Nº da Matriz: S 135-1 / Gênero musical: Samba canção

Am            Am/G           B7
Violão pára um pouco as tuas cordas
       E7            Am
Pois assim tu me recordas
 F                E7    Am
Uma aventura de amor
        A7          Dm
Com as lágrimas rolando
                       F
Eu daqui estou te escutando
                E7
Entrecortado de dor
    A7
Violão teu som me tortura

Faz lembrar-me a criatura
                   Dm   A7  Dm  A7
Que arruinou o meu viver
 Dm         Dm6        Am
Pára as tuas cordas violão
   Am/G              B7
Dá alívio a este coração
           E7          Am
Que está cansado de sofrer
 G7         C
Dentro da noite na escuridão
 E7                      Am      A7
Ouço os teus acordes, violão
     Dm       Dm6              Am    E7  Am  Am/G
Que parecem reviver as minhas mágoas
F                    E7        A7
É triste a minha solidão
    Dm              Dm6
Por causa daquela fingida mulher
Am       E7        Am
Que hoje zomba de mim
   F              E7
E faz o meu sofrimento
         Am   F  Am
Não ter fim


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Tudo ou nada

Tudo ou nada (samba-canção, 1958) - Fernando César / Interpretação: Ellen de Lima

Disco 78 rpm / Título da música: Tudo ou nada / César, Fernando (Compositor) / Lima, Ellen de (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Columbia, 1958 / Nº Álbum CB-11085 / Lado A / Gênero musical: Samba-canção.


F                  Bb7        F7+
Cansei de pela vida andar a procurar
Bb7              Am7   C7
Alguém que enfim ocupe o seu lugar
D7        Gm   Am7  D7
Não há ninguém não há nem pode haver
Gm                           Gm7
Cansei de procurar em outro coração
C7
Amor à luz difusa da razão
Gm7      C7            F   D7  G7  C7
Não há ninguém não há nem pode haver
F           Bb                       F7+
Cansei agora eu sei o amor não se procura
Bb7                   Am7
É o criador e a própria criatura
D7               Gm   Am7  D7
Só é amor o amor pelo amor
Gm           Bbm7
Eu sei da minha vida
Am7
A rota está traçada
Dm7                    Gm
Terá de ser assim, ou tudo ou nada
C7              F     Db7  F
Ou seu amor ou mais ninguém

Tudo acabado

Dalva de Oliveira
Tudo acabado (samba-canção, 1950) - J. Piedade e Osvaldo Martins - Intérprete: Dalva de Oliveira

Disco 78 rpm / Título: Tudo acabado / J Piedade (Compositor) / Osvaldo Martins (Compositor) / Dalva de Oliveira (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 11/03/1950 / Lançamento: 05/1950 / Nº do álbum: 13002 / Nº da matriz: 8652 / Gênero: Samba canção / Coleções de origem: Nirez, José Ramos Tinhorão, Humberto Franceschi, Elizabeth Lorenzotti

Am
Tudo acabado entre nós
F     Dm6       E7
Já não há mais nada
Am
Tudo acabado entre nós
      F     E7
Hoje de madrugada
A7                 Dm
Você chorou e eu chorei
G7                   C
Você partiu e eu fiquei
Dm                   E7
Se você volta outra vez
Am   E7   Am
Eu não sei
Dm            G7
Nosso apartamento agora
C
Vive à meia luz
B7
Nosso apartamento agora
F  E7
Já não me seduz
Dm6     E7
Todo o egoísmo
Am
Veio de nós dois
Bb
Destruimos hoje
E7         Am   F  Am
O que podia ser depois.


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Travessia

Milton Nascimento morava numa pensão em São Paulo, quando compôs três canções que iriam mudar o curso de sua vida. “Achei que uma delas não era para mim, nem para o Márcio Borges botar letra”, declarou o compositor em um programa da Rádio JB sobre a sua carreira, em outubro de 1990. “Então fui a Belo Horizonte e pedi ao amigo Fernando Brant para fazê-la.” Mas Brant, que jamais havia feito uma letra, recusou sensatamente a incumbência.

Só que o obstinado Milton ignorou a recusa e, deixando-lhe uma gravação da música, retornou a São Paulo, avisando-lhe que em sua próxima visita a Belo Horizonte queria ver a letra pronta. Já havia um título — “O Vendedor de Sonhos” —, uma frase como introdução — “Quem quer comprar meu sonho?” — e um tema para a canção: a história de um personagem, uma espécie de caixeiro viajante, que vendia sonhos.

No entanto, Fernando preferiu criar uma letra diferente sobre o rompimento de um namoro e a expectativa de superar esta situação. Quando Milton voltou e viu a letra, gostou tanto que até bebeu um vinho de Caldas, para comemorar com o novo parceiro o nascimento da canção.

Já o título “Travessia” seria encontrado no texto do livro Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, mais precisamente em sua última palavra. Foi assim, meio surpreso, que Fernando Brant descobriu-se poeta. Juntamente com as outras duas composições — “Morro Velho” (só de Milton) e “Maria, Minha Fé” (letra de Márcio Borges) —, “Travessia” foi inscrita no II FIC. Aliás, inscrição feita à revelia dos autores, por Agostinho dos Santos, que havia recebido as músicas para gravar. A verdade é que a melhor das três, “Travessia”, qualificada como “toada que vem de Minas”, acabou por se classificar em segundo lugar no festival e ainda o prêmio de melhor intérprete a Milton Nascimento.

Esta canção excepcional mostra que Milton já começou fazendo música séria e não apenas música bonita, como analisaria o arranjador Eumir Deodato, em depoimento a Zuza Homem de Mello, em setembro de 68: “O contexto geral da música dele é baseado em música clássica, adaptada a ritmos desconhecidos totalmente. Até hoje não consegui descobrir o impulso rítmico que ele dá às suas músicas. É uma coisa totalmente nova, misteriosa, intrigante e desafiadora.”

“Travessia”, que é e sempre será uma peça importante na obra coerente e equilibrada de Milton Nascimento, possui inúmeras gravações de cantores como Agostinho dos Santos, Elis Regina e Leny Andrade, instrumentistas como Luís Eça, Paulo Moura, Lindolfo Gaya, e no exterior Sarah Vaughan (com Milton), Joe Williams e outros, com o título de “Bridges” e letra de Gene Lees (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Travessia (canção, 1967) - Fernando Brant e Milton Nascimento - Interpretação: Milton Nascimento

LP Milton Nascimento / Título da música: Travessia / Fernando Brant (Compositor) / Milton Nascimento (Compositor) / Milton Nascimento (Intérprete) / Gravadora: Ritmos / Codil / Ano: 1967 / Nº Álbum: CDL 13004 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: MPB.

Tom: A 
Intro: ( A7+  Bm/A ) 

A7M                  D#m7(9)E/D A7+         E7(sus4) A7+ E7(sus4)
Quando você foi embo___ra    fez-se noite em meu viver 
A7M              E/G#    F#m7  B7  Em     A7     D7M(9/#5) D7M
Forte eu sou mas não tem jei_to,  hoje eu tenho que chorar 
    G7+    G#m5-/7  C#7(b9)      F#m7   F#m/E   D#m7(9)  E/D 
Minha ca___sa não  é   minha,  e nem é   meu    este    lugar 
A7+       Bm       C#m7   F#7(b9)  Bm7  E7(sus4)  A7+   E7(sus4)
Estou só        e  não  resisto,     muito  tenho prá falar 

A7M           G/A             F#m7                   C#m7 
Solto a voz nas estradas,    já não quero parar 
D7M              E/D     C#m7     F#m7  Bm7   Bb7/9 
Meu caminho é de pedras, como  posso sonhar 
A7M           G/A        F#m7           C#m7 
Sonho feito de brisa, vento vem terminar 
D7M                     D/E      Bm7          E7/9  A7M
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar 
    ( A7M  E7(sus4) ) 

A7m             D#m7(9) E/D  A7M     E7(sus4)  A7M  E7(sus4)
Vou seguindo pela vida          me esquecendo de você 
A7M            E/G#          F#m7 B7  Em7  A7    D7M(9/#5) D7M
Eu não quero mais a mor__te,    tenho muito que viver 
    G7M  G#m5-/7  C#7(b9)  F#m7        F#m/E   D#m7  E/D 
Vou querer   amar de      novo e se não der não vou sofrer 
A7M         Bm  C#m7   F#7(b9)   Bm7       E7/9            A7M 
Já não sonho,      hoje faço        com meu braço o meu viver 

A7M           G/A             F#m7                   C#m7 
Solto a voz nas estradas,    já não quero parar 
D7M              E/D     C#m7     F#m7  Bm7   Bb7/9 
Meu caminho é de pedras, como  posso sonhar 
A7M           G/A        F#m7           C#m7 
Sonho feito de brisa, vento vem terminar 
D7M                     D/E      Bm7         E7/9 A7M
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar 
   ( A7M  E7(sus4) ) 

A7m             D#m7(9) E/D  A7M       E7(sus4)  A7M  E7(sus4)
Vou seguindo pela vida            me esquecendo de você 
A7M            E/G#         F#m7 B7  Em7  A7      D7M(9/#5) D7M
Eu não quero mais a mor__te,    tenho muito que viver 
    G7M  G#m5-/7  C#7(b9)  F#m7        F#m/E   D#m7  E/D 
Vou querer   amar de      novo e se não der não vou sofrer 
A7M         Bm  C#m7   F#7(b9) Bm7      E7/9              A7M 
Já não sonho,      hoje faço     com meu braço o meu   viver