sábado, 2 de agosto de 2008

The Beatniks

Grupo vocal-instrumental paulistano, um dos primeiros da segunda geração do rock brasileiro. 

Também um dos primeiros, senão o primeiro, a seguir fielmente os modelos do pop-rock inglês de grupos como Beatles e Rolling Stones, abandonando o pop norte-americano e o pop inglês de Cliff Richard e os Shadows, que eram os grandes exemplos dos roqueiros brasileiros até então. 

Foram ainda um dos grupos mais atuantes na Jovem Guarda, como acompanhantes de Roberto Carlos e outros, em shows e na televisão.

Formado em 1965 por Bogô (Carlos Bogossian, São Paulo SP 1943—) na guitarra-base, Nino (Domingos Tucci) na bateria, imediatamente substituído por Norival (Norival Ricardo d’Angelo, São Paulo 1949—), Márcio (Márcio de Barros Morgado, São Paulo 1947—) na guitarra-solo e Nenê (Lívio Benvenuti Júnior, São Paulo 1947—) no contrabaixo.

Bogô, também o primeiro a fabricar no Brasil violões de 12 cordas, havia integrado os grupos The Shades (1961, 1962 e 1964), The Hits (1962-1963), The Cheyennes (1963-1964) e o trio vocal Danny, Chester & Ginny, ao lado de Rita Lee (mais tarde dos Mutantes) e a irmã desta Virgínia Lee; Nené vinha do grupo The Rebels, com quem gravara três LPs.

Em 1965, Nenê passou para o grupo Os Incríveis e foi substituído por Mário Lúcio (Mário Lúcio de Freitas, São Paulo 1948—) entrando também o tecladista Régis (Régis Monteiro Moreira, São Paulo 1946—).

Em 1966, com o apoio de Roberto Carlos, que os apresentava como “o mais perfeito Liverpool sound do Brasil”, o grupo gravou um compacto na CBS, Cansado de esperar, versão de Márcio para Tired of Waiting for You, do grupo inglês The Kinks. Logo após, Mário Lúcio foi substituído pelo irmão de Márcio, Cláudio(Cláudio de Barros Morgado, São Paulo 1951—), e Nino deixou o grupo.

Mudando para a gravadora Rozenblit, gravaram mais dois compactos: em 1967, Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones (C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones, de Gianni Morandi, versão de Carlos Antônio Gouveia), cuja escalada para o sucesso foi interrompida por Era um garoto..., versão da mesma música lançada por Os Incríveis; e em 1968, Gloria, do grupo irlandês Them.

Separado desde 1970, o grupo se reuniu novamente para a apresentação de shows ocasionais.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Vânia Bastos

Vânia Bastos (Vânia Maria Bastos), cantora (Ourinhos SP 13/5/1956—), começou cantando em coros de igreja em sua cidade natal. Em 1975 mudou-se para São Paulo SP para fazer o curso universitário de sociologia. Estudou canto com Ula Wolff, Lee Alison e Nancy Miranda.

Iniciou carreira profissional em 1980, ao lado de Arrigo Barnabé, no show e disco Clara Crocodilo. Cantou também com Itamar Assumpção. Passou a ser solista de Arrigo Barnabé em 1983, com o disco Tubarões voadores.

Em 1987 gravou Vânia Bastos, seu primeiro disco individual. Prestigiada pela crítica e pelo público como dona de voz privilegiada, contou com o esmero de Eduardo Gudin na produção de seus discos, a partir de 1989, entre os quais se destacam Eduardo Gudin e Vânia Bastos (1989), Vânia Bastos (1990), ambos no selo Eldorado, e pela gravadora Velas, Cantando Caetano (1992), Canta mais (1994) e Diversões não eletrônicas (1997), este uma homenagem aos grandes maestros arranjadores brasileiros.

CDs

Canta mais, 1994, Velas 11 -V022; Canções de Tom Jobim, 1995, Velas 11-V077; Diversões não eletrônicas, 1997, Velas 11-V240.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.