quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Baden Powell - Letras, cifras e músicas


Baden Powell - Algumas músicas


































Veja também:


























Tempo de amor


Tempo de Amor (samba, 1966) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Baden Powell e Vinícius de Moraes - Participação: Quarteto em Cy

LP Os Afro-Sambas De Baden E Vinícius / Título da música: Tempo de Amor / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Baden Powell (Intérprete) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Quarteto em Cy (Partic.) / Gravadora: Forma / Ano: 1966 / Nº Álbum: FM-16 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.


Tom: D#
Cm         Fm7
Ah, bem melhor seria
  G7            D#  D#/C#
Poder viver em paz
              Cm6  G9/B
Sem ter que sofrer
              Cm/Bb  Am7(b5)
Sem ter que chorar
              G#7M  G7
Sem ter que querer
               Cm
Sem ter que se dar
              Fm7
Mas tem que sofrer
               Cm
Mas tem que chorar
              Fm7
Mas tem que querer
           G7
Pra poder amar
Fm7 G7              Cm   Cm/Bb
Ah,    mundo enganador
 Abº                 G7
Paz não quer mais dizer amor

Cm         Fm7
Ah, não existe
              G7            D#  D#/C#
Coisa mais triste que ter paz
          Cm6  G9/B
E se arrepender
           Cm/Bb  Am7(b5)
E se conformar
       G#7M  G7
E se proteger
              Cm
De um amor a mais

O tempo de amor
É tempo de dor
O tempo de paz
Não faz nem desfaz
Ah, que não seja meu

Refém da solidão


Refém Da Solidão (samba, 1970) - Baden Powell e Paulo César Pinheiro - Intérprete: Elizeth Cardoso

LP Elizeth Cardoso - Falou E Disse / Título da música: Refém da Solidão / Paulo César Pinheiro (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Elizeth Cardoso (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1970 / Nº Álbum: CLP 11592 / Lado A / Faixa 6 / Gênero musical: Samba.


Tom: A#

Gm7 Gm7/F Gº   Am5-/7  D7      Gm7 F#m7 Fm7 
Quem     da solidão   fez seu bem 
          Bb7      D#7+ Am5-/7 
Vai terminar seu refém 
         D7       Gm7 
E a vida pára também 
    Gº      Am5-/7 
Não vai nem vem 
D7             Gm7 Gº 
Vira uma certa paz 
       Am5-/7   D7      Gm7 F7 
Que não faz     nem desfaz 
            Bb7       D#7+ Am5-/7 
Tornando as coisas banais 
          D7       Gm7     Gº    Am5-/7 
E o ser humano incapaz de prosseguir 
    D7           Gm7 G7 
Sem ter pra onde ir 
                C7/9      F7/9 
Infelizmente eu nada fiz 
                      Bb+ Gm7 
Não fui feliz nem infeliz 
                  A7        Am5-/7 
Eu fui somente um aprendiz 
          D7        Gm7 Gm7/F D# 
Daquilo que eu não quis 
     D7        Gm7 F#m7 Fm7 
Aprendiz de morrer 
             Bb7      D#7+ Am5-/7 
Mas pra aprender a morrer 
         D7      Gm7 
Foi necessário viver 
  Gº   Am5-/7 
E eu vivi 
    D7          G7 
Mas nunca descobri 
Cm            F7 
Se essa vida existe 
        Gm7           Gm/F 
Ou essa gente é que insiste 
D#              Gº                D7 
Em dizer que é triste ou que é feliz 
                Gm   A7 
Vendo a vida passar 
       D7            Gm7 F#m7 Fm7 
E essa vida é uma atriz 
            Bb7     D#7+ Am5-/7  D7 
Que corta o bem na raiz 
                  Gm7 
E faz do mal cicatriz 
     Gº Am5-/7    D7          Gm7 
Vai ver até   que essa vida é morte 

    Gº    Am5-/7 
E a morte é 
        D7     Gm7 
A vida que se quer

Feitinha pro poeta


Feitinha Pro Poeta (samba, 1965) - Baden Powell e Luís Fernando Freire - Intérprete: Jongo Trio

LP Jongo Trio / Título da música: Feitinha Pro Poeta / Baden Powell (Compositor) / Luís Fernando Freire (Compositor) / Jongo Trio (Intérprete) / Gravadora: Farroupilha / Ano: 1965 / Nº Álbum: LPFA-407 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Bossa Nova / Samba.


Tom: Am

 Am7/9           D7/13      G6/9
Ah! quem me dera ter a namorada
              Gm7/9  C7/13  F#7/9-
Que fosse para mim a madrugada
              B7/13-      Em7/9
De um dia que seria minha vida
                C#m7/11 F#7/9+ Bm7
E a vida que se leva é uma parada
               Am7/9  D7/13   G6/9
E quem não tem amor não tem é nada
             C7/13        F6/9
Vai ter que procurar sem descansar
                Dm7            E7/4
Tem tanta gente aí com amor pra dar
             E7         A7/9
Tão cheia de paz no coração
           Am7/9 D7/13  G6/9
Que seja carioca no balanço
               Gm7/9 C7/13  F#7/9-
E veja nos meus olhos seu descanso
              B7/13-      Em7/9
Que saiba perdoar tudo que faço
            C#m7/11 F#7/9+    Bm7
E querendo beijar me dê um abraço
             Am7/9  D7/13   G6/9
Que fale de chegar e de sorrir
             C7/13        F6/9
E nunca de chorar e de partir
                Dm7          E7/4
Que tenha uma vozinha bem macia
              E7         A7/9
E fale com carinho da poesia
              Am7/9 D7/13  G6/9
Que seja toda feita de carinho
              Gm7/9 C7/13  F#7/9-
E viva bem feliz no meu cantinho
               B7/13-        Em7/9
Que saiba aproveitar toda a alegria
            C#m7/11   F#7/9+    Bm7
E faça da tristeza o que eu faria
              Am7/9  D7/13   G6/9
Que seja na medida e nada mais
                C7/13        F6/9
Feitinha pro Vinícius de Moraes
                 Bm7        E7/9
Enfim que venha logo e ao chegar
               A7/9      Dm7   F7
Vá logo me deixando descansar
      E7 Eb7     Dm7
descansar  descansar

Velho amigo

Velho Amigo (1979) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Interpretação: Elizeth Cardoso

LP O Inverno Do Meu Tempo / Título da música: Velho Amigo / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Elizeth Cardoso (Intérprete) / Gravadora: Som Livre / Ano: 1979 / Nº Álbum: 403.6197 / Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: MPB.


G             D/F#
Nesse dia de Natal
       D/F#            C/E
Em que já não estás comigo
C/D#            G          Em        A7
Ah, deixa-me chorar ao relembrar a valsa
               D7
De um natal antigo
     G             G7
Ao chegar a velha hora
                    C7+
Eu te lembro velho amigo
  Cm7         G    Em    A7
Entrar bem devagar, me beijar
         D7     C7+
E ir chorando embora
     D7     G
Meu velho amigo
  G7            C7+
Porque foste embora
 Cm7             G                    Em
Desde que tu partiste o meu Natal é triste
 A7             D
Triste e sem aurora
      D7    G        G7        C7+
Se o céu existe, se estás lá agora
       Cm7        G
Lembra bem lá do céu
       Em        A7        D7    G
Que existe um menino sem Papai Noel

Última forma


Última Forma (bolero, 1972) - Baden Powell e Paulo César Pinheiro - Interpretação: MPB-4

LP Cicatrizes / Título da música: Última Forma / Paulo César Pinheiro (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / MPB-4 (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1972 / Nº Álbum: 6349 056 / Lado A / Faixa 6 / Gênero musical: Bolero.


Intro: F6/9 C7/9

F7+ F6      Bm5-/7 E7       Am7/9 Am7
É, como eu falei    não ia durar
            Cm7      C#7           G7/9
Eu bem que avisei, pois é, vai desmoronar
                          A#7+
Hoje ou amanhã um vai se curvar
           Am7            Am6
E graças a Deus, não vai ser eu quem vai mudar
      A5+/7
Você perdeu
Gm7 C7/9          Gm7   C7                  Am7  C7/9-
E sabendo com quem eu lidei não vou me prejudicar
     Cm          D7                     G7/9 Gm7/9
Nem sofrer, nem chorar, nem vou voltar atrás
              A#7+                          A7
Estou no meu lugar, não há razão pra se ter paz
            D5+/7               G7/9
Com quem só quis rasgar o meu cartaz
            C7             C5+/7 F7+
E agora pra mim você não é nada mais
          Bm5-/7 E7      Am7
E qualquer um pode se enganar
          D#º       D7              G7/9
Você foi comum, pois é, você foi vulgar
                    A#7+                      A7
O que é que eu fui fazer quando dispus te acompanhar
        D5+/7         G7/9
Porém pra mim você morreu
           C7                F7+
Você foi castigo que Deus me deu
      E7      Am7 Am6   F7+     E7     Am7  A7
Não saberei jamais    se você mereceu perdão
Cm7           D5+/7 Gm7 Gm6  D#7+    D5+/7    Gm7
Porque eu não sou capaz   de esquecer uma ingratidão
           C5+/7  F7+
E você foi uma a mais
          E7            Am7
E qualquer um pode se enganar
          D#º       D5+/7          G7/9 Gm7/9
Você foi comum, pois é, você foi vulgar
                    A#7+                     A7
O que é que eu fui fazer quando dispus te acompanhar
  D5+/7              G7/9
Porém pra mim você morreu
           C5+/7             F7+
Você foi castigo que Deus me deu
        E7      Cm     D5+/7          G7/9
E como sempre se faz, aquele abraço, adeus
C7           F7+
E até nunca mais

Garota de Ipanema

O Tamba Trio foi um dos grupos mais importantes da bossa nova, caracterizou-se pela sofisticação na concepção musical e nos arranjos. Com microfones presos às lapelas, destacavam as realizações vocais que acrescentavam aos ricos arranjos instrumentais. Sua formação: Luís Eça, piano, Hélcio Milito, bateria, Bebeto Castilho, baixo e sopros. Estrearam em 1962 no Bottle's Bar, Beco das Garrafas.

Em depoimento para a revista Manchete, em 1965, Vinícius de Moraes conta como conheceu a garota de Ipanema: “Seu nome é Heloísa Eneida Pais Pinto, mas todos a chamam de Helô (Helô Pinheiro, depois de casada). Há três anos, ela passava ali no cruzamento de Montenegro e Prudente de Morais, e nós a achávamos demais. De nosso posto de observação, enxugando a nossa cervejinha, Tom e eu emudecíamos à sua vinda maravilhosa. (...)

E lá ia ela toda linda, a garota de Ipanema, desenvolvendo no percurso a geometria espacial de seu balanceio quase samba. (...) Para ela fizemos, com todo o respeito e mudo encantamento, o samba que a colocou nas manchetes do mundo inteiro e fez da nossa querida Ipanema uma palavra mágica para os ouvintes estrangeiros.”

Naquele 1962 em que a canção foi feita, a bela Heloísa tinha quinze anos e passava realmente todos os dias pelo bar Veloso, situado na mesma rua Montenegro onde ela morava. Naturalmente, sabia-se admirada pelos freqüentadores do bar, pois nas vezes em que lá entrava era saudada pelos assovios de praxe. O que não sabia era que tinha sido a inspiradora de “Garota de Ipanema”, segredo só revelado pelos autores em 1965.

Mas, se a visão da musa aconteceu no Veloso, a criação do samba teve lugar noutros ambientes e em etapas distintas. Inicialmente, em Petrópolis, Vinícius aprontou-lhe a letra, até com certa dificuldade, tendo composto duas versões, para aproveitar a segunda (a primeira chamava-se “A Menina que Passa”). Em seguida, foi a vez de Tom musicar o poema, tarefa também trabalhosa, que ele realizou em sua então nova moradia na rua Barão da Torre. Ao final, o compositor deu a “Garota de Ipanema” uma de suas mais originais melodias, igualmente alegre e triste, bem de acordo com a letra que exalta a beleza radiante da moça que passa, ao mesmo tempo em que lamenta a solidão do poeta, condenado a admirá-la à distância.

Destinada a uma comédia chamada “Blimp”, jamais concluída por Vinícius, “Garota de Ipanema” acabou sendo lançada no show “Encontro”, que estreou em 2 de agosto de 62 e permaneceu 45 dias em cartaz na boate Au Bon Gourmet, em Copacabana. Este espetáculo reuniu pela única vez num palco os três grandes da bossa nova — Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto — mais o conjunto Os Cariocas, e lançou, além de “Garota de Ipanema”, “Só Danço Samba” e “Samba do Avião”, sendo a primeira e a segunda as últimas canções da dupla Tom - Vinícius. Todas essas composições saíram em disco no início de 63, tendo Pery Ribeiro, Os Cariocas e o Tamba Trio a primazia de gravarem “Garota de Ipanema”.

Em abril, Tom Jobim a apresentava aos americanos no elepê The composer of Desafinado plays. Ao final do ano, a Verve lançou o single de Astrud Gilberto e Stan Getz, disco que vendeu milhões e estabeleceu o prestígio internacional de “The Girl from Ipanema”, título da versão do letrista Norman Gimbel. Amadora até então, Astrud encantou os americanos pela simplicidade e a ausência da afetação das cantoras de experiência formal. Esse single e o álbum Getz / Gilberto, que contém a gravação integral com a participação de João Gilberto cantando em português, receberam quatro prêmios Grammy: melhor single, melhor álbum, melhor performance de jazz instrumental e melhor gravação.

Em meados dos anos noventa, “Garota de Ipanema” ostentava uma discografia de centenas de gravações, com intérpretes das mais variadas tendências, não apenas na área nacional — Astrud, Baden Powell, Os Cariocas, Cauby Peixoto, Dick Farney, Elis Regina, Eumir Deodato, Hermeto Pascoal, João Gilberto, Leny Andrade, Leila Pinheiro, Lúcio Alves, Nara Leão, Tim Maia —, mas, principalmente, na internacional em que, além dos habituais intérpretes da obra jobiniana — Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Stan Getz, Sara Vaughan, Charlie Byrd — ressaltam figuras como Anita O’Day, Al Jarreau, Erroll Garner, Earl Hines, Herbie Mann, Louis Armstrong, Nancy Wilson, Nat King Cole, Oscar Peterson, Peggy Lee, Stephane Grappelli, Vic Damone e muitos outros (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Garota de Ipanema (samba bossa, 1963) - Vinícius de Moraes e Tom Jobim - Intérprete: Tamba Trio

Disco 78 rpm / Título da música: Garota de Ipanema / Jobim, Tom, 1927-1994 (Compositor) / Moraes, Vinicius de, 1913-1980 (Compositor) Tamba Trio (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Philips, 1963 / Nº Álbum 61209 / Gênero musical: Bossa nova.

F7M                                     G7/6 
Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça 
          G7/5+              Gm7 
É ela a menina que vem e que passa 
            C7/9-               F7M   Dm7/9+   Gm7   C7/9+ 
Num doce balanço, caminho do mar 
F7M                                 G7/6 
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema 
           G7/5+                 Gm7 
O seu balançado é mais que um poema 
               C7/9-                F7M 
É a coisa mais linda que eu já vi passar 
F#7M                    B7/9 
Ah, por que estou tão sozinho? 
A7M                    D7/9 
Ah, por que tudo é tão triste? 
Bb7M            Eb7/9 
Ah, a beleza que existe 
    Am7               D7/9- 
A beleza que não é só minha 
Gm7                  C7/9- 
Que também passa sozinha 
F7M                                G7/6 
Ah, se ela soubesse que quando ela passa 
           G7/5+               Gm7 
O mundo sorrindo se enche de graça 
           C7/9-                 F7M    F#7+ 
E fica mais lindo por causa do amor 
               F7M 
Por causa do amor

Lapinha

Manuel Henrique Pereira (1895 — 1924)
conhecido como Besouro Mangangá.

Capoeirista valente, famoso em todo o estado da Bahia no começo do século, Valdemar de Tal, o Besouro Mangangá, também conhecido como sendo Cordão de Ouro, virou lenda depois de sua morte violenta, daí surgindo um refrão popular, “a música do Besouro”.  Este refrão, que Baden ouviu do baiano Canjiquinha e das moças do Quarteto em Cy, acabou servindo de base à composição “Lapinha”, vencedora da 1a Bienal do Samba, promovida pela TV Record em maio de 68:

“Quando eu morrer / me enterre na Lapinha / calça-culote paletó almofadinha.”

Elaborado com um novo parceiro, o então iniciante Paulo César Pinheiro, “Lapinha” seria mais um afro-samba que Baden acrescentava ao seu repertório e, como tal, muito apropriadamente lançado pela melhor intérprete do gênero, a cantora Elis Regina, que o defendeu na Bienal. Mas, voltando ao pitoresco refrão, a Lapinha citada, informa mestre Caymmi, “é o Largo da Lapinha, local de Salvador onde se realizam festas cívicas, como o 2 de Julho, e que jamais foi cemitério”.

Deve ter entrado no samba por sua importância como lugar tradicional, além de ser uma boa rima para “almofadinha”. Aliás, a tal “calça-culote”, que completa o traje do defunto, seja uma possível corruptela de “calça, colete”. Já o mangangá, origem do apelido, é o nome de um vespão de ferroada dolorosa e, no Nordeste, também de um besouro grande que rói determinados tipos de madeira. É ainda usado, em sentido figurado, para designar indivíduo grande, mandão (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Lapinha (1968) - Paulo César Pinheiro e Baden Powell - Interpretação: Elis Regina

LP A Bienal Do Samba / Título da música: Lapinha / Baden Powell (Compositor) / Paulo César Pinheiro (Compositor) / Elis Regina (Intérprete) / Gravadora: Philips / Nº Álbum: R 765.044 L / Ano: 1968 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / MPB / Folclore.

Tom: C  

A7        D7M
Quando eu morrer
  Em7     A7      D7M
Me enterre na Lapinha
A7         D7M
Quando eu morrer
 Em7       A7   D7M
Me enterre na Lapinha
B7/13   E7/G#    A7/G      D/F#
Calça “culote", paletó, almofadinha.
B7/13   E7/G#    A7/G      D/F#         A7(b5)
Calça “culote", paletó, almofadinha.

Dm7    Dm7/C        G7/B
Sai, minha mágoa sai de mim
Gm6/Bb           Dm7  F  Em7(b5) A7(b5)
Há tanto coração ruim
Dm7  Dm7/C  Bm7(b5) E7(b9) Am7
Ai a verdade sempre dói
   B7/13b            Em7(b5) A7(b5)
E, às vezes, traz um mal amais.
Dm7    Dm7/C           G7/B
Ai! Só me fez dilacerar
Gm6/Bb    A7(b5)   Am7(b5)  D7(b9)
ver tanta gente se entregar
 Gm7  C7/9     F7M
Mas não me conformei
Bb7M        Em7(b9)
Indo contra a lei
A7(b5)         Am7(b5)   D7
sei que não me arrependi
Gm7   C7/9      F7M      Bb7M   Em7(b9)
Tenho um pedido só o último, talvez,
          A7/13
Antes de partir.

A7         D7M
Quando eu morrer
  Em7     A7   D7M
Me enterre na Lapinha
A7      D7M
Quando eu morrer
 Em7   A7        D7M
Me enterre na Lapinha
B7/13   E7/G#    A7/G   D/F#
Calça “culote", paletó, almofadinha.
B7/13   E7/G#    A7/G   D/F#           A7(b5)
Calça “culote", paletó, almofadinha.

Letra

Quando eu morrer me enterre na Lapinha,
Quando eu morrer me enterre na Lapinha
Calça, culote, palitó almofadinha
Vai meu lamento vai contar
Toda tristeza de viver
Ai a verdade sempre trai
E às vezes traz um mal a mais
Ai só me fez dilacerar
Ver tanta gente se entregar
Mas não me conformei
Indo contra lei
Sei que não me arrependi
Tenho um pedido só
Último talvez, antes de partir

Quando eu morrer me enterre na Lapinha,
Quando eu morrer me enterre na Lapinha
Calça, culote, palitó almofadinha
Sai minha mágoa
Sai de mim
Há tanto coração ruim
Ai é tão desesperador
O amor perder do desamor
Ah tanto erro eu vi, lutei
E como perdedor gritei
Que eu sou um homem só
Sem saber mudar
Nunca mais vou lastimar
Tenho um pedido só
Último talvez, antes de partir

Quando eu morrer me enterre na Lapinha,
Quando eu morrer me enterre na Lapinha
Calça, culote, palitó almofadinha
Calça, culote, palitó almofadinha
Adeus Bahia, zum-zum-zum
Cordão de ouro
Eu vou partir porque mataram meu besouro

Tempo feliz


Tempo feliz (samba, 1966) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Interpretação: Ciro Monteiro.

LP De Vinicius E Baden Powell Especialmente Para Ciro Monteiro / Título da música: Tempo feliz / Baden Powell (Compositor) / Vinicius de Moraes (Compositor) / Intérprete: Ciro Monteiro / Gravadora: Elenco / Ano: 1965 / Álbum: ME-24/ Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.


Tom: D

Intro: G/A

A/G                 D6/F#     F° A/G
Feliz o tempo que passou, passou
                     D6/F# F° F#m5-/7
Tempo tão cheio de recordações
           B7                 E/D
Tantas canções ele deixou, deixou
    E7                     Em7 A/G
Trazendo paz a tantos corações
                         D6/F# F° Em7
Que som mais lindo havia pelo ar
            A7      Am7 D7
Quanta alegria de viver
G7+       G#°               D/A
Ah, meu amor que tristeza me dá
             Bm7        E7/9
Ver o dia querendo amanhecer
A6/7       D6/F#
E ninguém cantar
B5+/7    Em7 A6/7 D6/F#
Mas meu bem deixa estar
B5+/7 E7/9  A6/7 Am7 D7
Tempo vai, tempo vem
G7+         G#°               D/A
E quando um dia esse tempo voltar
                Bm7
Eu nem quero pensar
           E7/9
No que vai ser
 A6/7    D6/F#
Até o sol raiar

Valsa de Eurídice

Valsa de Eurídice (1964) - Vinícius de Moraes - Interpretação: Ana Lúcia

LP Ana Lúcia Canta Triste / Título da música: Valsa de Eurídice / Vinícius de Moraes (Compositor) / Ana Lúcia (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1964 / Nº Álbum: XRLP 5239 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Valsa lenta.


Tom: C  

Fm7 Bb7 F7M G7 G/F Em7  F7M Em7 Bbm6   
Tantas  vezes         já partistes 
Dm7/9 G7      G/F    Em5-/7 A7 Dm7/11 G7 
Que   chego a desesperar 
F7M Bb7 F7M G7 
Chorei  tanto 
  G/F Em7 F7M/9 Em7   Bbm6 
Eu    sou tão  triste 
Dm7/9 Abdim/13-      Abdim G7   Cadd9 Fm6 Cadd9 F#m5-/7  
Que   já    nem sei mais      chorar 
Emadd9 B7/F#                Emadd9 
Oh,         minha amada não parta 
    B7/F#    Emadd9 
Não parta de mim 
G7M Em7 Bb7/11+ Am7/9 D7/9          Dm7/9  
Há                    na partida uma dor 
             Abm6 
Que não tem fim 
Fm7/9 Bb7 F7M G7 G/F Em7 F7M Em7 Bbm6 
Não   há  nada       que  comforte 
Dm7/9  G7 G/F           Em5-/7 A7 DEm7/11 G7 
A       falta dos olhos teus 
Fm7 Bb7 F7M G7 G/F Em7 F7M/9 
Pensa   que a    saudade  
Em7/9              Bbm6 
Mais que a própria morte 
Dm7/9   Abdim/13- G7  
Pode matar-me 
 Fm7/9 Bb7 Eb7M Ab7M Dm5-/7 G4/7 C6/9 
Adeus,               adeus 
Letra:

Tantas vezes já partiste
Que chego a desesperar
Chorei tanto, estou tão triste
Que já nem sei mais chorar

Oh, meu amado, não parta
Não parta de mim
Oh, uma partida que não tem fim

Não há nada que conforte
A falta dos olhos teus

Pensa que a saudade
Pode matar-me
Adeus

Canto do Caboclo Pedra Preta


Canto do Caboclo Pedra Preta (1966) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Baden Powell e Vinícius de Moraes - Participação: Quarteto em Cy

LP Os Afro-Sambas De Baden E Vinícius / Título da música: Canto do Caboclo Pedra Preta / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Baden Powell (Intérprete) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Quarteto em Cy (Partic.) / Gravadora: Forma / Ano: 1966 / Nº Álbum: FM-16 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba.



Pandeiro não quer que eu sambe aqui
Viola não quer que eu vá embora

Olô pandeiro, Olô viola
Olô pandeiro, Olô viola

Pandeiro quando toca faz Pedra-Preta chegar
Viola quando toca faz Pedra-Preta sambar

O pandeiro diz: Pedra-Preta não samba aqui, não
A viola diz: Pedra-Preta não sai daqui, não

Pedra-Preta diz: Pandeiro tem que pandeirar
Pedra-Preta diz: Viola tem que violar

O galo no terreiro fora de hora cantou
Pandeiro foi-se embora e Pedra-Preta gritou:

Olô pandeiro, Olô viola
Olô pandeiro, Olô viola

Canto de Iemanjá


Canto de Iemanjá - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Baden Powell e Vinícius de Moraes - Participação: Quarteto em Cy

LP Os Afro-Sambas De Baden E Vinícius / Título da música: Canto de Iemanjá / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Baden Powell (Intérprete) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Quarteto em Cy (Partic.) / Gravadora: Forma / Ano: 1966 / Nº Álbum: FM-16 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: Samba.



Iemanjá, Iemanjá
Iemanjá é dona Janaína que vem
Iemanjá, Iemanjá
Iemanjá é muita tristeza que vem

Vem do luar no céu
Vem do luar
No mar coberto de flor, meu bem
De Iemanjá
De Iemanjá a cantar o amor
E a se mirar
Na lua triste no céu, meu bem
Triste no mar

Se você quiser amar
Se você quiser amor
Vem comigo a Salvador
Para ouvir Iemanjá

A cantar, na maré que vai
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar
Bem mais além
Bem mais além do que o fim do mar
Bem mais além

Samba de uma nota só

Samba de Uma Nota Só (samba, 1960) - Newton Mendonça e Tom Jobim - Interpretação: João Gilberto

LP O Amor Sorriso E A Flor / Título da música: Samba de Uma Nota Só / Newton Mendonça (Compositor) / Tom Jobim (Compositor) / João Gilberto (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1960 / Nº Álbum: MOFB 3151 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Bossa Nova.


         Dbm7/-5     C7             Bm7/-5    E7
Eis aqui este sambinha feito numa nota só
Dbm7/-5         C7         Bm7/-5        E7
Outras notas vão entrar mas a base é uma só
Em7               A7/13           D7+       Dm7  G7
Esta outra é consequência do que acabo de dizer
Dbm7/-5            C7           Bm7/-5   E7 A7+
Como eu sou a consequência inevitável de você
Dm7                             G7/13
Quanta gente existe por aí que fala tanto
                      C7+/9
E não diz nada  ou quase nada
      Cm7                         F7/13
Já me utilizei de toda a escala
Bb7+                Bm7/-5            E7
No final não sobrou nada  não deu em nada
Dbm7/-5              C7         Bm7/-5       E7
E voltei pra minha nota como eu volto pra você
    Dbm7/-5             C7
Vou contar com a minha nota
       F7+       Bb7+
como eu gosto de você
Em7               A7/13     D7+              Dm7 G7
E quem quer todas as notas ré mi fá sol lá si dó
C7+                  B7         Bb7+   A7+
Fica sempre sem nenhuma fique numa nota só

Canto de Xangô


Canto de Xangô (samba, 1966) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Baden Powell e Vinícius de Moraes - Participação: Quarteto em Cy

LP Os Afro-Sambas De Baden E Vinícius / Título da música: Canto de Xangô / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Baden Powell (Intérprete) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Quarteto em Cy (Partic.) / Gravadora: Forma / Ano: 1966 / Nº Álbum: FM-16 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Samba.


Tom: Em7

       Em7             Am7  
Eu vim de bem longe Eu vim,
                        Em7  Am7
nem sei mais de onde é que eu vim
    Em7          Am7                   Em7
Sou filho de Rei Muito lutei pra ser o que eu sou
          Am7   D7            G       B7/F#      
Eu sou negro de cor      mas tudo é só amor   
Em7   Am7
em mim
          Em7  Am7       Em7  Am7
Tudo é só amor,        para mim
       Em7
Xangô Agodô
                 Am7   D7
Hoje é tempo de amor
             G    B7/F#       Em7  B7/D#
Hoje é tempo de dor,       em mim
      Em7  B7
Xangô Agodô
Em/G    B7/F#         Em7    Bm7
Salve , Xangô,    meu Rei Senhor
Em7       D7  G   B7
Salve meu orixá
Em7        B7/D#  Em/D   C#m7(b5)  
Tem sete   cores     sua    cor
 C7M            B7      Bb°   Am7
sete dias para a gente amar
Em/G     B7/F#      Em7   Bm7
Salve Xangô,          meu Rei Senhor
Em7      D7   G   B7
Salve meu orixá
Em7      B7/D#    Em/D  C#m7(b5)
Tem sete cores     sua       cor
  C7M              B7     Em7
sete dias para a gente amar
            Am7   D7
Mas amar é sofrer
            G  B7/F#  Em7  Am7
Mas amar é morrer     de dor
          Em7  Am7    Em7  Am7
Xangô, meu Senhor,     sarava!
         Em7
Me faça sofrer
           Am7   D7
Ah me faça morrer
            G   B7/F#   Em7  Am7
Mas me faça morrer        de amar
         Em7 Am7    Em7  Am7            Em7
Xangô, meu Senhor,     sarava!    Xangô Agodô

Bocochê


Bocochê (samba, 1965) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Baden Powell e Vinícius de Moraes - Participação: Quarteto em Cy

LP Os Afro-Sambas De Baden E Vinícius / Título da música: Bocochê / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Baden Powell (Intérprete) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Quarteto em Cy (Partic.) / Gravadora: Forma / Ano: 1966 / Nº Álbum: FM-16 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Samba.



Menina bonita pra onde "quo'cê" vai
Menina bonita pra onde "quo'cê" vai
Vou procurar o meu lindo amor
No fundo do mar
Vou procurar o meu lindo amor
No fundo do mar

É onda que vai
É onda que vem
É vida que vai
Não volta ninguém

Foi e nunca mais voltou
Nunca mais! Nunca mais!
Triste, triste me deixou

(Nhem, nhem, nhem)
É onda que vai
É onda que vem
(Nhem, nhem, nhem)
É vida que vai
Não volta ninguém
Menina bonita não vá para o mar
Menina bonita não vá para o mar
Vou me casar com meu lindo amor
No fundo do mar
Vou me casar com meu lindo amor
No fundo do mar

(Nhem, nhem, nhem)
É onda que vai
É onda que vem
(Nhem, nhem, nhem)
É a vida que vai
Não volta ninguém
Menina bonita que foi para o mar
Menina bonita que foi para o mar
Dorme, meu bem
Que você também é Iemanjá
Dorme, meu bem
Que você também é Iemanjá
Dorme, meu bem
Que você também é Iemanjá
Dorme, meu bem
Que você também é Iemanjá

Tristeza e solidão


Tristeza e Solidão (samba, 1963) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Baden Powell e Vinícius de Moraes - Participação: Quarteto em Cy

LP Os Afro-Sambas De Baden E Vinícius / Título da música: Tristeza E Solidão / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Baden Powell (Intérprete) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Quarteto em Cy (Partic.) / Gravadora: Forma / Ano: 1966 / Nº Álbum: FM-16 / Lado B / Faixa 3 / Gênero musical: Samba.


Tom: G

Dm                 Gm7/D
Sou da linha de umbanda
Dm              C4 C7(4)
Vou no babalaô
       Bb7M     Am7   Gm7      Am7
Para pedir pra ela voltar pra mim
Riff 1*                                     A7(b13)
Porque assim eu sei que vou morrer de dor

Riff 1
E|---------------------------|
B|---------3-1---------------|
G|-------2-----3-2-0---------|
D|---0h3-------------3-0-----|
A|-----------------------1-1-|
D|---------------------------|

Dm  Gm7/D       Dm   D9
E... la    não sabe
           Dm        Dm/C     D°
Quanta tristeza cabe numa solidão
Em7(b5)  A7(b13)          Dm7
Eu...     sei que ela não pensa
Bb7M            Gm7
Quanto a indiferença
Am7         Dm7          G/D
Dói num coração   (lara laia laia)

Dm     Gm7/D      Dm    (D9)
Se e... la     soubesse
          Dm           Dm/C              D°
O que acontece quando estou tão triste assim
Em7(b5)  A7(b13)   Dm7
Mas...  ela me condena
Bb7M        Gm7
Ela não tem pena
Am7           Dm7          G/D
Não tem dó de mim  (lara laia laia)
Letra:

Ela não sabe
Quanta tristeza cabe numa solidão
Eu sei que ela não pensa
Quanto a indiferença
Dói num coração

Se ela soubesse
O que acontece quando estou tão triste assim
Mas ela me condena
Ela não tem pena
Não tem dó de mim

Sou da linha de umbanda
Vou no babalaô
Para pedir pra ela voltar pra mim
Porque assim eu sei que vou morrer de dor

Samba do avião

Tom Jobim
Por toda a vida, Tom Jobim conservou um medo enorme de avião. Em sua primeira viagem para Nova York, por exemplo, o embarque teve lances de dramática indecisão, só se realizando depois que o amigo Fernando Sabino o convenceu de que o avião não iria cair. Sentia assim o maestro urna sensação de alívio nos momentos de chegada, quando sabia que em poucos minutos estaria são e salvo, pisando em terra firme.

Toda essa alegria ele procurou transmitir no “Samba do Avião” em que, além de descrever a aterrissagem no aeroporto do Galeão, faz uma singela declaração de amor ao Rio de Janeiro — “Este samba é só porque / Rio eu gosto de você”. Como não poderia deixar de ser, a canção descreve a paisagem vista de cima, contrastando com outros postais musicais cariocas.

Com numerosa discografia nacional e internacional, “Samba do Avião” tornou-se um clássico do repertório do grupo vocal Os Cariocas, em inspirado arranjo de Severino Filho, que faz a voz mais aguda, ocasionalmente em falsete, nesse excepcional quarteto (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Samba do avião (samba bossa, 1963) - Tom Jobim - Interpretação: Os Cariocas.

LP A Bossa dos Cariocas / Título da música: Rio / Tom Jobim (Compositor) / Os Cariocas (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1963 / Álbum: P 632.152 L / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba / Ficha técnica: Quartera, Badeco, Luis e Severino Filho.

C+/ 9  Eb0  Dm7/9 G7/13  C7+  E7/5+  F7+ Fm6
Minha alma canta     , Vejo o Rio de Janeiro
C7+      G/B              Gm7   A7
Estou morrendo de saudade
    D7/9
Rio teu mar  praias sem fim
   Dm7/9                G7/13
Rio você foi feito pra mim
C7+  Eb0 Dm7/9 G7/13 C7+ 
Cristo Redentor
E7/5+       F7+ Fm6
Braços abertos sobre a Guanabara
F/G             G7      Em7               Eb0
Este samba é só porque , Rio eu gosto de você
Fm7                Bb7/9   Dm7/9         G7/13
A morena vai sambar ,  Seu corpo todo balançar
     Gm7               A7/5+
Rio de sol  de céu  de mar
   D7/9
Dentro de poucos minutos estaremos no galeão
 Dm7/9
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
  G7/13
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
   Gm7          A7/5+
Aperte o cinto,  vamos chegar
D7/9
Água brilhando, olha a pista chegando
     Dm7/9  Db7+/9  C7+/9
E vamos nós  ,    Aterrar

Berimbau

Em que pese a qualidade de outras composições de Baden e Vinícius, o melhor da parceria são os chamados afro-sambas. Esta série inspirou-se em um elepê sobre sambas de roda e pontos de macumba, gravados nos terreiros da Bahia, que Vinícius ganhara do compositor baiano Carlos Coqueijo.

O primeiro afro-samba a se destacar foi “Berimbau”. Tendo a parte inicial calcada no som monocórdico desse instrumento e em cuja letra ressaltam alguns versos ideológicos (“O dinheiro de quem não dá / é o trabalho de quem não tem”), o samba explode na segunda parte, com um refrão vibrante e agressivo (“Capoeira me mandou / dizer que já chegou / chegou para lutar”), que é sustentado por um ritmo forte de candomblé.

Com tais características, “Berimbau” contrasta com o suave “Samba em Prelúdio”, sucesso anterior da dupla. Frequentemente executado pelos trios instrumentais que proliferavam na época no rastro do Tamba Trio, “Berimbau”, cujo sucesso tornou esse instrumento conhecido em todo o país, também recebeu grandes interpretações vocais, além de algumas gravações do próprio Baden, que o executou várias vezes no programa “O Fino da Bossa” (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Berimbau (samba, 1964) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérprete: Vinícius de Moraes

LP Première / Título da música: Berimbau / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Vinícius de Moraes (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1963 / Álbum: ME-6 / Gênero musical: Samba.

Intro: (Dm7 G/D) (Dm Am7)

O "(Dm7 G/D)" é feito assim:
e|--1-1-3--1-1-3--1-1-1--1-1-1--1-1-3-| 
B|--1-1-3--1-1-3--1-1-1--1-1-1--1-1-3-| 
G|--2-2-0--2-2-0--2-2-2--2-2-2--2-2-0-| 
D|--0-0-0--0-0-0--0-0-0--0-0-0--0-0-0-|

Dm                       Am7
Quem é homem de bem não trai
                         Dm
O amor que lhe quer seu bem
                            Am7
Quem diz muito que vai, não vai
                        Dm
Assim como não vai, não vem
                         Am7
Quem de dentro de si não sai
                       Dm
Vai morrer sem amar ninguém
                       Am7
O dinheiro de quem não dá
                         Dm
É o trabalho de quem não tem
                       Am7
Capoeira que é bom não cai
                           (Dm7 G/D)
Mas se um dia ele cai, cai bem

Gm7 C7         F7+   F7            Bb7
Capoeira me mandou dizer que já chegou
 A7           Dm D7
Chegou para lutar
Gm7  C7           F7+     F7            Bb7
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
    A7        Dm  
Tristeza, camará

Ponte: 2 vezes

e|------------------------------3-3--3--1-1--1-3----|
B|------------------------------3-3--3--1-1--1-3----|
G|------------------------------0-0--0--2-2--2-0----|
D|----------0h3-------------------------------------|
A|-0--3--5-------5--3--0----------------------------|
E|------------------------1--3----------------------|

Dm        Am7      Dm            Am7      Dm
Se não tivesse o amor (Se não tivesse o amor)
          Am7       Dm             Am7       Dm 
Se não tivesse essa dor (Se não tivesse essa dor)
            Am7     Dm               Am7     Dm
E se não tivesse sofrer (E se não tivesse sofrer)
            Am7      Dm              Am7     Dm 
E se não tivesse chorar (E se não tivesse chorar)

Essa parte é cantada com o solo da Ponte: 2 vezes
   Me-lhor e-ra   tu-do se a-ca-bar (Melhor era tudo se acabar)

e|----------------------------------3-3--3--1-1--1-3----|
B|----------------------------------3-3--3--1-1--1-3----|
G|----------------------------------0-0--0--2-2--2-0----|
D|----------0h3-----------------------------------------|
A|-0--3--5-------5--3--0--------------------------------|
E|---------------------------1--3-----------------------|

    Gm7  A7  Dm7      
Eu amei,    amei demais
          Bb7M                 C7             A7
o que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
      Gm7  A7    Dm7      
Eu chorei,    perdi a paz
             F                             Am7
mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais,
            (Dm7 G/D) 
mais do que eu

Gm7 C7         F7+   F7            Bb7
Capoeira me mandou dizer que já chegou
 A7           Dm   D7
Chegou para lutar
Gm7  C7           F7+     F7            Bb7
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
    A7        Dm  
Tristeza, camará

Dm7  G/D
Ê Ê Camará
Ê Ê Camará

Formosa (Baden Powell)



Formosa (samba, 1963-1964) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Interpretações: Elis Regina, Baden Powell e Cyro Monteiro.

CD Elis Regina No Fino da Bossa - Ao Vivo / Título da música: Formosa / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Elis Regina (Intérprete) / Cyro Monteiro (Intérprete) / Baden Powell (Intérprete) / Gravadora: Velas / Ano: 1994 / Álbum: 11-V030.V1 / Disco 1 / Faixa 2 / Gênero musical: Samba.


Tom: C  

G6  G7        C7M
Formosa , não faz assim .
  Bm5-/7  E7/9-      Am7  D79
Cari   nho    não é ruim.
            G6  Em7
Mulher que nega.
          Am F#5-/7 B7/9-
Não sabe não
Em7          F#5-/7
Tem algo de menos
B7/9-   Em   A7 Am7 D7/9-
No seu coração
G6   G7         C7M
Formosa,   não faz assim
  Bm5-/7  E7/9-       Am7  D79
Cari    nho    não é ruim
           G6  Em7
Mulher que nega
          Am F#5-/7 B7/9-
Não sabe não
Em7          F#5-/7
Tem algo de menos

B7/9-    Em   A7 Dm7
No seu  coração
G6/7    C7M                  C#m5-/7
A gente nasce ,  a  gente  cresce
         G7    G6 G7/6
A gente quer amar
           C7M
Mulher que nega
      C#m5-/7      G7   G6 G7/6
Nega oque não é para negar
          C7M              C#7/5-
A gente  pega,  a gente  entrega
          G7 F#7  F7 E7
A gente quer    morrer
Am7                  D7/9-
Ninguém tem nada de bom
        G6 G7M D
Sem sofrer.

Bom dia, amigo


Bom Dia Amigo (1962) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Interpretação: Mário Telles

LP Mário Telles / Título da música: Bom Dia Amigo / Vinícius de Moraes (Compositor) / Baden Powell (Compositor) / Mário Telles (Intérprete) / Gravadora: CBS / Ano: 1964 / Nº Álbum: 37353 / Lado A / Faixa 1.


C  Am     Dm7  G7 
Bom di--a,   ami---go 
       C    Am      Dm7   G7 
Que a paz  se-ja conti----go 
   C7(9)      F7M     G7 
Eu vim     so-men-te dizer 
          C     G7   
Que eu te a-mo tanto 
            Am  Dm  C6 
Que vou morrer 
  G7           Am  C   
A-mi--go... adeus 

Labareda


Labareda (samba, 1962) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Vinícius de Moraes e Odette Lara

LP Vinícius & Odette Lara / Título da música: Labareda / Baden Powell (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Vinícius de Moraes (Intérprete) / Odette Lara (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1963 / Nº Álbum: ME-1 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / MPB.



Oh, labareda te encostou
Lá vai, lá vai, labareda

Oh, labareda te queimou
Lá vai, lá vai, labareda

Oh, labareda te matou
Lá vai, lá vai, labareda

Te matou de tanto amor
Lá vai, lá vai, labareda

Oh, labareda te encostou
Lá vai, lá vai, labareda

Oh, labareda te matou
Lá vai, lá vai, labareda

Te matou de tanto amor
Lá vai, lá vai, labareda

Labareda
O teu nome é mulher
Quem te quer
Quer perder o coração
Rosa ardente
Bailarina da ilusão
Mata a gente
Mata de paixão

Labareda
Fogo que parece amor
Tua dança
É a chama de uma flor
Labareda
Quem te vê assim dançar
Em teus braços
Logo quer queimar
letras de

Só por amor


Só Por Amor (samba, 1962) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Vinícius de Moraes e Odette Lara

LP Vinícius & Odette Lara / Título da música: Só Por Amor / Baden Powell (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Vinícius de Moraes (Intérprete) / Odette Lara (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1963 / Nº Álbum: ME-1 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Samba / Bossa Nova / MPB.


Tom: C#m

  C#m7(b5) F#7 Bm7  Bm7(b5) E7     Am7  
Só       por amor Só      por paixão  
F#m7(b5) B7(b9) Em7/9  C            F#7    B7  
Só       por  você   Você que nunca dis_se não  
C#m7(b5) F#7   Bm7     Bm7(b5) E7    Am7  
Só       por saber Que o       co__ração  
F#m7(b5) B7(b9) Em7/9        C#º(b13) Am/C  F7M  
Sa_______be   demais Que a razão  
    B7(b13) Em7/9 Am7   B7            Em7  
Não tem   razão   Por você que foi só meu  
Am7   D7             G7M G6 C#m7(b5) F#7  
Sem jamais pensar porque    Por    você que apenas  
B7        C7M           C7/9           B7  B7(b9)  
ti__nha Razões e mais razões para não ser  
C#m7(b5) F#7  Bm7 Bm7(b5) E7   Am7  
Só       por amor Só      por ama__da  
F#m7(b5) B7(b9) Em7(9)    C#º(b13) Am/C F7M  
Só       por   amar meu amor        
      B7(b13) Em7  
Muito obri____gada 

Letra:

Só por amor
Só por paixão
Só por você
Você que nunca disse não
Só por saber
Que o coração
Sabe demais
Que a razão não tem razão

Por você que foi só minha
Sem jamais pensar por quê
Por você que apenas tinha
Razões e mais razões para não ser

Só por amor
Só por amado
Só por amar
Meu amor, muito obrigado
Meu amor, muito obrigado

Tem dó


Tem Dó (samba, 1962) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Interpretação: Os Cariocas

LP Mais Bossa Com Os Cariocas / Título da música: Tem Dó / Baden Powell (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Os Cariocas (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1963 / Nº Álbum: P 632.177 L / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba / Bossa Nova / MPB.


Tom: C

(intro) D7   C7   B7   E7   EbM7

Dm7  Am7 D7     GM7 G#dim7
Ai,         tem dó
             D            E7          Em7 A7(b5)
Quem viveu junto não pode nunca viver só
D7  AbM7   GM7 G#dim7
Ai,    tem dó
        D     Bm7          E7   A7     D6  EbM7
Mesmo porque você não vai ter coisa melhor

Dm7  Am7 D7     GM7 G#dim7
Ai,         tem dó
             D            E7          Em7 A7(b5)
Quem viveu junto não pode nunca viver só
D7  AbM7   GM7 G#dim7
Ai,    tem dó
        D     Bm7          E7   A7     D6
Mesmo porque você não vai ter coisa melhor

A7             D7
Não me venha achar ruim
        GM7       G#dim7
Porque você me conheceu assim
D                   E7
Me diga agora, e agora?
Em7                     A7
Não foi assim que você gamou?

Am7        D7
Você sabe muito bem
           GM7         G#dim7
Que mesmo louco assim gamei também
        DM7     E7
Me diga agora, ora, ora
          EM7             A7    D
Será que alguém não foi quem mudou?

(instrumental)

(repete tudo)
Letra:

Ai, tem dó
Quem viveu junto não pode nunca viver só
Ai, tem dó
Mesmo porque você não vai ter coisa melhor

Não me venha achar ruim
Porque você me conheceu assim
Me diga agora, e agora?
Não foi assim que você gamou?

Você sabe muito bem
Que mesmo louco assim gamei também
Me diga agora, ora, ora
Será que alguém não foi quem mudou?

Samba triste

Samba triste (composto em 1956 - samba, 1960) - Billy Blanco e Baden Powell - Interpretação de Rosana Toledo

Disco 78 rpm / Título da música: Samba triste / Powell, Baden (Compositor) / Blanco, Billy (Compositor) / Toledo, Rosana (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1960 / Álbum 14590 / Lado A / Gênero musical: Samba.


Tom: C  

 F#°          F° 
Samba triste 
         Am  Am/G 
A gente faz assim 
F#°     F° 
Eu aqui 
       Em7/5-        A7/13- 
Você longe de mim, de mim 
 Dm7       G7 
Alguém se vai 
        C7M    E7  Am7 
Saudade vem e fica perto 
 F#° 
Saudade resto de amor 
   Dm6/F            E7/13- 
De amor que não deu certo 
 F#°          F° 
Samba triste 
          Am     Am/G 
Que antes eu não fiz 
F#°        F° 
Só porque 
        Em7/5-        A7/13- 
Eu sempre fui feliz, feliz 
 Dm7       G7 
Agora eu sei 
            C7M        E7  Am7 
Que toda a vez que o amor existe 
             A° G#°  Am       Am/G 
Há sempre um samba triste, meu bem 
           A° G#°  Am   Am/G 
Samba que vem de você, amor

Deve ser amor


Deve Ser Amor (1956) - Baden Powell e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Vinícius de Moraes e Odette Lara

LP Vinícius & Odette Lara / Título da música: Deve Ser Amor / Baden Powell (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Vinícius de Moraes (Intérprete) / Odette Lara (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1963 / Nº Álbum: ME-1 / Lado B / Faixa 4 / Gênero musical: Cha-cha-chá.



Sim, sinceramente, amor
Eu não sei o que se passa em mim
É assim como uma dor
Mas que dói sem ser ruim
Sim, é ter no coração
Sempre uma canção
É tão embriagador
Deve ser, sim
Deve ser amor

Samba, samba diferente
Isto é estar contente
Gosto de chorar, de chorar (de chorar)
Samba, ritmo envolvente
Como o amor da gente
Samba em chá-chá-chá
Chá-chá-chá (chá-chá-chá)

Toquinho - Letras, cifras e músicas

São demais os perigos desta vida


São Demais os Perigos Desta Vida (1971) - Toquinho e Vinícius de Moraes - Intérpretes: Toquinho e Vinícius de Moraes

LP São Demais Os Perigos Desta Vida / Título da música: São Demais os Perigos Desta Vida / Toquinho (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Vinícius de Moraes (Intérprete) / Toquinho (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1971 / Nº Álbum: 303.0015 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: MPB / Bossa Nova.


 Em                     Am7    B7      
São demais os perigos desta vi.....da
Cº    B7/5+ B7 Em
Pra quem tem paixão
Bm7/5-    E7          Bm7/5- E7      Bm7/5-  E7
Principalmente  quando uma lua chega de repente
    Bm7/5-   E7            Am     Am/G
E se deixa no céu como esqueci . . .da
Gbm7/11    B7       Gbm7/11   B7
E se ao luar que atua desvairado
F5-           E7+       A7/11
Vem se unir uma música qualquer

A7     Bbº                 Em/B   C7+
Aí então é preciso ter cuidado
Gbm7/5-         B7           Em
Porque deve andar perto uma mulher
E7/9-  Bbº               Em/B   C7+
Aí então é preciso ter cuidado
Gbm7/5-         B7           Em
Porque deve andar perto uma mulher

     Gbm7/5-     B7            Em
De andar perto uma mulher que é feita
    E7/9-   E7         Am7
De música luar e sentimento
D7        D/C           A7/Db  C
E que a vida não quer de tão perfeita
  B7                       Em
Uma mulher que é como a própria lua
Bm7/5-        E7          Am    Am/G
Tão linda que só espalha sofrimento
C        B7             F     E7
Tão cheia de pudor que vive nua
Bm7/5-         E7            Am
Tão linda que só espalha sofrimento
C           B7          Em
Tão cheia de pudor que vive nua

B7                 Em                      Am7  B7
São demais /  São demais os perigos desta vi . ..da
Cº      B7/5+      C7+    F7+     Em
Pra quem  tem  paixão