
sábado, 18 de setembro de 2010
Cifras de músicas gaúchas

Vida de solteiro
Teixeirinha
Vida de Solteiro
Tom: C7
Intro: F C7 F
Nascido e criado lá meu Rio Grande
C7
não tem quem me mande eu sou meu patrão
Encilho meu pingo quando amanhece
F
e quando anoitece estou noutro rincão
Chego numa festa de chapéu tapeado
C7
não sou mal criado trato com respeito
Eu toco violão e sou bom cantador
F
ser namorador é meu maior defeito
Int.
Gosto de carreira e de briga de galo
C7
tenho um bom cavalo para condução
Por onde eu passo eu namoro um pouco
F
mas eu não sou louco prender o coração
As moças perguntam porque não me caso
C7
eu não me atraso pra dar a resposta
Eu sou muito novo e se eu me casar
F
irei carregar uma mulher nas costas
Int.
As velhas implicam por que não me amarro
C7
só ponho no barro algum namoradinho
Conheço as morenas, das loiras eu entendo
F
mas não me arrependo de viver sozinho
Em porta de baile eu arrasto as esporas
C7
briga sem demora logo me aparece
Puxo meu facão e no meio da sala
F
eu encho de bala quem não me obedece
Int.
A vida é tão curta por isso aproveito
C7
vivo desse jeito até quando eu quiser
Quero aproveitar a vida de solteiro
F
gasto meu dinheiro e não quero mulher
Se eu me casar eu perco a liberdade
C7
vou sentir saudade das noites de farra
Mais quando eu cansar de viver na orgia aí,
F
qualquer dia uma moça me agarra
Verde e amarelo
Teixeirinha
Verde e Amarelo
Tom: F
Intro: F C7 F
Sou caboclo amante da minha terra de um ranchinho lá da serra
C7
Eu cheguei estou aqui
Sou tão simples como a flor da pitangueira
mas eu conheço a bandeira
F C7 F
Desta terra brasileira pátria amada onde eu nasci
Bb
Não desfaça da minha simplicidade da vergonha e da hombridade
C7
Que eu trouxe da verde mata
Bb F
Sou caboclo, sou a água da cachoeira
C7 F
Sou o sabiá laranjeira sou a lua cor de prata
Int.
Sou caboclo, da bandeira o amarelo
sou os trigais dourado e belo
C7
Sou a soja e o arrozal
Sou o verde da bandeira, o campo, é céu o Brasil é meu troféu
F C7 F
O caboclo sem chapéu cantando o hino nacional
Bb
Sou vinte e duas estrelinha cor da água
sou um brasileiro sem mágoa
C7
A grandeza do universo
Bb F
Sou a haste da bandeira, sou azul
C7 F
Sou o cruzeiro do sul sou a ordem o progresso
Int.
Sou caboclo deste Brasil continente sou a bandeira imponente
C7
Amo ela e não é pouco
Se um irmão do meu verso desmerece menos do que eu conhece
F C7 F
A bandeira que enaltece este meu Brasil caboclo
Bb
O bom Jesus nasceu de Maria santa e este caboclo que canta
C7
De outra Maria nasceu
Bb F
Outra Maria eu casei e me beija a boca
C7 F
É a mais linda cabocla brasileira que nem eu
Int.
Veneno da terra
Teixeirinha
Veneno da Terra
Tom: Ab7
Intro: Db Ab7 Db
Ab7
Veio o progresso destruiu as matas
Db
e os passarinhos já foram embora
Ab7
Os que não foram o veneno matou
Db
ai que tristeza o Rio Grande de outrora
Ab7
Sei que o progresso é muito importante
Db
mais muita coisa ele também destrói
Ab7
A natureza silvestre e saudável
Db
não tem mais, o coração me dói
Ab7
Não vejo as águas dos rios e riachos
Db
tão cristalina como antigamente
Ab7
Onde as espécies matavam a sede
Db
e a natureza sorria pra gente
Gb
Veneno bravo do progresso louco
Ab7 Db
poluiu tudo desgraçadamente
Int.
Ab7
É muito lindo verduras plantadas
Db
ver os trigais, os arrozais também
Ab7
Mais á na base do puro veneno
Db
então me diga que graça isso tem
Ab7
Ganância triste querem plantar tudo
Db
por que não plantam só a metade
Ab7
Preservem as matas e mãe natureza
Db
que dá saúde para humanidade
Ab7
Como é que antes plantavam a colhiam
Db
sem o veneno não havia a fome
Ab7
Por que um inseto combatia o outro
Db
e não morria envenenado o homem
Gb
Mas gananciosos derrubaram as matas
Ab7 Db
e é só veneno que o povo consome
Int.
Ab7
Quero a volta das verdes matas
Db
quero as espécies do animal nativo
Ab7
Quero os peixes de águas puras
Db
e também quero o progresso vivo
Ab7
Quero retorno dos passarinhos
Db
quero a pureza dos campos e da serras
Ab7
Pra não matar o homem do amanhã
Db
não ponham mais veneno na terra
Ab7
Quero que morra o cientista burro
Db
e no caixão leve todo o veneno
Ab7
Quero que nasce um cientista humano
Db
com outra química para o terreno
Gb
Vão se unir as matas e as plantações,
Ab7 Db
e amanhecer molhados de sereno
Int.
Velho casarão
Velho Casarão (xote) - Teixeirinha
LP 20 Anos de Glória - 1979
LP 20 Anos de Glória - 1979
Tom: E
Intro: E A B7 E
B7
Velho casarão já quase tapera
E
da grande figueira sombreando o telhado
B7
Se ela falasse contava a história
E
de quem te plantou há um século passado
B7
Mas como eu sou neto de quem lhe plantou
E
eu conto a história casarão amado
A
Nas suas paredes tem furo de bala
B7
das revoluções que a história fala
A B7
Serviu de trincheira a varanda e a sala
E
pra seu construtor meu avô afamado
Int.
B7
Ali meu avô os doze filhos criou
E
sou filho que um empunhou a bandeira
B7
Meu avô morreu e ficou o meu pai
E
mandando na estância pela vida inteira
B7
Meus tios foram embora pra outra querência
E
ficou o casarão que foi sempre trincheira
A
Na frente o meu pai seu chimarrão tomava
B7
comigo no colo ele me embalava
A B7
Com a minha mãe os dois cantarolavam
E
para mim dormir na sombra da figueira
Int.
B7
Lá por trinta e dois houve outra revolta
E
as forças chegaram e foram invadindo
B7
Meu pai minha mãe abraçados aos fuzis
E
velho casarão outra vez resistindo
B7
Lá do meu berço eu sai engatinhando
E
pra ver e ouvir a bala zunindo
A
As forças recuaram acabou a desgraça
B7
a figueira grande abafou a fumaça
A B7
Meu pai demonstrou ter ficado com a raça
E
do meu velho avô que brigava sorrindo
Int.
B7
Casarão querido da grande figueira
E
ali fiquei moço faceiro e pachola
B7
Meu pai me ensinou a ser bom cantador
E
e o primeiro acorde de uma viola
B7
Depois veio a morte e levou os meus pais
E
sai pelo mundo minha fama minha rola
A
Quando ficar velho, velho casarão
B7
volto pra contigo tombar no chão
A B7
Da grande figueira quero o meu caixão
E
e pra minha alma o céu por esmola
Int.
Infância frustrada
Infância frustrada - Teixeirinha
LP Que Droga de Vida - 1982
LP Que Droga de Vida - 1982
Tom: E
Intro: D A E7 A
E7 A
O fim do ano está chegando novamente
E7
Me faz lembrar da minha infância tão cruel!
D A
Eu me frustrava, como eu me sentia mal
E7
Naquele dia: vinte e cinco do Natal
A
Pobre de mim! Não tinha o bom Papai Noel.
REFRÃO
E7 A
Papai Noel, quanta tristeza você me dava
E7 A
Papai Noel, no meu ranchinho você não chegava!
Int.
E7 A
Naquele tempo pensei que o bom Papai Noel
E7
Ele viesse pra criançada toda em geral
D A
Acreditava ardorosamente no bom velhinho
E7
Que também vinha poro menino pobrezinho
A
Vem até hoje mais só quem pode ganha o Natal
E7 A
Papai Noel velhinho esnobe, é comercial
E7 A
Papai Noel por isso os pobres não ganham Natal
E7 A
Papai Noel hoje eu entendo quem é você
E7
É um comerciante que só propaga na televisão...
D A
Não vem do céu, como eu pensava, antigamente
E7
Ainda judias do pobrezinho do inocente
A
Como judiava do coitadinho do meu coração
E7 A
Papai Noel hoje eu me vejo em cada criança
E7 A E7 A
Papai Noel que continuas na desesperança
Vai cantador
Teixeirinha
Vai Cantador
Tom: D
Intro: A7 D A7 D
D A7 D
Ponteando sua viola lá vai indo o cantador
A7
Nos seus versos bem rimados vai cantando a sua dor
G D
Sua voz cheia de mágoa sai do peito sofredor
A7 D
Na sua melancolia eu ouvi quando dizia saudades de um grande amor.
A7
Vai cantador, desabafa tua mágoa, pra onde tu vais eu venho
D
Notes bem que eu também tenho, os meus olhos rasos d'água.
D A7 D
Escuta minha tristeza no ponteio da viola
A7
Os acordes doloridos é o pouco que me consola
G D
Pareço um menino triste que ainda não teve escola
A7 D
Pareço com o jogador que jogou o próprio amor agora pede esmola.
A7
Vai cantador, tu vais voltar como eu quem vai atrás de guarida
D
Nos caminhos desta vida saudades nunca morreu.
D A7 D
Viola quando eu morrer vou te deixar de herança
A7
Pra aquela ingrata mulher uma dia terá lembrança
G D
De chegar na campa fria nem que seja por vingança
A7 D
Depositar uma flor para o triste cantador que eternamente descansa
A7
Vai cantador que de volta estou chegando não há consolo alem
D
Irás aonde eu fui também, também voltarás chorando.
Um mundo de amor
Teixeirinha
Um Mundo de Amor
Tom: Dm
Intro: Dm A7 Dm
Que bom se eu pudesse um dia
A7
levar alegria pra quem tem tristeza
Que se eu fosse mais que os nobres
Dm
pra levar aos pobres o pão sobre a mesa
D7 Gm
Quem bom seu pudesse sair fazer o surdo ouvir e mudo falar
Dm A7
Que bom se eu pudesse fazer o paralítico andar e correr
Dm
E o bom ceguinho eu fizesse enxergar
C
(Eu não queria ser cristo senhor
Bb A7
Nem eu o cantor que vive de canções
Gm Dm
Eu simplesmente só queria ser
A7
Um homem qualquer que tivesse o poder
Bb A7 Dm
Pra dar alegria a tantos corações)
Int.
Que bom se eu pudesse agora para as mães
A7
que choram buscar seu filho amado
Que bom se eu pudesse acalmar
Dm
a viúva a chorar, o esposo sepultado
Que bom se eu pudesse a amante curar
D7 Gm
num instante seu coração da dor
Dm
Se eu pudesse os enfermos curar
A7
e as guerras pudesse acabar
Dm
E fazer do mundo um mundo de amor
( )Int.
Que bom se eu pudesse ao ladrão
A7
lhe tornar cidadão de roubar ele deixasse
Que bom se eu tornasse o bandido num bom pai,
Dm
bom marido da prisão eu lhe soltasse
D7 Gm
Que bom se ao ébrio eu pudesse e ele viesse do álcool deixar
Dm
Que bom que seria e que prazer profundo
A7
se eu pudesse dar paz a este mundo
Dm
Para todos crescer, viver e amar
( )Int.
Última ginetiada
Teixeirinha
Última Ginetiada
Tom: C#7
Intro: F# C#7 F#
C#7
Eu encilhei o meu cavalo e levei outro
F#
fui convidado pra uma linda ginetiada
B Cº F#
Sai do rancho virava de meia noite
C#7 F#
a estrela Dalva repontava a madrugada
C#7
Cheguei na festa o dia vinha clareando
F#
chegava o povo de carreta e a cavalo
B Cº F#
As oito horas tinha um concurso de rédeas,
C#7 F#
as dez e meia outro concurso de pealo Bis
Int.
C#7
Levei um zaino e um tordilho bom de rédeas
F#
com dois cavalos e com sobra de recursos
B Cº F#
Passei do zaino os arreios pra tordilho,
C#7 F#
já levantei com o primeiro concurso
C#7
As dez e meia outro concurso de pealo
F#
passei pro zaino os arreios novamente
B Cº F#
Soltaram o potro, meu laço estava armado,
C#7 F#
botei certinho nas duas patas da frente Bis
Int.
C#7
Ao meio dia o churrasco foi um colosso
F#
cantei um xote pra saudar a gauchada
B Cº F#
No entrevero vi tanta prenda bonita,
C#7 F#
no meio delas minha antiga namorada
C#7
E a meia tarde uma sanfona só chorava,
F#
deu um fandango e eu já me misturei
B Cº F#
O sanfoneiro era o Adelar Bertussi,
C#7 F#
por ser dos bons tirei a prenda e dancei Bis
Int.
C#7
Entrou a noite o fandango se animou,
F#
como foi lindo aquele divertimento
B Cº F#
A minha antiga namorada estava bela
C#7 F#
chamou seu pai e já marquei o casamento
C#7
Passei por lá uma semana e me casei
F#
genro fiquei do seu Antônio Maximino
B Cº F#
Me despedi da gauchada e retornei
C#7 F#
eu vim no zaino e ela veio no tordilho Bis
Int.
Última carta
Teixeirinha
Última Carta
Tom: D
Intro: D A7 D A7 D
D
Eu recebi uma carta
A7
De um amor que já gostei
Saudades mandou lembranças
D
Por isto já esperei
Mas agora é muito tarde
A7
Tuas cartas eu já queimei
Em
E o teu retrato morena
A7 D
Por desaforo rasguei
Quantas noites sem dormir
A7
Por tua causa passei
Perdi momentos preciosos
D
Nas vezes que te visitei
Quantos versos de autoria
A7
Pra você eu dediquei
Em
Não respondo a sua carta
A7 D
De ser traído cansei
O prazer que ainda me resta
A7
Que de tudo eu me vinguei
O amor que deste a outro
D
Eu primeiro que gostei
Os lábios que outro beija
A7
Eu primeiro que beijei
Em
Eu não estou me gabando
A7 D
Teu nome não declarei
Na firma do nosso amor
A7
Um erro grande eu achei
Botaste um sócio honorário
D
Por isto eu me retirei
Resposta da tua carta
A7
É estes versos que cantei
Em
Sociedade com outro
A7 D
No amor nunca gostei
Tropeiro velho
Tropeiro velho (xote) - Teixeirinha
Tom: E7
Intro: A E7 A
E7
Tropeiro velho de tanta tristeza
A
esconde o rosto na aba do chapéu
E7
Olha os cravados no fogo do chão
A
olha a fumaça subindo pro céu
E7
Quebra de um tapa o seu chapéu na testa
A
esqueça os teus oitenta janeiros
E7
Repare os campos lá vem a boiada
A
ela estrada gritando tropeiro
A7 D
Tropeiro velho não levanta os olhos
A
não tem mais força é o peso da idade
E7
Acabrunhado à beira do fogo
A
está morrendo de tanta saudade Bis
Int.
E7
Tropeiro velho sou um moço novo
A
uma proposta te farei agora
E7
Me dá teu pala o relho e o chapéu
A
bombacha e botas e o par de esporas
E7
Me dá o cavalo e o arreio completo
A
vou continuar no teu lugar tropeando
E7
Tropeiro velho levantou os olhos
A
sentado mesmo me abraçou chorando
A7 D
Beijou meu rosto e foi fechando os olhos
A
entregou tudo e morto tombou
E7
Morreu feliz porque vou continuar
A
as tropeadas que ele tanto amou Bis
Int.
E7
Enterrei ele na beira da estrada
A
pra ver a tropa que passa e se vai
E7
Vejam na cruz vocês vão saber
A
tropeiro velho era o meu próprio pai
E7
Adeus meu pai tropeiro dos pampas
A
teu pensamento cumprirá teu filho
E7
Estou fazendo aquilo que fizeste
A
grita a boiada em cima de um lombilho
A7 D
Tropeiro velho hoje descansa em paz
A
estou fazendo aquilo que ele fez
E7
Os anos passam também fico velho
A
vou esperando chegar minha vez
Int.
Triste madrugada
Teixeirinha
Triste Madrugada
Tom: E
Intro: E E7 A B7 E
B7 E
Vem vindo a madrugada, como é triste
B7
lá vou eu perambulando pelas rua
A B7
Sou um vulto sem destino a caminhar
E
companheiro da querida imagem sua
A
Você dorme nesta hora, sei que dorme
B7 E
e não sabe que eu me encontro tão sozinho
B7
Relembrando o passado tão feliz
E
quando era todo meu o seu carinho
Int.
B7 E
Eu queria nesta hora estar juntinho
B7
dos teus braços a chorar no seu ouvido
A B7
Escutar dos teus lábios soluçando
E
fica sempre aqui comigo amor querido
A
Como é triste esta fria madrugada
B7 E
acordado estou sonhando com você
B7
Minha bela e querida namorada
E
não quer mais o meu amor não sei porque
Int.
B7 E
Se eu morresse nesta triste madrugada
B7
seria tão alegre para mim
A B7
Eu deixava de sofrer por teu amor
E
minha mágoa, minha dor teria fim
A
Lá na campa onde eu ia repousar você
B7 E
talvez levaria-me uma flor
B7
Lia o meu nome escrito na santa cruz
E
este infeliz aqui morreu por teu amor
Int.
Tordilho negro
Teixeirinha
Tordilho Negro
Tom: A
Intro: D A7 D
A7
Correu notícia de um gaúcho lá na estância do paredão
D
Tinha um cavalo tordilho negro foi mal domado ficou redomão
G A7
Esse gaúcho dono do pingo desafiava qualquer peão
Dava o tordilho negro de presente
D
pra quem montasse sem cair no chão
G A7
Eu fui criado na lida de campo não acredito em assombração
D
Fui na estância topar o desafio correu boato na população
Int.
A7
Era um domingo clareava o dia puxei o pingo e o povo reuniu
Joguei os trastes no lombo do taura
D
murchou a orelha tive um arrepio
G A7
Botei a ponta da bota no estribo algum gaiato por perto sorriu
D
Ainda disseram comigo eram oito que boleou a perna montou e caiu
G A7
Saltei do lombo e gritei pro povo este será o último desafio
Tordilho negro berrava na espora
D
por vinte horas ninguém mais nos viu
Int.
Mais de uma légua o pingo corcoveou
A7
manchou de sangue a espora prateada
D
Anoiteceu o povo pelo campo procurando o morto pela invernada
G A7
Compraram vela fizeram o caixão a minha alma estava encomendada
D
A meia noite mais de mil pessoas deixaram da busca desacorçoadas
G A7
Dali a pouco ouviram o tropel olharam o campo noite enluarada
Eu vinha vindo no tordilho negro feliz
D
saboreando a marcha troteada
Int.
Boleei a perna na frente do povo
A7
deixei a rédea arrastar no capim
D
Banhado em suor o tordilho negro ficou pastando ao redor de mim
G A7
Tinha uma prenda no meio do povo muito gaúcha eu falei assim
D
Venha provar a marcha do tordilho faça o favor monte no selim
G
Andou no pingo mais de meia hora
A7
deu me uma rosa lá do seu jardim
Levei pra casa meu tordilho negro
D
é mais uma história que chega no fim
Int.
Só espero ser feliz
Teixeirinha
Só Espero Ser Feliz
Tom: C7
Intro: F C7 F
C7
Adeus amigos companheiros de serestas
F
eu me despeço desta noite dos senhores
C7
Levo lembranças, recordações das nossas festas
F
das serenatas, noites lindas, tantos amores
C7
Hoje pra sempre me despeço da boemia
F
deixo a cidade, volto para o interior
C7
Eu tenho alguém que lá espera noite e dia
F
já me cansei e vou viver pra aquele amor
Int.
C7
Minha querida estou de volta para ti
F
sofreste muito com minha ausência lá na cidade
C7
Eu fui rapaz muito boêmio, me diverti
F
minha adorada, primeiro amor, me deu saudade
C7
Trouxe o violão toda herança do meu passado
F
quero cantar depois do nosso casamento
C7
As serenatas ao teu ouvido, só a teu lado
F
e te amar por toda vida fiz juramento
Int.
C7
Não chores muito, meu grande amor, tenha alegria
F
por que o boêmio que tu amas hoje se cala
C7
O meu passado encerro hoje nesta melodia
F
e o violão vai pra parede da nossa sala
C7
Quero beijar a tua boca com ternura
F
te abraçar forte junto ao meu coração
C7
Quero esquecer as minhas noites de aventuras
F
quando eu cantar só para ti esta canção
Int.
C7
Deus abençoe o nosso lar por toda vida
F
quero moral, quero respeito e orações
C7
Também prometo ser fiel minha querida
F
do bom casal são todas estas obrigações
C7
Por me esperar por tanto tempo e ser sincera
F
eu agradeço por todo o bem que me quis
C7
Serás pra mim sempre a primeira primavera
F
e o teu boêmio só espera ser feliz Bis
Int.
Santa Catarina
Teixeirinha
Santa Catarina
Tom: F
Intor: F C7 F
C7
Quero te saudar cantando minha Santa Catarina
F
Eu não fui nascido aí, mas tudo aí me fascina
C7
As tuas praias de mar majestosa obra divina
F
As montanhas verdejantes com a água do mar combina
Bb C7
Tua linda Florianópolis se espelha no verde mar
Bb F C7 F
Contrasta com a natureza e uma sereia a cantar
Bb C7
A lua derrama prata depois que a noite desce
Bb F C7 F
O sol se transforma em ouro depois que o dia amanhece
C7
Linda Santa Catarina da extensão da grandeza
F
Tuas serras são encantos e os teus vales é só beleza
C7
Tuas cidades festivais não há sinal de tristeza
F
Tua gente me comove com tanta delicadeza
Bb C7
Tuas louras e morenas tem perfume da flor
Bb F C7 F
Canto Santa Catarina quase morrendo de amor
Bb C7
Mulher feia nesta terra não poderia nascer
Bb F C7 F
Dentro de tanta beleza só beleza pode haver
C7
Meu povo catarinense, meu amigo, meu irmão
F
Faz divisa com o Rio Grande no meio do coração
C7
Catarinense e o gaúcho tem a mesma tradição
F
É só me estender o braço que eu te alcanço o chimarrão
Bb C7
Finco o espeto na divisa, carne gorda e bem assada
Bb F C7 F
Me alcance a tua farinha que alcanço a faca prateada
Bb C7
Tomamos o nosso vinho, selo da nossa amizade
Bb F C7 F
Brindamos Getúlio Vargas e Anita Garibaldi
Relho trançado
Teixeirinha
Relho Trançado
Tom: E
Intro: A E7 A E7 D A E7 A
E7
Um mau elemento me desafiou
A
De certo não sabe ainda quem eu sou!
E7
Me pediu resposta,aqui eu estou,
D A E7 A
Esperando a briga que tu me marcou!
E7
Tu sabe onde eu moro e por onde eu passo,
A
A raça que eu tenho e a força do braço.
E7
Trás o teu trabuco e as balas de aço,
D A E7 A
Tu erras os tiros e eu te passo o laço!
E7
Meu relho trançado eu carrego comigo
A
É a arma que eu tenho prá fraco inimigo!
E7
Tu puxa o trabuco e eu sou um perigo
D A E7 A
E marco o teu lombo no sistema antigo.
E7
Velhinho ordinário, tu já é arroz,
A
Pelo teu recado o filho vem depois!
E7
Eu conheço a tropa e o mugir dos bois
D A E7 A
Traz o filho junto, que eu bato nos dois!
E7
Cão que muito ladra não morde ninguém
A
Quem manda recado é certo que não vem!
E7
Mas, se acaso vir, já me preparei bem:
D A E7 A
Meu relho trançado muita fama tem!
E7
Tu, antes de vir, compra a uma gamela,
A
Ponha sal bem grosso e água morna nela
E7
Prá salgar teu lombo, também as canela,
D A E7 A
Depois cala a boca, língua de tramela!
Int.: A E7 A E7 D A E7 A
Querência amada
Querência amada (xote) - Teixeirinha
Tom: A
Intro: E A E B7 E
A
Quem quiser saber quem sou olha para o céu azul
B7 A B7 E
E grita junto comigo viva o Rio Grande do Sul
A
O lenço me identifica qual a minha procedência
B7 A B7 E
Da província de São Pedro padroeiro da querência
B7 E B7 E
Ó meu Rio Grande de encantos mil disposto a tudo pelo brasil
B7 E B7
Querência amada dos parreirais da uva vem o vinho
E
Do povo vem o carinho bondade nunca é demais
A
Berço de flores da cunha e de borges de medeiros
B7 A B7 E
Terra de Getúlio Vargas presidente brasileiro
A
Eu sou da mesma vertente que deus saúde me mande
B7 A B7 E
E que eu possa ver muitos anos o céu azul do rio grande
B7 E B7 E
Te quero tanto torrão gaúcho morrer por ti me dou o luxo
B7 E
Querência amada planícies e serras
B7
Os braços que me puxa da linda mulher gaúcha
E
Beleza da minha terra
A
Meu coração é pequeno porque deus me fez assim
B7 A B7 E
O Rio Grande é bem maior mas cabe dentro de mim
A
Sou da geração mais nova poeta bem macho e guapo
B7 A B7 E
Nas minhas veias escorrem o sangue herói dos farrapos
B7 E B7 E
Deus é gaúcho de espora e mango foi maragato ou foi chimango
B7 E B7
Querência amada meu céu de anil este Rio Grande gigante
E
Mais uma estrela brilhante na bandeira do Brasil
Que droga de vida
Que droga de vida (valsa) - Teixeirinha
LP Que Droga de Vida - 1982
LP Que Droga de Vida - 1982
Tom: C
Intro: C G7 F G7 C G7 F C G7 C
Que droga de vida que eu estou levando
G7
com esta mulher está me matando
F G7
Com tantas mulheres que existe no mundo
C
suspiro profundo com outra sonhando
Que droga de vida que estou alegando
G7
com esta mulher me sacrificando
F G7
Há outras mulheres da alma mais pura
C
minha procura e eu vivo enjeitando
G7 C
Que droga de vida mais a culpa é minha
G7 C
não é uma rainha pra me chicotear
F C
Que tenha um coração igual a um tesouro
G7 C
e eu sou um tolo deixo me judiar
Que droga de vida que eu estou passando
G7
com esta mulher só me castigando
F G7
Tem outras mulheres que tem mais beleza
C
mais tenho certeza que estou acordando
Que droga de vida que estou
G7
amargando com esta mulher me amargurando
F G7
Vou mostrar pra ela que eu venço o duelo
C
em outro castelo alguém está me esperando
G7 C
Que droga de vida que viver tristonho
G7 C
quero ser risonho com um novo amor
F C
Quero ser feliz tenho esse direito
G7 C
de tirar do peito essa triste dor
Que droga de vida que vivo chamando
G7
pra essa mulher que esta me escutando
F G7
Tem outras mulheres que estão me querendo
C
e eu padecendo e ela me esperando
Que droga de vida mais está acabando
G7
com essa mulher o fim tá chegando
F G7
Com outra mulher estou de namoro
C
coração de ouro estou te amando
G7 C
Darei bela vida será mesmo assim
G7 C
levarei para mim uma linda mulher
F C
Deixei para outra cruel e fingida
G7 C
da droga de vida faça o que quiser
Olhar feiticeiro
Teixeirinha
Olhar Feiticeiro
Tom: E
Intro: D A E7 A
E7
Fui perseguido pelo seu olhar tentei fugir por uma razão
A
Porque em pedaços eu carregava dentro do peito o meu coração
D E7
Eu tive medo de sofrer de novo é muito triste uma desilusão
D A E7 A
Mas seu olhar insistentemente me faz novamente cair na prisão
E7
Para fingir que não me amava eu quis fazer meu coração ruim
A
Mas seu olhar meigo e poderoso tomou aos poucos conta de mim
D
Deixei meus olhos recair nos seus
E7
e os nossos lábios se uniram assim
D A E7 A
E apaguei meu antigo desgosto provando o gosto do seu carmim
REFRÃO
D
Ah, meu amor
A
Por outro alguém já morri de desejo
E7 Bis
Mas digo agora que provei seu beijo
A
Não há ninguém que tenha mais calor
Introdução: D A E7 A
E7
Agora sim eu sei que sou amado não tinha medo se houvesse rivais
Você sozinha se prendeu por mim
A
seu grande amor não perderei jamais
D E7
Você meu bem mudou a minha vida já rolei tanto pelos vendavais
D A E7
Hoje em meus braços tudo é calmaria pareço o mar
A
depois dos temporais
Introdução: D A E7 A
E7
Teus olhos lindos me atraíram tanto
como eu adoro teu corpo moreno
A
Nos teus cabelos negros como a noite o teu amor é doce veneno
D
Te amo tanto como a própria vida
E7
chego a sentir meu coração vivê-la
D A E7 A
Sinto em meus lábios a sede do amor onde eu bebo gotas de sereno
Introdução: D A E7 A
O colono
Teixeirinha
O Colono
Tom: E
Intro: E B7 E
E B7
Não ri seu moço daquele colono
A E
agricultor que ali vai passando
B7
Admirado com o movimento
E
desconfiado lá vai tropeçando
B7
Ele não veio aqui te pedir nada
A E
são ferramentas que ele anda comprando
B7
Ele é digno de nosso respeito
E
de sol a sol vive trabalhando
B7
Não toque flauta não chame de grosso
A G#m F#m E
pra te alimentar na roça está lutando
Intro.
B7
Se o terno dele não está na moda
A E
não há motivo pra dar gargalhada
B7
Este colono que ali vai passando
E
é um brasileiro da mão calejada
B7
Se o seu chapéu a da aba comprida
A E
ele comprou e não te deve nada
B7
É um roceiro que orgulha a pátria
E
e colhe o fruto da terra lavrada
B7
E se não fosse esse colono forte
A G#m F#m E
tu ias ter que pegar na enxada
Int.
B7
E se tivesse que pegar na inchada
A E
queria ver-te mocinho moderno
B7
Pegar num coice de um arado nobre
E
e um machado pra cortar o cerno
B7
E enfrentar doze horas de sol
A E
num verão forte tu suava o terno
B7
Tirar o leite e arrancar mandioca
E
no mês de julho no forte do inverno
B7
Tuas mãozinhas, finas, delicadas
A G#m F#m E
criavam calos viravam um inferno
Int.
B7
Esse colono enfrenta tudo isso
A E
e muito mais eu não disse a metade
B7
Planta e colhe com o suor do rosto
E
pra sustentar nós aqui na cidade
B7
Não ri seu moço mais desse colono
A E
vai estudar numa faculdade
B7
Tire o VR e chegue lá na roça
E
repare lá quanta dificuldade
B7
Faça algo por nossos colonos
A G#m F#m E
e que Deus lhe pague por tanta vontade
Intro.
Mocinho aventureiro
Teixeirinha
Mocinho Aventureiro
Tom: B
Intro: (C#7 F# B7 E) B7 E B7 E
B7 E
Era mocinho ainda me lembro, dezoito anos completei
B7 E
Eu resolvi sair de casa, clareava o dia eu me aprontei
B7 E
A minha mãe me perguntou, diga meu filho pra onde vais
B7 E
Não respondi, só dei-lhe um beijo e abracei meu velho pai
B7 E
Ao despedir choram os que ficam também chora quem se vai
B7 E
Piquei na espora o meu tordilho, olhei pra trás por despedida
B7 E
Chorava irmão, chorava irmã, chorava o pai e mãe querida
B7 E
Também chorava estrada afora no meu cavalo galopando
B7 E
Olhava a mata orvalhada, ouvia os pássaros cantando
B7 E
Pela mocinha que eu amava, eu também ia chorando
Int. (F# B7 E)
B7 E
Eu destinei correr a mundo, fazem dez anos e não voltei
B7 E
Duzentas léguas está distante, quem me amava eu lá deixei
B7 E
Não fui feliz nesta jornada, por isso não voltei pra trás
B7 E
Mas no momento em que melhore, eu vou rever meus velhos pais
B7 E
Quero abraçar os meus irmãos e de lá não sair jamais
F C7 F
Os irmãos devem estar casados e os meus pais envelhecidos
C7 F
Por não saber notícias minhas, pensam que eu tenha morrido
C7 F
E a mocinha que ainda amo se ela casou felicidades
C7 F
Se não casou ainda me espera, vamos unir pra eternidade
C7 F
Juntinho dela e meus parentes, morre pra sempre a saudade
fim: D7 G C F D7 G C F
Lindo rancho
Teixeirinha
Lindo Rancho
Tom: A
Intro: D A E7 A
E7
Eu tenho um lindo rancho na minha fazendola
A
As horas que me folga eu toco na viola
E7
Feliz por toda a vida serei de Deus quiser
A
Quem cuida do meu rancho é um sonho de mulher
D A
Eu saio a cavalgar em busca da boiada
E7 A
Andando pelo campo eu canto uma toada
D A
O meu cavalo branco galopa sem parar
E7 A
Os meus peões entoam meu jeito de cantar
D A
(Io lerô leri, io lerô lará
E7 A
Io Lerô leri, lari, lari rurá)
E7
Não troco meu viver por luxo da cidade
A
Aquele corre-corre não é felicidade 7
Aqui dá a laranja, banana, dá maçã
A
O gado dá a carne, a ovelha dá a lã
D A
Nas várzeas do meu campo eu crio os animais
E7 A
No alto da coxilha eu planto os meus trigais
D A
E quando morre o dia pro rancho estou voltando
E7 A
Os meus peões entoam pra ela eu vou cantando
D A
(Io lerô leri, io lerô lará
E7 A
Io Lerô leri, lari, lari rurá)
E7
A lua no terreiro sento a beira do rancho
A
Pra minha doce amada canto que me desmancho
E7
Bonita e carinhosa apaga outras que eu tive
A
Feliz no lindo rancho assim a gente vive
D A
Não troco o lindo rancho por nada neste mundo
E7 A
Aqui a liberdade eu respiro bem profundo
D A
E quando chove muito eu lido no galpão
E7 A
Os meus peões entoam comigo esta canção
D A
(Io lerô leri, io lerô lará
E7 A
Io Lerô leri, lari, lari rurá)
Judiaria
Teixeirinha
Judiaria
Tom: D
D Em
Agora você vai ouvir aquilo que merece
A D
As coisas ficam muito boas quando a gente esquece
Em
Mas acontece que eu não esqueci a sua covardia
A sua ingratidão
A
A judiaria que você um dia
D
Fez pro coitadinho do meu coração
G
Essas palavras que eu estou lhe falando
D
Têm uma verdade pura, nua e crua
Em A
Eu estou lhe mostrando a porta da rua
D
Pra que vocês saia sem eu lhe bater
G
Já chega o tempo que eu fiquei sozinho
D
Que eu fiquei sofrendo, que eu fiquei chorando
Em A
Agora quando eu estou melhorando
G D
Você me aparece pra me aborrecer
Já me cansei
Teixeirinha
Já Me Cansei
Tom: D
Intro: G Em7 A7 D Bm7 F#m7 Em7 A7 G D
D
Já me cansei
A7
De amar quem não merece
Já me cansei
D
De quem não gosta de mim
Fui bom demais
A7
Pra quem não reconhece
Um homem honesto
D
Não pode viver assim
D
Quem me encontrar
A7
Por aí muito sozinho
Não diga nunca
D
Que eu devo algum pecado
Eu dei as flores
A7
Para quem me deu espinhos
Jurando amor
D
Me trazia enganado
REFRÃO:
G
Não
Em7 A7 D
Não, esperava o fingimento deste alguém
Bm7 F#m7 Em7
Mas ela irá passar por aqui também
A7 D
Pior que eu mentindo que me fez bem
Esta mulher
A7
Nuca teve coração
Quem conhecer dirá
D
O mesmo que eu acho
E7
Ela me deve a maior ingratidão
Vai me pagar
D
Quando deus olhar prá baixo
Quando passares
A7
Na estrada onde eu passei
Verás meu rastro
D
Se a chuva não apagou
Mas vai pisar
A7
As mesmas pedras que eu pisei
A essa altura
D
Minha vida já mudou
REFRÃO:
G
Não,
Em7
Não me querias
A7 D
Mas fingia que me amavas
Bm7
Por muito tempo
F#m7 Em7
Ser amado eu pensava
A7
Se fosse franca
D
Hoje talvés lhe perdoava
Quando as lágrimas
A7
Rolarem em tua face
Quando o orgulho
D
Abandonar o teu peito
Seria bom
A7
Que o espelho te mostrasse
Toda a tristeza
D
De um grande amor desfeito
Passei por isso
A7
Só mais tarde eu entendi
Não era amado
D
Brincavas com meu amor
Quando sofreres
A7
Tudo aquilo que sofri
Irás gemer
D
Como eu a mesma dor
REFRÃO:
G Em7
Não, todos vão ver
A7 D
Tu chorando arrependida
Bm7
Por todo mal
F#m7 Em7
Que me causaste na vida
A7
A essa altura
D
Já curei minha ferida.
G F#m7 Em7 D
Gaúcho da Passo Fundo
Gaúcho de Passo Fundo (xote, 1960) - Teixeirinha
Nosso querido Teixeirinha teve uma infância pobre. Seu pai era carreteiro e faleceu quando tinha seis anos. Aos nove anos, perdeu a mãe, que devido a uma crise epilética, morreu queimada na fogueira de lixo que fazia nos fundos do quintal da casa onde morava.
Menino órfão, passou a trabalhar em granjas na cidade em que nasceu. Depois foi para Porto Alegre, onde vendeu doces, verduras e trabalhou no cais. Muitas vezes, teve que dormir debaixo do viaduto da Avenida Borges de Medeiros, conforme declarou. Aprendeu a tocar violão sozinho, iniciando carreira em circos e emissoras de rádio do interior gaúcho.
Em 1959, gravou seu primeiro disco, onde interpretou o arrasta-pé Briga no batizado e o xote Xote soledade, ambos de sua autoria. O disco não alcançou grande repercussão e ainda gravaria, naquele mesmo ano, mais dois discos. Em 1960, gravou o xote Gaúcho de Passo Fundo e a toada-milonga Coração de luto, ambos de sua autoria.
Título da música: Gaúcho de passo fundo / Gênero musical: Chótis / Intérprete: Teixeirinha / Compositor: Teixeirinha / Acompanhamento: Calçada, Alberto / Gravadora Sertanejo / Número do Álbum 10104 / Data de Lançamento 07/1960 / Lado: lado A / Acervo José Ramos Tinhorão / Rotações Disco 78 rpm:
Tom: D
Intro: G D A7 D G D A7 D
D G
Me perguntaram se eu sou gaúcho,
A7 D
está na cara, repare o meu jeito
A7
Eu sou gaúcho lá de Passo Fundo
D
e trato todo mundo com muito respeito
G D A7
Mas se alguém me pisar no pala meu revolver fala
D
e o buchincho está feito.
D G
Não sou nervoso, nem carrego medo,
A7 D
eu me criei sem conhecer remédio
A7
Eu meto o peito em qualquer fandango,
D
mas quando me zango até derrubo prédio
G D
Eu sou gaúcho e se me agride eu tundo,
A7 D
sou de Passo Fundo do Planalto médio
D G
Me perguntaram qual era a razão
A7 D
de ter orgulho em ser passofundense
A7
Eu respondi sou da terra do trigo
D
tem povo amigo e quando luta vence
G D
É um pedaço do Rio Grande amado,
A7 D
orgulha o estado e o povo riograndense
D G
Já respondi a pergunta seu moço,
A7 D
me dá licença vou encilhar o cavalo
A7
Brasil a fora atravessei os estados,
D
troteando apressado vim tirando o talo
G D
Pra ver as prendas mais lindas do mundo,
A7 D
chega em Passo Fundo no cantar do galo
Gaúcho amigo
Gaúcho amigo - Teixeirinha
LP 20 Anos de Glória - 1979
LP 20 Anos de Glória - 1979
Tom: D
Intro: D A D A G F#m Em D
D A7 D
Tá garoando lá fora, boleia a perna gaúcho
A7 G
E chegue cá pro galpão, onde tem chimarrão (Bis)
A7 D
Não precisa ter luxo
A7
Vem me contar da tristeza
D
que está abatendo no teu coração
A7
Eu soube que a china que amavas partiu,
G A7 D
De ti desistiu, foi pra outro rincão
A7
Não liga pra isso, agüenta o repuxo,
D
tá certo gaúcho a china é potra,
A7
Goleia o amargo da cuia prateada,
G A7 D
isso não é nada tu arruma outra.
(Refrão) (intro) (Refrão)
A7
Senta aqui perto do fogo desata
D
esta mágoa e conte a história
A7
Eu também conto o que passou comigo,
G A7 D
gaúcho amigo saí com a vitória
A7
Não lembro o dia mas foi certa vez,
D
uma china me fez sair porta a fora
A7
Chamei a danada e segurei no braço,
G A7 D
debulhei no laço e mandei ela embora
(Refrão) (intro) (Refrão)
A7
Não chores não tenha tristeza
D
enxuga esse pranto que cai do teu rosto
A7
Tira da lembrança essa china maleva
G A7 D
apaga essa treva de mágoa e desgosto
A7
Faça o que fiz uma outra arranjei
D
com esta casei e garanto que presta
A7
Mas se me for falsa eu suspendo o pala
G A7 D
e meto uma bala no meio da testa
(Refrão) D A G F#m Em D
Fim do nosso amor
Teixeirinha
Fim do Nosso Amor
Tom: Bm
Intro: G D A7 D
Bm7 Em7
Passei a noite toda ela em você pensando
A7 D
Imaginando o seu viver sem meu carinho
B7 Em7
Será que outro fará o mesmo que eu fazia
A7 D
Tirando as pedras que sempre existe no seu caminho
G
Vai, vai querida
D
A liberdade foi você mesma que quis
Em7
Tomara Deus que arranje outro melhor que eu
A7 D
Eu só desejo que você sempre seja feliz
Introdução: G D A7 D
Bm7 Em7
E está noite que eu passei pensando em você
A7 D
Eu esqueci foi de pensar em mim também
B7 Em7
Deixa pra lá, eu penso em mim um outro dia
A7 D
Fecha uma porta, abre-se outra pra mais alguém
G
Vai, vai querida
D
Siga em frente na nova estrada e não pense em mim
Em7
Não vou chorar, vou entender e me conformar
A7 D
Todo o romance cedo ou mais tarde chega ao seu fim
Introdução: G D A7 D
Bm7 Em7
Não conseguimos nos entender jamais na vida
A7 D
Pra reviver um grande amor que já viveu
B7 Em7
Já não me amas, há muito tempo venho percebendo
A7 D
E foi por isso que o meu amor também morreu
G
Vai, vai querida
D
Me maltratou, não amo mais, não nos amamos
Em7
As pedras rolam , o mundo é grande, pelas estradas
A7 D
Talvez um dia, pra conversar, nos encontramos
Introdução: G D A7 D
Falso amigo
Teixeirinha
Falso Amigo
Tom: C
Intro: Fm Bbm Eb7 Ab Fm C# C7 Fm C7 Fm
C7
Sai da frente, falso amigo, ela é só minha
Fm
não tente conquistar seu coração
C7
Faz muito tempo que a ela eu encontrei era pura,
Fm
por ninguém tinha paixão
Bbm
Eu criei, eu acolhi, eu a conservei,
C7 Fm
como posso entregar a um ladrão
Bbm Ab
Ela me ama, eu a amo, nós nos amamos
C7 Fm
somente a morte nos dará separação
Intro.
C7
Ela tinha quinze anos, não esqueço
Fm
era livre nunca teve namorado
C7
Não a roubei de ninguém, trouxe comigo
Fm
já faz anos que ela vive a meu lado
Bbm
Falso amigo não és Deus, não és a morte
C7 Fm
pra levar contigo o meu bem amado
Bbm Ab
Vai fazer como eu fiz, não seja intruso
C7 Fm
desejar a mulher do outro é pecado
Intro.
C7
Ela é boa, ela é minha, ela é sincera
Fm
ela é um anjo de carinho e de bondade
C7
E tu que eu pensei ser meu amigo
Fm
escondia no teu peito a falsidade
Bbm
Tua carta ela queimou rindo de ti
C7 Fm
mostrando a mim a sua sinceridade
Bbm Ab
Foste pra mim o mais falso companheiro
C7 Fm
és um covarde, ladrão de felicidade
Intro.
C7
Falso amigo te afasta do meu caminho
Fm
sabes bem que ela me ama e não te quis
C7
Vai procurar um coração que esteja livre
Fm
faça o mesmo, como com ela eu fiz
Bbm
Ela é minha, eu sou dela, sai da frente
C7 Fm
ouça bem o que meus versos te diz
Bbm Ab C7
Com a infelicidade dos outros neste mundo
Fm
ninguém pode ser feliz
Intro.
Facão três listas
Teixeirinha
Facão tres listas
Tom: C#7
Intro: F# C#7 F#
C#7
Eu mandei fazer no ano passado
F#
um facão três lista aço temperado
C#7
Pra fazer parelha com relho trançado
F#
por que novamente fui desafiado
C#7
Agora é um outro do pelo mais duro
F#
esse não é velho é um cara maduro
C#7
Diz que vem armado pra brigar seguro
F#
o que eu faço nele pros meus fãs eu juro
B
O relho por cima e o facão por baixo
C#7 F#
e esse cara macho corto a laço e furo
C#7
O velho e o filho do relho trançado
F#
vieram na briga e eu deixei marcado
C#7
Calaram a boca com o lombo coçado
F#
agora é a vez do meu facão listado
C#7
Esse outro cara é mais macho e tem crista
F#
e ele quem se gaba, bom propagandista
C#7
Diz que atira bem e não é curto de vista
F#
ele é valentão e eu sou repentista
B
Meu relho te pega corta e abre rombo
C#7 F#
estreio em teu lombo meu facão três lista
C#7
Eu vou bater forte na hora da briga
F#
te marco nas costa e ponteio a barriga
C#7
Tu, é ordinário e Deus não me castiga
F#
o facão te pega e de mim tu desliga
C#7
Pra marca do relho recomendo sal
F#
pra marca do três lista é outro material
C#7
Põe erva de bicho que é medicinal
F#
ou procure a porte de algum hospital
B
Valentão que eu pego chora e me obedece
C#7 F#
e jamais esquece o facão especial
C#7
Guardei teu recado e a tua proposta
F#
respondo cantando não sei se tu gosta
C#7
O que me interessa é te dar a resposta
F#
depois te marcar com três lista nas costas
C#7
Quem manda recado eu jamais esqueço
F#
quero que anote o meu endereço
C#7
Eu moro na glória e medo eu não conheço
F#
e sabe os lugares onde eu apareço
B
Meu facão três lista no dia se solta
C#7 F#
e mando de volta com couro do avesso
Assinar:
Postagens (Atom)