LP Calabar, O Elogio Da Traição / Título da música: Vence na Vida Quem Diz Sim / Ruy Guerra (Compositor) / Chico Buarque (Compositor) / Chico Buarque (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1973 / Nº Álbum: 6349 093 / Lado B / Faixa 5.
Intro: E B/E C#m A C#
F# B F# C#4 C#
Vence na vida quem diz sim
F# B F# C#4 C#
Vence na vida quem diz sim
F# B
Se te dói o corpo, diz que sim
F# C#4 C#
Torcem mais um pouco, diz que sim
F# B
Se te dão um soco, diz que sim
F# C#4 C#
Se te deixam louco, diz que sim
F# B D#m
Se te tratam no chicote, babam no cangote
G#m C# D
Baixa o rosto e aprende o mote, olha bem pra mim
A D A D/E
Vence na vida quem diz sim
A D A D/E
Vence na vida quem diz sim
A D/E
Se te mandam flores, diz que sim
A D/E
Se te dizem horrores, diz que sim
A D/E
Mandam pra cozinha, diz que sim
A E
Chamam pra caminha, diz que sim
A D F#m
Se te chamam vagabunda, montam na cacunda
Bm E A
Se te largam moribunda olha bem pra mim
A D A D/E
Vence na vida quem diz sim
A D A D/E
Vence na vida quem diz sim
A D
Se te erguem a taça, diz que sim
A D/E
Se te xingam a raça, diz que sim
A D
Se te culpam a alma, diz que sim
A D/E
Se te pedem calma, diz que sim
A D F#m
Se já estás virando um caco, vives num buraco
Bm E A
E se é do balacobaco olha bem pra mim
A D A D/E
Vence na vida quem diz sim
A D A D/E
Vence na vida quem diz sim
LP Manera Frufru, Manera / Título da música: Penas do Tiê (*) / Hekel Tavares (Compositor) / Nair Mesquita (Compositora) / Fagner (Intérprete) / Nara Leão (Partic.) / Gravadora: Philips / Ano: 1973 / Nº Álbum: 6349 066 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Canção / Observação: No disco o título da música está "Penas do Tiê", atribuída erroneamente ao Folclore. A mesma foi composta em 1928.
Intro: (G/B Bbº Am7 D7) 2x
G/B Bbº Am7 D7
Vocês já viram lá na mata a cantoria
G/B Bbº Am7 D7
Da passarada quando vai anoitecer
G C#m5-/7 F#7 Bm Bm/A
E já ouviram o canto triste da araponga
E4/7 E7 D# D7
Anunciando que na terra vai chover
G/B Bbº Am7 D7
Já experimentaram guabiroba bem madura
G/B Bbº Am7 D7
Já viram as tardes quando vai anoitecer
G C#m5-/7 F#7 Bm Bm/A
E já sentiram das planícies orvalhadas
E4/7 E7 D# D7
O cheiro doce da frutinha muçambê
C#m5-/7 Cm G/B Bbº
Pois meu amor tem um pouquinho disso tudo
Am7 D7 G
E tem na boca a cor das penas do tié
E4/7 E7 Am7
Quando ele canta os passarinhos ficam mudos
D4/7 D7 G G#º
Sabe quem é o meu amor, ele é você
Am A#º G/B A#º Am7 D7 (int.)
Você, você, você
*Fagner é acusado de "maquiar" canção (Jotabê Medeiros - Agência Estado, julho de 1999): O filho do compositor Hekel Tavares afirma que a música "Penas do Tiê", do disco "Manera Frufru Manera" (de 1973), é uma regravação de uma canção de seu pai, editada em 1928.
O disco Manera Frufru Manera, do cantor e compositor cearense Raimundo Fagner, corre o risco de entrar para o livro dos recordes como o mais problemático da música popular brasileira. Depois de ter sido comprovado, em 1981, que Fagner gravou duas canções que eram plágio de poemas de Cecília Meireles ("Canteiros", também de Manera Frufru, e "Motivo", de um disco chamado Fagner, de 1979), um novo imbróglio se criou em torno de um dos seus sucessos mais conhecidos, "Penas do Tiê". Fagner alegou, quando do lançamento do disco, que "Penas do Tiê" era uma adaptação sua do folclore, de uma canção recolhida do domínio público.
Na verdade, "Penas do Tiê" nada mais é do que uma regravação, ipsis litteris, de "Você", uma composição de Hekel Tavares (1886-1969) e Nair Mesquita, editada em 1928 e dedicada à cantora lírica Gabriella Besansoni Lage. O "deslize" de Fagner, apontado inicialmente pelo jornalista Tárik de Souza, do Jornal do Brasil, demorou 26 anos para ser descoberto (de 1973 até hoje). E só o foi porque o filho do compositor Hekel Tavares, Alberto Hekel Tavares, ouviu uma gravação recente da Orquestra Pró-Música do Rio de Janeiro, tendo como solista a cantora Ithamara Koorax, e pôde comparar com as gravações anteriores de Fagner.
"É inacreditável: tratava-se da mesma canção", diz Alberto Hekel Tavares. Segundo ele, Fagner só mudou duas palavras. "Ele chama a fruta gabiroba de guabiraba, coisa que não existe", diz Tavares. Desde sua gravação inicial, em 1973, "Penas do Tiê" (ou "Você") teve diversas regravações. Joanna a gravou no CD Vidamor, pela BMG. A Philips a relançou duas vezes. Nana Caymmi a canta em dueto com Fagner no CD Amigos e Canções, também da BMG.
A gravadora Warner Chapell, com quem Fagner assinou contrato para a gravação original de Manera Frufru Manera, admite o equívoco do crédito e está em contato com os advogados dos herdeiros de Hekel Tavares. Fagner, também contatado, reconhece que houve um problema, mas acha muito alta a quantia pedida como indenização: R$ 400 mil. "A canção não só não era do folclore como era bastante conhecida e de um dos grandes compositores brasileiros", diz Alberto Hekel Tavares. "Nós queremos indenização financeira e também moral, porque a obra do meu pai foi usurpada", afirma. Caso não haja um acordo, Tavares pretende processar Fagner.
Hekel Tavares foi um compositor de grande sucesso na primeira metade do século. Compunha música popular e também música sinfônica. Nos anos 50, seu "Concerto em Formas Brasileiras" foi apresentado nos Estados Unidos tendo como solista a pianista Guiomar Novaes e sob a regência do maestro Karl Kruger.
LP III Festival Da Música Popular Brasileira - Vol. 2 / Título da música: O Cantador / Dori Caymmi (Compositor) / Nelson Motta (Compositor) / Elis Regina (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1967 / Nº Álbum: R 765.015 L / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Canção / Festivais.
Tom: F
Bb7+ Eb/F
Amanhece, preciso ir
Bb7+ C/Bb Am7
Meu caminho é sem volta e sem ninguém
Dm7 G7/13 C7+
Eu vou pra onde a estrada levar
F7 Eb7+
Cantador, só sei cantar
Eb/F F/Eb Dm7 Gm7 Cm7/9 F7/13 Eb7+
Ah! Eu canto a dor, canto a vida e a morte, canto o amor
Eb/F F/Eb Dm7 Gm7 Cm7/9 F7/13 Bb7+
Ah! Eu canto a dor, canto a vida e a morte, canto o amor
C/Bb
Cantador não escolhe o seu cantar
Am7
Canta o mundo que vê
Dm7 Em7/5-
E pro mundo que vi meu canto é dor
A7/5+ Dm7/9
Mas é forte pra espantar a morte
Gm7 Cm7/9
Pra todos ouvirem a minha voz
F7/13
Mesmo longe
Bb7+ Eb/F
De que servem meu canto e eu
Bb7+ C/Bb Am7
Se em meu peito há um amor que não morreu
Dm7 G7/13 C7+
Ah! Se eu soubesse ao menos chorar
F7 Eb7+
Cantador, só sei cantar
Eb/F F/Eb Dm7 Gm7 Cm7/9 F7/13 Eb7+
Ah! Eu canto a dor de uma vida perdida sem amor
Eb/F F/Eb Dm7 Gm7 Cm7/9 F7/13 Bb7+
Ah! Eu canto a dor de uma vida perdida sem amor
Trevo de Quatro Folhas (I'm Looking Over A Four Leaf Clover) (1927) - Harry Woods e Mort Dixon - Versão: Nilo Sérgio - Intérprete: Nara Leão
LP Meu Primeiro Amor / Título da música: Trevo de Quatro Folhas (I'm Looking Over A Four Leaf Clover) / Mort Dixon (Compositor) / Harry Woods (Compositor) / Nilo Sérgio (Versão) / Nara Leão (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1975 / Nº Álbum: 6349 052 / Lado A / Faixa 6.
Tom: A7+
A7+
Vivo esperando e procurando
B7/13 B7/5+
Um trevo no meu jardim
E7/9 A7+ F#m7
Quatro folhinhas nascidas ao léu
B7/13 B7/5+ E7/9 E7/9-
Me levariam pertinho do céu
A7+
Feliz eu seria e o trevo faria
B7/13 B7/5+
Que ela voltasse pra mim
E7/9 A7+ F#m7
Vivo esperando e procurando
B7/13 B7/5+ E7/9 E7/9- A7+
Um trevo no meu jar...dim
LP Os Meus Amigos São Um Barato / Título da música: João e Maria / Chico Buarque (Compositor) / Sivuca (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Chico Buarque (Partic.) / Gravadora: Philips / Ano: 1977 / Nº Álbum: 6349 338 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Valsa.
Tom: Em
Intro: Em7/9 D Em7/9 C7+/9/11+
Em7/9 Am7/9
Agora eu era o herói
D/F# G7+
E o meu cavalo só falava inglês
Em7/9 Am7/9 D7+ G7+
A noiva do cowboy era você além das outras três
F#7 Bm7
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
G7+ C7+ B4/7
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Em7/9 Am7/9
Agora eu era o rei
D/F# G7+
Era o bedel e era também juiz
Em7/9 Am7/9 D/F# Dm/F
E pela minha lei a gente era obrigada a ser feliz
E7 Am7 D7 G7+
E você era a princesa que eu fiz coroar
C7+ F7+
E era tão linda de se admirar
B7 Em7/9
Que andava nua pelo meu país
Em B/D#
Não, não fuja não
E/D Am/C
Finja que agora eu era o seu brinquedo
D/F# G7+ F B7/F#
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Em B7/F# E/G# Am7
Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
D/F# G7+ Am/C B7 Em7/9
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Am7/9 D/F# G7+
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Em7/9 Am7/9 D/F# DmF
Pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim
E7 Am7 D/f# G7+
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
C7+ F7+
E agora eu era um louco a perguntar
B7 Em7/9
O que é que a vida vai fazer de mim
Obra encomendada para o casamento de um amigo do autor, esta romântica balada foi uma das concorrentes do III Festival de MPB da Record. Não teve sorte, porém, pois os jurados não se impressionaram com a sua beleza, nem com a boa interpretação da cantora Márcia ou com o arranjo de José Briamonte, desclassificando-a para as finais.
Mesmo assim, “Eu e a Brisa” foi aos poucos se impondo e ganhando prestígio para se tornar a mais solicitada e gravada canção de Johnny Alf (“Ah, se a juventude que essa brisa canta / ficasse aqui comigo mais um pouco / eu poderia esquecer a dor / de ser tão só! pra ser um sonho...”). E seu destino inicial acabou sendo cumprido: vetada pelo padre oficiante do casamento do amigo de Alf, tornou-se uma de nossas composições frequentemente executadas nessas cerimônias (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
LP III Festival Da Música Popular Brasileira - Vol. 1 / Título da música: Eu E A Brisa / Johnny Alf (Compositor) / Márcia (Intérprete) / José Briamonte (Acomp.) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Philips / Ano: 1967 / Nº Álbum: R 765.014 L / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Canção / Balada / MPB:
E6/9Am6/EE6/9
Ah ,se a juventude que essa brisa canta
Bm7E7(b9)A7MC#m7
Ficasse aqui comigo mais um pouco, Eu poderia
F#7(#5)B7M
esquecer a dor
B7/4/9G#m7C#m7
De ser tão só Pra ser um sonho,
Am7D7/9E7M
Eu aí então quem sabe alguém chegasse,
Bm7E7(b9)D#m7D7/9
Buscando um sonho em forma de desejo
F#7/4F#7D#m7G#m7F7(#9)
Felicidade então pra nós seria! EE7MA#m7D#7(b9)G#m7G#m/F#
Depois que a tarde nos trouxesse a lua,
E#m7(5b) A#7/9D#m7D#m/C#
Se o amor chegasse eu não resistiria,
C7(#9)B7/9(#11)A#m7B7/4(9)B7(b5)
E a madrugada acalentaria a nossa paz
G#m7Am7D7(b9)G7MF7M
Fica, Oh! brisa, fica pois talvez quem sabe,
E7/4(9)E7/9A7MD7/9
O inesperado faça uma surpresa
C#m7F#7(b5)B7M
E traga alguém que queira te escutar
B7/4(9)E7MF#m7
E junto a mim Queira ficar...
G#m7A7/9G#7M
(Bem junto a mim queira ficar...)
LP Nara / Título da música: De Onde Vens / Dory Caymmi (Compositor) / Nelson Motta (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Edu Lobo (Partic.) / Gravadora: Philips / Ano: 1967 / Nº Álbum: R 765.023 L / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.
Tom: A
Intro: F#m5-/7 B7/9-
Em Em5+ Em6 Em7
Ah, quanta dor vejo em teus olhos
Em7+ Em7
Tanto pranto em teu sorriso
Am7
Tão vazias as tuas mãos
Gm7 F#m5-/7
De onde vens assim cansada
B6/7
De que dor, de qual distância
Em7 A7/9
De que terras,de que mar
D/E E7/9-
Só quem partiu pode voltar
Am7
E eu voltei prá te contar
Cm5-/7
Dos caminhos onde andei
F#7/9- Bm5-/7
Fiz do riso amargo pranto
E5+/7 Am7
No olhar sempre teus olhos
B7/9- Em7 Em5+
No peito aberto uma canção
Em6 Em7 Em7+ Em7
Se eu pudesse de repente te mostrar meu coração
Am7 Gm7 F#m5-/7
Saberias num momento quanta dor há dentro dele
B6/7
Dor de amor quando não passa
(Em7 A7/9)s
É porque o amor valeu
Compacto duplo / Título da Música: A Rita / Chico Buarque de Hollanda (Compositor) / Chico Buarque (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 0 / Álbum: CD-80.232 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba.
Introdução: C7+/9 F7+ Bb7/9 Em7
A7/5+ D7/9 G7/13 C7+/9
C7+/9 Dm7
A Rita levou meu sorriso
G7/13 C7+/9
No sorriso dela meu assunto
Gm7 C7/9
Levou junto com ela o que me é de direito
F7+
Arrancou-me do peito e tem mais
Fm7 Bb7/9
Levou seu retrato, seu trapo, seu prato
Em7
Que papel!
A7/5+ D7/9
Uma imagem de São Francisco
Dm7 A7/5+
E um bom disco de Noel
Dm7
A Rita matou nosso amor
G7/13 C7+/9
De vingança, nem herança deixou
Gm7 C7/9
Não levou um tostão porque não tinha não
F7+
Mas causou perdas e danos
Bb7/9
Levou os meus planos, meus pobres enganos
Em7 A7/5+
Os meus vinte anos, e meu coração
D7/9 G7/13 C7+/9
E além de tudo, me deixou mudo o violão...
LP Romance Popular / Título da música: Amor Nas Estrelas / Roberto de Carvalho (Compositor) / Fausto Nilo (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Gravadora: Polygram / Ano: 1981 / Nº Álbum: 6328 316 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Canção.
Intro: C7+ Fm C7+ Fm7 C7+ Fm7 Bm4/7 E7
A7+ Dm/A A7+ A6
No alto de uma montanha
G#m4/7 C#7 F#m7 Em7 A7
existe um lago azul
D7+ D#° A/E G6/7 F#6/7
É lá que a lua se banha
B4/7 B7 Bm4/7 E7
Até amanhã de manhã me banha de luz
A7+ Dm/A A7+ G#m4/7 C#7 F#m7 Em7 A7
A solidão é um Saara que o firmamento seduz
D7+ D#º A/E G6/7 F#6/7
E o céu brilha na Guanabara
B4/7 B7
E sonha só fascinação
D/E E7
Teu olhar me diz
Em7 G/A D7+ B4/7 B7
Vejo a lua dizendo pro sol: eu sou tua namorada
G/A D6 D7+
Em meu quarto crescente é você quem brilha e me reluz
F#m7 B7 E7+ C#7
Se você vai iluminar o Japão eu fico abandonada
A/B D/E Bb5-/7
Num pedaço qualquer de canção na voz dessa mulher
A7+ Dm/A A7+ G#m4/7 C#7 F#m7 Em7 A7
E o sol derrama um desejo do céu nessa cama azul
D7+ D#º A/E G6/7 F#6/7
Um mel na tua boca e eu te beijo
B4/7 B7 D/E E7
Até amanhã de manhã, me banha de luz
No dia 5 de maio de 1965, chegou às lojas o primeiro disco de Chico Buarque de Hollanda, um compacto simples da RGE que apresentava “Pedro Pedreiro” e “Sonho de um Carnaval”. Na ocasião, às vésperas de completar 21 anos, Chico sonhava em cantar como João Gilberto, compor como Tom Jobim e fazer versos como Vinícius de Moraes.
Relevando-se a inexperiência do estreante, pode-se afirmar que os sonhos do autor de “Pedro Pedreiro” não estavam assim tão distantes da realidade.
Ao longo de sessenta versos, este samba conta as (des)esperanças de Pedro, um operário de obras, que vive esperando por alguma coisa a palavra “esperando” é repetida 36 vezes no poema — que não acontece, mas, se acontecer pouco ou nada irá influir no curso de sua existência miserável: “Esperando, esperando, esperando / esperando o sol / esperando o trem / esperando aumento para o mês que vem / esperando um filho para esperar também / esperando a festa / esperando a sorte / esperando a morte / esperando o norte / esperando o dia de esperar ninguém / esperando enfim nada mais além...”
Marco inicial da carreira profissional de Chico Buarque, o alentado samba “Pedro Pedreiro” seria, então, por ele repetido à exaustão em todas as suas apresentações, por exigência de seus primeiros admiradores (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Compacto simples / Título da música: Pedro Pedreiro / Chico Buarque de Hollanda (Compositor) / Chico Buarque (Intérprete) / Gravadora: RGE / Data de lançamento: 5/5/1965 / Álbum: CS-70.149 / Lado A / Gênero musical: Samba.
Tom: G7+
Intro: G7M Bb7/9 A7/9 Ab7/9
G7M Am7 D7/9 G7M Bb7/9 Ab7/9
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
G7M Am7 D7/9 C5-/6
Manhã parece, carece de esperar também
B7 Em
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Am7 Em
Pedro pedreiro fica assim pensando
Am7 Em Am7
Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás
B7 Em
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Am7 Em
Esperando o trem, esperando aumento
Am7 B7 Em D7/9
desde o ano passado para o mês que vem
REFRÃO
Am7 Em
Pedro pedreiro espera o carnaval
Am7 Em Am7
E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês
B7 Em
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Am7 Em Am7
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Em Am7
Esperando a festa, esperando a sorte
Em Am7 B7 Em
E a mulher de Pedro está esperando um filho prá esperar também
REFRÃO
Am7 Em
Pedro pedreiro está esperando a morte
Am7 Em
Ou esperando o dia de voltar pro Norte
F#7
Pedro não sabe mas talvez no fundo
Am7 B7
espere alguma coisa mais linda que o mundo
Am7 B7
Maior do que o mar, mas prá que sonhar
Em Am7 Em
se dá o desespero de esperar demais
Am7 Em7
Pedro pedreiro quer voltar atrás,
Am7 Em D7/9
quer ser pedreiro pobre e nada mais, sem ficar
B7 Em
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Am7 Em Am7
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Em Am7
Esperando um filho prá esperar também
Em Am7
Esperando a festa, esperando a sorte,
Em Am7
esperando a morte, esperando o Norte
Em Am7
Esperando o dia de esperar ninguém,
Em Am7
esperando enfim, nada mais além
Em Em/C C B7 Em
Que a esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem
(G7M Am7 D7/9)
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
G7M Am7 D7/9 B7
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem
Em Am7 Em Am7
Que já vem, que já vem, que já vem, que já vem...
LP Chico Buarque de Hollanda / Título da música: Olê, olá / Chico Buarque de Hollanda (Compositor) / Chico Buarque (Intérprete) / Gravadora: RGE / Ano: 1966 / Álbum: XRLP 5303 / Lado B / Faixa 4 / Gênero musical: Samba.
Tom: Am
Intro: Am E7/9
Am
Não chore ainda não
Am7b F C3b Dm
que eu tenho um violão
Em7/b Bm5-/7 Am E7/9
E nós vamos cantar
Am Am7b F C3b Dm
Felicidade aqui pode passar e ouvir
Dm7b Bm5-/7 Am A#7+ E7 Am F7
E se ela for de samba há de querer ficar
A# F#7 B
Seu padre toca o sino que é pra todo mundo saber
G7 C
Que a noite é criança, que o samba é menino
G#7 C#
Que a dor é tão velha que pode morrer
Dm4/7 G7 C6
Olê olê olê olá
Dm7 Em7
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
F7 A#6
Que entre na roda, que mostre o gingado
E7 Am
Mas muito cuidado, não vale chorar
Am Am7b F C3b Dm
Não chore ainda não que eu tenho uma razão
Dm7b Bm5-/7 Am E7/9+
Pra você não chorar
Am Am7b F C3b Dm
Amiga me perdoa se eu insisto à toa
Dm7b Bm5-/7 Am A#7+ E7 Am F7
Mas a vida é boa para quem cantar
A# F#7 B
Meu pinho, toca forte que é pra todo mundo acordar
G7 C
Não fale da vida , nem fale da morte
G#7 C#
Tem dó da menina, não deixa chorar
Dm4/7 G7 C6
Olê olê olê olá
Dm7 Em7
Tem samba de sobra, quem sabe sambar
F7 A#6
Que entre na roda, que mostre o gingado
E7 Am
Mas muito cuidado, não vale chorar
Am Am7b F C3b Dm
Não chore ainda não que eu tenho a impressão
Dm7 Bm5-/7 Am E7/9+
Que o samba vem aí
Am Am7b F C3b Dm
É um samba tão imenso que eu às vezes penso
Dm7b Bm5-/7 Am A#7+ E7 Am F7
Que o próprio tempo vai parar pra ouvir
A# F# B
Luar, espere um pouco que é pra o meu samba poder chegar
G7 C
Eu sei que o violão está fraco, está rouco
G#7 C#
Mas a minha voz não cansou de chamar
Dm4/7 G7 C6
Olê olê olê olá
Dm7 Em7
Tem samba de sobra, ninguém quer sambar
F7 A#6
Não há mais quem cante nem há mais lugar
G7 C
O sol chegou antes do samba chegar
F7 A#
Quem passa nem liga, já vai trabalhar
E7 Am
E você, minha amiga, já pode chorar
João do Vale, Nara Leão e Zé Keti no Show Opinião.
Além do título de uma peça que, como foi dito, reuniu no palco Nara Leão, Zé Kéti e João do Vale, o samba “Opinião” inspirou os nomes de um jornal, de um teatro, do grupo que encenou a peça e do segundo elepê de Nara, lançado no final de 64.
Simbolizando uma resistência ao processo de remoção de favelas, que então executava o governo do Estado da Guanabara, “Opinião” é uma canção de protesto explícito (“Podem me prender / podem me bater / podem até deixar-me sem comer / que eu não mudo de opinião / daqui do morro eu não saio não...”), que, cantada numa época de forte repressão, funcionou como desafio à ditadura vigente.
Daí a razão do sucesso da composição e do musical, que instituiu um esquema de contestação ao regime, logo adotado por diversos grupos. Ano de prestígio máximo de Zé Keti 1965 foi marcado ainda pelos sucessos de seus sambas “Malvadeza Durão”, “Nega Dina” e “Acender as Velas” (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
LP/CD Show Opinião - Nara Leão, Zé Keti e João Do Vale / Título da música: Opinião / Zé Keti (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Zé Keti (Intérprete) / João Do Vale (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1965 / Catálogo: P-632.775-L / Faixa 19 / Gênero musical: Samba.
Tom: EmEm
Podem me prender
AmEm
Podem me bater
EmAmB7Em
Podem até deixar-me sem comer
EmAmB7Em
Que eu não mudo de opinião
EmAmB7Em
Daqui do morro eu não saio não
EmAmB7Em
Daqui do morro eu não saio não
EmAmEm
Se nao tem agua eu furo um poço
AmEmD7
Se nao tem carne compro um osso
B7
E ponho na sopa
Em
E deixo andar
B7Em
E deixo andar
B7Em
E deixo andar
B7D7
Fale de mim quem quizer falar
B7Em
Aqui eu nao pago aluguel
B7D7
Se eu morrer amanha seu doutor
B7Em
Estou pertinho do céu
Chegança (samba, 1964) - Edu Lobo e Oduvaldo Viana Filho - Interpretação: Nara Leão
LP Opinião De Nara / Título da música: Chegança / Oduvaldo Viana Filho (Compositor) / Edu Lobo (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Gravadora: Philips / Ano: 1964 / Nº Álbum: P 632.732 L / Lado B / Faixa 4 / Gênero musical: Samba.
Tom: A/G
A/G B/A A/G
Estamos chegando daqui e dali
B/A A/G
E de todo lugar que se tem pra partir
A/G B/A A/G
Estamos chegando daqui e dali
B/A A/G
E de todo lugar que se tem pra partir
D#m7/5- G#7/5+ C#m7/5-
Trazendo na chegança
F#7/5+ Bm7/9 E7/13 A6
Foice velha, mulher nova
B/A A/G
E uma quadra de esperança
B/A A/G
E uma quadra de esperança
A7/9/4 A7/9/13 G#m7 C#7/9-
Ah, se viver fosse chegar
F#m7+ F#m7 F#m/E D#m7/5- D7+ E7/9-/13 E7/9- A6/9
Ah, se viver fosse chegar
Em7/11 A6/9
Chegar sem parar, parar pra casar
Em7/11 A6/9
Casar e os filhos espalhar
Em7/11 A6/9
Por um mundo num tal de rodar
B/A A/G
Por um mundo num tal de rodar
B/A A/G
Por um mundo num tal de rodar
A carreira de Cartola divide-se em duas fases: a “fase pobre”, dos anos trinta aos cinquenta, em que teve somente quatorze composições gravadas, e a “fase rica”, de 1964 a 1980, quando, redescoberto e consagrado, lançou a maior e melhor parte de sua obra. Pode-se dizer que essa segunda fase começa com o lançamento de “O Sol Nascerá”, que tem também especial significação para o co-autor Elton Medeiros, pois é o seu primeiro sucesso.
Embora gravado em 1964 — no já citado disco de Nara Leão —, “O Sol Nascerá” foi composto dois anos antes, em casa de Cartola, na época muito frequentada por Elton, Zé Kéti, Nelson Cavaquinho e outros sambistas. E foi feito de improviso, de forma até pitoresca, conforme relembra o próprio Elton: “Tínhamos acabado de fazer um samba chamado ‘Castelo de Pedrarias’, quando chegou o amigo Renato Agostini com a mulher. Então, mostramos-lhe o samba e ele nos desafiou a fazer outro, ali na hora, em sua presença. Topamos o desafio e pouco depois estava pronto ‘O Sol Voltará’, que o Renato adorou.
Na gravação, atendendo a um pedido de Aloysio de Oliveira, mudamos o título para ‘O Sol Nascerá’, que ficou até melhor.” Curto, como convém a uma composição feita de improviso, “O Sol Nascerá” é um samba que procura passar esperança e otimismo (“A sorrir / eu pretendo levar a vida...”) e tem a participação de Cartola e Elton tanto na letra como na melodia. Já o “Castelo de Pedrarias”, perdeu-se para sempre nas brumas do esquecimento... (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
LP Nara / Título da música: O Sol Nascerá / Cartola (Compositor) / Elton Medeiros (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1964 / Álbum: ME-10 / Lado A / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.
Tom: C
[Intro:] DD/CG/BAE7(9)Gm6DA7DD/CG/B
A sor...rir
A/GE7(9)A7(13)
Eu pretendo levar a vida
DD/CG/B
Pois cho...rando
A/GE7(9)A7(13)DA7
Eu vi a mocidade perdida
DD/CG/B
A sor...rir
A/GE7(9)A7(13)
Eu pretendo levar a vida
DD/CG/B
Pois cho...rando
A/GE7(9)A7(13)DD7
Eu vi a mocidade perdida
G7MGm7
Finda a tempestade
DD/C
O sol nascerá
E7
Finda esta saudade
A7Bm7A/C#
Hei de ter outro alguém para amar
DD/CG/B
A sor...rir
A/GE7(9)A7(13)
Eu pretendo levar a vida
DD/CG/B
Pois cho...rando
B7E7A7D
Eu vi a mocidade perdida
LP Nara / Título da música: Consolação / Baden Powell (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1964 / Álbum: ME-10 / Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.
Dm7 Am7 Dm7
Se não tivesse o amor
Am7 Dm7
Se não tivesse essa dor
Am7 Dm7
E se não tivesse o sofrer
Am7 Dm7
E se não tivesse o chorar
Am7 Dm7
Melhor era tudo se acabar
Am7 Dm7
Melhor era tudo se acabar
Am7 Dm7 Gm7 A7 Dm7 C7
Eu amei, amei demais O que sofri por causa
Bb7M Am7 Dm7 Gm7 A7 Dm7
do amor Niguem sofre Eu chorei, perdi a paz
F Am7
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais
Dm7
Mais do que eu
Mas apesar da desaprovação de alguns puristas, o disco deu certo, com a musa da bossa nova cantando a seu modo sambas como “O Sol Nascerá”, “Luz Negra” e este “Diz que Fui por Ai”, que trata da errante de um boêmio, com seu violão debaixo do braço, que pára em qualquer esquina, entra em qualquer botequim e, despreocupado, recomenda: “Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí.”
Complementando a ótima interpretação de Nara, esta faixa tem uma participação primorosa do violonista Geraldo Vespar (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
Diz que eu fui por aí (samba, 1964) - Zé Keti e Hortêncio Rocha - Intérprete: Nara Leão
LP Nara / Título da música: Diz que eu fui por aí / Zé Keti (Compositor) / Hortêncio Rocha (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1964 / Álbum: ME-10 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Samba.
A7+ A#º Bm7
Se alguém perguntar por mim
E7/9 F#m7
Diz que fui por aí
F#m7/E Em7 A7/9
Levando um violão / Debaixo do braço
D7+ Ebº C#m7
Em qualquer esquina eu paro
F#7 Bm7
Em qualquer botequim eu entro
E7
E se houver motivo
Gº F#7(b9) Bm7
É mais um samba que eu faço
E7 A7+ F#7
Se quiserem saber / Se volto diga que sim
Bm7 E7 C#m7 F#7
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Bm7 E7 A7+ A#º Bm7
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
E7
Tenho um violão
C#m7
Pra me acompanhar
F#7
Tenho muitos amigos
Bm7
Eu sou popular
E7
Tenho a madrugada
C#m7 F#7 Bm7
Como companhei. . .ra
E7
A saudade me dói
C#m7
Em meu peito me rói
F#7
Eu estou na cidade
Bm7
Eu estou na favela
E7
Eu estou por aí
A6
Sempre pensando nela
Composta antes de 1964, a “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas” é assim uma espécie de protesto premonitório contra a realidade imposta pela ditadura militar. Pertence àquela fase inicial do CPC em que Carlos Lyra, como já foi dito, incorpora à sua obra uma temática político-nacionalista, tendo sido feita no mesmo dia em que ele e Vinícius haviam concluído o “Hino da UNE” (“De pé a jovem guarda / a classe estudantil / sempre na vanguarda / trabalha pelo Brasil...”).
Mas, com sua mensagem disfarçada no lirismo melancólico de uma marcha-rancho, a composição pode ser considerada um belo exemplar do gênero música de protesto: “Acabou nosso carnaval / ninguém ouve cantar canções / ninguém passa mais brincando feliz / e nos corações / saudades e cinzas foi o que restou...” A passagem com o acorde de sétima maior de dó antecedendo a frase “e no entanto é preciso cantar”, após a pungente primeira parte, cria um momento mágico, na medida em que envolve a platéia inteira e a faz cantar suavemente embalada por um simples violão.
Um clássico de seu tempo, a “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas” é uma daquelas raras canções capazes de encerrar com elevada dose de emoção um espetáculo musical. Embora consagrada pela voz de Nara Leão, teve sua gravação inicial por Jorge Goulart em fevereiro de 63 (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).
LP Nara / Título da música: Marcha da quarta-feira de cinzas / Carlos Lyra (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Nara Leão (Intérprete) / Gravadora: Elenco / Ano: 1964 / Álbum: ME-10 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Marcha-rancho.
INTROD: Gm D#5-/6 D7 Gm D#5-/6 D7
Gm7 D#5-/6 D7
Acabou nosso carnaval
Gm7 D#5-/6
Ninguém ouve cantar canções
D7 Bm7 Bm5-/7
Ninguém passa mais brincando feliz
E7 A7/13
E nos corações
Am7(b5) D7(b9) Gm7 Am4/7 D7(#9)
Saudades e cinzas foi o que restou
Gm7 D#5-/6
Pelas ruas o que se vê
D7 Gm7 D#5-/6
É uma gente que nem se vê
D7 Bm7 Bm5-/7
Que nem se sorri, se beija e se abraça
E7 A7/13
E sai caminhando
Am7(b5) D7(b9) Gm7 Dm7 G#°(b13)
Dançando e cantando cantigas de amor
C7M Cm6
E no entanto é preciso cantar
G/B A7 Em7
Mais que nunca é preciso cantar
A7/13 A7(#5) A7 Am7(b5) D#5-/6 D7
É preci....so cantar e alegrar a cida.......de
Gm7 D#5-/6
A tristeza que a gente tem
Gm7 D#5-/6
Qualquer dia vai se acabar
D7 Bm7 Bm5-/7
Todos vão sorrir, voltou a esperança
E7 A7/13
É o povo que dança
Am7(b5) D7(b9) Gm7 Dm7 G#°(b13)
Contente da vida, feliz a cantar
C7M Cm6
Porque são tantas coisas azuis
G/B Em7
E há tão grandes promessas de luz
A7/13 A7(#5) A7
Tanto amor para amar
Am7(b5) D7
De que agente nem sa.......be
Gm7 D#5-/6 D7
Quem me dera viver pra ver
Gm7 D#5-/6
E brincar outros carnavais
D7 Bm7 Bm5-/7
Com a beleza dos velhos carnavais
E7 A7/13
Que marchas tão lindas
Am7(b5) D7(b9) Gm7
E o povo cantando seu canto de paz
Am7(b5) D7(b9) Gm7
Seu canto de paz
LP Nelson Até 2001 / Título da música: Depois de 2001 / Adelino Moreira (Compositor) / Nelson Gonçalves (Compositor) / Nelson Gonçalves (Intérprete) / Gravadora:RCA Victor / Ano: 1976 / Nº Álbum: 103.0173 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.
Cm G7 Cm C7 Fm
Só pretendo morrer depois de 2001
Fm7b Fm6b Fm3b G7 Cm
E se Deus do céu quiser sem inimigo nenhum
G# C# G7 Cm G7
Cm Fm
Nessas alturas ninguém liga pro que eu digo
G7 Cm
Sou velhinho boa praça todo mundo é meu amigo
Fm
O que eu fizer o que eu disser ta tudo bem
G7 Cm
Mocidade ri de graça da graça que o velho tem
Fm G7 Cm Fm G7
É no gogó gugu
Cm Fm
Para quem diz que nada fiz de extraordinário
G7 Fm
Deixo coisas muitas coisas que até como contrário
G7 Cm Fm
Pra quem ficar no meu lugar muito progresso
G7 Cm
Pra que possa superar o meu recorde de sucesso
Fm G7 Cm Fm G7
É no gogó gugu
LP Nelson Sempre Nelson / Título da música: Somos Iguais / Jair Amorim (Compositor) / Evaldo Gouveia (Compositor) / Nelson Gonçalves (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1964 / Nº Álbum: BBL 1285 / Lado B / Faixa 1 / Gênero musical: Samba-canção.
D7+Em7
Acabei de saber
F#m7Bm
Que você riu de mim
F#mG
E depois perguntou se eu vivi, se eu morri.
A7
Já que tudo acabou
D7+Em7
Eu sei lá, se você
F#m7Bm
Quis de fato saber
F#m
Pelo sim, pelo não.
Em
Abro meu coração
F#m7/5-B7
É melhor lhe dizer
G7+G#º
Eu sou o mesmo que você deixou
DB7
Eu Vivo aqui onde você viveu
EmA7
E existe em mim o mesmo amor
F#m7/5-B7
Aquele amor que nunca mais foi meu
G7+G#º
Por que viver a me humilhar assim?
DB7
Por que matar esta ilusão em mim?
EmA7
Você e eu somos iguais
D
Não mudamos jamais.