sexta-feira, 16 de abril de 2010

Jurandir da Mangueira

Jurandir da Mangueira (Jurandir Pereira da Silva), compositor e cantor, nasceu em 1939 no Município de Campos dos Goitacazes-RJ, e faleceu no Rio de Janeiro em 25/04/2007. Morou na Favela do Esqueleto e em Vila Kenedy, desde a fundação do bairro, em 1969.

Integrou a Ala dos Compositores da Mangueira e a Velha-Guarda da Mangueira. Exerceu várias profissões, como sapateiro e caldeireiro na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Faleceu em decorrência de problemas cardíacos, sendo sepultado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.

Como compositor, teve entre seus parceiros Comprido, Darci da Mangueira e Hélio Turco.

Em 1969, a Escola de Samba Mangueira classificou-se em 2º lugar do Grupo 1 com um samba de sua autoria, Mercadores e suas tradições, em parceria com Darci da Mangueira e Hélio Turco. Dois anos mais tarde, a Escola desfilaria outra vez com outro samba de sua autoria, Modernos bandeirantes (c/ Hélio Turco e Darci da Mangueira), clasificando-se em 4º lugar do Grupo 1.

No ano de 1984, seu samba-enredo Yes, nós temos Braguinha, em parceria com Hélio Turco e Darci da Mangueira, representou a Mangueira na avenida, conseguindo boa aceitação do público. A escola foi a campeã do desfile com este samba, que também inaugurou o Sambódromo Darcy Ribeiro, projetado por Oscar Niemeyer em 1983.

Ainda em 1984 Beth Carvalho interpretou de sua autoria Vovó Chica. No ano seguinte, em 1985, outro samba seu Abram alas, que eu quero passar - Chiquinha Gonzaga (c/ Hélio Turco e Darci da Mangueira) também representou a Mangueira no carnaval daquele ano, classificando a escola em 7º lugar do Grupo 1. Beth Carvalho regravou Vovó Chica em seu disco ao vivo, de 1987.

Em 1988 100 anos de liberdade - realidade ou ilusão (Alvinho e Hélio Turco) classificou a escola em 2º lugar do Grupo 1. Neste mesmo ano, Emílio Santiago incluiu este samba-enredo no LP Aquarela brasileira.

No ano de 1989, o grupo Fundo de Quintal, no LP Ciranda do povo, lançado pela gravadora RGE, incluiu de sua autoria "Folha de zinco", em parceria com Ratinho.

Um de seus maires sucessos é a composição Transformação, em parceria com João da Gente.

Em 1991, com a reformulação da Velha-Guarda da Mangueira, que de 26 componentes ficou apenas com 13, permaneceu reforçando o coro com sua voz firme. Em 1998, ainda como integrante da Velha-Guarda da Mangueira, participou do CD Chico Buarque de Mangueira, gravado pela BMG, no qual interpretou Capital do samba, de Zé Ramos.

No ano seguinte, participou do CD Velha-guarda da Mangueira e convidados, no qual constou a composição Palácio encantado, em parceria com Irson Pinto. Este disco, editado pela gravadora Nikita Music, contou com as participações de Dona Neuma, Dona Zica, Nelson Sargento, Fernanda Abreu, Noca da Portela e muitos outros.

No ano 2000, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro produziu o CD duplo Mangueira - sambas de terreiro e outros sambas, no qual participou das faixas Chega de demanda (Cartola), Alegria (Cartola e Gradim), Sai da minha frente (Zagaia), Vela acesa (Fandinho) e Minha companheira, composição dele próprio. Também neste mesmo ano, foi o puxador oficial do samba-enredo da Escola Canários de Laranjeiras.

No ano de 2001, ao lado de Dauro do Salgueiro, Nei Lopes, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara, Baianinho, Niltinho Tristeza, Casquinha, Zé Luiz, Nilton Campolino, Monarco, Jair do Cavaquinho, Elton Medeiros, Luiz Grande e Aluízio Machado, participou do show Meninos do Rio, apresentado no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, foi lançado o CD homônimo, no qual interpretou de sua autoria Transformação e Vovó Chica.

Em 2003, foi um dos convidados do grupo Dobrando a Esquina, que se apresentava todas as terças-feiras no bar Carioca da Gema, no Centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, participou da festa de inauguração do Teatro Mário lago, em Vila Kennedy, apresentando-se no show Nós no samba, ao lado de Serginho Meriti, entre outros.

Em 2005, pelo Selo Candongueiro, do Centro Cultural Candongueiro, de Pendotiba, lançou o primeiro disco solo. O lançamento aconteceu no Teatro Municipal de Niterói e posteriormente no Teatro Rival BR.

No ano de 2006 acompanhado pelo grupo É do Baú, integrado por Diego França (violão 7 cordas), Pitt (surdo), Helinho (cavaquinho), Gersinho (tantan e repique de mão) e Thiago (pandeiro) e com as particpações especiais de Iracema Monteiro, Dayse do Banjo e Aldo Bueno, apresentou-se na casa Traço de União, tradicional reduto do samba paulista.

Durante sua carreira ganhou por 12 vezes o samba-enredo da Mangueira.

Obras

Abram alas que eu quero passar (c/ Darci da Mangueira e Hélio Turco) • Cem anos de liberdade, realidade ou ilusão (c/ Alvinho e Hélio Turco) • Folha de zinco (c/ Ratinho) • Mercadores e suas tradições (c/ Darci da Mangueira e Hélio Turco) • Minha companheiraModernos bandeirantes (c/ Darci da Mangueira e Hélio Turco) • Palácio encantado (c/ Irson Pinto) • Transformação (c/ João da Gente) • Vovó Chica

Fonte: samba campista - Série Biografia

Jair do Cavaquinho

Jair do Cavaquinho (Jair de Araújo Costa), instrumentista e compositor - Rio de Janeiro RJ, 26/4/1922. Nascido em Madureira, desde os oito anos de idade já participava dos ensaios da Portela, levado pela mãe.

Em 1960 participou dos LPs A voz do morro, volumes I e II, da Musidisc. Durante 15 anos foi conhecido como Jair do Tamborim, tocando na bateria da escola, mas começou a compor com o cavaquinho. Sua primeira composição foi o samba Meu barracão de zinco, gravado por Jamelão, também seu parceiro, em 1962.

Outro de seus parceiros, vizinho na Parada de Lucas, na Vila Esperança, foi Nelson Cavaquinho, com quem fez Vou partir (1965), Eu e as flores (1969) e Enquanto a cidade dorme (1975).

Em 1965, participou, com Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Nelson Sargento e Nescarzinho do Salgueiro, do musical Rosa de ouro, organizado por Hermínio Bello de Carvalho, no Teatro Jovem, do Rio de Janeiro, que relançou Araci Cortes e apresentou Clementina de Jesus.

Em seguida foi convidado a participar do conjunto Voz do Morro, com Zé Keti e os elementos do Rosa de Ouro, acrescido de Oscar Bigode e José Cruz. Com essa formação, gravou pela Musidisc o LP Roda de samba, volume I, com Pecadora (com Joãozinho) e Meu viver (com Elton Medeiros e Kléber Santos), e volume II, do qual também participou Nelson Sargento.

No mesmo ano, a Odeon lançou o LP Rosa de ouro, volume I. Em 1967 sua composição E a rosa voltou foi gravada pelo grupo no volume II do LP Rosa de ouro. Ainda em 1967 integrou o Conjunto Cinco Crioulos, com Elton Medeiros, Nelson Sargento, Nescarzinho do Salgueiro — do Rosa de Ouro — e Mauro Duarte, gravando pela Odeon, de 1967 a 1969, três LPs, sendo um deles Cinco crioulos (1968).

Em 1969, seu samba-enredo Treze naus ganhou o concurso na Portela. Na década de 1970 participou, ao lado de compositores de diversas escolas, do conjunto Cinco Só. Entre suas composições mais conhecidas estão, além de Vou partir, gravada por Elizeth Cardoso em 1965, Pecadora e Tudo em vão, gravadas por Nara Leão em 1976 e Fim do nosso amor, gravada por Norimar em 1993.

CD

Rosa de Ouro vol. 1 e 2, 1993, EMI 827301-2 (Série dois em um).

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha

Baianinho

Baianinho (Eládio Gomes dos Santos), compositor, nasceu em Salvador BA, em 3/9/1936. Começou em 1942 na banda de música da escola municipal, onde estudou, tocando clarineta e requinta.

Em 1946 mudou-se. para o Rio de Janeiro, indo morar no bairro de Cavalcanti. Juntamente com outros músicos, fundou em 1959 o G.R.E.S. Em Cima da Hora, integrando a ala dos compositores.

Em 1963, 1964 e 1973, a escola desfilou com sambas-enredo de sua autoria, respectivamente Insurreição pernambucana, Apoteose econômica e financeira do Império (ambos com Zeca do Varejo) e O sabor poético da literatura de cordel.

Em 1971 fez sucesso com o samba Ê baiana (com Fabrício da Silva, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio), gravado por Clara Nunes na Odeon. Em 1972 integrou o conjunto Os Cinco Só e no ano seguinte apresentou-se como cantor no Teatro Opinião, do Rio de Janeiro.

Obras

Ê baiana (c/Fabrício da Silva, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio), samba, 1971; O sabor poético da literatura de cordel, samba-enredo, 1973.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha.

Dauro do Salgueiro

Dauro do Salgueiro (Dauro Ribeiro), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro RJ em 13/10/1935. Integrante do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro desde 1958, em 1963 ingressou em sua ala dos compositores e no ano seguinte gravou sua primeira música, o samba Graças a Deus (com Binha), no LP Musidisc Ala dos compositores do Salgueiro.

Em 1966, ainda como cantor, gravou em compacto Etiqueta o samba Ironia do destino (c/Zuzuca e Adir Morais).

Com Nininha, Zé Pinto e Mário compôs, em 1975, o samba-enredo Segredo das minas do rei Salomão, que fez enorme sucesso no desfile do Salgueiro.

No mesmo ano seu Hino de amor ao Salgueiro (com Ney Lopes e João Laurindo), interpretado por Zuzuca, foi incluído no LP CBS As minas do rei Salomão.

Obras

Graças a Deus (c/Binha), samba, 1964; Hino de amor ao Salgueiro (c/Ney Lopes e João Laurindo), 1975; Ironia do destino (c/Zuzuca e Adir Morais), samba, 1966; Segredo das minas do rei Salomão (c/Nininha, Zé Pinto e Mário), samba-enredo, 1975.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - PubliFolha