terça-feira, 25 de abril de 2006

O 'x' do problema

Aracy de Almeida
O 'x' do problema (samba, 1936) - Noel Rosa - Intérprete: Araci de Almeida

Disco 78 rpm / Título: Xis do problema / Noel Rosa, 1910-1937 (Compositor) / Araci de Almeida, 1914-1988 (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 18/08/1936 / Lançamento: 10/1936 / Nº do Álbum: 34099 / Nº da Matriz: 80191-3 / Gênero: Samba

Intr.:(D6/9 F#m7(b5) B7(b9)
 Gm7 C7/9 F#7/13 B7/9
E7/13 A7/9 D6/9 Bbm6 D7M)
           
   A7(#5)     D6/9          Am7     D7/9    G7M
Nasci    no Estácio, fui educada na roda de bamba
           G6                A7/13
E fui diplomada na escola de samba
           A7(#5)             D6/9  A7(#5)
Sou independente, conforme se vê

           D6/9               Am7
Nasci no Estácio, o samba é a corda
   D7/9     G7M
Eu sou  a caçamba
          Gm6             F#7/13
E não acredito que haja muamba
    B7/9    E7/13       A7/9      D6/9  Bbm6 D7M
Que possa fazer   eu gostar  de você  

           F#7/13                F#7(b13)    Bm7/9
Eu sou diretora   da escola do Estácio    de Sá
E7/13         F#7/13             F#7(b13)
      E felicidade   maior neste mundo    não há   
B7/4(9) B7/9             F#m7(b5)           B7(b9)
             Já fui convidada    para ser estrela
           Em7   B7/9  C7/9
Do nosso cinema
                  F#7/13
Ser estrela é bem fácil
  B7/9      E7/13       E7(#5)  A7/4(9)
Sair   do Estácio é que é     
  A7(b9)       D6/9  
O 'x'    do problema 
            F#m7(b5)           B7(b9)
Já fui convidada    para ser estrela
           Gm7   C7/9
Do nosso cinema
                  F#7/13
Ser estrela é bem fácil
  B7/9      E7/13       E7(#5)  A7/4(9)
Sair   do Estácio é que é     
  A7(b9)       D6/9   Bbm6 D7M  
O 'x'    do problema

  A7(#5)       D6/9            Am7
Você    tem vontade que eu abandone 
  D7/9       G7M
O Largo do Estácio
            G6                  A7/13
Pra ser a rainha de um grande palácio
            A7(#5)              D6/9   A7(#5)
E dar um banquete uma vez por semana

           D6/9
Nasci no Estácio
            Am7       D7/9     G7M
Não posso mudar minha massa de sangue
          Gm6                  F#7/13
Você pode crer que palmeira do Mangue
    B7/9     E7/13    A7/9   D6/9  Bbm6 D7M
Não vive na areia  de Copacabana

           F#7/13                F#7(b13)    Bm7/9
Eu sou diretora   da escola do Estácio    de Sá
E7/13         F#7/13             F#7(b13)
      E felicidade   maior neste mundo    não há   
B7/4(9) B7/9             F#m7(b5)           B7(b9)
             Já fui convidada    para ser estrela
           Em7   B7/9  C7/9
Do nosso cinema
                  F#7/13
Ser estrela é bem fácil
  B7/9      E7/13       E7(#5)  A7/4(9)
Sair   do Estácio é que é     
  A7(b9)       D6/9  
O 'x'    do problema 
            F#m7(b5)           B7(b9)
Já fui convidada    para ser estrela
           Gm7   C7/9
Do nosso cinema
                  F#7/13
Ser estrela é bem fácil
  B7/9      E7/13       E7(#5)  A7/4(9)
Sair   do Estácio é que é     
  A7(b9)       D6/9   Bbm6 D7M  
O 'x'    do problema

Solo:(Bbm6 D6/9  Bbm6 D7M) 2 Vezes


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Querido Adão

A pequena notável
"Querido Adão" foi uma continuação de "Eva querida" (de Benedito e Luiz Vassalo), do mesmo ano de 1935. Ganhou o primeiro lugar no concurso de marchas da Rádio Tupi. Alzirinha Camargo, durante a estada de Carmen Miranda em Buenos Aires, ajudou a divulgar essa marchinha, que Carmen também cantou no filme "Alô, Alô Carnaval".

Querido Adão (marcha/carnaval, 1936) - Benedito Lacerda e Osvaldo Santiago - Intérprete: Carmen Miranda

Disco 78 rpm / Título da música: Querido Adão / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Compositor) / Osvaldo Santiago, 1902-1976 (Compositor) / Carmen Miranda, 1909-1955 (Intérprete) / Orquestra Odeon sob Direção de Simon Bountman (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 10/10/1935 / Lançamento: 01/1936 / Nº do Álbum: 11297 / Nº da Matriz: 5165-1 / Gênero musical: Marcha / Coleções de origem: IMS, Nirez


-----Cm
Adão
-------------------G7
Meu querido Adão
-------------------Cm
Todo mundo sabe
-------------G#---- G7
Que perdeste o juízo
---------C7-------------------- Fm
Por causa da serpente tentadora
---------------Cm
O nosso mestre
------------G7-------- Cm
Te expulsou do Paraíso
Adão, Adão


---------G7
Mas em compensação
-----------Cm
O teu pobre coração
---------C7
Que era pobre, pobre
-------------Fm
Muito pobre de amor
-------------------Cm
Cresceu e eternizou meu Adão
----G7------------------ Cm
O teu pecado encantador


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Pierrô Apaixonado

Heitor dos Prazeres
Heitor dos Prazeres fez o estribilho e Noel Rosa as segundas partes de "Pierrô Apaixonado", a melhor marcha do carnaval de 36 ("Um pierrô apaixonado / que vivia só cantando / por causa de uma colombina / acabou chorando / acabou chorando..."). Gravada por Joel e Gaúcho, com um belo acompanhamento da orquestra Diabos do Céu, em arranjo de Pixinguinha, foi também incluída no filme "Alô, Alô Carnaval", com os mesmos intérpretes.

A melodia envolvente, simultaneamente carnavalesca e sentimental, e os versos românticos/ brincalhões de Noel ( "Um grande amor tem sempre um triste fim / com o Pierrô aconteceu assim / levando este grande chute / foi tomar vermute / com amendoim" ) deram um charme especial à história de Pierrô, Colombina e Arlequim, o trio oriundo da commedia dell'arte, elevando a marchinha à categoria de clássico. Embora já bastante enfermo na época, Noel mantinha vivo seu humor de sempre.

Pierrô apaixonado (marcha/carnaval, 1936) - Noel Rosa e Heitor dos Prazeres - Interpretação: Joel e Gaúcho

Disco 78 rpm / Título da música: Pierrô apaixonado / Heitor dos Prazeres, 1898-1966 (Compositor) / Noel Rosa, 1910-1937 (Compositor) / Joel e Gaúcho (Intérprete) / Diabos do Céu (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 26/12/1935 / Lançamento: 01/1936 / Nº do Álbum: 34012 / Nº da Matriz: 80060-1 / Gênero musical: Marcha


---------G7+
Um Pierrot apaixonado
---E7--------------- Am7
Que vivia só cantando
-----------------D7/9------ G7+
Por causa de uma Colombina,
-----E7 --------Am7---- D7/9 ----G7+
Acabou chorando, acabou chorando

----------D7/9 ----------------G7+
A Colombina entrou no botequim,
--------------E7------------------- Am7
Bebeu....bebeu....saiu assim.... assim...
-------C7+------------- G7+------ E7 -------A7
Dizendo: - Pierrot cacete, vai tomar sorvete
-------D7/9---- G7+
Com o Arlequim

-----------------D7/9------------------- G7+
Um grande amor tem sempre um triste fim
--------------E7 --------------Am7
Com o Pierrot aconteceu assim....
------C7+----------------- G7+
Levando este grande shoot
--------E7-------- A7
Foi tomar vermuth
------D7/9----- G7+
Com amendoim !



Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Palpite Infeliz

Em 1935 Wilson Batista era um jovem compositor que lutava para aparecer no meio musical. Assim, quando "Feitiço da Vila" se projetou como um dos grandes sucessos do ano, ele achou que poderia tirar proveito do fato provocando Noel Rosa com o samba "Conversa fiada" ("É conversa fiada / dizerem que os sambas / na Vila têm feitiço...").

De certa forma a provocação funcionou, pois Noel respondeu com "Palpite Infeliz", reacendendo uma polêmica, iniciada em 1933, com "Lenço no pescoço" (Wilson), contestado por Noel em "Rapaz folgado", seguindo-se "Mocinho da Vila" (Wilson) e o citado "Feitiço da Vila" (Noel e Vadico), que pretendia apenas louvar Vila Isabel. Mas enquanto Wilson revidava "Palpite Infeliz" com "Frankenstein da Vila" e "Terra de Cego", baixando o nível da discussão, Noel se desinteressava do assunto, que morreria num encontro dos dois num café da Rua Evaristo da Veiga.

Na ocasião, Noel escreveu os versos de "Deixa de ser convencido", sobre a melodia de "Terra de Cego", tornando-se assim parceiro do contendor. Na realidade, houve com o passar do tempo uma valorização dessa polêmica que, segundo Almirante, não chegou a entusiasmar o público da época. Rendeu porém excelentes sambas, como este "Palpite Infeliz" que se tornou sucesso de carnaval, embora não tenha sido feito para esse fim.

Sua letra, além de exaltar Vila Isabel, oferece um inventário dos principais redutos sambísticos cariocas nos anos trinta (Estácio, Salgueiro, Mangueira, Osvaldo Cruz e Matriz), que respeitam a Vila e "sabem muito bem" que ela "não quer abafar ninguém". Lançado por Araci de Almeida (que o regravou em 1950), "Palpite Infeliz" fazia parte da trilha musical de "Alô, Alô Carnaval", onde deveria ser interpretado pela cantora, no papel de uma lavadeira estendendo roupa num varal. Mas a cena acabou excluída do filme, por exigência de Araci, que a considerou depreciativa.

Palpite Infeliz (samba, 1936) - Noel Rosa

Disco 78 rpm / Título da música: Palpite infeliz / Noel Rosa, 1910-1937 (Compositor) / Araci de Almeida, 1914-1988 (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 17/12/1935 / Lançamento: 01/1936 / Nº do Álbum: 34007 / Nº da Matriz: 80050-1 / Gênero musical: Samba

D                Dº         D
Quem é você, que não sabe o que diz?
                        Ebº      A7
Meu Deus do céu, que palpite infeliz!
        F#7                  Bm
Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira,
                 E7
Oswaldo Cruz e Matriz
                          A7
Que sempre souberam muito bem
      D             F#m       B7/4  B7
Que a Vila não quer abafar ninguém
           E7           A7       D
Só quer mostrar que faz samba também!

        A7                       D
Fazer poemas lá na Vila é um brinquedo
          D7                     G
Ao som do samba, dança até o arvoredo
         Em           A7
Eu já chamei você pra ver,
         D      Db  C   B7
Você não viu porque não quis
         E7          A7         D
Quem é você, que não sabe o que diz?

       A7                  D
A Vila é uma cidade independente
         D7                          G
Que tira samba, mas não quer tirar patente
          Em             A7
Pra que ligar a quem não sabe
      D     Db  C    B7
Aonde tem o seu na...riz?
         E7          A7         D
Quem é você, que não sabe o que diz?


Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

O Ébrio

Vicente Celestino interpretando "O ébrio".


O sucesso permanente da canção "O Ébrio" inspiraria, dez anos depois de seu lançamento, a realização do filme homônimo, recordista de bilheteria em todo o país. Impressionado com o personagem, o público chegaria mesmo a identificá-lo com seu criador, o abstêmio Vicente Celestino.

Com efeito, o tema e principalmente a forma declamada da interpretação foram fatores decisivos para que se chegasse a tal exagero. A letra dramática, repleta de desventuras e imagens beirando a pieguice, é uma perfeita sinopse para o enredo de um filme, desde o prólogo falado à parte musical propriamente dita. Nesta, o contraste da primeira parte, no modo menor, com a segunda, no modo maior, contribui para ressaltar a tragédia do protagonista. "O Ébrio", que também inspirou uma peça de teatro (em 1936) e uma novela de televisão (na TV Paulista, em 1965), foi lançado no terceiro disco de Vicente Celestino na Victor, gravadora onde ele permaneceu por 33 anos, até sua morte em 1968.

O Ébrio (canção, 1936) - Vicente Celestino - Intérprete: Vicente Celestino

Disco 78 rpm / Título da música: O ébrio / Vicente Celestino (Compositor) / Vicente Celestino (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 07/08/1936 / Lançamento: 09/1936 / Nº do Álbum: 34091 / Nº da Matriz: 80195-1 / Gênero musical: Canção



"Nasci artista. Fui cantor. Ainda pequeno levaram-me para uma escola de canto. O meu nome, pouco a pouco, foi crescendo, crescendo, até chegar aos píncaros da glória. Durante a minha trajetória artística tive vários amores. Todas elas juravam-me amor eterno, mas acabavam fugindo com outros, deixando-me a saudade e a dor. Uma noite, quando eu cantava a "Tosca", uma jovem da primeira fila atirou-me uma flor. Essa jovem veio a ser mais tarde a minha legítima esposa.

Um dia, quando eu cantava "A Força do Destino", ela fugiu com outro, deixando-me uma carta, e na carta um adeus. Não pude mais cantar. Mais tarde, lembrei-me que ela, contudo, me havia deixado um pedacinho de seu eu: a minha filha. Uma pequenina boneca de carne que eu tinha o dever de educar. Voltei novamente a cantar mas só por amor à minha filha. Eduquei-a, fez-se moça, bonita...

E uma noite, quando eu cantava ainda mais uma vez "A Força do Destino", Deus levou a minha filha para nunca mais voltar. Daí pra cá eu fui caindo, caindo, passando dos teatros de alta categoria para os de mais baixa. Até que acabei por levar uma vaia cantando em pleno picadeiro de um circo. Nunca mais fui nada. Nada, não! Hoje, porque bebo a fim de esquecer a minha desventura, chamam-me ébrio, ébrio..."

-----Am--------- E7------------------------- Am
Tornei-me um ébrio, na bebida busco esquecer
-------------A7 ----------------------------------Dm
Aquela ingrata que eu amava, e que me abandonou
---------------------Dm6 ---------Am
Apedrejado pelas ruas, vivo a sofrer
--------------B7---------------------------- E7
Não tenho lar, e nem parentes, tudo terminou
---------------------------------------------Am
Só nas tabernas é que encontro o meu abrigo
-----------A7------------------------------- Dm
Cada colega de infortúnio, um grande amigo
-------------------------Dm6--------------- Am
Que embora tenham como eu seus sofrimentos
------------E7----------------------------- Am --------E7
Me aconselham, e aliviam os meus tormentos

----------A-------- Gb7 ---------Bm
Já fui feliz e recebido com nobreza até
----------------E7----------------------- A -------E7
Nadava em ouro, e tinha alcova de cetim
--------------A---------------- Gb7 -------------Bm
E a cada passo um grande amigo em que depunha fé
--------------E7 ---------------A
E nos parentes . . . confiava sim . . .
--------------------------Gb7-------- Bm
E hoje ao ver-me na miséria, tudo vejo então
----------D7 ---------------------------Db7
O falso lar que amava, e a chorar deixei
------------Dm--------- F -----A------------ Gb7
Cada parente, cada amigo, um ladrão
---------------Bm--------- E7------------- A----- Am
Me abandonaram, e roubaram o que amei.

------------E7 -----------------------Am
Falsos amigos, eu vos peço, imploro a chorar
-----------------A7---------------------------------- Dm
Quando eu morrer a minha campa nenhuma inscrição
-----------------------------------Dm6------------ Am
Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar
---------------B7------------------- E7
Este ébrio triste, e este triste coração

---------------------------------------------Am
Quero somente na campa em que eu repousar
--------------A7--------------------------- Dm
Os ébrios loucos como eu venham depositar
---------------------------------Dm6------ Am
Os seus segredos, ao meu derradeiro abrigo
----------E7 -------------------------Am
E suas lágrimas de dor ao peito amigo


Fontes A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

No tabuleiro da baiana


"No Tabuleiro da Baiana" é um dos maiores sucessos de Ary Barroso nos anos trinta. Sucesso, aliás, que o surpreendeu, conforme confessou à revista Carioca, em 23.10.37: "'No Tabuleiro da Baiana' foi a primeira música que vendi, tão descrente eu estava do seu mérito. Foi-me encomendada por Jardel Jercolis, que pretendia incluí-la em uma das revistas de sua companhia. A música foi mais 'fabricada' que inspirada; produzi-a mais ou menos à força e acabei compondo-a nos moldes de um batuque feito por mim há vários anos (o samba 'Batuque', gravado por Sílvio Caldas e Elisa Coelho em 1931)".

Mas, embora assim classificada, "No Tabuleiro da Baiana" é uma excelente composição, bem ao estilo Ary Barroso, já mostrando várias daquelas inovações que ele começava a incorporar ao samba. Sua introdução instrumental é tão adequada que faz parte integrante da música. A letra dialogada entre homem e mulher, muito bem construída, ideal para um quadro cômico-musical, têm interferências que funcionam como breques, alguns improvisados na gravação original - por exemplo, o breque "Mentirosa, mentirosa, mentirosa..." foi introduzido pelo cantor Luís Barbosa. A seção "Juro por Deus, pelo Senhor do Bonfim..." quase ad libitum, no meio da música, antecipa um procedimento que Ary usaria outras vezes e que sem dúvida, valoriza o retorno ao ritmo marcado, como em "Os quindins de Iaiá" ( 1941 ) e na segunda versão de "No Morro (Eh, eh!)", rebatizada de "Boneca de piche" (1938).

Comprador dos direitos de "No Tabuleiro da Baiana", para uso exclusivo no teatro, Jardel Jercolis o incluiu na revista Maravilhosa (outubro de 36), na qual era cantado e dançado pela dupla Déo Maia e Grande Otelo. Em 31.12, a composição voltou à cena, na revista É Batata!, da mesma companhia, desta vez apresentada por Oscarito e a menina Isa Rodrigues, então chamada de "Shirley Temple brasileira" e que faria carreira no teatro e na televisão. Antes porém da estréia teatral, "No Tabuleiro da Baiana" já estava gravado por Carmen Miranda e Luís Barbosa, sendo revivido em 1980 por Gal Costa e Caetano Veloso e em 1983 por Maria Bethânia e João Gilberto.

No tabuleiro da baiana (samba-batuque, 1936) - Ary Barroso - Intérpretes: Carmen Miranda e Luiz Barbosa

Disco 78 rpm / Título da música: No tabuleiro da baiana / Ary Barroso (Compositor) / Carmen Miranda, 1909-1955 (Intérprete) / Luiz Barbosa, 1910-1938 (Intérprete) / Luperce Miranda (Acomp.) / Regional (Acomp.) / Benedito Lacerda, 1903-1958 (Acomp.) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 29/09/1936 / Nº Álbum 11402 / Gênero musical: Batuque


No tabuleiro da baiana tem:

-------D7M -----Em7----- Gbm7----- Em7
Vatapá, oi, carurú, mugunzá, tem umbú
-------D7M
Pra Ioiô
----------Eb0------- A7M-- Bb0---- Bm7
Se eu pedir você me dá o seu coração
---------E7----- Em7 ----A7----- D7M
Seu amor de Iaiá?

No coração da baiana tem :

-------D7M ----Em7--- Gbm7 -----Em7
Sedução, cangerê, ilusão, candomblé
--------D7M
Prá você
---Bm7----------- Gbm7
Juro por Deus, pelo Senhor do Bonfim
----Em7--- A7------ D7M
Quero você, baianinha, inteirinha
--------B7 ------Gbm7/-5
Pra mim
------B7/-9-------- Em7------ A7
E depois, o que será de nós dois
--------D7M----- Em7--- A7--- D7M
Seu amor é tão fugaz, enganador

Bm7 ----------Gbm7
Tudo já fiz, fui até num cangerê
Em7------ A7
Pra ser feliz
---------D7M -------------------B7 ------Gbm7/-5
Meus trapinhos juntar com você
-----B7/-9---- Em7----------- A7
E depois vai ser mais uma ilusão
-------D7M ----Em7 -----A7 -----D7M
No amor quem governa é o coração 



Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Maria Boa

Bando da Lua
Maria Boa (samba/carnaval, 1936) - Assis Valente - Intérprete: Bando da Lua

Disco 78 rpm / Título da música: Maria boa / Assis Valente (Compositor) / Bando da Lua (Intérprete) / Gravadora: Victor / Gravação: 01/12/1935 / Lançamento: 01/1936 / Nº do Álbum: 34009 / Nº da Matriz: 93016-1 / Gênero musical: Samba

(intro) C    Dm7 G7 C

      C
Que vantagem Maria tem?
   Dm
É boa
     G7
Como é que Maria vive?
   C
À toa

Com quem é que Maria vive?
Comigo
Onde é que Maria mora?
Não digo

     C        Dm           G7      C
Não digo, não digo porque tenho certeza
   E7                  A7
Certeza porque sou escolado
  Dm        Fm6      C    A7
Mulher é negocio de lado
   Dm        G7      C
E amigo é melhor separado

Que vantagem maria tem?...

Não digo, não digo porque tenho certeza
Certeza que minha Maria
Não vai com a cara do homem
     Dm      G7      C
Que tem a falinha macia

        C
Que vantagem Maria tem?
        C
Que vantagem Maria tem?
        G7
Que vantagem Maria tem?
   C
É boa


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Marchinha do grande Galo

Marchinha do Grande Galo (marcha/carnaval, 1936) - Lamartine Babo e Paulo Barbosa - Intérprete: Bando da Lua

Disco 78 rpm / Título da música: Marchinha do grande galo / Lamartine Babo, 1904-1963 (Compositor) / Paulo Barbosa, 1900-1955 (Compositor) / Bando da Lua (Intérprete) / Gravadora: Victor / Gravação: 16/12/1935 / Lançamento: 11/1937 / Nº do Álbum: 34232 / Nº da Matriz: 93808-1 / Gênero: Marcha



Almirante em disco também Victor, lançado em janeiro de 1936 para o Carnaval do mesmo ano:

Disco 78 rpm / Título da música: Marchinha do grande galo / Lamartine Babo, 1904-1963 (Compositor) / Paulo Barbosa, 1900-1955 (Compositor) / Almirante (Intérprete) / Gravadora: Victor / Gravação: 20/12/1935 / Lançamento: 01/1936 / Nº do Álbum: 34011 / Nº da Matriz: 80058-1 / Gênero: Marcha

G                   D7
O galo de noite cantou
                Em
Toda gente quis ver
              D7
O que aconteceu
                         G
Nervoso, o galinho respondeu:
                           A7
có, có, có, có, có, có, có, ró
  D7           G
A galinha morreu!

                       D7
có, có, có, có, có, có, ró
                        G
có, có, có, có, có, có, ró 
               D7
O galo tem saudade
               G
Da galinha carijó!

                   D7
A minha vizinha também
              Em
Certa noite gritou
              D7
Toda gente acordou
                       G
Nervoso, o marido respondeu:
                      A7
có, có, có, có, có, có, ró
   D7           G
Hoje o galo sou eu!  


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Mágoas de Caboclo

Orlando Silva
Mágoas de caboclo (canção, 1936) - J. Cascata e Leonel Azevedo - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Mágoas de caboclo / J. Cascata, 1912-1961 (Compositor) / Leonel Azevedo (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 1936 / Lançamento: 1936 / Nº do Álbum: 34067 / Nº da Matriz: 80164-1 / Gênero musical: Canção


----Am7------ E7------------- Am7
Cabocla seu olhar está me dizendo
----------C7 --------------F7
Que você está me querendo
------------------------E7----- A7
Que você gosta de mim
--------Dm7 ------Dm ----------Am7
Cabocla, não lhe dou meu coração
-------------------------B7
Hoje você me quer muito
---------E7 ---------------Am--- E7-- Am --F7
Amanhã não quer mais não

----------E7----------------------- Am
Não creio mais em amor nem amizade
----------------------E7----------------------- Am------ A7
Vivo só para a saudade que o passado me deixou

Dm7 --------------------------Am
A vida para mim não vale nada
-----------------------------Bb
Desde o dia em que a malvada
----------E7------------- Am----- E7
O coração me estraçalhou

--------Am-------- E7--------- Am
Às vezes pela estrada enluarada
-----------C7--------- F7---------------------- E7----- A7
Julgo ouvir uma toada que ela para mim cantava
------Dm7---------------------- Am7
Quando eu era feliz e não pensava
-------------------------------B7
Que a desgraça em minha porta
------------E7----------- Am
Passo a passo me rondava

----E7---------------------------- Am
Depois que ela partiu eu fiquei triste
------------F -----------E7
Nada mais pra mim existe
----------------------Am-------- A7
Vivo no mundo a penar
--------Dm7-------------------------- Am
E quando eu penso nela oh grande Deus

-----------------------Bb---- E7 ---Am
Eu sinto nos olhos meus triste lágrima a rolar



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Italiana

Carlos Galhardo
Italiana (valsa, 1936) - Osvaldo Santiago, Paulo Barbosa e José maria de abreu - Intérprete: Carlos Galhardo

Disco 78 rpm / Título da música: Italiana / José Maria de Abreu, 1911-1966 (Compositor) / Osvaldo Santiago, 1902-1976 (Compositor) / Paulo Barbosa, 1900-1955 (Compositor) / Carlos Galhardo, 1913-1985 (Intérprete) / Gravadora: Victor / Gravação: 06/05/1936 / Lançamento: 08/1936 / Nº do Álbum: 34079 / Nº da Matriz: 80152-1 / Gênero musical: Valsa


Eu em tua voz ouvi
Gondoleiros a cantar
E Veneza entrevi
Flutuando ao luar
Na luz do teu olhar


Tu és italiana uma canção de amor
Teu beijo é para mim dos Alpes uma flor
Abriu-se em minh´alma um vulcão
Vesúvio da minha paixão

Tu és italiana a tela de um pintor
A musa de um poeta, a lira de um cantor
Teu riso me traz fragor de cristais
Enredos de romances sensuais



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Favela

Roberto Martins
A gravação de uma canção pode algumas vezes depender de circunstâncias que nada têm a ver com seus méritos artísticos. Este é o caso de "Favela", o belo samba de Roberto Martins e Valdemar Silva, que se tornou um clássico de nossa música popular.

Martins já estava cansado de ter "Favela" rejeitada por Francisco Alves quando, num almoço em casa de uma amiga comum, o cantor se interessou por uma cadelinha pertencente à anfitriã. Conhecendo a história da rejeição, a moça propôs: "Grave 'Favela' que eu lhe dou a cachorrinha". Três dias depois, Alves tirou "Favela" do ineditismo.

A esta gravação, seguiram-se muitas outras - é a música mais gravada de Roberto Martins -, que têm intérpretes como Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Ataulfo Alves, Maysa, o internacional Carlos Ramirez, e orquestras rivais como as de Zaccarias e Severino Araújo. Aliás, devem-se essas e outras gravações instrumentais ao fato de a composição se prestar otimamente a execuções dançantes. Uma homenagem ao legendário morro carioca, "Favela" foi precedida em três anos por uma canção homônima, de Hekel Tavares e Joracy Camargo, também de muito sucesso.

Favela (samba, 1936) - Roberto Martins e Valdemar Silva - Intérprete: Francisco Alves

Disco 78 rpm / Título da música: Favela / Roberto Martins (Compositor) / Valdemar Silva (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 20/04/1936 / Lançamento: 06/1936 / Nº do Álbum: 34059 / Nº da Matriz: 80132-1 / Gênero musical: Samba


---
--E7------------ Am
Favela, oi Favela
-----F--------------------------- E7---- A7
Favela que trago no meu coração
----------Dm -----------Dm6
Ao recordar com saudade
-------Am
A minha felicidade
-----F--------------------- E7
Favela dos sonhos de amor
--------------------Am
E do samba-canção
----E7
Hoje tão longe de ti
---Am
Se vejo a lua surgir
E7
Eu relembro a batucada
-------------------A7
E começo a chorar
-----Dm ------------------Dm6
Favela das noites de samba
----Am
Berço dourado dos bambas
------F-------------------- E7 ----Am
Favela, é tudo o que eu posso falar
----E7
Minha favela querida
----Am
Onde eu senti minha vida
----E7
Presa a um romance de amor
------------------A7
Numa doce ilusão
-------Dm--------------- Dm6
Em uma saudade bem rara
----------Am
Na distância que nos separa
---------F--------------- E7---- Am--- F--- Am
Eu guardo de ti esta recordação.


Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

É bom parar

Francisco Alves
O samba mais cantado no carnaval de 1936 foi "É Bom Parar", também conhecido como "Por que bebes tanto assim, rapaz", verso inicial da música: "Por que bebes tanto assim, rapaz? / Chega, já é demais / Se é por causa de mulher é bom parar / porque nenhuma delas sabe amar".

Este estribilho foi mostrado a Francisco Alves pelo autor, Rubens Soares, um boxeador, campeão carioca e brasileiro na categoria de pesos médios. Então, sem nada informar a Rubens, Chico procurou Noel Rosa, que, pela quantia de 200 mil-réis, completou o samba com duas segundas partes primorosas, em que se destacam versos como "de ti não terei mais pena / é bom parar por aí / quem não bebe te condena / quem bebe zomba de ti" e "não crês, conforme suponho / nesses versos de canção / mais cresce a mulher no sonho / na taça e no coração"' - os dois últimos, uma irônica alusão à valsa "A Mulher que Ficou na Taça", de Chico e Orestes Barbosa, que foi sucesso em 1934.

Embora essa história (relatada por João Máximo e Carlos Didier em Noel Rosa, uma Biografia) fosse bastante conhecida no meio musical da época, o samba "É Bom Parar" ficou mesmo sem o nome de Noel na parceria. Rubens Soares é autor de outros sucessos como "Nega do cabelo duro" e "Solteiro é Melhor".

É bom Parar (samba/carnaval, 1936) - Rubens Soares - Intérprete: Francisco Alves

Disco 78 rpm / Título da música: É bom parar / Rubens Soares (Compositor) / Francisco Alves (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 28/01/1936 / Lançamento: 02/1936 / Nº do Álbum: 34038 / Nº da Matriz: 80101-1 / Gênero musical: Samba


C------------------------ Dm
Por que bebes tanto assim rapaz?
----G7 --------------C-- C7-- B7-- Bb7
Chega, já é demais
-----A7---------------- Dm
Se é por causa de mulher
É bom parar
-------C------ A7----- D7
Porque nenhuma delas
---G7----- C ----C7-- B7-- Bb7
Sabe amar

------------------------Dm
Se tu hoje estás sofrendo
----------G7------------- C
É porque Deus assim quer
-------------------------G7
E quanto mais vai bebendo
-----------C
Mais lembras desta mulher
----------------------------F7
Não crês, conforme suponho,
-----------E7 -----------Am
Nestes versos de canção:
------------F#º--------------- C -----A7
"Mais cresce a mulher no sonho, --oi
-------D7 ------G7--- C
Na taça e no coração"

-------------------------Dm
Sei que tens em tua vida
---------G7 ------------C
Um enorme sofrimento
-----------------------------G7
Mas não penses que a bebida
---------------------C
Seja um medicamento
-------------------------F7
De ti não terei mais pena
------E7 -----------Am
É bom parar por aí
---------------F#º-------- C -----A7
Quem não bebe te condena, ---oi
-----------D7 ----G7--- C
Quem bebe zomba de ti



Fontes: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34; Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Dama do Cabaré

O samba "Dama do cabaré" foi uma das muitas músicas que Noel Rosa fez para o seu grande amor Juracy Correia de Morais, a Ceci (foto ao lado). O verso ‘‘Mas você se despediu e foi pra casa a pé’’, lembrando que Ceci dispensara carona de um bom carro, contém uma informação que deve ser correta, pois ela trabalhava no Cabaré Apolo, na Lapa, e morava perto, na rua Gomes Freire, onde dividia um apartamento com uma amiga.

Curioso é que Noel conservou este samba inédito durante cerca de dois anos, tirando-o da gaveta em 1936 para entrar no filme Cidade Mulher, de Carmem Santos e Humberto Mauro.

Dama do Cabaré (samba, 1936) - Noel Rosa - Intérprete: Orlando Silva

Disco 78 rpm / Título da música: Dama do cabaré / Noel Rosa, 1910-1937 (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Conjunto Regional RCA Victor (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 24/07/1936 / Lançamento: 08/1936 / Nº do Álbum: 34085 / Nº da Matriz: 80177-2 / Gênero musical: Samba

Intr.: Bb7 Eb7 A7 Dm

                  G7          C7        F°
Foi num cabaré da Lapa que eu conheci você
F                                D7              Gm
 Fumando cigarro, entornando champanhe no seu soirée
            G#°                F/A       Eb7   D7
Dançamos um samba, trocamos um tango por uma palestra
             G7             C7                 F   Gm6/Bb
Só saímos de lá meia hora depois de descer a orquestra
A7                                       Dm  A7    Dm
  Em frente à porta um bom carro nos espera.....va
A7                                    D7
Mas você se despediu e foi pra casa a pé
         Gm         A7         Dm  A7  Dm
No outro dia lá nos Arcos eu anda......va 
         E7                  A7
   à procura da Dama do Cabaré
                                           Dm   A7 Dm
Eu não sei bem se chorei no momento em que li...a
A7                                   D7
A carta que recebi (não me lembro de quem)
     Gm        A7           Dm    A7/E  Dm/F 
Você nela me dizia que quem é  da boe...mia  
              Bb7            Eb7
      usa e abusa da diplomacia
        A7          Dm                      G7
Mas não gosta de ninguém, foi num cabaré da Lapa...


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Cantores de Rádio

Cantores de Rádio (marcha, 1936) - Alberto Ribeiro, João de Barro e Lamartine Babo - Intérpretes: Aurora Miranda e Carmen Miranda

Disco 78 rpm / Título da música: Cantores de rádio / Alberto Ribeiro, 1902-1971 (Compositor) / João de Barro "Braguinha", 1907-2006 (Compositor) / Lamartine Babo, 1904-1963 (Compositor) / Aurora Miranda (Intérprete) / Carmen Miranda, 1909-1955 (Intérprete) / Orquestra Odeon sob Direção de Simon Bountman (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Gravação: 18/03/1936 / Lançamento: 05/1936 / Nº do Álbum: 11343 / Nº da Matriz: 5290 / Gênero musical: Marcha / Coleções de origem: IMS, Nirez

D   
Nós somos as cantoras do rádio 
          Ebº        A7 
Levamos a vida a cantar 
Gb7                  Bm 
De noite embalamos teu sono 
E7                       A7 
De manhã nós vamos te acordar 
         D 
Nós somos as cantoras do rádio 
         D7                       G 
Nossas canções cruzando o espaço azul 
 Abº           D      C7    B7 
Vão reunindo num grande abraço 
E7           A7      D 
Corações de Norte a Sul 

D                    A7 
Canto pelos espaços afora 
Vou semeando cantigas 
   D 
Dando alegria a quem chora 
Bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum 
    D7                          G 
Canto, pois sei que a minha canção 
Gm                D    C7    B7 
Vai dissipar a tris.......teza 
     E7        A7     D 
Que mora no teu coração 

D                        A7 
Canto para te ver mais contente 
Pois a ventura dos outros 
D 
É alegria da gente 
Bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum 
D7                  G 
Canto e sou feliz só assim 
Gm             D   C7   B7 
Agora peço que can.....tes 
E7           A7    D 
Um pouquinho para mim 


Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.