Disco 78 rpm / Título: O 'x' do problema / Autoria: Rosa, Noel, 1910-1937 (Compositor) / Araci de Almeida, 1914-1988 (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1936 / Nº Álbum 34099 / Lado A / Gênero: Samba
Intr.:(D6/9F#m7(b5)B7(b9)
Gm7C7/9F#7/13B7/9E7/13A7/9D6/9Bbm6D7M)
A7(#5)D6/9Am7D7/9G7M
Nasci no Estácio, fui educada na roda de bamba
G6A7/13
E fui diplomada na escola de samba
A7(#5)D6/9A7(#5)
Sou independente, conforme se vê
D6/9Am7
Nasci no Estácio, o samba é a corda
D7/9G7M
Eu sou a caçamba
Gm6F#7/13
E não acredito que haja muamba
B7/9E7/13A7/9D6/9Bbm6D7M
Que possa fazer eu gostar de você
F#7/13F#7(b13)Bm7/9
Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá
E7/13F#7/13F#7(b13)
E felicidade maior neste mundo não há
B7/4(9)B7/9F#m7(b5)B7(b9)
Já fui convidada para ser estrela
Em7B7/9C7/9
Do nosso cinema
F#7/13
Ser estrela é bem fácil
B7/9E7/13E7(#5)A7/4(9)
Sair do Estácio é que é
A7(b9)D6/9
O 'x' do problema
F#m7(b5)B7(b9)
Já fui convidada para ser estrela
Gm7C7/9
Do nosso cinema
F#7/13
Ser estrela é bem fácil
B7/9E7/13E7(#5)A7/4(9)
Sair do Estácio é que é
A7(b9)D6/9Bbm6D7M
O 'x' do problema
A7(#5)D6/9Am7
Você tem vontade que eu abandone
D7/9G7M
O Largo do Estácio
G6A7/13
Pra ser a rainha de um grande palácio
A7(#5)D6/9A7(#5)
E dar um banquete uma vez por semana
D6/9
Nasci no Estácio
Am7D7/9G7M
Não posso mudar minha massa de sangue
Gm6F#7/13
Você pode crer que palmeira do Mangue
B7/9E7/13A7/9D6/9Bbm6D7M
Não vive na areia de Copacabana
F#7/13F#7(b13)Bm7/9
Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá
E7/13F#7/13F#7(b13)
E felicidade maior neste mundo não há
B7/4(9)B7/9F#m7(b5)B7(b9)
Já fui convidada para ser estrela
Em7B7/9C7/9
Do nosso cinema
F#7/13
Ser estrela é bem fácil
B7/9E7/13E7(#5)A7/4(9)
Sair do Estácio é que é
A7(b9)D6/9
O 'x' do problema
F#m7(b5)B7(b9)
Já fui convidada para ser estrela
Gm7C7/9
Do nosso cinema
F#7/13
Ser estrela é bem fácil
B7/9E7/13E7(#5)A7/4(9)
Sair do Estácio é que é
A7(b9)D6/9Bbm6D7M
O 'x' do problema
Solo:(Bbm6D6/9Bbm6D7M) 2 Vezes
"Querido Adão" foi uma continuação de "Eva querida" (de Benedito e Luiz Vassalo), do mesmo ano de 1935. Ganhou o primeiro lugar no concurso de marchas da Rádio Tupi. Alzirinha Camargo, durante a estada de Carmen Miranda em Buenos Aires, ajudou a divulgar essa marchinha, que Carmen também cantou no filme "Alô, Alô Carnaval".
Disco 78 rpm / Título da música: Querido Adão / Autoria: Lacerda, Benedito, 1903-1958 (Compositor) / Santiago, Osvaldo, 1902-1976 (Compositor) / Miranda, Carmen, 1909-1955 (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1935 / Nº Álbum 11297 / Gênero musical: Marcha
-----Cm
Adão -------------------G7
Meu querido Adão -------------------Cm
Todo mundo sabe -------------G#---- G7
Que perdeste o juízo ---------C7-------------------- Fm
Por causa da serpente tentadora ---------------Cm
O nosso mestre ------------G7-------- Cm
Te expulsou do Paraíso
Adão, Adão
---------G7
Mas em compensação -----------Cm
O teu pobre coração ---------C7
Que era pobre, pobre -------------Fm
Muito pobre de amor -------------------Cm
Cresceu e eternizou meu Adão ----G7------------------ Cm
O teu pecado encantador
Heitor dos Prazeres fez o estribilho e Noel Rosa as segundas partes de "Pierrô Apaixonado", a melhor marcha do carnaval de 36 ("Um pierrô apaixonado / que vivia só cantando / por causa de uma colombina / acabou chorando / acabou chorando..."). Gravada por Joel e Gaúcho, com um belo acompanhamento da orquestra Diabos do Céu, em arranjo de Pixinguinha, foi também incluída no filme "Alô, Alô Carnaval", com os mesmos intérpretes.
A melodia envolvente, simultaneamente carnavalesca e sentimental, e os versos românticos/ brincalhões de Noel ( "Um grande amor tem sempre um triste fim / com o Pierrô aconteceu assim / levando este grande chute / foi tomar vermute / com amendoim" ) deram um charme especial à história de Pierrô, Colombina e Arlequim, o trio oriundo da commedia dell'arte, elevando a marchinha à categoria de clássico. Embora já bastante enfermo na época, Noel mantinha vivo seu humor de sempre.
Pierrô Apaixonado (marcha/carnaval, 1936) - Noel Rosa e Heitor dos Prazeres
Disco 78 rpm / Título da música: Pierrô apaixonado / Autoria: Prazeres, Heitor dos, 1898-1966 (Compositor) / Rosa, Noel, 1910-1937 (Compositor) / Joel e Gaúcho (Intérprete) / Diabos do Céu (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1935 / Nº Álbum 34012 / Gênero musical: Marcha
---------G7+
Um Pierrot apaixonado ---E7--------------- Am7
Que vivia só cantando -----------------D7/9------ G7+
Por causa de uma Colombina, -----E7 --------Am7---- D7/9 ----G7+
Acabou chorando, acabou chorando
----------D7/9 ----------------G7+
A Colombina entrou no botequim, --------------E7------------------- Am7
Bebeu....bebeu....saiu assim.... assim... -------C7+------------- G7+------ E7 -------A7
Dizendo: - Pierrot cacete, vai tomar sorvete -------D7/9---- G7+
Com o Arlequim
-----------------D7/9------------------- G7+
Um grande amor tem sempre um triste fim --------------E7 --------------Am7
Com o Pierrot aconteceu assim.... ------C7+----------------- G7+
Levando este grande shoot --------E7-------- A7
Foi tomar vermuth ------D7/9----- G7+
Com amendoim !
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Em 1935 Wilson Batista era um jovem compositor que lutava para aparecer no meio musical. Assim, quando "Feitiço da Vila" se projetou como um dos grandes sucessos do ano, ele achou que poderia tirar proveito do fato provocando Noel Rosa com o samba "Conversa fiada" ("É conversa fiada / dizerem que os sambas / na Vila têm feitiço...").
De certa forma a provocação funcionou, pois Noel respondeu com "Palpite Infeliz", reacendendo uma polêmica, iniciada em 1933, com "Lenço no pescoço" (Wilson), contestado por Noel em "Rapaz folgado", seguindo-se "Mocinho da Vila" (Wilson) e o citado "Feitiço da Vila" (Noel e Vadico), que pretendia apenas louvar Vila Isabel. Mas enquanto Wilson revidava "Palpite Infeliz" com "Frankenstein da Vila" e "Terra de Cego", baixando o nível da discussão, Noel se desinteressava do assunto, que morreria num encontro dos dois num café da Rua Evaristo da Veiga.
Na ocasião, Noel escreveu os versos de "Deixa de ser convencido", sobre a melodia de "Terra de Cego", tornando-se assim parceiro do contendor. Na realidade, houve com o passar do tempo uma valorização dessa polêmica que, segundo Almirante, não chegou a entusiasmar o público da época. Rendeu porém excelentes sambas, como este "Palpite Infeliz" que se tornou sucesso de carnaval, embora não tenha sido feito para esse fim.
Sua letra, além de exaltar Vila Isabel, oferece um inventário dos principais redutos sambísticos cariocas nos anos trinta (Estácio, Salgueiro, Mangueira, Osvaldo Cruz e Matriz), que respeitam a Vila e "sabem muito bem" que ela "não quer abafar ninguém". Lançado por Araci de Almeida (que o regravou em 1950), "Palpite Infeliz" fazia parte da trilha musical de "Alô, Alô Carnaval", onde deveria ser interpretado pela cantora, no papel de uma lavadeira estendendo roupa num varal. Mas a cena acabou excluída do filme, por exigência de Araci, que a considerou depreciativa.
Disco 78 rpm / Título da música: Palpite infeliz / Autoria: Rosa, Noel, 1910-1937 (Compositor) / Almeida, Araci de, 1914-1988 (Intérprete) / Regional RCA Victor (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1935 / Nº Álbum 34007 / Lançamento: 1936 / Lado A / Gênero musical: Samba
D Dº D
Quem é você, que não sabe o que diz?
Ebº A7
Meu Deus do céu, que palpite infeliz!
F#7 Bm
Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira,
E7
Oswaldo Cruz e Matriz
A7
Que sempre souberam muito bem
D F#m B7/4 B7
Que a Vila não quer abafar ninguém
E7 A7 D
Só quer mostrar que faz samba também!
A7 D
Fazer poemas lá na Vila é um brinquedo
D7 G
Ao som do samba, dança até o arvoredo
Em A7
Eu já chamei você pra ver,
D Db C B7
Você não viu porque não quis
E7 A7 D
Quem é você, que não sabe o que diz?
A7 D
A Vila é uma cidade independente
D7 G
Que tira samba, mas não quer tirar patente
Em A7
Pra que ligar a quem não sabe
D Db C B7
Aonde tem o seu na...riz?
E7 A7 D
Quem é você, que não sabe o que diz?
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
O sucesso permanente da canção "O Ébrio" inspiraria, dez anos depois de seu lançamento, a realização do filme homônimo, recordista de bilheteria em todo o país. Impressionado com o personagem, o público chegaria mesmo a identificá-lo com seu criador, o abstêmio Vicente Celestino.
Com efeito, o tema e principalmente a forma declamada da interpretação foram fatores decisivos para que se chegasse a tal exagero. A letra dramática, repleta de desventuras e imagens beirando a pieguice, é uma perfeita sinopse para o enredo de um filme, desde o prólogo falado à parte musical propriamente dita. Nesta, o contraste da primeira parte, no modo menor, com a segunda, no modo maior, contribui para ressaltar a tragédia do protagonista. "O Ébrio", que também inspirou uma peça de teatro (em 1936) e uma novela de televisão (na TV Paulista, em 1965), foi lançado no terceiro disco de Vicente Celestino na Victor, gravadora onde ele permaneceu por 33 anos, até sua morte em 1968.
Disco 78 rpm / Título da música: O ébrio / Autoria: Celestino, Vicente (Compositor) / Celestino, Vicente (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Victor, 07/08/1936 / Nº Álbum 34091 / Lançamento: Setembro/1936 / Lado A / Gênero musical: Canção
"Nasci artista. Fui cantor. Ainda pequeno levaram-me para uma escola de canto. O meu nome, pouco a pouco, foi crescendo, crescendo, até chegar aos píncaros da glória. Durante a minha trajetória artística tive vários amores. Todas elas juravam-me amor eterno, mas acabavam fugindo com outros, deixando-me a saudade e a dor. Uma noite, quando eu cantava a "Tosca", uma jovem da primeira fila atirou-me uma flor. Essa jovem veio a ser mais tarde a minha legítima esposa.
Um dia, quando eu cantava "A Força do Destino", ela fugiu com outro, deixando-me uma carta, e na carta um adeus. Não pude mais cantar. Mais tarde, lembrei-me que ela, contudo, me havia deixado um pedacinho de seu eu: a minha filha. Uma pequenina boneca de carne que eu tinha o dever de educar. Voltei novamente a cantar mas só por amor à minha filha. Eduquei-a, fez-se moça, bonita...
E uma noite, quando eu cantava ainda mais uma vez "A Força do Destino", Deus levou a minha filha para nunca mais voltar. Daí pra cá eu fui caindo, caindo, passando dos teatros de alta categoria para os de mais baixa. Até que acabei por levar uma vaia cantando em pleno picadeiro de um circo. Nunca mais fui nada. Nada, não! Hoje, porque bebo a fim de esquecer a minha desventura, chamam-me ébrio, ébrio..."
-----Am--------- E7------------------------- Am
Tornei-me um ébrio, na bebida busco esquecer -------------A7 ----------------------------------Dm
Aquela ingrata que eu amava, e que me abandonou ---------------------Dm6 ---------Am
Apedrejado pelas ruas, vivo a sofrer --------------B7---------------------------- E7
Não tenho lar, e nem parentes, tudo terminou ---------------------------------------------Am
Só nas tabernas é que encontro o meu abrigo -----------A7------------------------------- Dm
Cada colega de infortúnio, um grande amigo -------------------------Dm6--------------- Am
Que embora tenham como eu seus sofrimentos ------------E7----------------------------- Am --------E7
Me aconselham, e aliviam os meus tormentos
----------A-------- Gb7 ---------Bm
Já fui feliz e recebido com nobreza até ----------------E7----------------------- A -------E7
Nadava em ouro, e tinha alcova de cetim --------------A---------------- Gb7 -------------Bm
E a cada passo um grande amigo em que depunha fé --------------E7 ---------------A
E nos parentes . . . confiava sim . . . --------------------------Gb7-------- Bm
E hoje ao ver-me na miséria, tudo vejo então ----------D7 ---------------------------Db7
O falso lar que amava, e a chorar deixei ------------Dm--------- F -----A------------ Gb7
Cada parente, cada amigo, um ladrão ---------------Bm--------- E7------------- A----- Am
Me abandonaram, e roubaram o que amei.
------------E7 -----------------------Am
Falsos amigos, eu vos peço, imploro a chorar -----------------A7---------------------------------- Dm
Quando eu morrer a minha campa nenhuma inscrição -----------------------------------Dm6------------ Am
Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar ---------------B7------------------- E7
Este ébrio triste, e este triste coração
---------------------------------------------Am
Quero somente na campa em que eu repousar --------------A7--------------------------- Dm
Os ébrios loucos como eu venham depositar ---------------------------------Dm6------ Am
Os seus segredos, ao meu derradeiro abrigo ----------E7 -------------------------Am
E suas lágrimas de dor ao peito amigo
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
"No Tabuleiro da Baiana" é um dos maiores sucessos de Ary Barroso nos anos trinta. Sucesso, aliás, que o surpreendeu, conforme confessou à revista Carioca, em 23.10.37: "'No Tabuleiro da Baiana' foi a primeira música que vendi, tão descrente eu estava do seu mérito. Foi-me encomendada por Jardel Jercolis, que pretendia incluí-la em uma das revistas de sua companhia. A música foi mais 'fabricada' que inspirada; produzi-a mais ou menos à força e acabei compondo-a nos moldes de um batuque feito por mim há vários anos (o samba 'Batuque', gravado por Sílvio Caldas e Elisa Coelho em 1931)".
Mas, embora assim classificada, "No Tabuleiro da Baiana" é uma excelente composição, bem ao estilo Ary Barroso, já mostrando várias daquelas inovações que ele começava a incorporar ao samba. Sua introdução instrumental é tão adequada que faz parte integrante da música. A letra dialogada entre homem e mulher, muito bem construída, ideal para um quadro cômico-musical, têm interferências que funcionam como breques, alguns improvisados na gravação original - por exemplo, o breque "Mentirosa, mentirosa, mentirosa..." foi introduzido pelo cantor Luís Barbosa. A seção "Juro por Deus, pelo Senhor do Bonfim..." quase ad libitum, no meio da música, antecipa um procedimento que Ary usaria outras vezes e que sem dúvida, valoriza o retorno ao ritmo marcado, como em "Os quindins de Iaiá" ( 1941 ) e na segunda versão de "No Morro (Eh, eh!)", rebatizada de "Boneca de piche" (1938).
Comprador dos direitos de "No Tabuleiro da Baiana", para uso exclusivo no teatro, Jardel Jercolis o incluiu na revista Maravilhosa (outubro de 36), na qual era cantado e dançado pela dupla Déo Maia e Grande Otelo. Em 31.12, a composição voltou à cena, na revista É Batata!, da mesma companhia, desta vez apresentada por Oscarito e a menina Isa Rodrigues, então chamada de "Shirley Temple brasileira" e que faria carreira no teatro e na televisão. Antes porém da estréia teatral, "No Tabuleiro da Baiana" já estava gravado por Carmen Miranda e Luís Barbosa, sendo revivido em 1980 por Gal Costa e Caetano Veloso e em 1983 por Maria Bethânia e João Gilberto.
No tabuleiro da baiana (samba-batuque, 1936) - Ary Barroso
Disco 78 rpm / Título da música: No tabuleiro da baiana / Autoria: Barroso, Ary (Compositor) / Carmen Miranda, 1909-1955 (Intérprete) / Luiz Barbosa, 1910-1938 (Intérprete) / Miranda, Luperce (Acompanhante) / Regional (Acompanhante) / Lacerda, Benedito, 1903-1958 (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 29/09/1936 / Nº Álbum 11402 / Gênero musical: Batuque
No tabuleiro da baiana tem:
-------D7M -----Em7----- Gbm7----- Em7
Vatapá, oi, carurú, mugunzá, tem umbú -------D7M
Pra Ioiô ----------Eb0------- A7M-- Bb0---- Bm7
Se eu pedir você me dá o seu coração ---------E7----- Em7 ----A7----- D7M
Seu amor de Iaiá?
No coração da baiana tem : -------D7M ----Em7--- Gbm7 -----Em7
Sedução, cangerê, ilusão, candomblé --------D7M
Prá você ---Bm7----------- Gbm7
Juro por Deus, pelo Senhor do Bonfim ----Em7--- A7------ D7M
Quero você, baianinha, inteirinha --------B7 ------Gbm7/-5
Pra mim ------B7/-9-------- Em7------ A7
E depois, o que será de nós dois --------D7M----- Em7--- A7--- D7M
Seu amor é tão fugaz, enganador
Bm7 ----------Gbm7
Tudo já fiz, fui até num cangerê
Em7------ A7
Pra ser feliz ---------D7M -------------------B7 ------Gbm7/-5
Meus trapinhos juntar com você -----B7/-9---- Em7----------- A7
E depois vai ser mais uma ilusão -------D7M ----Em7 -----A7 -----D7M
No amor quem governa é o coração
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Disco 78 rpm / Título da música: Maria boa / Autoria: Valente, Assis (Compositor) / Bando da Lua (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1935 / Nº Álbum 34009 / Data lançamento: 1936 / Lado A / Gênero musical: Samba
(intro) CDm7G7CC
Que vantagem Maria tem?
Dm
É boa
G7
Como é que Maria vive?
C
À toa
Com quem é que Maria vive?
Comigo
Onde é que Maria mora?
Não digo
CDmG7C
Não digo, não digo porque tenho certeza
E7A7
Certeza porque sou escolado
DmFm6CA7
Mulher é negocio de lado
DmG7C
E amigo é melhor separado
Que vantagem maria tem?...
Não digo, não digo porque tenho certeza
Certeza que minha Maria
Não vai com a cara do homem
DmG7C
Que tem a falinha macia
C
Que vantagem Maria tem?
C
Que vantagem Maria tem?
G7
Que vantagem Maria tem?
C
É boa
Disco 78 rpm / Título da música: Marchinha do grande galo / Autoria: Babo, Lamartine, 1904-1963 (Compositor) / Barbosa, Paulo, 1900-1955 (Compositor) / Bando da Lua (Intérprete) / Imprenta[S.l.]: Victor, 1935 / Nº Álbum 34232 / Gênero: Marcha
GD7
O galo de noite cantou
Em
Toda gente quis ver
D7
O que aconteceu
G
Nervoso, o galinho respondeu:
A7
có, có, có, có, có, có, có, ró
D7G
A galinha morreu!
D7
có, có, có, có, có, có, ró
G
có, có, có, có, có, có, ró
D7
O galo tem saudade
G
Da galinha carijó!
D7
A minha vizinha também
Em
Certa noite gritou
D7
Toda gente acordou
G
Nervoso, o marido respondeu:
A7
có, có, có, có, có, có, ró
D7G
Hoje o galo sou eu!
Disco 78 rpm / Título da música: Mágoas de caboclo / Autoria: Cascata, J, 1912-1961 (Compositor) / Azevedo, Leonel (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1936 / Nº Álbum 34067 / Lado B / Gênero musical: Canção
----Am7------ E7------------- Am7
Cabocla seu olhar está me dizendo ----------C7 --------------F7
Que você está me querendo ------------------------E7----- A7
Que você gosta de mim --------Dm7 ------Dm ----------Am7
Cabocla, não lhe dou meu coração -------------------------B7
Hoje você me quer muito ---------E7 ---------------Am--- E7-- Am --F7
Amanhã não quer mais não
----------E7----------------------- Am
Não creio mais em amor nem amizade ----------------------E7----------------------- Am------ A7
Vivo só para a saudade que o passado me deixou Dm7 --------------------------Am
A vida para mim não vale nada -----------------------------Bb
Desde o dia em que a malvada ----------E7------------- Am----- E7
O coração me estraçalhou
--------Am-------- E7--------- Am
Às vezes pela estrada enluarada -----------C7--------- F7---------------------- E7----- A7
Julgo ouvir uma toada que ela para mim cantava ------Dm7---------------------- Am7
Quando eu era feliz e não pensava -------------------------------B7
Que a desgraça em minha porta ------------E7----------- Am
Passo a passo me rondava
----E7---------------------------- Am
Depois que ela partiu eu fiquei triste ------------F -----------E7
Nada mais pra mim existe ----------------------Am-------- A7
Vivo no mundo a penar --------Dm7-------------------------- Am
E quando eu penso nela oh grande Deus -----------------------Bb---- E7 ---Am
Eu sinto nos olhos meus triste lágrima a rolar
Disco 78 rpm / Título da música: Italiana / Autoria: Abreu, José Maria de, 1911-1966 (Compositor) / Santiago, Osvaldo, 1902-1976 (Compositor) / Barbosa, Paulo, 1900-1955 (Compositor) / Carlos Galhardo, 1913-1985 (Intérprete) / Imprenta[S.l.]: Victor, 1936 / Nº Álbum 34079 / Gênero musical: Valsa
Eu em tua voz ouvi
Gondoleiros a cantar
E Veneza entrevi
Flutuando ao luar
Na luz do teu olhar
Tu és italiana uma canção de amor
Teu beijo é para mim dos Alpes uma flor
Abriu-se em minh´alma um vulcão
Vesúvio da minha paixão
Tu és italiana a tela de um pintor
A musa de um poeta, a lira de um cantor
Teu riso me traz fragor de cristais
Enredos de romances sensuais
A gravação de uma canção pode algumas vezes depender de circunstâncias que nada têm a ver com seus méritos artísticos. Este é o caso de "Favela", o belo samba de Roberto Martins e Valdemar Silva, que se tornou um clássico de nossa música popular.
Martins já estava cansado de ter "Favela" rejeitada por Francisco Alves quando, num almoço em casa de uma amiga comum, o cantor se interessou por uma cadelinha pertencente à anfitriã. Conhecendo a história da rejeição, a moça propôs: "Grave 'Favela' que eu lhe dou a cachorrinha". Três dias depois, Alves tirou "Favela" do ineditismo.
A esta gravação, seguiram-se muitas outras - é a música mais gravada de Roberto Martins -, que têm intérpretes como Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Ataulfo Alves, Maysa, o internacional Carlos Ramirez, e orquestras rivais como as de Zaccarias e Severino Araújo. Aliás, devem-se essas e outras gravações instrumentais ao fato de a composição se prestar otimamente a execuções dançantes. Uma homenagem ao legendário morro carioca, "Favela" foi precedida em três anos por uma canção homônima, de Hekel Tavares e Joracy Camargo, também de muito sucesso.
Favela (samba, 1936) - Roberto Martins e Valdemar Silva
Disco 78 rpm / Título da música: Favela / Autoria: Martins, Roberto (Compositor) / Silva, Valdemar (Compositor) / Alves, Francisco (Intérprete) / Regional RCA Victor (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1936 / Nº Álbum 34059 / Gênero musical: Samba
--- --E7------------ Am
Favela, oi Favela -----F--------------------------- E7---- A7
Favela que trago no meu coração ----------Dm -----------Dm6
Ao recordar com saudade -------Am
A minha felicidade -----F--------------------- E7
Favela dos sonhos de amor --------------------Am
E do samba-canção ----E7
Hoje tão longe de ti ---Am
Se vejo a lua surgir
E7
Eu relembro a batucada -------------------A7
E começo a chorar -----Dm ------------------Dm6
Favela das noites de samba ----Am
Berço dourado dos bambas ------F-------------------- E7 ----Am
Favela, é tudo o que eu posso falar ----E7
Minha favela querida ----Am
Onde eu senti minha vida ----E7
Presa a um romance de amor ------------------A7
Numa doce ilusão -------Dm--------------- Dm6
Em uma saudade bem rara ----------Am
Na distância que nos separa ---------F--------------- E7---- Am--- F--- Am
Eu guardo de ti esta recordação.
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
O samba mais cantado no carnaval de 1936 foi "É Bom Parar", também conhecido como "Por que bebes tanto assim, rapaz", verso inicial da música: "Por que bebes tanto assim, rapaz? / Chega, já é demais / Se é por causa de mulher é bom parar / porque nenhuma delas sabe amar".
Este estribilho foi mostrado a Francisco Alves pelo autor, Rubens Soares, um boxeador, campeão carioca e brasileiro na categoria de pesos médios. Então, sem nada informar a Rubens, Chico procurou Noel Rosa, que, pela quantia de 200 mil-réis, completou o samba com duas segundas partes primorosas, em que se destacam versos como "de ti não terei mais pena / é bom parar por aí / quem não bebe te condena / quem bebe zomba de ti" e "não crês, conforme suponho / nesses versos de canção / mais cresce a mulher no sonho / na taça e no coração"' - os dois últimos, uma irônica alusão à valsa "A Mulher que Ficou na Taça", de Chico e Orestes Barbosa, que foi sucesso em 1934.
Embora essa história (relatada por João Máximo e Carlos Didier em Noel Rosa, uma Biografia) fosse bastante conhecida no meio musical da época, o samba "É Bom Parar" ficou mesmo sem o nome de Noel na parceria. Rubens Soares é autor de outros sucessos como "Nega do cabelo duro" e "Solteiro é Melhor".
É bom Parar (samba/carnaval, 1936) - Rubens Soares - Intérprete: Francisco Alves
Disco 78 rpm / Título da música: É bom parar / Autoria: Soares, Rubens (Compositor) / Alves, Francisco (Intérprete) / Regional RCA Victor (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1936 / Nº Álbum 34038 / Gênero musical: Samba
C------------------------ Dm
Por que bebes tanto assim rapaz? ----G7 --------------C-- C7-- B7-- Bb7
Chega, já é demais -----A7---------------- Dm
Se é por causa de mulher
É bom parar -------C------ A7----- D7
Porque nenhuma delas ---G7----- C ----C7-- B7-- Bb7
Sabe amar
------------------------Dm
Se tu hoje estás sofrendo ----------G7------------- C
É porque Deus assim quer -------------------------G7
E quanto mais vai bebendo -----------C
Mais lembras desta mulher ----------------------------F7
Não crês, conforme suponho, -----------E7 -----------Am
Nestes versos de canção: ------------F#º--------------- C -----A7
"Mais cresce a mulher no sonho, --oi -------D7 ------G7--- C
Na taça e no coração"
-------------------------Dm
Sei que tens em tua vida ---------G7 ------------C
Um enorme sofrimento -----------------------------G7
Mas não penses que a bebida ---------------------C
Seja um medicamento -------------------------F7
De ti não terei mais pena ------E7 -----------Am
É bom parar por aí ---------------F#º-------- C -----A7
Quem não bebe te condena, ---oi -----------D7 ----G7--- C
Quem bebe zomba de ti
Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.
Foi uma das muitas músicas que Noel Rosa fez para o seu grande amor Juracy Correia de Morais, a Ceci (foto ao lado). O verso ‘‘Mas você se despediu e foi pra casa a pé’’, lembrando que Ceci dispensara carona de um bom carro, contém uma informação que deve ser correta, pois ela trabalhava no Cabaré Apolo, na Lapa, e morava perto, na rua Gomes Freire, onde dividia um apartamento com uma amiga.
Curioso é que Noel conservou este samba inédito durante cerca de dois anos, tirando-o da gaveta em 1936 para entrar no filme Cidade Mulher, de Carmem Santos e Humberto Mauro.
Disco 78 rpm / Título da música: Dama do cabaré / Autoria: Rosa, Noel, 1910-1937 (Compositor) / Orlando Silva (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Victor, 1936 / Nº Álbum 34085 / Lado A / Gênero musical: Samba
Intr.: Bb7 Eb7 A7 Dm
G7 C7 F°
Foi num cabaré da Lapa que eu conheci você
F D7 Gm
Fumando cigarro, entornando champanhe no seu soirée
G#° F/A Eb7 D7
Dançamos um samba, trocamos um tango por uma palestra
G7 C7 F Gm6/Bb
Só saímos de lá meia hora depois de descer a orquestra
A7 Dm A7 Dm
Em frente à porta um bom carro nos espera.....va
A7 D7
Mas você se despediu e foi pra casa a pé
Gm A7 Dm A7 Dm
No outro dia lá nos Arcos eu anda......va
E7 A7
à procura da Dama do Cabaré
Dm A7 Dm
Eu não sei bem se chorei no momento em que li...a
A7 D7
A carta que recebi (não me lembro de quem)
Gm A7 Dm A7/E Dm/F
Você nela me dizia que quem é da boe...mia
Bb7 Eb7
usa e abusa da diplomacia
A7 Dm G7
Mas não gosta de ninguém, foi num cabaré da Lapa...
Disco 78 rpm / Título da música: Cantores de rádio / Autoria: Ribeiro, Alberto, 1902-1971 (Compositor) / João de Barro, 1907-2006 (Compositor) / Babo, Lamartine, 1904-1963 (Compositor) / Miranda, Aurora (Intérprete) / Miranda, Carmen, 1909-1955 / (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: Odeon, 1936 / Nº Álbum 11343 / Gênero musical: Marcha
D
Nós somos as cantoras do rádio
Ebº A7
Levamos a vida a cantar
Gb7 Bm
De noite embalamos teu sono
E7 A7
De manhã nós vamos te acordar
D
Nós somos as cantoras do rádio
D7 G
Nossas canções cruzando o espaço azul
Abº D C7 B7
Vão reunindo num grande abraço
E7 A7 D
Corações de Norte a Sul
D A7
Canto pelos espaços afora
Vou semeando cantigas
D
Dando alegria a quem chora
Bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum
D7 G
Canto, pois sei que a minha canção
Gm D C7 B7
Vai dissipar a tris.......teza
E7 A7 D
Que mora no teu coração
D A7
Canto para te ver mais contente
Pois a ventura dos outros
D
É alegria da gente
Bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum, bum
D7 G
Canto e sou feliz só assim
Gm D C7 B7
Agora peço que can.....tes
E7 A7 D
Um pouquinho para mim