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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Palmas no portão


Palmas no Portão (samba, 1967) - Walter Dionísio e D'Acri Luís - Interpretação: Ângela Maria

LP O Samba Vem Lá De Cima / Título da música: Palmas No Portão / Walter Dionísio (Compositor) / D'Acri Luís (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1967 / Nº Álbum: CLP 11490 / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba / MPB.



Ôôôôô
Há mais de uma semana
Que eu não vejo meu amor
Há mais de uma semana
Que eu não vejo meu amor

De madrugada, bateram palmas no portão
Não era o dono do meu pobre coração
Por isso é que eu chorei
Sentindo a mesma dor
Há mais de uma semana
Que eu não vejo o meu amor

Ôôôôô
Há mais de uma semana
Que eu não vejo meu amor
Há mais de uma semana
Que eu não vejo meu amor

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Não me perguntes

Ângela Maria
Não me perguntes (samba-canção, 1962) - Adelino Moreira

Disco 78 rpm / Título da música : Não me perguntes / Intérprete: Ângela Maria / Compositor: Moreira, Adelino / Gravadora : RCA Victor / Número do Álbum 802419 / Gravação 1961 / Lançamento 1961-1962 / Lado A / Gênero musical: Samba canção.


Não me perguntes quem fui eu no meu passado
Se pontilharam minha vida de amargor

Se te ofertei meu coração apaixonado
Cabe a ti ver se é sincero o meu amor

Não me perguntes se no amor tive apogeu
Se fui cruel, se sofri, se fiz sofrer
Se fui cruel, teu amor me converteu
Na mais fiel e doce amante, podes crer

Eu também não perguntarei se alguém deixou
Alguma vez teu coração amargurado
Desfrutarei o que o presente me ofertou
Sem perguntar se outra existiu no teu passado

Eu também não indagarei dos teus fracassos
Devo esquecer o teu viver de outrora
Não, não interessa se algum dia outros braços
Te abraçaram como eu te abraço agora

Garota solitária


Garota solitária (cha-cha-chá, 1962) - Adelino Moreira - Interpretação: Ângela Maria

LP Incomparável Ângela Maria / Título da música: Garota solitária / Adelino Moreira (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1962 / Álbum: BBL 1171 / Lado A /Faixa 1 / Gênero musical: Cha-cha-chá.



Esta noite eu chorei tanto
Sozinha sem um bem
Por amor todo mundo chora
Um amor todo mundo tem
Eu, porém, vivo sozinha
Muito triste sem ninguém

Será que eu sou feia?
Não é, não senhor
Então eu sou linda?
Você é um amor.

Respondam, então, por que razão
Eu vivo só, sem ter um bem.
Você tem o destino da lua
Que a todos encanta
E não é de ninguém.

Ai, eu tenho o destino da lua,
A todos encanto,
E não sou de ninguém....

Esta noite ou nunca

Carlos Augusto
Esta noite ou nunca (samba-canção, 1962) - Adelino Moreira - Interpretação: Carlos Augusto

Disco 78 rpm / Título da música: Esta noite ou nunca / Adelino Moreira (Compositor) / Carlos Augusto (Intérprete) / Gravadora: Odeon / Ano: 1962 / Álbum: 14.798 / Lado A / Gênero musical: Samba-canção.



Esta noite ou nunca, meu amor,
Amanhã será tarde demais,
Colhe nos meus lábios uma flor,
Beija-me com beijos sensuais.

Fica nos meus braços esta noite,
E os mais lindos sonhos sonharás,
Esta noite ou nunca, meu amor,
Amanhã será tarde demais.

Meu interior está em brasa,
Queima com loucura, com afã,
Mata o desejo que me abrasa,
Ou brasas serão cinzas amanhã.

Sou uma fogueira crepitando,
Vesúvio de lavas colossais,
Esta noite ou nunca, meu amor,
Amanhã será tarde demais....

domingo, 19 de outubro de 2008

Rio é amor

Ângela Maria
Rio é amor (samba, 1954) - Bruno Marnet - Intérprete: Ângela Maria


Falam de Paris de La France de l’amour
Dizendo que lá tudo é bom
Mas é aqui que a gente sente
Neste Rio quente, quente
O verdadeiro hino do amor.

Faz tanta coisa inspirar
A natureza e o mar
Suas morenas faceiras
Parecem sereias que fazem sonhar.
(bis)

Rio Copacabana seus brotinhos à beira-mar
Não há neste mundo outro lugar
O carioca com teu rosto tão bonito e sedutor.

És a princesinha do mar
Tu és mais linda que o mar
Fazes na vida inspirar
Porque tu és brasileira
Mais linda e brejeira do nosso Brasil....

sábado, 4 de outubro de 2008

Encantamento

Ângela Maria
Encantamento (fox-trot, 1954) - Othon Russo e Nazareno de Brito - Intérprete: Ângela Maria

Disco 78 rpm / Título da música: Encantamento / Brito, Nazareno de, 1933-1981 (Compositor) / Russo, Othon (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Orquestra (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Copacabana, 1953 / Nº Álbum 5217 / Gênero musical: Fox.



A luz que vem do céu
Numa noite de luar
É o mesmo alvor que vejo
No azul de teu olhar

Quando estás em meus braços
Há calor e emoção
E no ardor de teus carinhos
Há inspiração

Desde que te encontrei
Amo a lua e odeio o sol
Pois longe estás querido
Da aurora ao arrebol
Anelando as noites calmas
Passo os dias a sonhar
Venturosa por que és meu
Feliz de te amar....
(bis)

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Cinderela


Cinderela (canção, 1966) - Adelino Moreira - Interpretação: Ângela Maria

LP A Brasileiríssima / Título da música: Cinderela / Adelino Moreira (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1966 / Álbum: CLP 11469 / Lado A / Faixa 4 / Outras edições: Som SOLP 40429 / Gênero musical: Canção.


E          G  D7
Venha de onde  vier
A
Chegue de onde chegar
D7m             G
Aquele amor que sonhei
A          E
Virá que eu sei
D7
É só esperar.
E          G  D7
Venha de onde  vier
A
Chegue de onde chegar
D7m             G
Encontrará Cinderela
A             E
De beijo mais puro
D7
E amor pra lhe dar
E    G
Cinderela
F
Cinderela
A
Menina moça, coração a palpitar.
E          Am
Cinderela eu sou
E     G
Cinderela
E                       Am        Dm
E o meu Princípe encantado vai chegar..
Em  E    E7   Em  E       E7
lai i li liiii lai ii lai la.

sábado, 5 de agosto de 2006

O bilhete

O Bilhete (samba-canção, 1962) - Evaldo Gouveia e Jair Amorim - Interpretação: Ângela Maria

Disco 78 rpm / Título da música: O Bilhete / Evaldo Gouveia (Compositor) / Jair Amorim (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1963 / Nº Álbum: 80-2551 / Lado B / Gênero musical: Samba-canção.



Hoje ao chegar, achei
Teu bilhete dizendo assim
Não posso mais, cansei
Me perdoa, mas é o fim

O abajur, então
Em silêncio eu apaguei
Dentro da escuridão,
Com vergonha de mim chorei

Mesmo a chorar por ti,
A porta fui abrir,
E aberta há de ficar,
Sempre a te esperar

E, nesse dia, amor,
Quando chegares, viu
Pisa bem devagar,
Que a minha dor dormiu.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

O rei de Ramos

O Rei de Ramos (samba, 1979) - Francis Hime, Chico Buarque e Dias Gomes - Interpretação: Ângela Maria

LP Apenas Mulher / Título da música: O Rei de Ramos / Francis Hime (Compositor) / Chico Buarque (Compositor) / Dias Gomes (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: EMI-Odeon / Ano: 1980 / Nº Álbum: / Lado B / Faixa 5 / Gênero musical: Samba.


Ele disse pra escola caprichar
No desfile da noite de domingo
Com ginga, com fé
Pediu muita cadeira a requebrar
Muita boca com dente pra caramba
E samba no pé
De repente o pandeiro atravessou
De repente a cuíca emudeceu
De repente o passista tropeçou
E a cabrocha gritou que o nosso rei morreu

Viva o Rei de Ramos
Que nós veneramos
Que nós não cansamos de cantar
Viva o rei dos pobres
Que gastava os cobres
Nas causas mais nobres do lugar
Viva o rei dos prontos
Que bancava os pontos
Que pagava os contos do milhar
Viva o Rei de Ramos
Viva o Rei, viva o Rei
Viva o Rei de Ramos

Os seus desafetos e rivais
Misericordioso, não matava
Mandava matar
E financiava os funerais
As pobres viúvas consolava
Chegava a chorar
De repente gelou o carnaval
De repente o subúrbio estremeceu
E a manchete sangrenta do jornal
Estampou garrafal que o nosso rei morreu

Viva o Rei de Ramos
Que nós veneramos
Que nós não cansamos de cantar
Viva o rei dos crentes
E dos penitentes
E dos delinquentes do lugar
Viva o rei da morte
Da lei do mais forte
Do jogo, da sorte
E do azar
Viva o Rei de Ramos
Viva o rei, viva o rei
Viva o Rei de Ramos

terça-feira, 18 de julho de 2006

Já era tempo

Em 1961, o compositor Ary Barroso (foto) adoeceu de cirrose hepática e foi viver em um sítio em Araras, Rio de Janeiro. Em 1962, parcialmente restabelecido, retomou seu programa na TV Tupi, 'Encontro com Ary', transmitido aos domingos. Desse ano são suas composições, em parceria com Vinícius de Moraes, "Em noite de luar", "Mulata no sapateado", "Rancho das namoradas" e "Já era tempo". Ângela Maria lançou essa última em compacto duplo RCA Victor desse mesmo ano, intitulado "Ângela Maria canta Ary e Vinícius".

Já Era Tempo (samba, 1962) - Ary Barroso e Vinícius de Moraes - Interpretação de Ângela Maria.

Compacto duplo Ângela Maria - Ary e Vinicius (EP, 7', vinil) / Título da música: Já Era Tempo / Ary Barroso (Compositor) / Vinícius de Moraes (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1962 / Nº Álbum: sem dados / Lado B / Faixa 2 / Gênero musical: Samba.


Tom: Am
Am7           Dm7        E7
Já era tempo de você voltar
Am7   Am/G         Bm7/-5   E7
Me beijar,       e  esquecer
Am7              Em7           Gb7
Já era mais que tempo de você refletir
E7            Am7
Que as palavras muitas vezes
E7         Am7   E7         Am7  Bb7/9
Não provém do coração/    Do coração 

Am7          Dm7              E7
Já fazem meses que você, meu bem
Am7     Am/G Bm7/-5  E7
Disse adeus,      partiu
Am7            Em7                 Gb7
Já era tempo de você chegar,   como eu
E7  Dm7    Am7   E7             Am7
Com os olhos   rasos dágua    mas sem mágoa 

Em7        A9-              D7+
Triste de quem tem e vive à toa
F/G          G7              C7+
Triste de quem ama e não perdoa
Bm7/-5      E7                Am7           B7
Ai de quem não cede e de quem sempre tem razão
                           E7
Ninguém sabe mais que o coração 

Am7
Por isso eu peço
Dm7       E7             Am7  Am/G  Bm7/-5 E7
Volta aos braços meus,   sem   adeus /  Só perdão
Am7                 Em7                 Gb7
Porque na hora em que você chegar,  como eu
E7              Am7      E7      Am7
Com os olhos rasos dágua   mas sem mágoa
F7+        E7             Am7
Primeiro eu vou fingir espanto
F7+     E7              Am7   D7/9  Am7
Depois sorrir banhada  em pranto 

sexta-feira, 23 de junho de 2006

A lua é camarada


A lua é camarada (marcha / carnaval, 1963) - Klecius Caldas e Armando Cavalcanti - Interpretação de Ângela Maria

LP Carnaval RCA 63 / Título da música: A lua é camarada / Armando Cavalcanti (Compositor) / Klecius Caldas (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1963 / Álbum: BBL 1218 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Marcha.


(Em)         Gb7    B7
A noite é linda
           Em
Nos braços teus
        B7
É cedo ainda
           Em
Pra dizer adeus

E
Vem,
                 Ab7
Não deixes pra depois, depois
 Dbm
Vem,
                     Ab7
Que a noite é de nós dois, nós dois
A    Bb°
Vem,
                 E        Db7
Que a lua é camarada
                     Gbm     B7
Em teus braços quero ver
        ( E )
O sol nascer.

sábado, 10 de junho de 2006

Tango pra Teresa

Tango Pra Teresa (1975) - Evaldo Gouveia e Jair Amorim - Intérprete: Ângela Maria

LP Ângela / Título da música: Tango Pra Teresa / Evaldo Gouveia (Compositor) / Jair Amorim (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1975 / Nº Álbum: COLP 12010 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Tango.


Am    F                   Am    F
Hoje       alguém pos a rodar
Am        
Um disco de Gardel 
                     A7     
 no apartamento junto ao meu
         Dm           Bb7     A7
Que tristeza me deu
Dm Bb7                 Dm    Bb7
Era   todo um passado lindo       
Dm                      E7
A mocidade vindo na parede 
              Am        F E7
  me dizer para eu sofrer
Am      F                Am    F
Trago      a vida agora calma                  
Am
Um tango dentro d’alma
                        A7          Dm
A velha história de um amor que no tempo ficou . . .
          Bb                            Dm
Garçon ponha a cerveja sobre a mesa
  Am
Bandoneon toque de novo que Tereza
      Dm                         E7     
Esta noite vai ser minha e vai dançar
      A         Bm   E7
Para eu sonhar . . . .         
A           Dbm            Bm              Bm/A
A luz do cabaré     já se apagou, em mim
  E7                         A           A7 A B7 G7 Gb7
O tango na vitrola, também chegou ao fim
Parece me dizer
                 Bm
Que a noite envelheceu
   Dm   A         F7   E7
Que é hora de lembrar
         A     E7    A
E de chorar . . . . .

quinta-feira, 8 de junho de 2006

Gente humilde

“Gente Humilde” teria surgido durante uma visita de Garoto a um subúrbio carioca. De repente, ao observar aquelas pessoas e suas casas modestas, ele resolveu homenageá-las numa canção. Tempos depois, a gravaria num acetato para o professor mineiro Valter Souto, registro que asseguraria a sobrevivência da composição, mantida inédita em disco comercial.

Garoto
Finalmente, quase quinze anos após a morte de Garoto, Baden Powell mostrou-a a Vinícius de Moraes que, apaixonando-se pelo tema, deu-lhe uma letra em parceria com Chico Buarque. Aliás, uma letra primorosa que, segundo o próprio Chico, é quase toda de Vinicius: “São casas simples, com cadeiras na calçada / e na fachada escrito em cima que é um lar / pela varanda, flores tristes e baldias / como a alegria que não tem onde encostar...”

Muito antes, porém, houve uma outra letra (“Em um subúrbio afastado da cidade / Vive João e a mulher com quem casou / tem um casebre onde a felicidade / bateu à porta, foi entrando e lá ficou...”) de um poeta mineiro, que preferiu se manter no anonimato. Com esta letra, “Gente Humilde” foi cantada em programas da Rádio Nacional por Zezé Gonzaga e o coral Os Cantores do Céu, em arranjo de Badeco, do conjunto Os Cariocas (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Gente Humilde (canção, 1970) - Chico Buarque, Garoto e Vinícius de Moraes - Interpretação: Ângela Maria

LP Ângela De Todos Os Temas / Título da música: Gente Humilde / Garoto (Compositor) / Vinicius de Moraes (Compositor) / Chico Buarque (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Gravadora: Copacabana / Ano: 1970 / Nº Álbum: CLP 11600 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Canção.

Tom: C7+
Intro: C Am F G

C7+                         D#º            Dm7
Tem certos dias em que eu penso em minha gente
          G11              G7        C7+  G7/5+
E sinto assim todo o meu peito se apertar
         Em7         D#º         Dm7
Porque parece que acontece de repente
          Dm4/7       C#7/5-   C7+   G7/13
Como um desejo de eu viver sem me notar
         C7+             D#º         Dm7
Igual a como quando eu passo no subúrbio
     G11               G7             Gm7 C7/13
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
        F7+            G#7/9       Em7   A7/9-
E aí me dá como uma inveja dessa gente
             D7           G7/9-          C7+  G7/13
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
             C7+          D#º        Dm7
São casas simples com cadeiras na calçada
        G11              G7            C7+ G7/5+
E na fachada escrito em cima que é um lar
       Em7            D#º        Dm7
Pela varanda flores tristes e baldias
         Dm4/7         C#7/5-       C7+    G7/13
Como a alegria que não tem onde encostar
         C7+       D#º           Dm7
E aí me dá uma tristeza no meu peito
            G11              G7        Gm7 C7/13
Feito um despeito de eu não ter como lutar
               F7+         G#7/9           Em7  A7/9-
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
           D7            G7/9-    C7+
É gente humilde, que vontade de chorar

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Balada triste

Dalton Vogeler
Ângela Maria fazia uma temporada em Buenos Aires quando conheceu a canção “Balada Triste” por intermédio de seu acompanhador, o violonista Manoel da Conceição. Decidida a gravá-la o quanto antes, apressou-se em obter a permissão do autor, Dalton Vogeler, baixista do conjunto de Valdir Calmon, por coincidência, na ocasião, também em temporada na capital argentina. Daí resultou o duplo lançamento da composição — que já havia sido entregue a Agostinho dos Santos —, alcançando ambas as gravações o maior sucesso.

Bem de acordo com o título, “Balada Triste” é uma pungente canção de amor com versos e melodia impregnados de tristeza. Sem ser plágio, reproduz o clima da “Serenata” (Stãndchen) de Schubert, citada, aliás, no prólogo das gravações iniciais. (A Canção no Tempo - Vol.2 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34).

Balada triste (samba-canção, 1958) - Dalton Vogeler e Esdras Silva - Interpretação: Agostinho dos Santos

Disco 78 rpm / Título da música: Balada triste / Vogeler, Dalton (Compositor) / Silva, Esdras (Compositor) / Santos, Agostinho dos (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: RGE, 1956-1958 / Nº Álbum 10138 / Gênero musical: Samba canção.


Tom: Em
Intro:  (Em  Am  C  B7)

Em                     Am
Balada triste / Que me faz
     F#m     B7              Em
Lembrar alguém  / Alguém que existe
          C
E que outrora
        B7     (C7  C#7  D7)
Foi meu bem 
G           F#          Bm
Balada triste / Melodia do meu drama
      E               Am
Esse alguém já não me ama
     C          B7       B7
Esqueceu você também 
Em                           Am
Não há mais nada /  Foi um sonho
F#m     B7
Que passou
          Em
Triste balada
       C         B7      (C7   C#7  D7)
Só você me acompanhou 
G
Fica comigo !
         F#         Bm
Velha amiga, companheira
         E                 Am
Quero cantar-te a vida inteira
          C         B7         (Em  Am)
Prá lembrar o que passou...
(Em  Am  C  B7)

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Fósforo queimado

Ângela Maria
Fósforo queimado (samba-canção, 1953) - Paulo Menezes, Milton Legey e Roberto Lamego - Intérprete: Ângela Maria

Disco 78 rpm / Título da música: Fósforo queimado / Legey, Milton (Compositor) / Menezes, Paulo (Compositor) / Lamego, Roberto (Compositor) / Ângela Maria (Intérprete) / Orquestra (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: RCA Victor, Indefinida. Nº Álbum 802526 / Gênero musical: Samba canção


Dm  Am  F  E7  Am  Dm  Am 
 
 Am                B7 
Hoje não te quero mais 
               E7 
Eu preciso de paz 
                 Am 
Já cansei de sofrer 
 Dm       G7    C7M 
Vives na rua jogado 
       F7M         Bm7/5- 
És um fósforo queimado 
             E7 
Atirado no chão 
 
 Am                 B7 
Tu para mim és ninguém 
                     E7 
Procure um outro alguém 
                  Am 
Que te ajude a viver 
         G7                 C7M  F7M 
Pouco importa que sofras assim 
    Bm7/5-   E7 
Zombaste de mim 
             Am  Dm  Am 
Precisas sofrer 
 
    Dm        Dm7M    Dm7 
Em vez de tentares a sorte 
    Dm7M    Dm 
Procuras a morte 
Bm7/5-           E7 
És a gorjeta deixada 
            Am   A7 
Em um botequim 
 Dm               Bm7/5-   E7 
Foste cruel para mim 
                 Am 
Não te lembras agora 
 F7              E7 
Hoje não me interessa 
             Am 
Se sofres assim 

terça-feira, 18 de abril de 2006

Tardes em Lindoia

"Tardes em Lindoia" foi escrita em 1916, e é uma das composições mais conhecidas de Zequinha de Abreu. Peça musical inspirada nas belezas naturais da cidade de Lindoia, localizada no Estado de São Paulo. A valsa é caracterizada por sua melodia doce e suave, que evoca uma atmosfera romântica e nostálgica. A obra é uma composição elegante, que combina elementos clássicos e populares, e é considerada uma das mais belas valsas da música brasileira.

A combinação de melodia e harmonia cria uma atmosfera serena e melancólica, que transmite a sensação de tardes tranquilas e ensolaradas. E Lindoya passa por ipsolom (fica bonita com ypsolom), passa por acento Lindóia, perde o acento igual Tróia. Não faz mal, um dia ainda visitarei essa cidade que deve ser maravilhosa.

A obra de Zequinha, incluindo "Tardes em Lindoia" (Também conhecida como "Tardes de Lindoia"), foi um marco na música brasileira do século XX, destacando-se pela originalidade e beleza de suas composições. "Tardes de Lindoia" tem sido interpretada e regravada por muitos músicos ao longo dos anos, sendo uma das obras mais conhecidas e amadas do repertório brasileiro.

Tardes em Lindoia (valsa, 1930) - Zequinha de Abreu e Pinto Martins - Interpretação: Ângela Maria (Álbum "Angela De Todos Os Temas", Copacabana CLP-11600, 1970)


----A ----------E7----------- A
Tardes silenciosas de Lindóia
-------------------------- Bm---- Gb7
Quando o sol morre tristonho
-----Bm------------------------ E7
Tardes em que toda a natureza
----------------------------A------ E7
Veste-se de véu, e de sonho


-----A -----------E7-------------- A
Baixo os arvoredos murmurantes
-----Gb7--------------- Bm
Da tênue brisa a soprar
D----------- Eb°--------- A------ Gb7
Anjinho dos sonhos meus
--------------------B7-------------- E7------- A---- Db7
Não sabes tu como é sublime contigo sonhar
------Gbm------------------ Bm
Longe lá no horizonte calmo
-------------------------Db7
As nuvens se incendeiam
---------------------Gbm----- Db7
Num incêndio de luz
-----Gbm -------------------Db7
Vibra e se exalta minh’alma
--------------------------Gbm----- Db7
Na sensação que a seduz
Gbm------------------ Bm
Um plangente sino toca
----------------------------Db7
Chamando à prece a todos
--------------------------Gbm------ Gb7
Os que ainda sabem crer
-----------------------Bm
Então eu sonho e creio
---------------------Gbm
Beijar tua linda boca
---------------------Ab7- Db7- Gbm
Para acalmar o meu sofrer.

sábado, 8 de abril de 2006

Ângela Maria


Ângela Maria (Abelim Maria da Cunha), cantora, nasceu em Macaé RJ, em 13/5/1928. Filha de pastor protestante, passou a infância nas cidades fluminenses de Niterói, São Gonçalo e São João de Meriti, e desde menina cantava em coro de igrejas. Foi operária tecelã, mas sonhava com o rádio, embora a família - por princípios religiosos - fosse contra a carreira artística.


Por volta de 1947, começou a freqüentar programas de calouros. Apresentou-se no Pescando Estrelas, de Arnaldo Amaral, na Rádio Clube do Brasil, na Hora do Pato, de Jorge Cúri, na Rádio Nacional, e no programa de calouros de Ary Barroso, na Rádio Tupi. Usando o nome de Ângela Maria, para não ser descoberta pela família, participou também do Trem da Alegria, dirigido pelo "Trio de Osso" (os magérrimos Lamartine Babo, Iara Sales e Héber de Boscoli), na Rádio Nacional.

Logo sua voz foi se tornando conhecida dos ouvintes, o que dificultou sua participação nesses programas, pois ela estava deixando de ser caloura. Nessa época, era inspetora de lâmpadas numa fábrica da General Eletric e, decidindo tentar realmente a carreira de cantora, abandonou a família e foi morar com uma irmã no subúrbio de Bonsucesso.

Em 1948 conseguiu lançar-se como crooner no Dancing Avenida. Em sua noite de estréia, cantou Olhos verdes (Herivelto Martins e Benedito Lacerda). No dancing, foi ouvida pelos compositores Erasmo Silva e Jaime Moreira Filho, que a apresentaram a Gilberto Martins, diretor da Rádio Mayrink Veiga. Feito o teste, começou carreira na emissora, interpretando músicas de Othon Russo e Ciro Monteiro, compositores que a ajudaram a criar um repertório pessoal, abandonando a influência de Dalva de Oliveira.

Firmando-se a partir de 1950 como intérprete, em 1951 estreou em disco com Sou feliz (Augusto Mesquita e Ari Monteiro) e Quando alguém vai embora (Ciro Monteiro e Dias Cruz), na Victor. No ano seguinte, sua gravação do samba Não tenho você (Paulo Marques e Ari Monteiro) bateu recordes de venda, marcando o primeiro grande sucesso de sua carreira.

Durante a década de 1950, atuou intensamente no rádio, apresentando-se na Rádio Nacional, nos programas de César de Alencar e Manuel Barcelos, e na Rádio Mayrink Veiga, como a estrela de A Princesa Canta, nome derivado de seu título de Princesa do Rádio, um dos muitos que recebeu em sua carreira.

Em 1954, em concurso popular, tornou-se a Rainha do Rádio, e no mesmo ano estreou no cinema, participando do filme Rua sem sol, de Alex Viany. Apelidada Sapoti pelo presidente Getúlio Vargas, tornou-se a cantora mais popular do Brasil durante a década de 1950, alcançando os maiores êxitos com os sambas-canções Fósforo queimado (Paulo Marques, Milton Legey e Roberto Lamego), Vida de bailarina (Américo Seixas e Chocolate), Orgulho (Valdir Rocha e Nelson Wederkind), Ave Maria do morro (Herivelto Martins) e Lábios de mel (João Vilaça Júnior e Nage), além da canção afrocubana Babalu (Margarita Lecuona).

Voltando a gravar na RCA Victor em fins da década de 1950, em 1963 viajou para Portugal e África, cantando para soldados portugueses que então lutavam nas colônias. Um de seus grandes êxitos na segunda metade da década de 1960 foi a canção Gente humilde (Chico Buarque, Garoto e Vinícius de Moraes).

Em 1975, com 25 anos de uma carreira de muitos sucessos, preferia apresentar-se em clubes do interior ou em churrascarias das grandes cidades, ambientes onde, ao contrário da televisão e das boates sofisticadas, sentia mais de perto a reação do povo. Em 1979, com João da Baiana, participou do documentário Maxixe, a dança perdida, de Alex Viany.

Em 1982 foi lançado o LP Odeon Com Ângela Maria e Caubi Peixoto, primeiro encontro em disco dos dois intérpretes. Em 1992 apresentou-se com Caubi no show Canta Brasil, com grande sucesso de público, sendo lançado em disco Ângela e Caubi ao vivo (RCA/BMG, 1992).

Considerada, ao lado de Elis Regina, uma das mais puras vozes da música popular brasileira, continua a apresentar-se em espetáculos e em televisão.

Algumas músicas:


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.