quarta-feira, 19 de abril de 2006

Festa do Interior

Embora muito cantada nos carnavais a partir de 1982, “Festa do Interior” é uma canção junina, mais frevo do que marcha, diferente do estilo antigo, mas que inegavelmente revive a tradição desses festejos que continuam celebrados no Nordeste com o entusiasmo dos velhos tempos: “Fagulhas, pontas de agulhas / brilham estrelas de São João / (...) / e ardia aquela fogueira / que me esquentava a vida inteira / eterna noite, sempre a primeira / festa do interior...”

De autoria de Abel Silva, a letra faz a certa altura uma referência velada ao episódio da bomba no Rio Centro, ocorrido em 30 de abril de 81: “Ninguém matava, ninguém morria / nas trincheiras da alegria / o que explodia era o amor...”

Além da qualidade da composição, contribuíram para o seu sucesso o arranjo de Lincoln Olivetti, misturando sopros com teclado eletrônico, e a calorosa interpretação de Gal Costa, que vive no elepê Fantasia alguns de seus melhores momentos. Uma prova disso seria a presença do repertório do disco nas rádios, meses seguidos, com cada faixa — “Açaí”, “Meu Bem, Meu Mal”, “Faltando um Pedaço”, “Festa do Interior” — se revezando na preferência dos ouvintes (A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

Festa do interior (1982) - Moraes Moreira e Abel Silva - Intérprete: Gal Costa


  A              D7  A
Fagulhas, pontas de agulhas
D7        A         C#m7  F#7/9- Bm7   F#7
Brilham estrelas de São   Jo.....ão
  Bm7          E7  Bm7
Babados, xotes e xaxados
E7        Bm7    D/E     A   D/E
Segura as pontas meu coração
A             D  E A
Bombas na guerra-magia
E7        Em7      A7      D
Ninguém matava, ninguém morria

D               Bm7 D/E  A
Nas trincheiras da ale...gria
      F#m7 Bm7     D/E  Em7  A7 A7/13
O que explodia era o   amor
D/A             G7    A
Nas trincheiras da alegria
      F#m7 Bm7     E7 A    A#7  B7
O que explodia era o amor

    C#7/B        C#7
E ardia aquela fogueira
             F#m7
Que me esquentava a vida inteira
       B7                Bm7    E7
Eterna noite sempre a primeira
D/E        E7/9   A
Festa do interi...or

2 comentários:

  1. Rosangela Monfardini Schopf8 de dezembro de 2012 às 17:00

    Abel silva esclarece ninguém matava ninguém morria, se tinha amor.
    No mundo em que vivemos o ser humano perdeu-se a noção, o amor, carregam muito o ódio, por isso que esta acontecendo tantas desigualdades no mundo, não adianta colocar culpa em nossos governantes educação vem de berço.

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  2. Rosangela Monfardini Schopf8 de dezembro de 2012 às 17:19

    Segundo Abel silva ninguém matava ninguém morria, se tinha amor, se hoje existisse amor entre muitos não aconteceria tantas desigualdades o ser humano perdeu a noção, ainda querem colocar culpas em nossos governantes, educação vem de berço.

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