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Além de Carlito, baterista e líder, o conjunto era integrado por Donga, que tocava violão e banjo, pelo trompetista Sebastião Cirino, pelo pianista Augusto Vasseur, pelo violinista João Wanderley, pelo saxofonista Orosino e pelo trombonista Zé Povo.
O grupo apresentou-se com a companhia em São Paulo, Salvador e Recife, de onde seguiu para Paris, França. Na capital francesa, através do embaixador Sousa Dantas, atuou durante três meses no cabaré Palermo, com o nome de Carlito et son Orchestre. Apresentaram-se em outros cabarés, até que, ainda em 1926, depois de uma temporada no café Anglais, Donga e Wanderley deixaram o grupo e voltaram ao Brasil.
Vários instrumentistas europeus substituíram os brasileiros que foram se desligando do conjunto; viajando para a Itália, novamente foi contratado pela companhia Bataclan, que realizava uma tournée. Retornando a Paris, Carlito, junto com Sebastião Cirino e o trombonista Leonel, substituto de Zé do Povo, exibiram-se tocando antigos sucessos brasileiros no cabaré Ermitage, de emigrados russos; passaram alguns anos na Turquia e voltaram à França em 1930 a tempo de se apresentar na Grande Exposição Colonial de Paris, acompanhando a famosa vedete negra Josephine Baker.
Após uma temporada no cabaré Eve e vários anos no Chez les Nudistes, de Montmartre, em fins de 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, Carlito e seus companheiros voltaram para o Brasil, depois de 14 anos na Europa.
Contratada pela Rádio Ipanema, do Rio de Janeiro, a 15 de agosto de 1940, a orquestra Carlito Jazz dissolveu-se pouco tempo depois. A partir de 1940, o líder, Carlito, atuou ainda como empresário de revistas teatrais. Quando morreu, em 1956, era funcionário do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Ed., 1977. 3p.
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