Germano Lopes da Silva, compositor e letrista, nasceu possivelmente em 1885 no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu em 02/05/1933, na cidade de Niterói, RJ.
Também conhecido como Mestre Germano, conviveu nas décadas de 1910 e 1920 com importantes sambistas cariocas que frequentavam as casas das tias baianas nas imediações da Praça Onze, como a da Tia Ciata.
Foi integrante do rancho "Macaco é Outro", e participou das famosas rodas de samba que ocorriam em casas de tias baianas na Praça. Numa dessas rodas, teria sido um dos compositores do samba Pelo telefone, sucesso do carnaval de 1917, e registrado em nome de Donga e Mauro de Almeida.
Quando soube do ocorrido, o Grêmio Fala Gente mandou publicar nota pelo Jornal do Brasil na qual afirmava:
"Será cantada domingo, na Avenida Rio Branco, o verdadeiro tango "Pelo telefone", dos inspirados carnavalescos, o imortal João da Mata, o mestre Germano, a nossa velha amiguinha Ciata e o inesquecível bom Hilário; arranjo exclusivamente pelo bom e querido pianista J. Silva, dedicado ao bom e lembrado amigo Mauro, repórter da "Rua", em 6 de agosto, dando a ele o nome de "Roceiro".
Em seguida, era transcrita uma letra, ao que parece, de sua autoria que terminava criticando Donga com os seguintes dizeres:
"Tomara que tu apanhes/ Para não tornar a fazer isto/ Escrever o que é dos outros/ Sem olhar o compromisso".
Fontes: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira / VASCONCELOS, Ary. A nova música da República Velha. Edição do autor, Rio de Janeiro, 1985.
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