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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mário de Andrade e o samba carioca

Embora essencialmente paulista, poderia Mário de Andrade ter deixado um estudo definitivo sobre o samba carioca, do ponto-de-vista estético ao social. Houve mesmo uma época em que ele pensou em reunir em livro uma espécie de panorama — escreveria um ensaio analisando o conteúdo musical do samba, Vinícius de Morais se ocuparia da lírica, e uma terceira parte, tratando da história e dos vultos principais da nossa música popular, seria feita, na falta de melhor colaborador, pelo autor deste artigo.

Infelizmente, e para desgraça minha, que perdi a oportunidade de me colocar lado a lado com os dois grandes poetas, o projeto ficou apenas nas conversas inconseqüentes.

Interessado em qualquer manifestação artística, realizando estudos minuciosos de história literária, ensaios excelentes sobre artes plásticas, além de sua obra de ficcionista e de poeta, deixou, ainda assim, Mário de Andrade, o que melhor se escreveu sobre as nossas danças dramáticas, ensaios agora reunidos em três atentados volumes, completados graças à dedicação de uma sua antiga discípula, a folclorista Oneida Alvarenga.

E deixou, também, para o prazer de todos os que estudam a nossa música popular, alguns escritos dispersos em que aborda o tema samba. Como nossos outros folcloristas, não sei porque, Mário de Andrade preferiu o estudo de certas manifestações musicais observadas em pequenos núcleos da população, ao grande samba, cantado e dançado por milhões de brasileiros, embora influenciado pelas modas internacionais, como tinha que ser.

Preferiu os caboclinhos, de João Pessoa ou do Rio Grande do Norte, o boi-bumbá, do Amazonas, e as congadas, de Vila de Lindóia. E, no entanto, poucos sentiram o samba carioca como ele! Lembro-me das cantorias que fazíamos, os da roda, quando os cartões de chope tornavam-se mais volumosos. E Mário, que então residia no Rio, era sempre o provocador de tais manifestações.

Sem ser um especialista, era um enamorado do samba malicioso e cheio de ritmo que se fazia naquele tempo com mais constância do que hoje. Em um de seus trabalhos menos conhecidos — A pronúncia cantada e o problema do nasal brasileiro através dos discos — não assinado, publicado nos Anais do Primeiro Congresso da Língua Nacional Cantada, revela-se um familiar das gravações populares, acha que o "senhor Mário Reis é bem assim tipicamente nosso que o seu par" (Francisco Alves), que o "senhor Antônio Moreira da Silva apresenta uma voz de timbração deliciosa", que o samba Chora, nega, cantado por Sílvio Caldas, é perfeitamente pronunciado. Só uma vez se engana Mário de Andrade: é quando se refere à brasileiríssima voz do senhor H. Tapajõs", quando comenta um trecho cantado por um irmão deste, Paulo Tapajós.

Também na segunda edição do Compêndio de história da música, a única acrescida de discografia parcial no fim de cada capítulo, fornece Mário de Andrade uma relação de discos que, se não são todos os melhores no gênero, servem perfeitamente para dar uma idéia do nosso samba. Infelizmente, os discos são citados apenas pelos números, antecipados pelas iniciais da etiqueta que os editou, o que torna a indicação praticamente nula para um leitor comum. Com algum esforço, consegui identificar vinte e quatro, dos vinte e sete arrolados por Mário. São os seguintes, na mesma ordem em que figuram no Compêndio, sendo que as iniciais significam: V - Victor; P - Parlophon; e O - Odeon.

V-33471
Benedito, samba de Paulo Rodrigues, cantado pelo autor. Seu Manduca Esfarrapado, batuque de Ari Barroso, cantado por Paulo Rodrigues. É uma das peças mais curiosas de Ari Barroso, como que anunciando a fase da Aquarela do Brasil.

V-33376
Homem que chora e Deixa a véia vadiá, pelos Batutas Rio-clarenses. Interessante notar que Mário, tão cioso da pureza do seu samba rural paulista, aqui comete pecado contrário. Indica um disco em que o elemento rural interfere violentamente em um gênero urbano.

P-13273
A. B. Surdo, marcha maluca, de Lamartine Babo, cantada por Olga Jacobino. É da lua, samba de Inácio e Paulo, cantado por I. G. de Loyola. Disco sem nenhuma expressão, apesar de a marchinha ser de autoria de dois bons compositores populares — Lamartine Babo e Noel Rosa, que não vêm citados na etiqueta. I. G. de Loyola é pseudônimo do barítono Inácio Guimarães.

V-33524
Tava na roda do samba e Deixa a nega pená, dois excelentes sambas gravados por Almirante e seu Bando de Tangarás.

V-33492
Há! Hu! Lahô, samba do partido alto, e Patrão, prenda o seu gado, chula raiada. Dois npumeros admiráveis, da melhor tradição carioca. Tocados pelo Grupo da Velha Guarda, dirigido por Pixinguinha, Donga e João da Baiana.

V-33423
Sem você e Mangueira, sambas cantados por Otília Amorim, das cantoras populares mais citadas por Mário de Andrade, e talvez a de sua predileção.

O-10715
Deixa essa mulher chorar, samba de Sílvio Fernandes, e Quá, quá, quá, samba de Lauro dos Santos. O primeiro disco da dupla Mário Reis e Francisco Alves. O primeiro samba, de autoria de Brancura, é um clássico carioca, até hoje tocado e regravado.

V-33413
Eu sou feliz e Nego bamba, sambas de J. Aimberê, cantados por Otília Amorim.

V-33404
Desgraça pouca é bobagem, samba de J. Aimberê, e Vou te levar, marcha de C. J. Epiro e V. de Lima. Novamente a cantora predileta. Interessante que não há uma só gravação de Araci Cortes, citada nas diversas discografias organizadas por Mário de Andrade.

V-33424
Chorei, nega e Teu desprezo, sambas cantados por Sílvio Caldas.O cantor já havia gravado Santa padroeira, de Ari Barroso e Noel Rosa, bem superior aos dois citados.

V-33211
Cais dourado, toada de J. B. da Silva, cantada por Breno Ferreira, e Sinhô do Bonfim, samba de Joraci Camargo. O primeiro é de Sinhô, o José Barbosa da Silva (e não João, como escreve o senhor Vasco Mariz), o segundo é do conhecido teatrólogo. Mário de Andrade deixou-se levar pelo motivo da letra.

O-10632
Amor de malandro, samba de Francisco Alves, e Novo amor, samba de Ismael Silva. O primeiro´é também de Ismael, que o vendeu a Chico Alves. Positivamente, Mário de Andrade conhecia os sambas, mas não a gravação que citou, de João Gabriel de Faria, o Rei do Assobio; os discos originais são infinitamente superiores; Amor de malandro, cantado por Francisco Alves (Odeon, 10424), e Novo amor, cantado por Mário Reis.

P-12916
Gavião calçudo, samba de Pixinguinha e, Bambolelê, embolada do norte, pela Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, cantada por Patrício Teixeira.

P-12865
Promessa, samba de Pixinguinha, e Não te quero mais, samba de Dario A. Ferreira, pela Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, cantado por Benício Barbosa. Promessa é uma das mais belas composições de Pixinguinha, só comparável aos seus choros.

O-10346
Jura, samba de Sinhô, e Água de coco, samba de Sá Pereira; o primeiro, instrumental, pela Orquestra Pan-American, o segundo, cantado por Francisco Alves. Má indicação de Mário de Andrade, principalmente porque cita o que se segue.

O-10278
Jura, samba de Sinhô, e Gosto que me enrosco, do mesmo autor, cantados por Mário Reis. É a melhor gravação do Jura, mesmo considerando as de Araci Cortes, Francisco Alves e a segunda de Mário Reis. Heitor dos Prazeres afirma que o segundo samba é de sua autoria.

O-10293
Eu não sou arara, samba de Donga, Pé de mulata, samba de Pixinguinha, cantados por Patrício Teixeira com Orquestra dos Oito Batutas. Novamente os dois consagrados compositores populares.

O-10100
Não quero saber mais dela, samba de Sinhô, em dueto por Francisco Alves e Rosa Negra, e Me faz carinhos, samba de Francisco Alves, cantado pelo mesmo. Rosa Negra era estrela de uma companhia de revistas. Me faz carinhos é o primeiro samba de Ismael Silva gravado. Como no outro — Amor de malandro — figura apenas o nome de Alves, que o comprou do verdadeiro compositor.

O-10113
O bobalhão, charleston-carnavalesco, de Sinhô, e A malandragem, samba de Francisco Alves, cantados pelo mesmo. Note-se o pitoresco da classificação que o autor deu ao primeiro número. Já antes havia classificado de romance uma peça chamada de Carinhos de vovô.

O-10250
Que vale a nota sem o carinho da mulher, samba de Sinhô, e Rayon d'Or, polca de Ernesto Nazareth. O primeiro, cantado por Vicente Celestino, o segundo, instrumental, pela Orquestra Pan-American. Do samba de Sinhô há gravação anterior e muito melhor que é, aliás, o disco de estréia de Mário Reis e em que o cantor é acompanhado ao violão por Sinhô e Donga (Odeon 10224).

O-10719
Não vai no candomblé, samba, e Não quero teu amor, samba, o primeiro de Elói Antero Dias, o segundo de Getúlio Marinho da Silva, ambos pelo Conjunto Africano.

V-33459
Cadê Viramundo, batuque, e Bambaia, cateretê, ambos de autoria de João P. B. de Carvalho. Embora seja disco de valor, nenhuma das faces traz samba. Pelo Conjunto Tupi.

V-33565
Ai que dor e Como eu te amei, sambas de André Filho, pelo Trio T. B. T., composto dos irmãos Abner e Abdaná Trajano e Jaime Brito.

A segunda edição do Compêndio, de 1932 (L. G. Miranda Editor, São Paulo). A terceira, que aparece com o título de Pequena história da música, já vem sem a discografia que "encarecia muito o livro e era de pouco uso em nossos tempos de guerra, e em que o comércio de discos é incerto e fraco". Mas, em 1936, realizando um pequeno estudo para a Divisão de Cooperação Intelectual, do Ministério das Relações Exteriores, volta Mário de Andrade a apresentar uma discografia de música popular brasileira. São 38 discos distribuídos entre os diversos gêneros populares. desta vez, o samba é representado, apenas, por seis discos, os já citados V-33404, 33413, 33211 e mais os seguintes:

V-33808
Ao voltar do samba e Alvorada, sambas de Silval Silva, cantados por Carmem Miranda, realmente um dos melhores discos da cantora.

V-33927
Triste cuíca, samba de Noel Rosa e Hervé Cordovil, e Tenho uma rival, samba de Valfrido Silva, cantados por Araci de Almeida. É o primeiro disco para a Victor da cantora que até hoje melhor interpretou o samba carioca.

Há ainda, um terceiro, não identificado. Desta lista reduzida, Mário tirou todos os sambas de Sinhô, Pixinguinha e Donga, inexplicavelmente. Aliás, a publicação do Itamaraty consta de, apenas, quinze páginas mimeografadas, sendo que, apenas três e meia são ocupadas pelo artigo introdutório de Mário de Andrade. Nas restantes, vêm relações das instituições públicas que se ocupam de música popular e folclórica, a citada discografia, diversas bibliografias, inclusive uma de música popular e, finalmente, a direção de alguns músicos e folcloristas brasileiros que se ocupam de música popular.

E é melancólica a bibliografia especializada da nossa música popular! Não há, sequer, uma monografia sobre determinado gênero. E hoje [1961], quase 25 anos passados, a situação continua a mesma. É verdade que Orestes Barbosa publicou um livro delicioso, Samba, sua história, seus poetas, seus músicos, seus cantores (Livraria Educadora, Rio de Janeiro, 1933), livro de cronista cintilante, que reúne em suas páginas as impressões do autor, naquele estilo vivo e sincopado, muito pessoal, mas livro sem nenhum valor, digamos, científico, razão pela qual nem foi citado por Mário de Andrade. Também a senhora Mariza Lira publicou um Brasil sonoro, em que se ocupa de todos os gêneros folclóricos e populares, visão ampla mas pouco profunda, tal como o senhor Vasco Mariz, em livro recente, A canção brasileira.

Enquanto o jazz norte-americano encontra quem o estude em seus aspectos mas variados, contando, hoje, com uma bibliografia das mais vastas, de pelo menos duzentos volumes, enquanto o jazz, como o nosso samba, música urbana, é devassado e interpretado, sendo, por isso, cada vez mais divulgado, nossos folcloristas de gabinete ficam na acadêmica discussão — o samba é folclórico, é popularesco ou popular?

Às definições mais ou menos fantasistas da palavra samba, às suas origens etimológicas, podemos ajuntar as definições dos próprios sambistas: "O samba nasce no coração." "O samba é a confissão de um malandro." etc. É muito fácil, mas é melancólico. Positivamente, Mário de Andrade não quis fazer o estudo definitivo sobre a mais popular música do Brasil.

Fonte: Rangel, Lúcio. "Mário de Andrade e o samba carioca". Correio do Povo. Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1961.

domingo, 8 de julho de 2007

Mário de Andrade

Mário de Andrade (Mário Raul de Morais Andrade). Poeta, escritor, musicólogo, folclorista, crítico, jornalista. São Paulo SP 9/10/1893—id. 25/2/1945. Filho de Carlos Augusto de Andrade e de Maria Luísa de Morais Andrade fez estudos secundários no Ginásio do Carmo, dos irmãos maristas, em São Paulo.

Em 1911, matriculou-se no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo nos cursos de música, piano e canto, diplomando-se em 1917. Publicou os primeiros ensaios de crítica de arte em jornais e revistas, e seu primeiro livro, Há uma gota de sangue em cada poema (São Paulo, 1917). Foi o início de uma atividade intelectual das mais vigorosas da história literária e artística do país.

Em 1922 tornou-se professor de história da música e de estética musical do conservatório onde se diplomara e publicou Paulicéia desvairada, obra pioneira da poesia modernista do Brasil. A crítica conservadora cobriu o livro e seu autor de insultos e ápodos, ressalvando-se, entretanto, os pronunciamentos de Amadeu Amaral e João Ribeiro, que demonstraram compreensão para o “movimento modernista” que se iniciava e que culminou com a realização da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal, de São Paulo, em fevereiro de 1922, e da qual terá sido, possivelmente, a figura principal.

Em 1924 assumiu no conservatório a cátedra de história da música e de piano. Somente depois de ter publicado algumas Obras de literatura — poesia, prosa e crítica — voltou-se para a música, com uma série de Obras em que fixou as bases teóricas para a formação de uma consciência musical brasileira. Com o Ensaio sobre a música brasileira (São Paulo, 1928) esboçou os rumos para a sistematização dos estudos musicológicos no Brasil.

No ano seguinte publicou o Compêndio de história da música (São Paulo, 1929), depois reescrito e reintitulado Pequena história da música (São Paulo, 1942), e a seguir Modinhas imperiais (São Paulo, 1930), antologia de peças do século XIX, precedida de um prólogo e de notas bibliográficas em que aborda em profundidade a história da modinha brasileira de salão. Em Música, doce música (São Paulo, 1933) reuniu escritos, conferências e crítica.

Em 1935 foi nomeado pelo prefeito Fábio Prado para a direção do então criado Departamento de Cultura, da prefeitura de São Paulo. Teve nesse encargo a colaboração de Paulo Duarte, que o indicara ao prefeito. Criou os parques infantis, a Discoteca Pública Municipal, e, para incentivar o cultivo da música, empregou recursos oficiais na criação da Orquestra Sinfônica de São Paulo, do Quarteto Haydn (depois Quarteto Municipal), do Coral Paulistano e de um Coral Popular.

Desligou-se do Departamento de Cultura em 1936 e assumiu, no Rio de Janeiro, o Instituto de Artes, da Universidade do Distrito Federal, onde também passou a reger a cátedra de filosofia e história da arte. Desse ano é o ensaio A música e a canção populares no Brasil, editado pelo Serviço de Cooperação Intelectual do Ministério das Relações Exteriores, e depois incluído no volume VI das Obras completas.

Ainda em 1936 efetuou o tombamento dos monumentos históricos paulistas para o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que ajudara a projetar. Em 1937 fundou a Sociedade de Etnografia e Folclore de São Paulo e foi um dos organizadores do I Congresso da Língua Nacional Cantada, cujos trabalhos constam dos Anais publicados em 1938 pelo Departamento de Cultura da prefeitura de São Paulo.

Em 1939, com a extinção da Universidade do Distrito Federal, passou a trabalhar no Serviço (hoje Instituto) do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Elaborou, na época, o projeto de uma Enciclopédia Brasileira, nunca materializado.

Em 1940 o Instituto Brasil - Estados Unidos publicou sua conferência A expressão musical dos Estados Unidos, incluída no volume VII das Obras completas. Retornou a São Paulo em 1941, onde passou a ser assessor técnico da seção paulista do IPHAN e reassumiu a cátedra de história da música no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Nesse ano a Editora Guaíra, de Curitiba PR, lançou seu livro Música do Brasil, contendo estudos sobre história e folclore, incluídos nos volumes XI e XVIII das Obras completas.

Foi uma das inteligências mais construtivas do Brasil e sua obra atesta uma atividade intelectual e artística que se desdobram em setores dos mais variados aspectos, como a questão da língua nacional e os problemas fonéticos do canto erudito e da declamação lírica em vernáculo. Suas contribuições para o desenvolvimento da música no Brasil seriam depois enaltecidas por Camargo Guarnieri e Francisco Mignone, entre muitíssimos outros.

Influenciou por todo o país o trabalho de pesquisa do folclore musical, em particular o de Frutuoso Viana e o de Luciano Gallet (reuniu as pesquisas deste último em Estudos de folclore, Rio de Janeiro, 1934, para o qual escreveu um ensaio histórico e critico).

Em fevereiro de 1970 a Biblioteca Municipal Mário de Andrade dedicou-lhe número especial de seu Boletim bibliográfico, contendo, além de estudos, uma “Cronologia geral da obra de Mário de Andrade”. Inúmeros trabalhos e escritos seus publicados em revistas e jornais foram incorporados às suas Obras completas, cuja publicação, iniciada em 1944 pela Livraria Martins Editora, de São Paulo, compreende 20 volumes, dos quais os volumes XIII (Música de feitiçaria no Brasil, 1963) e XVIII (Danças dramáticas do Brasil, 3 tomos, 1959) foram organizados por Oneyda Alvarenga (sistematização geral, introdução e notas).

Dos demais volumes relacionados com música e folclore brasileiros citem-se: VI — Ensaio sobre a música brasileira (Ensaio sobre a música brasileira; A música e a canção populares no Brasil), 1962; VII — Música, doce música (Música doce música; A expressão musical nos Estados Unidos), organizado por Oneyda Alvarenga, 1963; VII — Pequena história da música, 1942; IX — Namoros com a medicina (Terapêutica musical; Medicina dos excretos), s.d.; XI — Aspectos da música brasileira (Evolução social da música no Brasil; Os compositores e a língua nacional; A pronúncia cantada e o problema nasal brasileiro através dos discos; O samba rural paulista; Cultura musical), 1965; XVI — Padre Jesuíno do Monte Carmelo, 1963; Modinhas imperiais, 1964.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.