É tão triste dizer adeus (1963)- Nelson Lins e Barros, Carlos Lyra e Chico de Assis
É tão triste dizer adeus
É mais triste que morrer
Quando um morre
O outro chora
Mas se um dos dois vai embora
Os dois é que vão sofrer
Se eu ficar,
Tão triste
Sem você
Dizer adeus
Mas pra que
Que eu vou ficar
Pra comida preparar
E ter filhos pra criar
E ter roupa pra lavar
O melhor
Tão triste
É separar
Dizer adeus
Pra viver nosso cantinho
E fazer sempre juntinho
Tantas coisas
Que só dois sabem fazer
E essas coisas tão bonitas
Se você for mesmo embora
Vão se embora com você
Pras despesas aumentar
E a vida piorar
Ninguém pode suportar
O Melhor,
Tão triste
É separar
Dizer adeus
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sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Gostar ou não gostar
Gostar ou não gostar (1963) - Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros
Gosto de cheiro de mato
Da brisa do mar
Gosto das tardes morrendo
Da luz do luar
Quero um amor de verdade
Pra me compreender
Não vê?
Que eu sonho com a felicidade
E tenho um amor
Que é você.
Mas não gosto de chuva miúda
Das noites sem fim
Não gosto de gostar de alguém
Que não goste de mim
Não quero amor sem carinho
Não quero sofrer
Pra que?
Se eu não sonho mais que sozinho
Não tenho você
Gosto de cheiro de mato
Da brisa do mar
Gosto das tardes morrendo
Da luz do luar
Quero um amor de verdade
Pra me compreender
Não vê?
Que eu sonho com a felicidade
E tenho um amor
Que é você.
Mas não gosto de chuva miúda
Das noites sem fim
Não gosto de gostar de alguém
Que não goste de mim
Não quero amor sem carinho
Não quero sofrer
Pra que?
Se eu não sonho mais que sozinho
Não tenho você
Mundo à parte
Mundo à parte (1962) - Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros
Você é um mundo a parte
Não faz parte desse mundo
E no fundo não reparte
Sua parte com ninguém
Não vê que o mundo passa
E a vida passa sem você
Não sei pra que
Que fica sozinha
Não sei
Tanta gente nesse mundo
Do mundo vive afastado
Diz que só vai bem melhor
Só que vai mal acompanhado
E vai de mal a pior
O melhor é viver junto
Pra que viver separado?
Se cada um vai pro seu lado
Fica de lado, abandonado
Nisso é que dá viver só
Você é um mundo a parte
Não faz parte desse mundo
E no fundo não reparte
Sua parte com ninguém
Não vê que o mundo passa
E a vida passa sem você
Não sei pra que
Que fica sozinha
Não sei
Tanta gente nesse mundo
Do mundo vive afastado
Diz que só vai bem melhor
Só que vai mal acompanhado
E vai de mal a pior
O melhor é viver junto
Pra que viver separado?
Se cada um vai pro seu lado
Fica de lado, abandonado
Nisso é que dá viver só
O bem do amor
O bem do amor (samba-bossa, 1960)- Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros
A luz que vem além do mar
Faz a noite nascer manhã
O amor partiu a paz surgiu
Canção sentiu o que era amar
Amei sonhar o bem do amor
No silêncio do seu olhar
Sofri sem fim, sorri enfim
Silêncio fez-se em mim
As noites vazias de amor
Novos caminhos vão encontrar
E o amor do amor vai voltar
Trazendo carinhos fazendo sonhar
Manhã de paz nasceu em mim
E as promessas virão também
Eu sou feliz, assim feliz
O mundo é todo meu
O mundo é todo meu
A luz que vem além do mar
Faz a noite nascer manhã
O amor partiu a paz surgiu
Canção sentiu o que era amar
Amei sonhar o bem do amor
No silêncio do seu olhar
Sofri sem fim, sorri enfim
Silêncio fez-se em mim
As noites vazias de amor
Novos caminhos vão encontrar
E o amor do amor vai voltar
Trazendo carinhos fazendo sonhar
Manhã de paz nasceu em mim
E as promessas virão também
Eu sou feliz, assim feliz
O mundo é todo meu
O mundo é todo meu
Maria do Maranhão
Maria do Maranhão (canção, 1961) - Carlos Lyra e Nelson Lins e Barros
Maria pobre Maria
Maria do Maranhão
Que vive por onde anda
E anda de pé no chão.
Maria desceu a estrada
Atravessou o país
Procurava muito pouco
Muito pouco ser feliz
Nem feliz queria ser
Que feliz não pode ser
Quem anda pelas estradas
Atravessando o país
Maria pobre Maria
Maria do Maranhão
Que vive por onde anda
E anda de pé no chão
Maria seguiu a estrada
A estrada de uma estrela
Maria não viu a estrela
Maria é só na estrada
Mas muita gente seguiu
A estrela que ela não viu
E vai dizer pra Maria
Que tudo tem solução
Até mesmo pra Maria
Maria do Maranhão
Que vive por onde anda
E anda de pé no chão
Maria pobre Maria
Maria do Maranhão
Que vive por onde anda
E anda de pé no chão.
Maria desceu a estrada
Atravessou o país
Procurava muito pouco
Muito pouco ser feliz
Nem feliz queria ser
Que feliz não pode ser
Quem anda pelas estradas
Atravessando o país
Maria pobre Maria
Maria do Maranhão
Que vive por onde anda
E anda de pé no chão
Maria seguiu a estrada
A estrada de uma estrela
Maria não viu a estrela
Maria é só na estrada
Mas muita gente seguiu
A estrela que ela não viu
E vai dizer pra Maria
Que tudo tem solução
Até mesmo pra Maria
Maria do Maranhão
Que vive por onde anda
E anda de pé no chão
Nelson Lins e Barros

Depois de trabalhar no Consulado do Brasil na Califórnia regressou ao Rio de Janeiro, dividindo seu tempo entre a ciência, como membro do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, e a música, campo em que se destacaria, no final da década de 1950, como um dos principais teóricos do movimento da bossa nova.
Com Carlos Lyra, seu principal parceiro, compôs entre outras O bem do amor (1960), Maria do Maranhão (1961), Mundo à parte (1962), Promessas de você (1962), Depois do Carnaval (1963), Gostar ou não gostar (1963) e É tão triste dizer adeus (1963). Também compuseram a trilha sonora de Couro de gato, curta metragem de Joaquim Pedro de Andrade incluído em Cinco vezes favela (1962).
Em 1961 escreveu com Francisco de Assis a peça teatral Um americano em Brasília, musicada por Carlos Lyra. Fez também a música da peça Memórias de um sargento de milícias, de Millor Fernandes sobre texto de Manuel Antônio de Almeida (1831—1861).
Como musicólogo, foi editor da parte de música brasileira da Enciclopédia Britânica e membro do MIS, do Rio de Janeiro. Com Marco Antônio Meneses compôs Manhã de liberdade, que obteve o primeiro prêmio em concurso do Grupo Opinião para músicas sobre o tema liberdade. A música foi gravada em 1966 por Nara Leão em LP de mesmo nome, da Philips.
Na época de sua morte, causada por um enfarte, era secretário-geral do Centro Latino Americano de Pesquisas Físicas.
Obras
O bem do amor (c/Carlos Lyra), 1960; É tão triste dizer adeus (c/Carlos Lyra), 1963; Manhã de liberdade (c/Marco Antônio de Meneses), 1966; Maria do Maranhão (c/Carlos Lyra), 1961; Promessas de você (c/Carlos Lyra), 1962.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.
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